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Netflix, Amazon, HBO, Apple TV+ e Disney+: veja os pontos fortes e fracos de cada um para você montar seu pacote perfeito

Com a entrada da Apple e da Disney no mercado de vídeo sob demanda muita coisa pode mudar no cenário de streaming mundial

Com a quantidade de serviços de vídeo sob demanda em alta, está ficando mais e mais complexo optar por apenas uma plataforma de streaming de vídeo. Depois do Netflix, Amazon Prime e HBO Go, a Apple e a Disney passam a investir nesse mercado. Mas qual serviço de vídeo sob demanda oferece as melhores opções?

Netflix: prós e contras

  • Lançamento: 2011 (Brasil)

  • Preço: a partir de R$ 21,90

  • Disponibilidade: agora

Quando ainda estávamos centrados na televisão por assinatura, a Netflix surgia para democratizar o streaming de vídeo no mundo. Talvez por isso, atualmente, conta com quase 140 milhões de usuários. Depois de certo tempo disponibilizando o conteúdo de outras empresas, os executivos da Netflix resolveram criar o próprio conteúdo, oferecendo série e filmes originais. Logo, a companhia passou de distribuidora de vídeo à produtora. Ao contrário da Disney, por exemplo.

Do lado da Netflix, estão as séries que já caíram no gosto popular, como Stranger Things, The Crown, Black Mirror e, recentemente, Sabrina. Um sinal claro da evolução da gigante do streaming de vídeo é que, este ano, a Netflix assinou produções vencedoras de quatro estatuetas de ouro no Oscar 2019.

Além disso, devido a rápida expansão do serviço, hoje é possível utilizar a plataforma em até quatro telas ao mesmo tempo e os pacotes são bastante flexíveis em comparação aos das concorrentes. Outro ponto positivo é que os controles do aplicativo ou cliente web são constantemente melhoradas e a empresa vem desenvolvendo muito bem conteúdos do tipo interativo.

O lado negativo é que, com a chegada de novos serviços de vídeo sob demanda, a Netflix está perdendo um número considerável de parceiras. O caso mais significativo seja provavelmente o da Marvel que, com o lançamento do Disney+, foi lentamente cancelando as séries de super-heróis na plataforma. E a tendência é vermos outras licenças sendo dissolvidas a longo prazo.

Além disso, como o projeto a médio prazo da Netflix é ter conteúdo próprio em quase todo o seu acervo, a empresa está produzindo filmes, séries e afins em quantidades gigantescas e a toque de caixa. Como fica quase impossível controlar a qualidade nesse ritmo, muitas das obras deixam a desejar na execução, mesmo com atores e diretores renomados à frente dos projetos. Se nas séries isso acontece menos, nos filmes é visível que a companhia ainda precisa comer muito arroz com feijão pra fazer frente com grandes estúdios. Claro que há exceções, como Roma ou Beirute. Mas, na maioria dos casos, os longas deixam a desejar.

Em comparação com o serviço de streaming de vídeo oferecido pela Apple, por exemplo, a Netflix fica para trás no quesito consumo de conteúdo offline, que hoje é limitado a 100 títulos. Além disso, nem todos os filmes e séries estão disponíveis para o download.

Reprodução

Amazon Prime Video: prós e contras

  • Lançamento: 2016 (Brasil)

  • Preço: a partir de 7,90 pelos primeiros seis meses

  • Disponibilidade: agora

A Amazon também é uma empresa de tecnologia que se aventurou no mercado de produção de séries e filmes. Ao contrário da Netflix, o Prime Video é um serviço mais enxuto e, apesar de oferecer um ótimo conteúdo próprio, ainda não é tão popular quanto a sua principal concorrente. Para se ter uma ideia, hoje, o Amazon Prime Video possui 100 milhões de inscritos, sendo que a companhia é um dos maiores e-commerces do mundo.

Ao contrário da Netflix, a Amazon oferece, além do conteúdo incluso no pacote do usuário, um catálogo imenso de filmes para alugar ou mesmo comprar. Isso é extremamente positivo, pois muitas produções demoram a chegar, especialmente, lançamentos. Com isso, a Amazon cria uma distância imensa para outros serviços que concorrem com ela.

Outro ponto positivo do serviço é que sua curadoria para produzir ou trazer conteúdo para “dentro de casa” é mais refinada que a da Netflix e também foca não apenas adolescentes, mas um público mais adulto. Séries como American Gods, The Good Fight, McMafia, Startup e Marvelous Mrs. Maisel são sucesso de público e crítica e já faturaram diversos prêmios. Sem contar filmes como Manchester à Beira Mar, que ganhou o Oscar de Melhor Ator para Casey Affleck.

No entanto, assim como a Netflix, a Amazon pode acabar perdendo títulos no futuro por conta da criação de novos serviços de streaming que chegam ao mercado, muitos deles desenvolvidos pelos grandes estúdios. Contudo, a empresa pode sempre oferecer tais títulos fora do plano Prime Video.

E ainda que tenha melhorado bastante, a Amazon Prime ainda falha em quesitos primários em sua plataforma. Os controles do player de vídeo da Amazon são menos amigáveis, faltam legendas em muitas obras e muitos filmes nem possuem tradução em português. Mas é possível baixar todos os títulos disponíveis na plataforma (quando não acontece erro).

Reprodução

HBO Go: prós e contras

  • Lançamento: 2017 (serviço independente no Brasil)

  • Preço: a partir de R$ 37,90

  • Disponibilidade: agora

O HBO Go é um serviço independente do canal HBO e chegou ao país em 2017. A plataforma oferece um catálogo grande de séries e filmes, sendo muitos deles verdadeiros clássicos, como Família Soprano, The Wire, The Newsroom, entre outros. Além do catálogo adquirido através dos seus parceiros, a empresa é conhecida pelas produções originais e, talvez, a mais popular delas, no momento, seja Game of Thrones, cuja última temporada começa a partir deste domingo (14). Destaque também para os badalados True Detective, Westworld e as miniséries Sharp Objects, The Night of e Big Little Lies.

O grande ponto positivo do HBO Go, aliás, é a grade de programação, bastante variada e que se assemelha mais com o estilo de TV que conhecemos. Além disso, a empresa é muito mais criteriosa na produção de filmes e séries que levam a sua marca e boa parte do seu acervo prima por uma qualidade que a concorrência não tem.

Porém, o aplicativo é pouco amigável, os controles ainda são pouco otimizados para o consumo de conteúdo no celular e, claro, o preço é o mais alto desta lista. Sem contar uma certa instabilidade na transmissão de alguns conteúdos.

Reprodução

Apple TV+: prós e contras

  • Lançamento: a partir do final de setembro (global)

  • Preço: desconhecido

  • Disponibilidade: desconhecida

O Apple TV+ foi anunciado há poucas semanas e ainda não está disponível e nem mesmo sabemos o valor que será cobrado pela empresa por pacote. Contudo, o objetivo da empresa é oferecer conteúdo extra aos usuários de iPhones, iPads, Mac e Apple TV. De acordo com o que foi apresentado em março deste ano, a empresa vai produzir material original, bem como agregar conteúdo de plataformas de streaming como HBO, Showtime e CBS.

Ao contrário de muitos serviços da Apple, a plataforma de streaming de vídeo vai além dos muros do iOS, e estará disponível através do seu aplicativo de TV para smart TVs de empresas como Samsung , Sony, LG e Vizio, por exemplo.

A ideia da Apple é oferecer um novo estilo de televisão, o que pode torná-la diferente das concorrentes, com exceção da HBO Go. Agora, o que torna o Apple TV+ uma boa opção é o fato de que existem cerca de 1,4 bilhões de dispositivos da marca presentes no mercado e, dependendo do valor do serviço, o TV+ poderia se tornar um grande sucesso, como aconteceu com o Apple Music que hoje já bate o número de inscritos do Spotify. Assim sendo, as séries e filmes se tornariam mais populares e, claro, mesmo quem não utiliza dispositivos da maçã se interessaria em usar a plataforma.

Contudo, a Apple entra um pouco atrasada no mercado de produção de séries e vídeos, o que pode retardar um pouco o sucesso da empresa na área. Sabendo disso, os gerentes de produto da fabricante do iPhone se antecederam e, já no evento de lançamento, trouxeram grandes nomes da televisão norte-americana ao palco, como Oprah Winfrey, Steve Carell, Reese Witherspoon e Jennifer Aniston.

O grande contra aqui é não sabermos como a Apple vai adaptar o conteúdo para outras regiões, como o Brasil. A Apple ainda vê o mercado brasileiro como um grande comércio de venda de smartphones e afins, pois poucos serviços são verdadeiramente localizados. Dito isso, o preço poderia ser um inconveniente, mas se levarmos em consideração que a assinatura do Apple Music é muito parecida com a dos concorrentes, talvez tenhamos até uma surpresa, mais só tempo irá confirmar isso.

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Disney+: prós e contras

  • Lançamento: a partir de 12 novembro (global)

  • Preço: 6,99 dólares (ainda não possui preço no Brasil)

  • Disponibilidade: desconhecida

E para concorrer com estes grandes nomes, a Disney, um dos maiores conglomerados da produção de vídeos do mundo, resolveu disponibilizar o próprio serviço de vídeo sob demanda. O que a torna tão especial em relação às demais empresas desta lista? Bom, em primeiro lugar, a Disney fez o caminho contrário, construiu um império cinematográfico e, quando percebeu a ascensão das plataformas de streaming, resolveu participar deste mercado também como protagonista.

Marvel, Star Wars e Simpsons, estes são alguns dos títulos que vão estar disponíveis no Disney+ que ainda vai contar conteúdo do Hulu e da ESPN+ com desconto para assinantes. Até o seu lançamento, em novembro, espera-se a confirmação de que todo o material original da Fox seja adquirido pela The Walt Disney Company. Em outras palavras, a grande vantagem do Disney+ será o conteúdo, especialmente quando olhamos para o preço do novo serviço: apenas 6,99 dólares.

Assim como o Apple TV+, no entanto, não sabemos ao certo como será a adaptação para o nosso mercado, nem mesmo o tipo de controle de player que será oferecido. No entanto, a Disney é uma das maiores jogadoras deste mercado agora e, meus amigos e amigas, com certeza irá oferecer os mesmos recursos das concorrentes, senão melhores.

Netflix vs. Amazon Prime Video vs. HBO Go vs. Apple TV+ vs. Disney+

Apesar de sabermos ainda muito pouco sobre como o mercado receberá as plataformas de streaming da Apple e da Disney, a entrada destas duas gigantes movimenta bastante o cenário de vídeos sob demanda. Em primeiro lugar, porque o consumo de streaming cresceu muito nos últimos tempos. De acordo com dados da consultoria Sandvine, só a Netflix é responsável por 13,75% de todo o tráfego da internet no mundo.

Em segundo, porque as chances são grandes de vermos uma mudança significativa no topo da lista das maiores plataformas de streaming de vídeo.

Mas ao analisar os pontos positivos e negativos de cada serviço, a boa notícia é que para nós, consumidores, as opções são presentes no mercado hoje oferecem bons serviços e a competitividade vêm melhorando as ofertas, o que nem sempre acontece na indústria de tecnologia. Agora, é claro que muito mais do que na parte técnica, serviços de streaming estão pautados na qualidade de conteúdo e, até aí, as chances do Disney+ se destacar nesta área são muito altas.

Tecnologia

“Brainrot”, você tem isso? Conheça esse efeito colateral da vida digital

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Termo descreve a “deterioração mental” causada por consumir grandes quantidades de conteúdo de baixo valor, como memes e vídeos sem sentido

 

“Brainrot” pode afetar negativamente as habilidades cognitivas das pessoas
Unsplash/Taylor Deas-Melesh

 

Se você leu meu texto sobre a slopficação da internet, talvez agora você fique um pouco mais assustado. Senta que lá vem a história…

A internet está cada vez mais maluca. Na verdade, não a internet, porque ela sempre foi. Mas, a cada dia que passa, eu me surpreendo com o que as pessoas andam fazendo online, principalmente os jovens.

Se você é millennial, como eu, e tinha uma certa esperança que a próxima geração seria melhor e daria conta de um monte de coisas que não conseguimos, bem… nascer e crescer imerso em redes sociais parece que não está fazendo muito bem, pelo menos na construção de gosto e o que se escolhe consumir online.

Entender minimamente a GenZ (Geração Z) e a Geração Alpha tem consumido boa parte do tempo das minhas pesquisas online. Sacar os movimentos e tentar entrar na cabeça dos jovens é interessante e surpreendente, já que os valores e gostos são completamente diferentes. E olha que pra muita coisa eu sou mais Z que Y.

Mas vamos para o que interessa. Você já ouviu ou viu, em algum lugar, termos como:

  • Skibidi Toilet
  • Level Five Gyat
  • Rizz
  • Fanum Tax
  • Only in Ohio
  • Sigma Looksmaxxing
  • Grimace Shake

Parece erro, palavras sem sentido, mas eles têm aparecido com frequência em uma série de conteúdos virais, mais especificamente memes, e que têm sido atribuídos ao tal do “brainrot”. Se você perguntar para o Google Tradutor, não vai conseguir nada. Já para o ChatGPT, ele traz uma luz. Olha só:

ChatGPT oferece definição de termos que têm sido atribuídos ao "brainrot"

ChatGPT oferece definição de termos que têm sido atribuídos ao “brainrot” / Reprodução/ChatGPT

 

Acho que, com isso, você já consegue ir sacando o que é “brainrot”. Apesar desse termo ser antigo (usado desde 2004), é agora que ele está bombando em redes sociais muito usadas por jovens da GenZ, como o TikTok.

E não é pouco dizer que esses jovens internautas estão obcecados com a tal “brain rot” ou “brainrot”. Tanto que a própria viralização do termo explica muito o que estamos vivendo nos tempos atuais: “doomscrolling“, essa rolagem infinita nos nossos feeds, e também nosso estado online crônico.

Traduzido por “podridão cerebral”, “apodrecimento do cérebro” ou até “cérebro apodrecido”, o termo, ou condição, descreve a “deterioração mental” causada por consumir grandes quantidades de conteúdo de baixo valor, como memes e vídeos sem sentido, que podem afetar negativamente as habilidades cognitivas e a capacidade de pensar criticamente.

Longe de ser um termo médico ou científico, é simplesmente um efeito colateral do nosso comportamento online, principalmente em redes sociais, frequentemente motivado por um desejo compulsivo de se manter atualizado, principalmente com eventos negativos, mesmo quando isso pode ser emocionalmente desgastante ou prejudicial para a saúde mental.

Basicamente, estamos gastando mais tempo e literalmente nos entregando e absorvendo grandes quantidades de informações irrelevantes e de baixa qualidade.

Sem entrar nas questões neurodegenerativas, não precisamos de muito para entendermos que, ao consumirmos conteúdos piores, ficaremos piores. Ou seja, nossos cérebros vão trabalhar com o que recebem. Se consumimos porcarias, vamos pensar em porcarias. Simples assim.

E tem muita gente online falando que já está com “brainrot” só de ter recebido ou passado por certos conteúdos, justamente porque estão muitos expostos a eles. E assim como os “slops” causam uma certa confusão mental, os conteúdos associados ao brainrot também, desassociando imagens ou conceitos de seus contextos reais.

Um exemplo é a imagem de um soldado da Segunda Guerra Mundial com um olhar atordoado, que faz parte da pintura de Tom Lea “That 2,000 Yard Stare“, que é usado em muitos conteúdos meméticos, e que TikTokers dizem ser brainrot.

Popularização e perigos

Fazendo uma pesquisa rápida no Google Trends, percebemos que tivemos uma procura maior do termo em 2005 e 2010, mas, a partir da segunda metade de 2023 até agora, o termo explodiu. E é interessante notar que esses picos estão muito associados à cultura gamer e a jogos que contribuíram com seu uso ao longo da década de 2010.

Inclusive, “brainrot” é uma doença que os jogadores podem contrair no jogo de “2011 The Elder Scrolls V: Skyrim“. Em 2007, ano que muita gente considera o surgimento do termo, ele aparece em posts no X, nos quais os usuários descreviam reality shows de namoro, videogames e certos comportamentos, como brainrot.

Um artigo recente do NYT, Jessica Roy relata como alguns usuários do TikTok até começaram a criar paródias de pessoas que parecem “ter” essa condição, ajudando, assim, na popularização, ridicularização e adoção do termo. E, apesar de não ser um elogio falar que alguém tem brainrot, algumas pessoas demonstram um leve orgulho ao admitir a condição.

Em um quiz recente do BuzzFeed, dava até pra saber se “o seu cérebro está 1000% cozido”. Outra leva de vídeos fala que quanto mais gírias da internet uma pessoa usa, mais brainrot ela tem.

E apesar do humor que tudo isso traz, existe um lado bem ruim. Sabe quando a gente fica obcecado por algo e vê aquilo em todo lugar, ou quando gostamos tanto de um personagem ou uma celebridade e começamos a ficar parecidos com elas? Bem, consumir conteúdos de baixa qualidade pode nos deixar menos preparados a certaz situações e “menos inteligentes”, como colocam os jovens com brainrot. Muitos compartilham nas redes seu medo de ficaram “burros”.

Há muitos pesquisadores que estão se debruçando nesse tema, como o neurocientista Michel Desmurget, que tem um livro bastante controverso, assim como outros que se adentram nesse tema, “A fábrica de cretinos digitais: Os perigos das telas para nossas crianças”.

Esse medo de ficarmos piores cognitivamente é real, porque somos o que comemos e consumimos. A “Geração Touch” e as “crianças de iPad” certamente carregam consequências disso, tanto pela tela e o aumento de miopia, muita quantidade de luz azul, que traz alterações no sono, e por aí vai, até o que é visto, assistido e lido.

Em toda a história da humanidade, acompanhamos as consequências boas e ruins das mais diversas tecnologias que foram sendo introduzidas nas nossas vidas, e se tratando de internet, hoje e sempre, independente da tecnologia em si, sabemos que “gostamos” de certos conteúdos justamente pelo modo como nosso próprio cérebro funciona.

Nem vou entrar nessa discussão, porque isso daria um outro texto, mas, no caso dos memes, eles são divertidos, rola uma conexão emocional positiva com eles, e isso dá uma ajudinha na disponibilidade de dopamina no nosso cérebro. É entretenimento puro e viciante.

Por isso mesmo, existem muitos pesquisadores interessados no assunto, tanto que, nos Estados Unidos, diversas instituições de saúde já estão estudando isso como um distúrbio. No artigo no NYT, é citada a pesquisa do Hospital Infantil de Boston, que chama essa condição de “Uso Problemático de Mídia Interativa”. E ela mostra que, conforme passamos muito tempo online, mudamos nossa percepção do espaço físico para o online, e isso tem consequências.

E a GenAI nessa história?

Brainrot está na moda hoje em dia, assim como a GenAI (inteligência artificial generativa). Mas será que a IA está ajudando a nos levar a um estado de brainrot generalizado?

Se o uso preguiçoso da GenAI pode nos fazer desenvolver menos algumas habilidades ao longo do tempo, não há dúvida. É como foi com a nossa memória, tanto que hoje não guardamos o número do celular de quase ninguém. Claro que nesse cas,o é reversível, podemos treinar e melhorar, graças a neuroplasticidade cerebral.

Mas, assim como a internet está se “slopificando”, ou seja, sendo tomada por conteúdos sem valor sendo gerados sinteticamente, nós também poderemos acabar nos deparando cada vez mais com esse conteúdo, e (por que não?) aumentando o brainrot, assim como nos enganando cada vez mais por conteúdos falsos. As consequências de longo prazo não sabemos, e muito estudo ainda será feito, mas, com certeza, uma coisa pode alimentar a outra.

Deveríamos nos preocupar com o “brainrot”?

Em certo sentido, sim, embora devamos ser cautelosos ao soar o alarme sobre o que impulsiona ou leva ao “brainrot”. É muito fácil referir-se a praticamente qualquer coisa como causadora de “brainrot”, se formos pensar.

A cultura da internet sempre traz questões e termos interessantíssimos que podem nos fazer pensar e desenvolver muitas teorias e conceitos. Brainrot ainda é uma expressão que carece de rigor científico, principalmente para descrever ou quantificar a saúde mental real. Mesmo assim, não significa que devemos ignorar ou minimizar as preocupações que estão no cerne desse termo.

Conheça tendências que sinalizam rumos para o futuro da IA

CNN

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Tik Tok planeja lançar o Whee, plataforma de fotos ‘cópia’ do Instagram

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Na plataforma, será possível manter um feed de imagens, utilizar filtros nas fotos tiradas pelo próprio aplicativo, além de manter um fluxo de conexão de amigos

 

UE abre investigação contra TikTok por possível violação das normas – (crédito: Reprodução/Freepik)

 

O TikTok está trabalhando em seu próprio Instagram, afirmou o site Android Police na terça-feira, 18. O aplicativo, chamado Whee, tem como objetivo o compartilhamento de fotos com melhores amigos – uma mistura da rede de Mark Zuckerberg com o BeReal, de fotos instantâneas e não editadas. O app, que já pode ser utilizado em alguns países, ainda não chegou ao Brasil.

De acordo com as imagens vistas pelo Android Police, o Whee é um app separado do TikTok, mas também mantido pela ByteDance. Na plataforma, é possível manter um feed de imagens, utilizar filtros nas fotos tiradas pelo próprio aplicativo, além de manter um fluxo de conexão de amigos.

Configurações básicas como curtidas e comentários também estão presentes, em um layout bastante parecido com o do Instagram.

“Capture e compartilhe fotos da vida real que somente seus amigos podem ver, permitindo que você seja mais autêntico”, afirma a descrição do Whee no Google Play, loja de apps do Android. “Whee é o melhor lugar para amigos próximos compartilharem momentos da vida”, completam.

O TikTok e a ByteDance ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o aplicativo, mas já é possível encontrar a nova rede social em alguns países em celulares com sistema operacional Android.

Agência Estado

 

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YouTube testa recurso que introduz “notas” de contexto em vídeos

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Testes começarão nos Estados Unidos e serão feitos, inicialmente, com usuários e criadores selecionados

YouTube anunciou, nesta segunda-feira (17), que permitirá em breve que os usuários adicionem “notas” que fornecerão contexto sobre alguns de seus vídeos. Os testes fazem parte de um novo recurso que inicialmente será lançado nos Estados Unidos.

A plataforma convidará alguns usuários e criadores de conteúdo, como parte da fase inicial de teste, para escrever notas destinadas a fornecer “contexto relevante, oportuno e fácil de entender” sobre os vídeos.

As notas, por exemplo, poderão esclarecer quando uma música é uma paródia, apontar quando uma nova versão de um produto que está sendo analisado estiver disponível ou informar aos espectadores quando imagens antigas são erroneamente apresentadas como eventos atuais.

A rede social X, antigo Twitter, possui um recurso semelhante chamado Notas da Comunidade, que permite que colaboradores selecionados adicionem contexto às publicações, incluindo tags como “enganoso” e “fora de contexto”.

O recurso de notas no YouTube será, inicialmente, disponibilizado em dispositivos móveis para usuários nos Estados Unidos e em inglês. Nessa fase, avaliadores externos classificarão a utilidade das notas, o que ajudará a treinar os sistemas, antes de um possível lançamento mais amplo, disse o YouTube.

Fátima Bernardes lança canal no YouTube após deixar Globo

*Com reportagem de Yuvraj Malik, em Bengaluru

 

CNN Brasil

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