Brasília
A Caminho de Marte: Cientista brasileiro conta como chegou à Nasa
Físico Ivair Gontijo, especialista em optoeletrônica, ajudou a pousar sonda Curiosity em Marte e trabalha em missão para 2020
São Paulo – Marte pode ter tido água líquida durante milhões de anos. Essa é uma das principais descobertas feitas pela sonda Curiosity. Isso foi possível porque ela fez um pouso de sucesso, sem se chocar com o planeta vermelho. Diversos funcionários da Nasa (agência espacial americana) precisaram fazer milhares de cálculos e utilizar uma complexa tecnologia baseada em lasers para a aterrissagem. O brasileiro Ivair Gontijo foi um deles. Compondo a elite mundial de exploração espacial, ele trabalhou junto com engenheiros elétricos, projetistas de radiofrequência, analistas térmicos e mecânicos.
Natural de Minas Gerais e formado em física, Gontijo acredita que qualquer pessoa pode chegar a ser, como ele, um cientista da Nasa, mesmo sendo estrangeiro. Para ele, o foco e a paciência para desenvolver a carreira são os segredos para atingir o sucesso profissional. O cientista trabalhou no “coração” da sonda Curiosity, o equipamento que mandou pulsos de microondas para o solo de Marte e recebeu de volta o sinal para permitir a aterrissagem segura em território marciano.
Em seu livro, chamado “A Caminho de Marte” (2018; Editora Sextante), Gontijo usa linguagem simples e didática para contar sua história e os feitos dos Estados Unidos e da União Soviética na exploração espacial.
Em sua visão, a crença que o homem nunca foi à Lua não faz sentido, porque o feito envolveu centenas de milhares de profissionais na década de 1960 e também porque tal mentira não poderia ser sustentada por tantos anos – inclusive, porque a União Soviética teria contado ao mundo que seu rival mentira (em vez disso, o país, depois de derrotado na corrida pela Lua, enviou sondas para o planeta Vênus).
Gontijo será um dos principais palestrantes da Campus Party 12, evento de tecnologia, empreendedorismo e entretenimento que acontece em São Paulo, entre os dias 12 e 17 de fevereiro, em São Paulo. Atualmente, seu trabalho no laboratório de propulsão a jato (JPL, na sigla em inglês) está focado em uma missão coletora no planeta vermelho, que tem lançamento marcado para 2020.
Confira a seguir a entrevista de EXAME com Gontijo.
EXAME: Como um brasileiro foi parar na Nasa?
Ivair Contijo: Nenhum de nós sabe como nossa carreira vai se desenvolver. Temos que tentar de tudo e acreditar que alguma coisa vai dar certo no final. Trabalhei em várias áreas diferentes, estudei assuntos diferentes, sempre com um plano de longo prazo, um compromisso comigo mesmo de criar a própria carreira. Todo mundo tem um futuro brilhante pela frente, mas ele precisa ser conquistado. As coisas não acontecem em dois ou cinco anos. Objetivos grandes precisam de uma década ou mais.
Quando digo que passei por várias áreas diferentes, é porque administrei uma fazenda em Minas Gerais, quando parei de estudar por três anos, depois me formei em física e fiz um mestrado em óptica, depois morei por dez anos na Escócia, onde concluí doutorado em engenharia elétrica e só depois me mudei para a Califórnia e comecei a trabalhar na Nasa.
EXAME: O que motivou você a trabalhar com exploração espacial?
Um momento marcante foi a primeira coisa que eu vi na televisão: a chegada do homem à Lua. Quando era criança, eu não sonhava em trabalhar na Nasa porque isso parecia impossível. Ainda assim, isso despertou meu interesse por áreas técnicas. Outro ponto que me levou em direção à astronomia foi a oportunidade de ver o céu estrelado durante as noites na fazenda em Minas Gerais. Comecei a estudar astronomia de forma profissional na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Hoje, minha especialidade é optoeletrônica. Ela é a junção entre a óptica e a eletrônica.
Sou especialista em aparelhos que usam luz, lasers. Quando falamos ao telefone, o sinal da voz é convertida em um sinal elétrico que vai para uma torre de transmissão, chega a um centro de distribuição, onde ele vira um laser, e isso cai em fibras de transporte para chegar até um detector de luz, é convertido em sinal elétrico novamente e chega aos ouvidos da pessoa do outro lado da linha. Isso tudo acontece em 20 milissegundos. Para nós é como se fosse instantâneo.
EXAME: Como você conseguiu o emprego na Nasa?
Tentei algumas vezes entrar na Nasa, mas não consegui. Trabalhei em uma empresa de fibra óptica e recebi uma ligação do JPL, da Nasa, dizendo que tinham encontrado meu currículo em um fórum e que eu tinha o perfil procurado por eles. Seriam feitos testes em lasers, com um grupo interdisciplinar, antes de eles serem mandados para o espaço. Fui contratado para trabalhar nisso. Uma semana depois, fui chamado para trabalhar na construção dos emissores e receptores do radar que ia controlar a descida da sonda Curiosity em Marte.
EXAME: O que faziam os lasers nesse primeiro projeto?
Não era um projeto de voo, era para certificar lasers para todos os centros da Nasa. Isso acabou sendo usado no telescópio de raio-x Nustar, criado pelo JPL, junto com a universidade de Berkeley. Ele focaliza luz de raio-x, um trabalho muito difícil. O raio-x tem que bater quase de raspão em placas e ser desviado para ser focalizado. Essa é uma ideia que veio do funcionamento do olho da lagosta. Nele, a luz bate em placas e é refletida para focalizar. No telescópio, o processo é o mesmo. Sistemas de meteorologia que estão ativos na órbita da Terra até hoje também usam os lasers com os quais trabalhei.
EXAME: Como você vê as empresas privadas querendo explorar o espaço?
Os foguetes terceirizados já existem há algum tempo. O Curiosity foi lançado para Marte com um deles. No fim, é mais dinheiro vindo para essa área. Há mais geração de empregos, então, para mim, isso é excelente.
EXAME: Como é sua rotina trabalhando na Nasa atualmente?
Intensa, cheia de desafios técnicos e de cronograma e de problemas que precisam ser resolvidos o quanto antes. Atualmente, estou trabalhando na próxima missão que vai para Marte, em 2020. Será uma missão de captura de amostras. Temos técnicas de física, química, biologia molecular na Terra que são super sofisticadas, mas que não podem ser aplicadas em Marte porque não temos tecnologia para transportar todos os equipamentos necessários. Por isso, iremos buscar amostras.
O veículo será parecido com o Curiosity, mas com instrumentos diferentes. Lá, vamos coletar materiais orgânicos em Marte que tenham alguma evidência de vida passada ou presente. Os materiais serão coletados, guardados em tubos e deixados na superfície de Marte. Uma segunda missão coletará os tubos e os deixará na órbita do planeta. Uma terceira missão os buscará para trazê-los para a Terra.
A missão dois e a três fazem parte de acordos entre a Nasa e a ESA para execução. Isso provavelmente acontecerá em 2026. As duas etapas aconteciam em uma só missão. Estou trabalhando em um dos instrumentos, muito complexo e sofisticado. Parte dele é feito pelos franceses, parte por um time de Los Alamos (Novo México) e os alvos de calibração estão em produção na Espanha. A ideia é poder recalibrar o instrumento, que pode ser impactado pelo tempo e pela viagem.
Sou o engenheiro responsável por todas as interfaces desse instrumento, chamado Super Cam; pelas interfaces entre um instrumento e o veículo. Preciso garantir que ele tenha energia elétrica, que a massa que ele leva não seja maior do que a alocada para ele e que o software se comunique corretamente com o veículo, transmitindo dados. O lançamento está previsto para julho de 2020.
EXAME: Quais são os primeiros passos para se tornar um membro da Nasa?
A primeira coisa é ter um plano de longo prazo. É preciso muito trabalho, foco e paciência. E tentar de tudo. Quem tentar de cara um emprego aqui não vai dar certo. Por que eles dariam um emprego para um brasileiro se existem milhares de americanos também querendo a mesma vaga? Para mim, só deu certo porque eu poderia resolver um problema para eles. Se alguém do interior de Minas que parou de estudar por três anos conseguiu, qualquer um consegue. O preço é alto e leva muito tempo. É preciso ter foco por uma década ou mais. Essas coisas levam tempo.
EXAME: Como você vê a educação e a ciência no Brasil?
Acho que somos muito pessimistas. A Ciência no Brasil não é ruim de forma alguma. Os cientistas brasileiros são tão bons quanto os de qualquer outro país, talvez até melhores. A qualidade dos nossos cientistas é muito boa, e isso não vem do nada. Só pode vir de boas escolas. Problema existe em toda parte. Quando você passa muito tempo fora, começa a ver o Brasil com olhar de estrangeiro, e, é claro, não quero minimizar os nossos problemas. Mas, quando olhamos para o mundo, vemos que ninguém está super bem. Temos que manter o foco nas soluções.
Sobre a educação, digo que sempre estudei em escola pública. Isso não era o suficiente para passar em uma universidade. O que fiz foi estudar em um cursinho, por seis meses, para passar no vestibular de física. Oportunidades e mobilidade social existem também no Brasil. Fonte: Exame
Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio
Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:
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A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.
A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.
Brasília
Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS
Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória
A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.
A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.
No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.
>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:
– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)
– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)
– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)
– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)
– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)
– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)
– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)
– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).
De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.
No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.
Por Agência Brasil
Brasília
Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.
Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.
O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.
Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.
Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.
O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.
Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.
Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.
A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.
O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.
SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR
O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.
O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.
A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.
O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.
A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.
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