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Brasília

O que muda na sua vida se as empresas investirem em igualdade

Se as empresas adotassem estratégias para estimular a igualdade de gênero, todos os funcionários ganhariam mais e teriam mais chance de promoção

São Paulo – A desigualdade de gênero no trabalho prejudica não só mulheres. Os homens também saem perdendo na carreira quando trabalham para empresas que não têm cultura de promoção da igualdade de gênero.

O estudo global “Getting to Equal 2018” feito pela Accenture, obtido com exclusividade pelo site EXAME neste Dia Internacional da Mulher, identificou 40 aspectos de cultura de empresas que ajudam o desenvolvimento feminino e mostrou que as vantagens são sentidas por todos os funcionários e não só pelas mulheres, como muita gente poderia supor.

Os funcionários homens das empresas brasileiras que praticam aos menos 14 valores mais críticos – entre os 40 aspectos mapeados para a igualdade – têm 35% mais chance de chegar a cargos de gerência e mais do que o dobro de probabilidade de alcançar cargos de diretoria para cima.

Já para as mulheres há 46% mais oportunidades de evolução para cadeiras de gerência ou acima.  “Essa pesquisa pode abrir os olhos das lideranças para os ganhos que podem existir para as organizações”, diz Beatriz Sairafi, diretora de Recursos Humanos da Accenture.

As multinacionais presentes no Brasil estão mais avançadas no tema do que as empresas nacionais, embora o mercado seja variado. “Nas multinacionais, há, muitas vezes, o apoio da matriz o que puxa a agenda. Nas empresas nacionais, ainda não vejo a igualdade de gênero sendo encarada como prioridade”, diz.

Em empresas no Brasil que têm ações concretas de combate à desigualdade de gênero, a equipe da Accenture percebeu índice de satisfação profissional de até 95% e revelou que quase todos os funcionários (98%) desejam ser promovidos, sendo que 99% querem posição de liderança.

A executiva chama a atenção para o tamanho da amostra obtida pelo estudo. “É uma massa grande, foram mais de 22 mil profissionais de 34 países. E do Brasil foram 700 entrevistados o que não é um número nem um pouco desprezível”, diz.

Se todas as empresas investissem na igualdade de gênero no ambiente de trabalho praticando os 14 aspectos mais importantes que a Accenture identificou, haveria 81 gerentes mulheres para cada 100 gerentes homens. Hoje são 66 mulheres para cada 100 homens na gerência.

“Os salários das mulheres poderiam aumentar 76%. A diferença salarial entre homens e mulheres que hoje é de 30% cairia para 16%”, diz Beatriz. A pesquisa mostra que as mulheres poderiam ganhar US$ 84 para cada US$ 100 pagos aos homens.

Mas afinal o que realmente funciona para promover a igualdade?

 Os 14 fatores que são mais efetivos para promover a mudança foram divididos em três blocos: liderança ousada, ações abrangentes e ambiente empoderador.

É a combinação de ações propositivas nestas três áreas que realmente tem poder de forjar uma nova cultura organizacional propensa à igualdade entre todos os seus funcionários.

Liderança Ousada:

  1. Diversidade de gênero é uma prioridade para liderança.
  2. A empresa compartilha externamente sua meta em relação à diversidade.
  3. A empresa comunica claramente suas metas para diminuir a diferença.

A igualdade de gênero, segundo o estudo, precisa ser encarada como prioridade estratégica para que exista impacto real. “A mudança de cultura tem que começar de cima pra baixo nas organizações”, diz a diretora de RH da Accenture.

A questão de firmar um compromisso público de combate à desigualdade de gênero é um aspecto fundamental identificado pelo estudo.

Ações abrangentes:

4. Progresso acontece por meio da atração, retenção e promoção de mulheres.

5. A empresa tem uma rede de mulheres.

6. A empresa tem uma rede de mulheres que é aberta também aos homens.

7. Homens são encorajados a tirar licença paternidade.

A pesquisa mostra que implementar exclusivamente a licença maternidade é contraproducente para o avanço das mulheres na carreira.

De acordo com o estudo, o impacto negativo na progressão de carreira das mulheres é eliminado completamente quando a empresa também promove licença para os homens que acabam de ter filhos.

 “Políticas de licença paternidade promovem mais equidade porque deixam as coisas mais equilibradas”, diz ela.

Estimular a criação de grupos de networking para as mulheres abertos a receber a contribuição de homens também é outro dado interessante da pesquisa.

A Accenture indica que um ambiente propício a trocas de informações e experiências entre todos é essencial no processo de fomento ao crescimento das mulheres nas empresas. Mas, metade das mulheres ouvidas não tem esse tipo de rede de apoio.

Nas empresas que estimulam a formação de grupos, 16% das funcionárias participam quando são exclusivos a mulheres e 35%, quando as redes incluem também homens.

Ambiente empoderador

 8. Os funcionários nunca foram estimulados a mudar de aparência para se encaixar na cultura da organização.

9.Empregados têm liberdade para criar e inovar.

10.Trabalho remoto é uma alternativa permitida e prática comum.

11. A empresa oferece treinamento para manter a relevância das habilidades de seus funcionários

12. Funcionários podem evitar viagens de longa distância fazendo uso de ferramentas para teleconferência.

13. Funcionários podem trabalhar de casa quando têm um compromisso pessoal.

14. Os funcionários se sentem à vontade para reportar casos de assédio sexual e discriminação à empresa.

“Para a agenda de equidade, só um ambiente empoderador não é o suficiente”, diz Beatriz. De acordo com ela, o fomento ao avanço da mulher, nesse caso, é uma das consequências. “Em lugares inovadores, criativos e em que as pessoas podem ser autênticas há menos preconceito”, afirma.

 

Brasil

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Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio

 

Fumaça no Congresso assusta brasilienses – (crédito: Redes sociais)

 

Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:

A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.

A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.

Correio Brasiliense

 

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Brasília

Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS

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Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória

 

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O governo federal liberou mais R$ 1,8 bilhão para ações de reconstrução no Rio Grande do Sul. A autorização do crédito extraordinário foi feita por meio da edição da Medida Provisória 1.223/2024, publicada na noite desta quinta-feira (23).

A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.

A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.

No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.

>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:

– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)

– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)

– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)

– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)

– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)

– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)

– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)

– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).

De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.

No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.

Por Agência Brasil

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Brasília

Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.

Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.

O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.

Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação –uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.

Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.

O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz –a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.

Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.

Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.

A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.

O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.

 

SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR

O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.

O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.

A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.

O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.

A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.

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