Tecnologia
Trump x Huawei: especialistas dizem se é possível fazer espionagem por meio de redes 5G. Confira!
O Olhar Digital ouviu especialistas para saber se as preocupações do governo norte-americano são legítimas. Veja, a seguir, o que eles acham
Uma das grandes batalhas atuais em torno do 5G não está relacionada com qual operadora vai ser a primeira a oferecer o serviço. Trata-se de uma guerra que tem o governo dos EUA e a fabricante chinesa Huawei como protagonistas.
Isso porque oficiais da inteligência norte-americana argumentam que a fornecedora de infraestrutura pode ter inserido alterações em seus sistemas de modo a espionar o país, usando a infraestrutura de telecom. Se isso realmente for verdade, pode representar um risco à segurança nacional, caso os EUA usem o hardware da marca em suas redes 5G
A Huawei, por sua vez, afirma que não há verdade nas acusações. E mais: reforça que os norte-americanos não têm evidências de que a companhia trabalha para o governo chinês. Além disso, informa que é possível eliminar esse tipo de risco — já que essa é a grande queixa deles.
Para garantir sua entrada no mercado, a Huawei até processou o governo dos EUA. A ideia é provar que a proibição de uso de seus produtos é inconstitucional. O governo norte-americano, por sua vez, tem pressionado países aliados a não adotarem o hardware da marca sob pena de deixarem de ser seus parceiros.
A grande questão, entretanto, é se, de fato, esse tipo de preocupação tem fundamento.
Matteo Nava, CEO da Berghem
Essa é uma preocupação legítima dos EUA, já que, tecnicamente, é possível fazer esse tipo de implementação diretamente no projeto de hardware dos equipamentos. Não se trata de uma alteração complexa e a Huawei certamente tem todas as capacidades para fazê-la e, claro, mascará-la. Sem contar que, obviamente, teria apoio do governo chinês para tal.
Alguns países da Europa já estão, inclusive, começando a usar a infraestrutura para 5G da marca, porque ainda não há confirmação dessas modificações. Isso porque a grande dificuldade é justamente identificar e demonstrar esse cenário — o próprio governo dos EUA, que lança as acusações, ainda não apresentou qualquer evidência delas.
Seria necessário um processo complexo e demorado de engenharia reversa — que é simples quando se trata de software, mas bastante complicado em hardware. Uma opção seria que os interessados pedissem que a Huawei tornasse explícitos os detalhes de projeto de seus equipamentos.
De outra forma, não é uma verificação rápida. Basta lembrar que, há pouco mais de um ano, foram descobertas vulnerabilidades de segurança em processadores da Intel: elas estavam presentes nos chips há mais de 10 anos e ninguém as tinha descoberto até então.
Igor Rincon, gerente de produto da Flipsido
Existe um conceito em segurança da informação chamado de backdoor — que pode ser implementado tanto em software como em hardware. A partir dele, é possível, sim, incluir um sistema de espionagem em dispositivos de infraestrutura como os vendidos pela Huawei.
Quando o atacante usa essa técnica, mesmo que se cuidem das vulnerabilidades, ele pode voltar ao sistema quando quiser. Uma das opções desse método é o backdoor de baixo nível, que fica no núcleo do sistema (o kernel) e é bem difícil de ser detectado. Existe, ainda, o backdoor de extremo baixo nível: pode ser uma placa específica ou um software na BIOS do sistema. Essa aplicação não é instalada no disco rígido e, por isso, é impossível excluí-la mesmo que ele seja formatado.
Como a Huawei é a fabricante da tecnologia, nada a impede de colocar uma backdoor em seus equipamentos. E se ela o fizer, somente mão de obra extremamente especializada é capaz de encontrar esse tipo de alteração. Isso porque é preciso fazer engenharia reversa de todo o hardware para achá-la.
Os EUA, inclusive, foram acusados por Edward Snowden de terem backdoors controlados pela Agência Nacional de Segurança (National Security Agency – NSA) em operação em todo o mundo. Apesar disso, é preciso lembrar que, mesmo que não seja completo, o HTTPS é uma camada de segurança que faz a criptografia dos sistemas e os protege.
Cleber Paiva, especialista em segurança da informação da PROOF
Esse tipo de alteração pode ser feito, mas não é provável que a Huawei o faça. Isso porque o 5G é uma infraestrutura de base, que vai servir de suporte, entre outros, para a Indústria 4.0. Como essa é uma estratégia central para muitos países, a tecnologia da empresa passa por um escrutínio muito forte — se ela usá-la para espionagem e for descoberta, sua reputação é abalada.
Tanto é assim que todas as acusações à Huawei (e a outras empresas chinesas) não são embasadas em nenhum tipo de evidência de que os equipamentos comprometam a segurança das nações que os adotam. Outros países fizeram investigações nesse sentido e, até agora, nada foi encontrado. Além disso, o próprio WikiLeaks já revelou que os EUA usavam tecnologia semelhante para fazer espionagem — ou seja, o histórico recente dos norte-americanos é mais recheado que o dos chineses.
Por outro lado, a detecção de uma ação como essa não é fácil, já que a maioria dos países ainda não domina a tecnologia — a Huawei está cerca de 18 meses à frente dos concorrentes em termos de pesquisa e desenvolvimento nessa área. Talvez o maior receio do governo norte-americano seja colocar sua matriz tecnológica nas mãos de uma nação estrangeira. Se a China tiver a hegemonia de tecnologia e, no futuro, houver um conflito entre os países, isso pode tornar os EUA vulneráveis.
O Brasil ainda não se posicionou oficialmente sobre o assunto, mas aqui a situação é um pouco diferente. Não temos uma matriz tecnológica comparável à dos EUA e esse gap é muito difícil de suprir. Se adotarmos uma postura semelhante à deles, podemos ficar atrás em tecnologias que poderiam nos ajudar a nos equiparar e isso afeta nossa capacidade produtiva e nos mantém no subdesenvolvimento.
Rafael Narezzi, especialista em cibersegurança da 4CyberSec
Vários dispositivos chineses já foram pegos com Remote Code Execution (RCE), uma falha que permite a execução de códigos em um sistema a partir de um servidor remoto. O que não se sabe é se o produto vem com essa vulnerabilidade por falta de investimento ou por outros interesses.
Os EUA aproveitam isso como justificativa, mas o grande medo deles é perder o controle sobre a comunicação e passarem a ser vigiados pelos chineses. Afinal, hoje em dia, tudo depende de conectividade e, quem domina a comunicação de um país, pode colocá-lo de joelhos.
Com o 5G, um dos agravantes é o fato de que a internet das coisas (IoT) vai se tornar uma ameaça maior. Hoje, ela ainda é limitada em conexão e velocidade, e isso não vai existir quando o 5G estiver em operação. A comunicação vai ser muito mais ampla, pois não vai se limitar a pessoas para máquinas e vai incluir o contato entre dispositivos.
Existem ainda muitas dúvidas porque ninguém sabe se essas alterações de fato existem. Além disso, podem haver sistemas espiões ainda inativos dentro dos equipamentos — e isso torna sua detecção ainda mais difícil.
Bruno Santiago, advogado especialista em direito digital e cibersegurança
É preciso sempre analisar o cenário de forma ampla. Existe a possibilidade de fazer esse tipo de alteração, sim, mas é mais provável que essa briga seja por necessidade de ter poder sobre o conhecimento. Afinal, hoje basta entrar na rede de outro país para saber tudo sobre ele. Além disso, a competição pode fazer as nações atuarem para desvalorizar uma empresa estrangeira de forma a manter suas companhias mais bem posicionadas no mercado.
Hoje, já vivemos uma guerra cibernética. Em 2017, por exemplo, a China chegou a controlar 20% da internet mundial durante três horas. Isso é bastante preocupante. Por outro lado, existe muita disponibilidade de informação online, o que torna a facilidade de ser observado uma constante. Os ataques a sistemas para roubar dados e projetos são uma realidade diária.
Os EUA, inclusive, entendem bem desse assunto, já que, em 2010, usaram o worm Stuxnet para espionar e reprogramar sistemas industriais no Irã. Por isso, eles sabem que é possível que a Huawei crie, por exemplo, um worm específico para seus aparelhos cujo objetivo seja atacar fontes norte-americanas. E isso, pode, inclusive, vir de outros sistemas — o que tem feito os EUA pedirem para outros países não comprarem equipamentos da marca.
Tecnologia
“Brainrot”, você tem isso? Conheça esse efeito colateral da vida digital
Termo descreve a “deterioração mental” causada por consumir grandes quantidades de conteúdo de baixo valor, como memes e vídeos sem sentido
Se você leu meu texto sobre a slopficação da internet, talvez agora você fique um pouco mais assustado. Senta que lá vem a história…
Se você é millennial, como eu, e tinha uma certa esperança que a próxima geração seria melhor e daria conta de um monte de coisas que não conseguimos, bem… nascer e crescer imerso em redes sociais parece que não está fazendo muito bem, pelo menos na construção de gosto e o que se escolhe consumir online.
Entender minimamente a GenZ (Geração Z) e a Geração Alpha tem consumido boa parte do tempo das minhas pesquisas online. Sacar os movimentos e tentar entrar na cabeça dos jovens é interessante e surpreendente, já que os valores e gostos são completamente diferentes. E olha que pra muita coisa eu sou mais Z que Y.
Mas vamos para o que interessa. Você já ouviu ou viu, em algum lugar, termos como:
- Skibidi Toilet
- Level Five Gyat
- Rizz
- Fanum Tax
- Only in Ohio
- Sigma Looksmaxxing
- Grimace Shake
Parece erro, palavras sem sentido, mas eles têm aparecido com frequência em uma série de conteúdos virais, mais especificamente memes, e que têm sido atribuídos ao tal do “brainrot”. Se você perguntar para o Google Tradutor, não vai conseguir nada. Já para o ChatGPT, ele traz uma luz. Olha só:
Acho que, com isso, você já consegue ir sacando o que é “brainrot”. Apesar desse termo ser antigo (usado desde 2004), é agora que ele está bombando em redes sociais muito usadas por jovens da GenZ, como o TikTok.
E não é pouco dizer que esses jovens internautas estão obcecados com a tal “brain rot” ou “brainrot”. Tanto que a própria viralização do termo explica muito o que estamos vivendo nos tempos atuais: “doomscrolling“, essa rolagem infinita nos nossos feeds, e também nosso estado online crônico.
Traduzido por “podridão cerebral”, “apodrecimento do cérebro” ou até “cérebro apodrecido”, o termo, ou condição, descreve a “deterioração mental” causada por consumir grandes quantidades de conteúdo de baixo valor, como memes e vídeos sem sentido, que podem afetar negativamente as habilidades cognitivas e a capacidade de pensar criticamente.
Longe de ser um termo médico ou científico, é simplesmente um efeito colateral do nosso comportamento online, principalmente em redes sociais, frequentemente motivado por um desejo compulsivo de se manter atualizado, principalmente com eventos negativos, mesmo quando isso pode ser emocionalmente desgastante ou prejudicial para a saúde mental.
Basicamente, estamos gastando mais tempo e literalmente nos entregando e absorvendo grandes quantidades de informações irrelevantes e de baixa qualidade.
Sem entrar nas questões neurodegenerativas, não precisamos de muito para entendermos que, ao consumirmos conteúdos piores, ficaremos piores. Ou seja, nossos cérebros vão trabalhar com o que recebem. Se consumimos porcarias, vamos pensar em porcarias. Simples assim.
E tem muita gente online falando que já está com “brainrot” só de ter recebido ou passado por certos conteúdos, justamente porque estão muitos expostos a eles. E assim como os “slops” causam uma certa confusão mental, os conteúdos associados ao brainrot também, desassociando imagens ou conceitos de seus contextos reais.
Um exemplo é a imagem de um soldado da Segunda Guerra Mundial com um olhar atordoado, que faz parte da pintura de Tom Lea “That 2,000 Yard Stare“, que é usado em muitos conteúdos meméticos, e que TikTokers dizem ser brainrot.
Popularização e perigos
Fazendo uma pesquisa rápida no Google Trends, percebemos que tivemos uma procura maior do termo em 2005 e 2010, mas, a partir da segunda metade de 2023 até agora, o termo explodiu. E é interessante notar que esses picos estão muito associados à cultura gamer e a jogos que contribuíram com seu uso ao longo da década de 2010.
Inclusive, “brainrot” é uma doença que os jogadores podem contrair no jogo de “2011 The Elder Scrolls V: Skyrim“. Em 2007, ano que muita gente considera o surgimento do termo, ele aparece em posts no X, nos quais os usuários descreviam reality shows de namoro, videogames e certos comportamentos, como brainrot.
Um artigo recente do NYT, Jessica Roy relata como alguns usuários do TikTok até começaram a criar paródias de pessoas que parecem “ter” essa condição, ajudando, assim, na popularização, ridicularização e adoção do termo. E, apesar de não ser um elogio falar que alguém tem brainrot, algumas pessoas demonstram um leve orgulho ao admitir a condição.
Em um quiz recente do BuzzFeed, dava até pra saber se “o seu cérebro está 1000% cozido”. Outra leva de vídeos fala que quanto mais gírias da internet uma pessoa usa, mais brainrot ela tem.
E apesar do humor que tudo isso traz, existe um lado bem ruim. Sabe quando a gente fica obcecado por algo e vê aquilo em todo lugar, ou quando gostamos tanto de um personagem ou uma celebridade e começamos a ficar parecidos com elas? Bem, consumir conteúdos de baixa qualidade pode nos deixar menos preparados a certaz situações e “menos inteligentes”, como colocam os jovens com brainrot. Muitos compartilham nas redes seu medo de ficaram “burros”.
Há muitos pesquisadores que estão se debruçando nesse tema, como o neurocientista Michel Desmurget, que tem um livro bastante controverso, assim como outros que se adentram nesse tema, “A fábrica de cretinos digitais: Os perigos das telas para nossas crianças”.
Esse medo de ficarmos piores cognitivamente é real, porque somos o que comemos e consumimos. A “Geração Touch” e as “crianças de iPad” certamente carregam consequências disso, tanto pela tela e o aumento de miopia, muita quantidade de luz azul, que traz alterações no sono, e por aí vai, até o que é visto, assistido e lido.
Em toda a história da humanidade, acompanhamos as consequências boas e ruins das mais diversas tecnologias que foram sendo introduzidas nas nossas vidas, e se tratando de internet, hoje e sempre, independente da tecnologia em si, sabemos que “gostamos” de certos conteúdos justamente pelo modo como nosso próprio cérebro funciona.
Nem vou entrar nessa discussão, porque isso daria um outro texto, mas, no caso dos memes, eles são divertidos, rola uma conexão emocional positiva com eles, e isso dá uma ajudinha na disponibilidade de dopamina no nosso cérebro. É entretenimento puro e viciante.
Por isso mesmo, existem muitos pesquisadores interessados no assunto, tanto que, nos Estados Unidos, diversas instituições de saúde já estão estudando isso como um distúrbio. No artigo no NYT, é citada a pesquisa do Hospital Infantil de Boston, que chama essa condição de “Uso Problemático de Mídia Interativa”. E ela mostra que, conforme passamos muito tempo online, mudamos nossa percepção do espaço físico para o online, e isso tem consequências.
E a GenAI nessa história?
Brainrot está na moda hoje em dia, assim como a GenAI (inteligência artificial generativa). Mas será que a IA está ajudando a nos levar a um estado de brainrot generalizado?
Se o uso preguiçoso da GenAI pode nos fazer desenvolver menos algumas habilidades ao longo do tempo, não há dúvida. É como foi com a nossa memória, tanto que hoje não guardamos o número do celular de quase ninguém. Claro que nesse cas,o é reversível, podemos treinar e melhorar, graças a neuroplasticidade cerebral.
Mas, assim como a internet está se “slopificando”, ou seja, sendo tomada por conteúdos sem valor sendo gerados sinteticamente, nós também poderemos acabar nos deparando cada vez mais com esse conteúdo, e (por que não?) aumentando o brainrot, assim como nos enganando cada vez mais por conteúdos falsos. As consequências de longo prazo não sabemos, e muito estudo ainda será feito, mas, com certeza, uma coisa pode alimentar a outra.
Deveríamos nos preocupar com o “brainrot”?
Em certo sentido, sim, embora devamos ser cautelosos ao soar o alarme sobre o que impulsiona ou leva ao “brainrot”. É muito fácil referir-se a praticamente qualquer coisa como causadora de “brainrot”, se formos pensar.
A cultura da internet sempre traz questões e termos interessantíssimos que podem nos fazer pensar e desenvolver muitas teorias e conceitos. Brainrot ainda é uma expressão que carece de rigor científico, principalmente para descrever ou quantificar a saúde mental real. Mesmo assim, não significa que devemos ignorar ou minimizar as preocupações que estão no cerne desse termo.
Tecnologia
Tik Tok planeja lançar o Whee, plataforma de fotos ‘cópia’ do Instagram
Na plataforma, será possível manter um feed de imagens, utilizar filtros nas fotos tiradas pelo próprio aplicativo, além de manter um fluxo de conexão de amigos
O TikTok está trabalhando em seu próprio Instagram, afirmou o site Android Police na terça-feira, 18. O aplicativo, chamado Whee, tem como objetivo o compartilhamento de fotos com melhores amigos – uma mistura da rede de Mark Zuckerberg com o BeReal, de fotos instantâneas e não editadas. O app, que já pode ser utilizado em alguns países, ainda não chegou ao Brasil.
De acordo com as imagens vistas pelo Android Police, o Whee é um app separado do TikTok, mas também mantido pela ByteDance. Na plataforma, é possível manter um feed de imagens, utilizar filtros nas fotos tiradas pelo próprio aplicativo, além de manter um fluxo de conexão de amigos.
Configurações básicas como curtidas e comentários também estão presentes, em um layout bastante parecido com o do Instagram.
“Capture e compartilhe fotos da vida real que somente seus amigos podem ver, permitindo que você seja mais autêntico”, afirma a descrição do Whee no Google Play, loja de apps do Android. “Whee é o melhor lugar para amigos próximos compartilharem momentos da vida”, completam.
O TikTok e a ByteDance ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o aplicativo, mas já é possível encontrar a nova rede social em alguns países em celulares com sistema operacional Android.
Tecnologia
YouTube testa recurso que introduz “notas” de contexto em vídeos
Testes começarão nos Estados Unidos e serão feitos, inicialmente, com usuários e criadores selecionados
O YouTube anunciou, nesta segunda-feira (17), que permitirá em breve que os usuários adicionem “notas” que fornecerão contexto sobre alguns de seus vídeos. Os testes fazem parte de um novo recurso que inicialmente será lançado nos Estados Unidos.
A plataforma convidará alguns usuários e criadores de conteúdo, como parte da fase inicial de teste, para escrever notas destinadas a fornecer “contexto relevante, oportuno e fácil de entender” sobre os vídeos.
As notas, por exemplo, poderão esclarecer quando uma música é uma paródia, apontar quando uma nova versão de um produto que está sendo analisado estiver disponível ou informar aos espectadores quando imagens antigas são erroneamente apresentadas como eventos atuais.
A rede social X, antigo Twitter, possui um recurso semelhante chamado Notas da Comunidade, que permite que colaboradores selecionados adicionem contexto às publicações, incluindo tags como “enganoso” e “fora de contexto”.
O recurso de notas no YouTube será, inicialmente, disponibilizado em dispositivos móveis para usuários nos Estados Unidos e em inglês. Nessa fase, avaliadores externos classificarão a utilidade das notas, o que ajudará a treinar os sistemas, antes de um possível lançamento mais amplo, disse o YouTube.
*Com reportagem de Yuvraj Malik, em Bengaluru
CNN Brasil
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