Pacientes do Hospital Regional Dom Moura, em Garanhuns, têm denunciado a falta de estrutura na unidade de saúde. As principais queixas são quanto à superlotação, aos danos estruturais e à falta de médicos nas últimas semanas. Nesta semana, as queixas foram narradas para a equipe da TV Asa Branca, que entrevistaram pacientes vindos de outras cidades e ainda aguardavam atendimento no Dom Moura.

Entre os entrevistados, uma mulher, que não quis se identificar, estava com o pai internado no hospital. Ela disse que poderia perder o pai a qualquer momento, já que não há ambulância na unidade de saúde. “Eu posso perder meu pai a qualquer momento, por falta de socorro. Ele está lá internado há mais de 24 horas, é um paciente de risco, ainda não foi transferido por falta de ambulância”, declarou.

A emissora exibiu imagens do setor da pediatria onde muitos pais aguardavam com os filhos na recepção, com queixas de demora no atendimento. Muitos aguardavam em pé, devido a falta de cadeiras. As imagens também mostravam pacientes de outras cidades da região no corredor, aguardando por uma cirurgia.

Outros problemas estruturais no Dom Moura ocorrem na ala de enfermagem, onde a parede encontra-se com muito mofo e o ar-condicionado não funciona. Já na sala vermelha, que deveria ter uma melhor estrutura, há equipamentos enferrujados, mofo e ar-condicionado vazando.

Em 2024, a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) já contabilizou 10 mortes de bebês e crianças de até 9 anos em virtude da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag). A doença já soma 1.675 casos neste ano. Em abril, o estado decretou situação de emergência em função da superlotação de UTIs neonatais e pediátrica, agravada pelo aumento do número de casos da síndrome, causada por vírus, e pela falta de leitos.

A SES-PE alerta para o fato de Pernambuco estar passando pela chamada sazonalidade da circulação dos vírus respiratórios, período que vai de março a agosto. No ano passado, foram registrados 48 mortes causadas pela Srag, e 2.030 casos. “A SES-PE ressalta que a Central de Regulação realiza acompanhamento constante do sistema informatizado das demandas por solicitação de leitos, o que permite que a lista de espera oscile mediante a necessidade”, destaca a secretaria, em nota enviada à imprensa.

Ao todo, o Estado abriu 168 leitos este ano, entre vagas para UTI, UTI neonatal e enfermarias. Em 2023, nesse mesmo período, foram abertos 135 leitos com o mesmo perfil. “Todos continuam dando suporte à saúde dos pernambucanos”, ressaltou a gestão estadual.

A indignação vem tomando conta de moradores do São João da Escócia, em Caruaru. Há pelo menos duas décadas eles cobram do poder público municipal o calçamento de ruas no bairro, mas nunca foram atendidos. E alegam que os logradouros constam como asfaltados para a prefeitura.

“A gente vem convivendo num lugar entregue às baratas e aos ratos. É uma calamidade pública. Todas as ruas do entorno foram calçadas, menos a nossa, isso já soa até como discriminação”, critica Romero, morador do local há 20 anos, o mesmo tempo em que vem cobrando pelo serviço ao poder público.

O endereço em questão é a rua Jeremias, com várias queixas sobre a falta de infraestrutura no local. Procurada, a Prefeitura de Caruaru não se manifestou.