Cidades
Após Previdência, pacote de medidas econômicas é o novo desafio do governo
Executivo apresenta nesta terça-feira (5/11) novo conjunto de medidas, com enxugamento de despesas na máquina pública e ações para a geração de empregos. Pacote, a ser dividido entre Câmara dos Deputados e Senado, deve enfrentar resistência entre parlamentares
Após a aprovação de mudanças na Previdência, o Executivo dá, nesta terça-feira (5/11), o segundo pontapé na agenda de reformas em um processo que vai, novamente, colocar à prova a base governista no Congresso. O pacote de medidas econômicas promete fôlego fiscal para União, estados e municípios; o enxugamento de despesas na máquina pública e ações para a geração de empregos. O conjunto de propostas, entretanto, exigirá desafios políticos ao Palácio do Planalto, uma vez que, diferentemente da aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que atualiza as regras de aposentadorias, não há, no Parlamento, entendimento formado por uma maioria sobre alguns dos projetos do governo.
O pacote econômico, que consiste em seis propostas, será dividido entre as casas legislativas. Dessas, três começarão a tramitar no Senado, todas PECs atreladas à promoção do ajuste fiscal. As outras três avançarão na Câmara: a reforma administrativa, a Carteira Verde e Amarela e as privatizações. A intenção, explica um interlocutor da equipe econômica, é distribuir protagonismo entre as Casas. Pode haver dificuldade na construção de acordos e maioria.
No Senado, uma das PECs diz respeito ao Pacto Federativo, que consiste na distribuição de recursos entre as três esferas do Executivo. O projeto propõe uma fatia maior dos royalties do petróleo a estados e municípios. Outro texto atrelado ao Pacto Federativo é a PEC que propõe a desvinculação de recursos em estoques em fundos especiais, espécies de contas estabelecidas por recursos arrecadados com finalidades específicas. Com a matéria, o governo espera distribuir essas verbas para abater a dívida pública, porém os parlamentares se movimentam para dividir parte da arrecadação com estados e municípios.
A terceira emenda à Constituição é a chamada Emergência Fiscal, que sugere a regulamentação de gatilhos para o corte de despesas, a fim de evitar que a União descumpra a regra de ouro. Normalmente, PECs do governo se iniciam na Câmara, mas a equipe econômica e interlocutores argumentam que a intenção é valorizar a Casa responsável por discutir propostas financeiras que mexam com entes federados, o Senado. “Quando se fala em Pacto Federativo, essa é uma das nossas competências”, destacou o senador Izalci Lucas (PSDB-DF), vice-líder do governo. Os textos, porém, não devem tramitar como sendo de autoria do governo, mas incorporados integralmente em matérias de autoria de senadores da base.
O encaminhamento pelo Senado de três PECs, no entanto, tem outra leitura entre alguns parlamentares. “O clima na Câmara está muito ruim e, com o Fernando (Bezerra, líder do governo no Senado) e o (senador) Eduardo (Gomes, líder do governo no Congresso), há mais chances de essa dobradinha dar agilidade”, ponderou um senador. Diferentemente da Câmara, onde emendas à Constituição passam pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), por uma comissão especial e, depois, pelo plenário, no Senado a constitucionalidade e o mérito são discutidos na CCJ.
Embora PECs no Senado sigam um rito mais curto do que na Câmara, Izalci fez ressalvas ao ritmo de aprovação. Ele ressaltou que a ideia de PEC do Pacto Federativo, que sugere o fim da destinação obrigatória de percentuais do Orçamento para saúde e educação, é controversa e frisou que o Planalto precisará chegar a acordos. “Tem o problema com a PEC da Emergência Fiscal, que é muito parecida com a PEC 438/18, do (deputado) Pedro Paulo (DEM-RJ). A própria PEC do Pacto Federativo é parecida com uma que apresentei, a 173/19, que transfere 100% do salário educação para estados e municípios. Será preciso buscar harmonia e consensos”, analisou o senador.
Acordo
Sem acordo, a PEC da Emergência Fiscal corre o risco de ser modificada na Câmara e, assim, em caso de aprovação, retornar ao Senado. Os desafios de convencimento entre os deputados serão uma prova de fogo ainda maior para a articulação política. Desde a implosão do PSL, com o partido se dividindo em duas alas, o ambiente se deteriorou, e a falta de união na própria base do presidente contamina as articulações. O que vem pela frente é ainda mais polêmico do que as propostas do Senado.
A previsão é de que o Planalto apresente amanhã, na Câmara, a PEC da reforma administrativa, matéria que vai propor a manutenção do direito adquirido de servidores em ativa, mas, em contrapartida, o fim da estabilidade e novas regras para contratação, promoção e pagamento de salários de futuros servidores. Ontem, o presidente Jair Bolsonaro sugeriu à equipe econômica a inclusão de regra para mudar a data de pagamento de servidores (leia reportagem ao lado).
Outra matéria a ser apresentada é o projeto da Carteira de Trabalho Verde e Amarela, que propõe a desoneração da folha de pagamento para empregadores que contratarem pessoas entre 18 e 29 anos e acima de 55 anos. Essa, no entanto, pode não ser apresentada nesta semana, por falta de acordo. O governo sugeriu o envio por meio de medida provisória, mas o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é contrário, sobretudo tendo em vista que a reforma trabalhista no governo Temer foi dura e não gerou o volume de empregos esperado.
Interlocutores da própria equipe econômica reconhecem que ambas as propostas são as mais polêmicas e desarmônicas. “Fora o corporativismo dos servidores públicos, o Maia quer tocar a reforma tributária, não a administrativa. E ainda há dúvidas sobre a Carteira Verde e Amarela. A ideia original era pegar um público jovem em regime novo, de poupança garantida, e não propor uma reforma segmentada”, justificou um interlocutor do ministro da Economia, Paulo Guedes.
O economista e advogado Fernando Datas, do escritório Carvalho, Dantas & Palhares, avaliou que o governo precisará melhorar a coordenação política. “Mesmo com um consenso sobre a reforma previdenciária, o texto não tramitou com a celeridade esperada. Essa nova agenda sugere desafios tão grandes quanto”, alertou.
Cidades
OAB-PE inaugura Sala da Advocacia na Justiça do Trabalho de Pesqueira
O presidente e a vice da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Pernambuco (OAB-PE), Fernando Ribeiro e Ingrid Zanella, inauguraram a Sala da Advocacia Geraldo Rolim Mota Filho, na Justiça do Trabalho de Pesqueira, nesta terça-feira (4). Além de toda estrutura de apoio ao exercício diário da advocacia, a sala também conta com o ‘Cantinho da Amamentação’, espaço exclusivo para atender a advogada em período de lactação de seu bebê.
Na solenidade, o presidente destacou a relevância do espaço. “Começando o dia realizando uma importante entrega para a advocacia de Pesqueira, que é a reinstalação da Sala da OAB, na Justiça do Trabalho no município. O local conta com computadores e uma excelente estrutura para os colegas. Além disso, a reinstalação traz uma grande inovação através da nossa presidente Márcia Almeida, que é o espaço para amamentação dedicado às colegas advogadas, mães lactantes”, comemorou o presidente da OAB-PE.
Estiveram presentes na inauguração, integrantes da diretoria da OAB Pesqueira; o presidente da Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas da OAB-PE, Yuri Herculano; o presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 6ª Região (Amatra 6/PE), Rafael Val Nogueira; e o juiz titular da Vara, José Augusto Segundo. Após o evento, Fernando e Ingrid reuniram-se com advogados locais para ouvir as demandas da classe.
Cidades
Taquaritinga do Norte realiza nova edição do Fórum Comunitário Selo Unicef
A Prefeitura de Taquaritinga do Norte realizou a segunda edição do Fórum Comunitário Selo Unicef nesta segunda-feira (3). O evento, que teve parceria com a Câmara Municipal dos Vereadores, reuniu estudantes da rede municipal, profissionais da educação, saúde e assistência social e demais servidores da administração pública local.
O fórum é realizado pela Secretaria de Ação Social do município juntamente com a comissão intersetorial do Selo Unicef. O objetivo da entidade é estimular a participação da sociedade civil nos processos políticos dos municípios, apresentando e discutindo as atividades realizadas e seus resultados ao longo desta edição.
Cidades
PRF intensifica operações nas principais estradas de Pernambuco
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) inicia, nesta quarta-feira (29), a Operação Corpus Christi 2024. A ação coincide com o fim do Maio Amarelo e visa chamar atenção para a violência no trânsito em todo o País. Ela ocorrerá até o próximo domingo nas principais estradas que cortam Pernambuco, entre elas as BRs 232, 104, 407 e 428, que levam ao Agreste e ao Sertão do estado, e a BR-101, que dá acesso às praias.
O período tende a ser de fluxo mais intenso de veículos em direção ao interior pernambucano e também ao litoral. A PRF pretende reforçar a fiscalização em trechos críticos dessas rodovias, a partir de levantamentos sobre os locais onde são mais registradas as colisões com feridos ou mortes.
Para prevenir mortes por excesso de velocidade, os policiais irão atuar com radares portáteis que captam a velocidade do veículo a cerca de um quilômetro de distância. Com o objetivo de retirar condutores alcoolizados das rodovias, as equipes irão realizar abordagens com o uso de etilômetros, mais conhecidos como bafômetros. As ultrapassagens em local proibido também estarão no foco da fiscalização e as motocicletas terão uma atenção especial da PRF, devido ao aumento na quantidade de sinistros envolvendo esses veículos.
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