Conecte Conosco

Brasília

Morte da girafa Yvelise aos 7 anos alerta Zoológico de Brasília

Yvelise morreu devido a uma necrose no cólon causada pela torção de uma das alças intestinais. Defensores dos direitos dos animais querem uma interdição no Zoológico de Brasília, alegando mau gerenciamento e falta de cuidados

Tratadores tentam alimentar Yvelise, em uma das últimas imagens dela viva, já doente
(foto: Luiz Filipe Carneiro/Zoo de Brasília

Após enfrentar uma cirurgia para tratar uma necrose no cólon, a girafa Yvelise, do Zoológico de Brasília, morreu na noite de sábado. O problema de saúde foi causado pela torção de uma das alças intestinais do mamífero, segundo veterinários da unidade de conservação. Primeiro animal da espécie nascido da capital brasileira, ela tinha 7 anos e era filha de Léo, que morreu em 2011, aos 17 anos, e de Yaza, que nasceu em Belo Horizonte em julho de 2003 e chegou ao Distrito Federal em agosto de 2004.
O material genético de Yvelise foi coletado para a inclusão no banco de germoplasma do zoológico, para a preservação da informação genética e para possível inseminação artificial. A girafa será taxidermizada, procedimento que preserva a pele, os pelos e toda a estrutura do animal com fins de exibição ou de estudo da espécie.
De acordo com os veterinários do zoo, Yvelise começou a demonstrar apatia e falta de apetite na quarta-feira. Na quinta, os profissionais optaram por adiantar o exame clínico anual do animal, que seria feito em julho, e detectaram alterações renais e desidratação, o que poderia ser consequência de uma obstrução no intestino.
Na sexta-feira, foi reunida uma junta médica formada por veterinários, cirurgiões e anestesistas, que optaram pela cirurgia abdominal, que teria o intuito de descobrir a origem da obstrução e corrigir o problema. Yvelise, porém, não resistiu. Ela passou por uma necropsia para determinação das causas da morte. Foi encontrado um fecaloma (massa de fezes endurecidas localizados no reto), que pode ter causado a distensão do cólon, seguida da torção e da necrose. O material coletado vai passar por análises laboratoriais.
Por meio de boletim, a fundação que cuida do zoo afirmou que o caso não tem similaridades com o quadro do elefante Babu, morto em janeiro. No caso de Babu, foi detectada uma intoxicação de origem externa. O zoológico lamentou ainda a morte da girafa, informando que “toda a equipe se encontra sentida com o acontecimento”. A instituição reiterou “o compromisso com o bem-estar animal e com a conservação das espécies com as quais trabalha”. O diretor do zoo não foi encontrado para entrevista.

“Negligência”

Para a presidente da Federação de Animais do Distrito Federal e da Confederação Brasileira de Proteção Ambiental, Carolina Mourão, a morte de Yvelise, assim como a do elefante Babu, é consequência de uma falta de cuidado da instituição com os animais. “Acredito que existe muita negligência no cuidado com os mamíferos do zoológico. A perda de animais está fora da curva da normalidade. A Secretaria de Meio Ambiente e o zoológico jogam a responsabilidade um para o outro e esses animais ficam esquecidos”, afirma.
Carolina avalia que o problema da possível falta de cuidados aos animais ocorre pela “ausência de gestores que se preocupem verdadeiramente com o bem-estar das espécies que vivem no zoológico”. Ela diz que o loteamento de vagas na instituição por parte dos partidos acaba colocando pessoas sem vocação para exercer tais funções. “É um problema político no qual os prejudicados são os animais, pois ficam sem tutela. São profissionais que não são indicados para o cuidado com eles. Não dá para esconder por muito tempo porque os animais começam a morrer.”

Alimentação

A ambientalista denuncia ainda as condições de alimentação das espécies. Carolina afirma haver evidências de que os animais têm alimentação controlada e, eventualmente, reduzida. “Se eles passam fome, não tem como saber se a girafa teve o problema de constipação porque comeu algo que não deveria ou comeu rápido demais quando teve a oportunidade. É inadmissível essa sucessão de mortes no zoo de Brasília”, reclama.
A Confederação Brasileira de Proteção Ambiental move uma ação contra a Fundação Zoológico de Brasília pela criminalização da morte do elefante Babu e promete lutar também por Yvelise. A Justiça deve julgar esta semana um pedido de interdição do zoo.
Carolina Mourão explica que as ações não visam fechar o zoológico, mas modificar o modelo de gestão. “O Zoológico de Brasília tem um modelo de coleção e o ideal é que se torne transitório, no qual os animais da fauna possam receber os cuidados necessários e que possam ser reabilitados para soltura”, defende.

Suspeita de envenenamento

O elefante Babu morreu em 7 de janeiro, aos 25 anos, após uma parada cardiorrespiratória. Existe a suspeita de que o animal tenha sido vítima de envenenamento. Os resultados preliminares dos exames apontam indícios de intoxicação por agentes externos, o que pode ter causado a pancreatite aguda. Nos testes, foram encontrados chumbo, arsênio, mercúrio e elementos cumarínicos (composto químico tóxico ao animal). O zoo afirmou que os elementos não fazem parte da rotina do local e por isso não descarta ação criminosa. O caso é investigado pela Polícia Civil, com colaboração do Ibama e do Ministério do Meio Ambiente. Problemas genéticos do próprio elefante também estão entre as possíveis causas de morte.

Brasil

Por

Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio

 

Fumaça no Congresso assusta brasilienses – (crédito: Redes sociais)

 

Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:

A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.

A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.

Correio Brasiliense

 

Continuar Lendo

Brasília

Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS

Por

Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória

 

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O governo federal liberou mais R$ 1,8 bilhão para ações de reconstrução no Rio Grande do Sul. A autorização do crédito extraordinário foi feita por meio da edição da Medida Provisória 1.223/2024, publicada na noite desta quinta-feira (23).

A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.

A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.

No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.

>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:

– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)

– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)

– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)

– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)

– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)

– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)

– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)

– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).

De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.

No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.

Por Agência Brasil

Continuar Lendo

Brasília

Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país

Por

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.

Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.

O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.

Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação –uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.

Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.

O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz –a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.

Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.

Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.

A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.

O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.

 

SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR

O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.

O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.

A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.

O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.

A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.

Continuar Lendo

Trending

Avenida Agamenon Magalhães, 444
Empresarial Difusora – sala 710
Caruaru – PE

Redação: (81) 2103-4296
WhatsApp: (81) 99885-4524
jornalismo@agrestehoje.com.br

comercial@agrestehoje.com.br

Copyright © 2024 - Todos os Direitos Reservados