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Apesar de apelo de Lula, EUA não reconheceriam China como mediadora na Ucrânia, diz analista

O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, conclamou a China a participar mais ativamente da mediação do conflito ucraniano. Mas será que Pequim quer assumir esse papel? E os países da OTAN reconheceriam a China como mediadora responsável?

© AP Photo / Andy Wong

No final de março, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve viajar a Pequim para se reunir com seu homólogo chinês, Xi Jinping. O brasileiro, no entanto, decidiu não esperar a visita para conclamar a China para colocar fim ao conflito ucraniano.
A proposta de Lula de formar um grupo de países para mediar o conflito contaria com a participação ativa de seus colegas chineses. Durante coletiva de imprensa ao lado do chanceler alemão Olaf Scholz, em 31 de janeiro, Lula citou Pequim nominalmente.
“Nós queremos propor um G20 para debater o conflito Rússia-Ucrânia”, disse Lula na ocasião. “O Brasil está disposto a dar uma contribuição, e acho que a China joga um papel importante […] para a gente tentar criar um clube […] das pessoas que querem construir a paz no planeta.”
Lula concede entrevista durante viagem aos Estados Unidos. Washington, 10 de fevereiro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 15.02.2023
Lula concede entrevista durante viagem aos Estados Unidos. Washington, 10 de fevereiro de 2023
Em 18 de fevereiro, durante entrevista à jornalista Christiane Amanpour, Lula disse que “no caso da Rússia e da Ucrânia, é preciso ter alguém que fale em paz. É preciso ter interlocutores para tentar conversar com as partes”.
“Esse é o meu compromisso: eu agora vou visitar a China em março, e vou conversar muito com o presidente chinês sobre o papel que eles têm pra jogar na questão da paz”, disse Lula. “Eu quero falar em paz com Putin, com Biden e com Xi Jinping”, declarou Lula.
A convocação da China pelo presidente brasileiro é clara. Agora, será que Xi Jinping tem interesse em assumir esse papel e atuar como mediador do conflito ucraniano?
Especialistas ouvidos pela Sputnik Brasil acreditam que a China tem interesse no fim do conflito ucraniano e não agiria contra a iniciativa de Lula de formar um grupo de países para debater a paz.
“Recorde-se que o presidente Xi Jinping já declarou que a China está disposta a desempenhar um papel construtivo na solução do conflito”, disse o coronel da reserva e mestre em ciências militares, Paulo Roberto da Silva Gomes Filho, à Sputnik Brasil. “A influência econômica e energética sobre a Rússia, além das boas relações econômicas com a Ucrânia, conta a favor.”
O especialista ainda nota que a China tem bom trânsito entre os países do chamado Sul Global, “o que também a fortalece como mediadora”.
Presidente Xi Jinping em cerimônia no dia 8 de abril de 2022.  - Sputnik Brasil, 1920, 15.02.2023
Presidente Xi Jinping em cerimônia no dia 8 de abril de 2022.
Por outro lado, a neutralidade da posição chinesa em relação ao conflito ucraniano pode ser contestada pelos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Para Gomes Filho, o estabelecimento de uma “amizade sem limites” entre China e Rússia no início de 2022 seria um indicativo de que Pequim é aliada de Moscou.
“A mediação, para ter maior possibilidade de êxito, deve ser feita por um ator que conte com a confiança e o respeito das partes em disputa. Para isso, é fundamental que seja reconhecido como uma parte neutra”, notou o especialista.
O professor de Relações Internacionais da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Bruno Hendler, concorda, e diz que a China pode não ser vista como uma mediadora em potencial pelos países da OTAN.
“Os falcões americanos sempre verão a China como uma ameaça desestabilizadora, como o emergente revisionista”, lamentou Hendler.
No entanto, no contexto regional chinês, “sabemos que os EUA geram muito mais caos no sistema do que a China”, considerou o professor.
“Na região da Ásia-Pacífico, o adulto na sala é a China. A visita de Nancy Pelosi a Taiwan, os exercícios na Coreia do Sul, o rearmamento do Japão com apoio dos EUA – esses elementos mostram que a instabilidade tem sido causada muito mais pelo hegemon em declínio do que pela potência em ascensão.”
Pessoas passam por um outdoor de boas-vindas à presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, em Taipé, Taiwan, 3 de agosto de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 15.02.2023
Pessoas passam por um outdoor de boas-vindas à presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, em Taipé, Taiwan, 3 de agosto de 2022
Ao contrário dos EUA, que, segundo o jornalista Jamil Chade, não receberam bem os planos de Lula para mediar o conflito na Ucrânia, Pequim não atuaria contra uma ação brasileira para negociar, acredita Hendler.
“Mas acredito que quando Lula fala sobre o papel da China como mediadora, ele tenha muito mais interesse em reposicionar o Brasil na arena global, do que em mudar o comportamento da China ou dos EUA”, considerou Hendler. “É para apontar que o Brasil está de volta como um mediador responsável.”

Relações Brasil-China

A visita de Lula a Pequim, marcada para a segunda quinzena de março, atende a convite do governo chinês. Desde a posse do mandatário brasileiro a China demonstra interesse em estreitar o relacionamento bilateral: o vice-presidente chinês, Wang Qishan, comandou a maior delegação internacional presente na posse de Lula, em 1º de janeiro.
A China é o maior destino das exportações brasileiras, com envios que totalizaram US$ 89,4 bilhões (cerca de R$ 462 bilhões) em 2022. Já o Brasil é o principal destino internacional de investimentos chineses: só em 2021, mais de US$ 5,9 bilhões (cerca de R$ 31 bilhões) foram investidos em mais de 28 projetos no Brasil.
Para a professora da Escola de Assuntos Internacionais da Universidade O.P. Jindal, na Índia, Karin Costa Vazquez, a parceria estratégica com a China deve ir além da questão comercial e a incluir temas como governança global, desenvolvimento sustentável, ciência e tecnologia.

“Existem algumas vertentes que eu acredito que podem ser as principais dessa nova parceria estratégica do Brasil e da China”, disse Costa Vasquez à Sputnik Brasil. “Nossas relações precisam ser reconstruídas e adensadas.”

A primeira vertente é a econômica-comercial, na qual são necessários esforços “para promover a diversificação e agregação de valor das exportações brasileiras para a China”.
O vice-presidente da China, Wang Qishan, dá os cumprimentos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva após a posse. Brasília, Brasil, 1º de janeiro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 15.02.2023
O vice-presidente da China, Wang Qishan, dá os cumprimentos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva após a posse. Brasília, Brasil, 1º de janeiro de 2023
“Precisamos reativar fundos chineses para expansão da capacidade produtiva do Brasil”, notou a especialista. “Anunciado em 2015, o fundo Brasil-China de US$20 bilhões (cerca de R$ 103 bilhões) ainda não financiou nenhum projeto e está parado por questões burocráticas.”
Além disso, Pequim e Brasília têm interesses comuns na área de desenvolvimento sustentável e transição energética. Segundo a especialista, os países poderiam estabelecer um mercado comum de comercialização de créditos de carbono.
“Em 2021, a China lançou o mercado nacional de carbono, cobrindo mais de 80% das emissões de CO2 do país”, disse Costa Vazquez. “O Brasil e a China podem desenvolver tecnologias e direcionar investimentos para projetos de sequestro de carbono nos países amazônicos.”
Outra vertente da renovação da parceria estratégica seria a governança global, na qual Brasil e China estão empenhados no fortalecimento do multilateralismo.
Alunos de escola de Brasília acenam com bandeiras do Brasil e da China, em Brasília, Distrito Federal. Foto de arquivo - Sputnik Brasil, 1920, 15.02.2023
Alunos de escola de Brasília acenam com bandeiras do Brasil e da China, em Brasília, Distrito Federal. Foto de arquivo
Os países poderiam “explorar a criação de uma Aliança para a Erradicação da Fome e da Pobreza, aproveitando a experiência do Brasil e da China […] e a importância da potência agrícola latino-americana para a segurança alimentar da China e do mundo”.
Para a especialista, “o importante é aproveitar a liderança nacional e internacional de Lula para restaurar e ampliar a parceria estratégica para além da nossa tradicional pauta econômica e comercial”, concluiu.
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, deve visitar a China na segunda quinzena de março, de acordo com o Itamaraty. Durante a visita, realizada a convite do governo chinês, Lula deve se reunir com o presidente do país, Xi Jinping.

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Corte japonesa ordena que governo pague indenização por esterilizações forçadas

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Cerca de 25 mil japoneses foram vítimas de lei que tinha objetivo de “prevenir aumento dos descendentes inferiores”

 

Vista aérea de Tóquio
Getty Images

 

Numa decisão histórica, o Supremo Tribunal do Japão ordenou ao governo que pagasse indenizações às pessoas que foram esterilizadas à força ao abrigo de uma lei de eugenia agora extinta, decidindo que a prática era inconstitucional e violava os seus direitos.

A Lei de Proteção Eugênica, em vigor entre 1948 e 1996, permitiu às autoridades esterilizar à força pessoas com deficiência, incluindo aquelas com perturbações mentais, doenças hereditárias ou deformidades físicas e lepra. Também permitia abortos forçados se um dos pais tivesse essas condições.

A lei tinha como objetivo “prevenir o aumento dos descendentes inferiores do ponto de vista eugênico e também proteger a vida e a saúde da mãe”, segundo uma cópia da lei – que listava “notável desejo sexual anormal” e “notável inclinação clínica” entre as condições visadas.

Cerca de 25 mil pessoas foram esterilizadas sem consentimento durante esse período, de acordo com a decisão do tribunal, citando dados do ministério.

Embora o governo tenha oferecido compensar cada vítima em 3,2 milhões de ienes (cerca de US$ 19,8 mil) em 2019, ao abrigo de uma lei de assistência, as vítimas e os seus apoiadores argumentaram que isso estava longe de ser suficiente.

A decisão de quarta-feira (3) abordou cinco ações desse tipo, movidas por demandantes de todo o país em tribunais inferiores, que depois avançaram para a Suprema Corte.

Em quatro desses casos, os tribunais inferiores decidiram a favor dos demandantes – o que o Supremo Tribunal confirmou na quarta-feira, ordenando ao governo que pagasse 16,5 milhões de ienes (cerca de US$ 102 mil) aos atingidos e 2,2 milhões de ienes (US$13 mil) aos seus cônjuges.

No quinto caso, o tribunal de primeira instância decidiu contra os demandantes e rejeitou o caso, citando o prazo de prescrição de 20 anos. O Supremo Tribunal anulou esta decisão na quarta-feira, qualificando o estatuto de “inaceitável” e “extremamente contrário aos princípios de justiça e equidade”.

O caso agora é enviado de volta ao tribunal de primeira instância para determinar quanto o governo deve pagar.

“A intenção legislativa da antiga Lei de Proteção Eugênica não pode ser justificada à luz das condições sociais da época”, disse o juiz Saburo Tokura ao proferir a sentença, segundo a emissora pública NHK.

“A lei impõe um grave sacrifício sob a forma de perda da capacidade reprodutiva, o que é extremamente contrário ao espírito de respeito pela dignidade e personalidade individuais, e viola o artigo 13º da Constituição”, acrescentou – referindo-se ao direito de cada pessoa à vida, liberdade e a busca pela felicidade.

Após a decisão de quarta-feira, os manifestantes do fora do tribunal – homens e mulheres idosos, muitos em cadeiras de rodas – celebraram com os seus advogados e apoiadores, erguendo faixas onde se lia “vitória”.

Eles estão entre o total de 39 demandantes que entraram com ações judiciais nos últimos anos – seis deles morreram desde então, de acordo com a NHK, destacando a urgência desses casos à medida que as vítimas chegam aos seus anos finais.

Numa conferência de imprensa após a decisão do tribunal, o secretário-chefe do gabinete, Yoshimasa Hayashi, expressou o remorso e o pedido de desculpas do governo às vítimas, informou a NHK. O governo pagará prontamente a compensação e considerará outras medidas, como uma reunião entre os demandantes e o primeiro-ministro Fumio Kishida, disse ele.

Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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Polícia desmobiliza protesto pró-Palestina no parlamento australiano

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Manifestantes carregavam faixa em que denunciavam Israel por crimes de guerra

 

Polícia desmantela protesto pró-Palestina no Parlamento Australiano
Reuters

 

Quatro manifestantes pró-Palestina foram levados sob custódia policial nesta quinta-feira (4) depois de escalarem o telhado do parlamento australiano em Canberra.

Os manifestantes, vestidos com roupas escuras, permaneceram no telhado do prédio por cerca de uma hora. Eles estenderam faixas pretas, incluindo uma que dizia “Do rio ao mar, a Palestina será livre”, um refrão comum dos manifestantes pró-Palestina, e entoaram slogans.

Os manifestantes empacotaram suas faixas antes de serem levados pela polícia que os aguardava por volta das 11h30, horário local.

CNN

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Reino Unido vai às urnas hoje em eleição que deve tirar Conservadores do poder

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País se prepara para entrar em uma nova era política com provável derrota do grupo há 14 anos no comando

 

Reino Unido vai às urnas hoje em eleição que deve tirar Conservadores do poder

 

Os britânicos vão às urnas nesta quinta-feira (4) em uma votação histórica para eleger um novo parlamento e governo nas eleições gerais. Pesquisas atuais indicam que o atual primeiro-ministro Rishi Sunak, do Partido Conservador, vai perder, encerrando uma era de 14 anos do grupo no poder.

A eleição é um referendo sobre o tumultuado governo dos Conservadores, que estão no comando do Reino Unido desde 2010 e passaram por uma crise financeira global, o Brexit e a pandemia.

Se os Trabalhistas obtiverem 419 assentos ou mais, será o maior número de assentos já conquistados por um único partido, superando a vitória esmagadora de Tony Blair em 1997.

Como funcionam as eleições?

O parlamento britânico tem 650 assentos. Para ter maioria, é preciso conseguir 326 assentos.

Após uma campanha de semanas, as urnas serão abertas às 7h, no horário local, desta quinta-feira (3h, horário de Brasília), e permanecerão abertas até às 22h.

Os britânicos podem votar em cada um dos 650 distritos eleitorais do país, selecionando o candidato que representará a área.

O líder do partido que ganhar a maioria desses distritos eleitorais se torna primeiro-ministro e pode formar um governo.

Se não houver maioria, eles precisam procurar ajuda em outro lugar, governando como um governo minoritário — como Theresa May fez após um resultado acirrado em 2017 — ou formando uma coalizão, como David Cameron fez depois de 2010.

O monarca tem um papel importante, embora simbólico. O rei Charles III deve aprovar a formação de um governo, a decisão de realizar uma eleição e a dissolução do Parlamento. O rei nunca contradiz seu primeiro-ministro ou anula os resultados de uma eleição.

A votação antecipada desta quarta-feira (4) foi convocada por Sunak. O atual primeiro-ministro era obrigado a divulgar uma eleição até janeiro de 2025, mas a decisão de quando fazê-lo cabia somente a ele.

O evento, contudo, provavelmente inaugurará um governo de centro-esquerda liderado pelo ex-advogado, Keir Starmer.

Rei Charles recebe Rishi Sunak no Palácio de Buckingham / Reprodução/ Palácio Buckingham

Quem é Keir Starmer?

O rival de Rishi Sunak é o líder trabalhista Keir Starmer, que é amplamente favorito para se tornar o novo primeiro-ministro britânico.

Ex-advogado de direitos humanos muito respeitado que então atuou como o promotor mais sênior do Reino Unido, Starmer entrou na política tarde na vida.

Líder trabalhista Keir Starmer em Blackpool / 3/5/2024 REUTERS/Phil Noble

Starmer se tornou um parlamentar trabalhista em 2015 e menos de cinco anos depois era o líder do partido, após uma passagem como secretário do Brexit no Gabinete Paralelo durante a saída prolongada do Reino Unido da União Europeia.

O britânico herdou um partido que se recuperava de sua pior derrota eleitoral em gerações, mas priorizou uma reformulação da cultura, se desculpando publicamente por um escândalo de antissemitismo de longa data que manchou a posição do grupo com o público.

Starmer tentou reivindicar o centro político do Reino Unido e é descrito por seus apoiadores como um líder sério e de princípios. Mas seus oponentes, tanto na esquerda de seu próprio partido quanto na direita do espectro político, dizem que ele não tem carisma e ideias, e o acusam de não ter conseguido estabelecer uma visão ambiciosa e ampla para a nação.

Quando saíram os resultados?

Após a abertura das urnas nesta quinta-feira (3), a mídia britânica estará proibida de discutir qualquer coisa que possa afetar a votação.

Mas no momento que a votação acabar, uma pesquisa de boca de urna será divulgada e definirá o curso da noite. A pesquisa, feita pela Ipsos para a BBC, ITV e Sky, projeta a distribuição de assentos do novo parlamento, e historicamente tem sido muito precisa.

Os resultados reais são contados ao longo da noite; o escopo do resultado da noite geralmente fica claro por volta das 3 da manhã, horário local (23h, horário de Brasília), e o novo primeiro-ministro geralmente assume o cargo ao meio-dia.

Mas as coisas podem demorar mais se o resultado for apertado ou se as vagas principais forem decididas na reta final.

De qualquer forma, a transferência de poder acontecerá no fim de semana, dando ao novo governo algumas semanas para trabalhar em legislações importantes antes do recesso parlamentar de verão.

CNN

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