Brasília
Equipes de Saúde aplicam mais de 3,6 mil doses contra a dengue no DF
O primeiro dia de vacinação contra a dengue no DF teve grande adesão. Foram 3.633 doses aplicadas em todos os 15 pontos disponíveis para imunização, espalhados por regiões de saúde da capital.
Para a coordenadora de Atenção Primária à Saúde, Sandra Araújo, o resultado foi muito satisfatório. “Estamos muito satisfeitos, agradecemos todo o apoio da população que aderiu à campanha e dos servidores, que se mobilizaram para atender a demanda. São mais de 3,6 mil crianças protegidas contra a doença”, disse.
As aplicações seguem durante o feriado de Carnaval, inclusive sábado (10) e domingo (11). A lista completa com os endereços e horários está disponível no site da Secretaria de Saúde (SES-DF). Para se vacinar, é preciso que a criança esteja acompanhada do responsável, com documento de identificação e o cartão de vacina.
Região de Saúde Central
A Região de Saúde Central, que compreende Asa Sul, Asa Norte, Cruzeiro, Lago Norte, Varjão e Vila Planalto, registrou o maior número de doses aplicadas, totalizando 657 aplicações. Só na Unidade Básica de Saúde (UBS) 2 da Asa Norte, foram 587 crianças imunizadas. O estudante Brian Brás, 10, foi uma delas. Ele venceu o medo e recebeu, nesta sexta-feira (9), a primeira dose da vacina. A imunização iniciou focada em crianças na faixa etária de 10 a 11 anos (11 anos, 11 meses e 29 dias).
Marília Brás, 35, mãe de Brian, declarou sentir felicidade pela vacinação liberada às crianças. A moradora do Plano Piloto teve dengue e os sintomas a assustaram. “Achei tão bom a vacina ter chegado ao SUS (Sistema Único de Saúde), principalmente porque estamos em uma epidemia de dengue. A sensação é de alívio, mas sei que se a população não se conscientizar, não vamos conseguir combater o mosquito”, declarou.
A vacinação na UBS 2 da Asa Norte começou pontualmente às 7h e, de acordo com a gerente da unidade, Lauanda Amorim, o clima foi de tranquilidade. Os profissionais de saúde orientaram sobre as indicações e contraindicações da vacina e solicitaram os documentos necessários.
Região de Saúde Oeste
É praticamente uma tradição familiar. Sempre que chega um dia de algum filho se vacinar, a cabeleireira Fabiana Soares, 30, arruma a criança e leva à UBS 16 do Sol Nascente. E hoje (9) não foi diferente. Logo na primeira oportunidade, ela levou a filha, Ketelen Vitória Soares, 11, para receber a vacina contra a dengue. “Sempre trago no primeiro dia, desde que ela era pequena”, revela a mãe. Já a menina está quase convencida da importância disso. “Eu não queria tomar porque dói, mas eu sei que é importante”, diz.
A seis quilômetros dali, a UBS 3 de Ceilândia contava com cerca de 50 crianças na fila. O tempo de espera, contudo, foi curto, graças ao esforço dos servidores SES-DF. “Quando vimos a quantidade de gente, mudamos o planejamento para atender mais rápido”, afirma a gerente da unidade, Sandra Silva.
Nem a espera e nem a agulha tiraram a animação do Arthur Torquato, de 11 anos. “Eu preferia ter ficado em casa, mas foi de boa”, avalia. Pai do menino, o contador David Torquato, 35, disse ter achado importante poder proteger o filho contra a dengue. “Lá onde moramos estão tendo muitos casos, então vi a importância da vacina”, diz.
A Região de Saúde Oeste, que engloba as regiões administrativas (RAs) de Brazlândia e Ceilândia, fechou o dia com 616 aplicações do imunizante.
Região de Saúde Leste
Composta por Paranoá, Itapoã, São Sebastião, Jardim Botânico e Jardins Mangueiral, a Região de Saúde Leste totalizou a aplicação de 246 doses de vacinas no primeiro dia de campanha.
No Paranoá, a manhã na UBS 3 foi movimentada, com mais de 70 crianças imunizadas até o início da tarde. Ansioso, Caio Levi Lisboa Ferreira Leite, 10, aguardava a sua vez. “Estou com um pouco de medo. Vou chorar. Talvez”, contou. Arlete Lisboa, mãe de Caio, por outro lado, estava animada com a oportunidade. “Fico feliz não só por ele, mas por todas as outras crianças”. Apesar do medo, Caio não chorou e saiu satisfeito porque o procedimento foi rápido.
Perto de Caio, estava Jorge Miguel Alves, 10. “Espero que não doa!”, desejou. Se doeu, Jorge não demonstrou. Corajoso, nem ligou para a picadinha da agulha.
Segundo a supervisora de Atenção Primária da UBS 3 do Paranoá, Marina Weizenmann, a adesão foi grande. A unidade irá aplicar doses contra a dengue também no feriado de Carnaval.
Balanço
A Região de Saúde Centro-Sul – Candangolândia, Estrutural, Guará, Park Way, Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo, Riacho Fundo II, Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) e Setor Complementar de Indústria e Abastecimento (SCIA) – imunizou 753 crianças.
Já a Região de Saúde Norte, que compreende as RAs de Planaltina, Sobradinho, Sobradinho II e Fercal, fechou o dia com aplicação de 320 doses. Gama e Santa Maria, que integram a Região de Saúde Sul, imunizaram 275 crianças, no total. Por fim, a Região de Saúde Sudoeste – Águas Claras, Recanto das Emas, Samambaia, Taguatinga e Vicente Pires – fechou o dia com 466 doses aplicadas.
Quem não pode tomar
Crianças que estão com dengue ou com sintomas sugestivos da doença devem aguardar seis meses para o recebimento da primeira dose. Outros públicos não indicados para receber a dose são: pessoas que possuam alergia a outros imunizantes; imunossuprimidos (imunidade baixa); e gestantes ou em período de amamentação.
Um aspecto também importante é que vacinas vivas atenuadas não podem ser aplicadas junto com a da dengue, necessitando de um intervalo de 30 dias entre cada. “Então quem recebeu, por exemplo, a tríplice viral, varicela, febre amarela nos últimos 30 dias não pode receber a primeira dose da dengue”, explicou Amorim.
*Com informações da SES-DF
Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio
Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:
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A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.
A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.
Brasília
Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS
Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória
A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.
A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.
No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.
>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:
– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)
– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)
– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)
– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)
– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)
– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)
– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)
– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).
De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.
No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.
Por Agência Brasil
Brasília
Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.
Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.
O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.
Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.
Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.
O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.
Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.
Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.
A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.
O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.
SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR
O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.
O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.
A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.
O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.
A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.
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