Com a confusão do horário de verão no celular, Lauro Ortega, de 67 anos, chegou ao trabalho uma hora mais cedo. Ele é funcionário do estacionamento de um supermercado, colocou o telefone para despertar às 4h, com a intenção de chegar às 6h no trabalho. “Só percebi que o relógio estava errado quando cheguei no trabalho.”
Na última segunda-feira, dia 15, o governo anunciou que o horário de verão começará no dia 4 de novembro. A mudança do início do horário de verão, que geralmente começa em outubro, foi feita pelo presidente Michel Temer a pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O pedido havia sido feito para que a troca de horário começasse após o segundo turno das eleições, no próximo domingo.
O Ministério da Educação também havia pedido que o início do horário de verão fosse adiado em duas semanas, devido ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), mas o governo voltou atrás.
De acordo com o Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular (Sinditelebrasil), o ajuste nos relógios dos aparelhos não foi feito pelas operadoras. A entidade disse não saber o que originou a falha. Segundo o Estado apurou, o relógio dos aparelhos geralmente é configurado pelas redes das operadoras.
O problema também afetou alguns relógios de rua em São Paulo. Segundo a SPObras, vinculada à Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras, as empresas de telefonia celular que prestam o serviço, por meio de chips, à concessionária responsável pelos relógios tiveram problemas para reverter a programação do horário de verão previsto inicialmente para ontem. Segundo a concessionária, a situação já havia sido normalizada ainda ontem.
Há uma semana, o mesmo problema já havia ocorrido em aparelhos de clientes da operadora Tim. A falha foi relatada tanto por usuários do sistema Android quanto do iOS. Na ocasião, a empresa de telefonia reconheceu que um problema no sistema fez com que alguns modelos de smartphones tivessem seus relógios adiantados.