Conecte Conosco

Brasília

Campanha de vacinação contra H1N1 no DF começa na próxima segunda-feira

Colégio particular do Lago Sul que teve registro de um caso e o estado de Goiás tiveram a vacinação antecipada

A campanha começa em 23 de abril e segue até 1º de junho: previsão de 706.988 pessoas vacinadas no DF
(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

O caso de um estudante do Colégio Presbiteriano Mackenzie, no Lago Sul, infectado com o vírus H1N1 chamou a atenção para a campanha de vacinação no Distrito Federal. Enquanto o colégio antecipou a imunização interna, com ação realizada ontem, a rede pública de saúde começou a se preparar para receber as doses. A vacina tetravalente contra os vírus H1N1, H3N2 e dois tipos de influenza B começará a ser aplicada na segunda-feira e seguirá até 1º de junho. A expectativa é de que 706.988 sejam vacinados na capital federal. De janeiro até o início de abril, a Secretaria de Saúde confirmou cinco casos — uma pessoa morreu.

Em Goiás, em razão da quantidade de infectados com o vírus, o Ministério da Saúde também antecipou a campanha de imunização. Começou em 13 de abril. Só nos primeiros cinco dias, mais de 138 mil pessoas se vacinaram no estado vizinho ao DF. Até 9 de abril, a Secretaria de Saúde de Goiás confirmou 92 casos de H1N1. Dezessete pacientes morreram. Goiânia, Anápolis, Rio Verde, Caldas Novas e Luziânia são algumas das cidades que registraram notificações da doença. A proximidade com algumas dessas cidades deixa a capital federal em alerta.

Mesmo assim, a gerente de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Goiás, Magna Maria de Carvalho, acredita que o DF está em vantagem se comparado ao cenário goiano. “Em Goiás, os casos começaram a acontecer antes, assim como a campanha de vacinação. Pelo que percebemos nos boletins epidemiológicos, a situação nas duas unidades da Federação é diferente, mas Brasília não está imune à doença. Contudo, o fato de a vacina ter se adiantado em Goiás talvez evite que se propague com mais força no Distrito Federal”, afirma.

Magna Maria ressalta que, apesar de a vacinação não ser destinada a toda a população, ela reduz a circulação do vírus no meio ambiente em um terço. Goiás concentra de 20% a 25% dos casos de influenza do Brasil. No entanto, a gerente de Vigilância Epidemiológica explica que o vírus H1N1 se propaga nas regiões Centro-Oeste e Nordeste como um todo. “Mesmo as pessoas que se vacinaram precisam manter os cuidados, porque o organismo demora até duas semanas para desenvolver anticorpos. Então, nesse período, até quem se vacinou pode contrair a doença”, explica.

Segundo especialistas, a melhor forma de prevenção contra o vírus H1N1 é a vacinação(foto: Antonio Cunha/CB/D.A Press)

UTI

Quem contraiu a doença chama a atenção para a necessidade de se imunizar. O radialista Luciano Lima, 47 anos, recebeu o diagnóstico de H1N1 em 2009, primeiro ano do vírus. Ele lembra que acordou um dia indisposto, com dor no corpo e, logo depois, teve uma febre de 42ºC. “Foi algo tão estrondoso que eu cheguei ao hospital cambaleando e apaguei. Fiquei internado por nove dias, dois deles na UTI. Não sei se teve alguma relação, mas, à época, tive contato com argentinos. A gente nunca acha que vai acontecer conosco e, para minha surpresa, foi a H1N1”, relembra.

O episódio deixou a família em alerta. Neste ano, os dois filhos dele, de 23 e 14 anos, vacinaram-se contra o vírus, assim como a mulher, de 41. Luciano tinha 38 anos quando recebeu o diagnóstico da doença. “Deus me deu essa nova oportunidade e fica a lição de que a gente não pode se descuidar. É importante colocar em dia o cartão de vacina. Os adultos têm mania de esquecer, mas é muito importante conferir para certificar se a imunização está em dia. Os vírus estão sofrendo mutações e são muito perigosos”, reforça o radialista.

Propagação

Especialista em doenças infecciosas, o médico Hemerson dos Santos Luz destaca que a melhor forma de se prevenir contra o vírus é por meio da vacinação. “A OMS (Organização Mundial da Saúde) define um conjunto de vírus para elaborar a vacina, que é anual. Em 2018, a dose protege contra o vírus H1N1, H3N2 e dois tipos de influenza B. O vírus pode atingir qualquer idade e evoluir para um quadro complicado. A doença tem uma taxa de mortalidade elevada”, revela.

O infectologista explica que o vírus pode ser transmitido por gotículas da fala, pela tosse ou pelo espirro. Por isso, é importante fazer a higiene das mãos com água e sabão, além de álcool em gel. “O vírus pode passar de uma pessoa para outra pelo ar e contaminar, também, superfícies, como maçanetas e encostos. Os objetos ficam até 10 horas com o vírus viável. Lavar as mãos precisa ser um hábito e, sempre que tiver uma pessoa assintomática, é recomendado que ela coloque uma máscara para evitar a propagação do vírus”, destaca.

Segundo ele, o frio aumenta os riscos de contágio por causa do confinamento em lugares fechados, como ônibus, salas e repartições sem ventilação. “Isso facilita a propagação do vírus. Não significa que o frio aumenta as chances da gripe. Pressupõe-se que, nesse período, apareçam rinites e outras doenças que dificultam a respiração, mas o risco maior é em relação ao confinamento. O vírus H1N1 se propaga até um dia antes de a pessoa se tornar sintomática. Significa que o paciente pode transmitir o vírus em ambiente fechado sem saber que está doente”, detalha.

Diferenças

A influenza é comumente conhecida como gripe. Trata-se de uma doença viral febril, aguda, geralmente benigna. O ciclo dura uma semana com sintomas sistêmicos persistindo por alguns dias, como a febre. A nova influenza A (H1N1), mais conhecida como gripe suína, se propagou na primavera de 2009. Trata-se de uma gripe sem precedentes. Os sintomas são similares aos da gripe comum. Incluem febre, tosse, garganta inflamada, dores no corpo, dor de cabeça, calafrios e fadiga. A gripe suína pode causar também uma piora de doenças crônicas existentes, o que leva à morte.

Público-alvo

A vacina é exclusiva para trabalhadores da área de saúde, idosos acima de 60 anos, crianças entre 6 meses e 5 anos, além de gestantes, mulheres que deram à luz há 45 dias, indígenas, pacientes de doenças crônicas, adolescentes e jovens do sistema socioeducativo, presos e funcionários do sistema penitenciário. Também são incluídos nesse grupo professores de escolas públicas e privadas.

 

Brasil

Por

Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio

 

Fumaça no Congresso assusta brasilienses – (crédito: Redes sociais)

 

Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:

A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.

A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.

Correio Brasiliense

 

Continuar Lendo

Brasília

Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS

Por

Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória

 

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O governo federal liberou mais R$ 1,8 bilhão para ações de reconstrução no Rio Grande do Sul. A autorização do crédito extraordinário foi feita por meio da edição da Medida Provisória 1.223/2024, publicada na noite desta quinta-feira (23).

A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.

A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.

No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.

>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:

– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)

– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)

– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)

– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)

– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)

– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)

– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)

– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).

De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.

No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.

Por Agência Brasil

Continuar Lendo

Brasília

Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país

Por

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.

Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.

O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.

Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação –uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.

Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.

O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz –a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.

Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.

Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.

A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.

O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.

 

SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR

O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.

O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.

A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.

O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.

A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.

Continuar Lendo

Trending

Avenida Agamenon Magalhães, 444
Empresarial Difusora – sala 710
Caruaru – PE

Redação: (81) 2103-4296
WhatsApp: (81) 99885-4524
jornalismo@agrestehoje.com.br

comercial@agrestehoje.com.br

Copyright © 2024 - Todos os Direitos Reservados