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Economia

Haddad: Com novas exceções em relatório da tributária, alíquota-padrão pode ir a 27,5%

(Diogo Zacarias/Flickr)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira que as novas exceções previstas no relatório do Senado para a reforma tributária aumentam a alíquota-padrão do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) em cerca de 0,5 ponto porcentual em relação ao que foi aprovado pela Câmara dos Deputados. Pelo texto da Câmara, a Fazenda havia calculado que essa alíquota poderia variar entre 25,45% (cenário factível) até 27% (cenário conservador). Ou seja, agora, a estimativa da Fazenda é a de que esse nível possa chegar até 27,5%.

“Em relação à versão que saiu da Câmara, aumenta em cerca de 0,5 ponto, não chega a 28%. Como não reduziu exceção, e ampliou um pouquinho, amplia em cerca de 0,5 ponto. Demos a estimativa para a equipe técnica do Senado porque isso tem que se tornar público. O próprio TCU está acompanhando e nós estamos dando transparência. Como temos compromisso de não usar a PEC para aumentar a carga tributária, justamente para fazer a transição, todo mundo tem que saber dos impactos”, disse Haddad a jornalistas após se reunir com o relator da reforma tributária, senador Eduardo Braga (MDB-AM), na sede da pasta.

Haddad voltou a afirmar que a posição da Fazenda que é notadamente conhecida é por menos exceções no relatório da reforma tributária. Ele ponderou, contudo, que os relatores precisam buscar votos para aprovação da matéria e destacou que, em relação à alíquota média atual, o novo sistema representará uma redução de carga.

“A alíquota média é a mesma, porque a reforma tributária não tem aumento de carga. Aliás, a média será menor que a de hoje por causa da queda do hiato. Como diminui litígio e sonegação, a alíquota média tende a cair porque tem ampliação de base”, disse o ministro.

“A posição da Fazenda é conhecida desde o começo: quanto menos exceções, melhor para o País. Mas à luz da situação atual, que temos 27 sistemas tributários no país, fora decisões judiciais que são equívocas, a judicialização, nós entendemos que para você compor uma maioria depois de 40 anos de tentativa vai ter que contar voto”, afirmou Haddad, repetindo que quer aprovar o texto com uma maioria ampla, além de reconhecer a atuação dos grupos de interesse. “Ali você sabe que o jogo é bruto”.

“A posição da Fazenda é sempre restritiva às exceções, isso é público. Mas tanto o Aguinaldo Ribeiro como o Eduardo Braga, que têm o compromisso de aprovar a reforma, sabem das dificuldades, dos grupos de interesse que se manifestam. Ali você sabe que o jogo é bruto, né? E as pessoas precisam resistir tanto quanto possível, com bom senso, argumento para compor os votos necessários. Precisamos de 49 votos, mas queremos passar de 60 votos, sempre buscando fazer desses projetos, projetos suprapartidários”, concluiu.

Fernando Haddad, afirmou que as discussões que remanescem ainda sobre o relatório da reforma tributária no Senado giram em torno de “pequenos detalhes”, alguns deles para evitar problemas de judicialização. A declaração foi dada após reunião de Haddad com o relator da reforma no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), que tem expectativa de votar o texto na próxima semana. A jornalistas, Haddad reiterou seu otimismo com a matéria e a previsão de que a emenda constitucional possa ser promulgada até o fim do ano. Embora tenha ponderado que “nada é perfeito”, disse também que, a luz do sistema tributário atual, as novas regras significarão um salto de qualidade “inestimável” para o País.

“Fizemos um batimento de ponto por ponto da reforma, e a equipe técnica avaliou ponto por ponto. São pequenos detalhes, as vezes de redação, para evitar judicialização, as vezes é proposta que ele recebeu de última hora que ele quer uma avaliação de impacto. Mas estamos muitos seguros de que relatório está bem feito, que vamos ter uma maioria boa no Senado, e que será possível promulgar a emenda constitucional ainda neste ano”, disse Haddad.

O ministro ponderou que não poderia se antecipar ao relator sobre o texto final, mas reforçou que a equipe técnica da Fazenda tem dado suporte desde o começo, tecendo elogios também a Braga e seus assessores. “Braga está sendo muito generoso conosco, discutindo ponto por ponto, mas é um trabalho do Senado. O que nos propusemos desde o começo foi dar suporte técnico com secretaria extraordinária. Ele também tem equipe técnica muito boa, e penso que vamos concluir tarefa histórica depois de 40 anos que se anuncia reforma tributária no Brasil, penso que vamos chegar a finalizá-la”, disse Haddad. “Vão perguntar, é perfeita? Nada é perfeito, mas a luz do que temos, o salto de qualidade em relação ao sistema atual é inestimável”, continuou.

O ministro também destacou que a aprovação da matéria irá melhorar as expectativas de curto prazo no País, inclusive nas decisões de investimento, e defendeu que, no médio e longo prazo a reforma terá efeitos no crescimento econômico e sobre o Judiciário. “Todas essas confusões que vivemos nos últimos anos, inclusive as que eu não canso de citar que trouxeram prejuízos enormes ao erário público, estarão sanadas daqui para frente. O sistema tributário estará blindado de série de práticas inconvenientes que ajudaram a erodir a base fiscal do Estado, e que estão nos exigindo tanto cuidado”, disse.

Questionado ainda se levaria o resultado da reunião com Braga para a reunião ministerial prevista com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), amanhã, 3, Haddad pontuou que o presidente já acompanha toda a negociação, inclusive arbitrando sobre algumas questões em encontro realizado ontem. “O presidente acompanhou toda a negociação, na Câmara e Senado, e sabe das decisões, tomou as decisões, algumas foram levadas a ele para que ele arbitrasse, isso foi feito ontem na reunião com ele, de maneira que ele está muito a par do que está sendo encaminhado”, respondeu.

Déficit zero

O ministro Haddad evitou dar declarações sobre o debate em torno da meta de déficit zero para o próximo ano e afirmou a jornalistas nesta quinta-feira que, “quando tiver novidade” no tema, irá falar. A conversa de Haddad com a imprensa ocorreu depois de reunião do ministro com o relator da reforma tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM) no Ministério da Fazenda. Após a entrevista coletiva concedida na segunda-feira, 30, na qual foi questionado diversas vezes por jornalistas e, mesmo assim, evitou cravar se a meta será mantida, Haddad alertou nesta quinta que só responderia sobre a reunião realizada com Braga.

Mas, depois de ser questionado sobre notícias de que iria insistir no objetivo da equipe econômica, o ministro respondeu que é “transparente” e não “esconde” posições de ninguém e que não comentaria matérias de bastidores. Repetiu, também, que falaria se houvesse novidades sobre o assunto. “Sou uma pessoa transparente, eu na segunda trouxe à consideração de vocês o que eu levei ao presidente Lula na semana anterior, tenho procurado tratar com vocês com maior deferência e zelo, mas acho que tem um ponto a partir do qual fica contraproducente. Não ajuda. Quando tiver novidade, eu não escondo de ninguém minhas posições”, disse.

“Eu não desvio de jornalista, eu saio pela porta principal todo dia, não recorro a subterfúgio. Quando eu tiver novidade para vocês, eu dou. Eu não escondo nada disso. Mas esse tipo de bastidor, que a gente não sabe nem quem falou, tudo em off (off the record, reservadamente, no jargão jornalístico), eu não falo em off com ninguém”, respondeu ainda.

Economia

Carteira de dividendos: veja os papéis mais recomendados para julho

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A Petrobras foi a empresa mais indicada pelas instituições financeiras consultadas pela CNN para compor a carteira de melhores pagadoras de dividendos em julho.

 

Fernando Frazão/Agência Brasil

 

O levantamento considerou as avaliações de Santander, Empiricus, XP, Guide, Ativa e BTG Pactual.

Os papéis mais recomendados foram:

  •  5 recomendações: Petrobras;
  • 4 recomendações: Banco do Brasil, CPFL e Vale;
  • 3 recomendações: BB Seguridade, Eletrobras e Itaú.

Após um impasse sobre o pagamento ou não de dividendos extraordinários, o conselho de administração da Petrobras aprovou em abril o repasse de 50% do valor total, referente ao exercício de 2023.

Com a distribuição, a equipe de analistas do Santander avalia manter o peso dos papéis da estatal em sua carteira. Já o BTG, optou por ampliar sua exposição à estatal.

“Embora a companhia esteja sinalizando maiores investimentos, a verdadeira questão para nós é se esse aumento em potencial poderia sacrificar a capacidade da empresa de distribuir dividendos substanciais, e acreditamos que não”, aponta a equipe do BTG em relatório.

Momento de incertezas

O Ibovespa encerrou o pregão de sexta-feira (28), o último de junho, em queda de 0,32% no dia. Apesar de ter acumulado alta de 1,47% no mês, o índice caiu 7,66% no primeiro semestre deste ano.

O que se avalia é que as incertezas se mantém e o mercado seguirá se pautando por elas.

“O cenário local segue girando em torno da dificuldade do governo em convencer o mercado quanto ao seu comprometimento fiscal”, aponta a Ativa Investimentos em relatório.

O governo trabalha com a meta de zerar o déficit neste ano e no próximo — após alterar a meta de 2025, o que não foi favorável para a imagem de responsabilidade fiscal.

Apesar de o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), assegurar que o arcabouço será cumprido, o mercado vê o déficit primário em 0,7% do Produto Interno Bruto neste ano.

Lula se reuniu nesta quarta-feira (3) com ministros da área econômica do governo. Após o encontro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou que o presidente mantém seu compromisso com as contas públicas.

“A primeira coisa que o presidente determinou é ‘cumpra-se o arcabouço fiscal’. Não há discussão sobre esse respeito. Em 2024, 2025, 2026, o compromisso nosso é de cumprimento das leis complementares de finanças públicas”, comentou Haddad.

Segundo o chefe da equipe econômica, o governo realiza desde março um estudo entre os ministérios buscando despesas que podem ser cortadas. De acordo com Haddad, foram identificados R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias, cujo corte, segundo o ministro, já foi autorizado pelo presidente.

O economista-chefe da XP Inc., Caio Megale, apontou em entrevista ao WW de terça-feira (2) que além da questão fiscal, outro imbróglio do cenário doméstico também segue na mira do mercado: a questão monetária.

“Essa transição para o próximo presidente [do BC] é uma espada, de fato, na cabeça. A gente não sabe exatamente quem vai ser a próxima ou o próximo presidente, qual vai ser a visão de política monetária que essa pessoa vai ter na hora de conduzir a taxa de juros, de tomar as decisões”, pontuou Megale.

“Acho que dar uma clareza e maior transparência de como vai ser a gestão da política monetária depois da transição do Roberto Campos e medidas efetivas no sentido de controlar as despesas do lado fiscal, eu acho que é o que vai trazer uma tranquilidade [para o mercado].”

CNN

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Economia

Venda de veículos eletrificados cresce 146% no primeiro semestre de 2024

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Entre janeiro e junho, comercialização de automóveis registrou cerca de 79 mil vendas, de acordo com relatório da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE)

 

Benefícios para importação de carros elétricos deixaram de vigorar para favorecer indústria local – (crédito: Fotos: Divulgação )

 

O comércio de automóveis movidos a eletricidade segue em crescimento no Brasil. No primeiro semestre de 2024, a venda de veículos leves eletrificados alcançou um total de 79.304 unidades em todo o país. Somente no último mês de junho, foram registrados 14.396 novos emplacamentos, o que representa a terceira melhor marca para um mês de toda a série histórica.

O número maior de vendas na metade inicial do ano indica um crescimento de 146% em relação ao primeiro semestre de 2023, e de 288% na comparação com o mesmo período de 2022. Além dos automóveis totalmente elétricos, também são incluídos na estatística os veículos parcialmente eletrificados – ou híbridos. Os dados foram levantados pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) e divulgados nesta quarta-feira (3/7).

Com o avanço do número de vendas, a ABVE estima que o Brasil já atingiu a marca de 300 mil veículos comercializados desde o início da série histórica do levantamento, em 2012. Além disso, a previsão da associação para 2023 é que mais de 150 mil automóveis desta categoria sejam vendidos até o fim do ano em todo o território nacional, o que indica um crescimento de cerca de 60%.

No Brasil, ainda predominam os veículos elétricos plug-in, que se consolidaram no mercado nacional e representaram 69% de todas as vendas no primeiro semestre. Dentro desta categoria, estão incluídos os tipos BEV (totalmente elétricos) e PHEV (elétricos híbridos). Na sequência, os HEV convencionais (elétricos não plug-in a gasolina ou diesel) ficaram com 9,3% da parcela total de eletrificados vendidos.

Preocupação para o setor

Mesmo diante de um aumento das vendas, o setor de veículos elétricos está preocupado com o reajuste da tributação dos produtos. Desde a última segunda-feira (1º/7), passou a vigorar uma resolução que aumenta a alíquota para a importação de elétricos importados, de 10% para 18%. Em julho de 2025, sobe para 25%, até atingir 35% no ano seguinte.

“Temos ouvido notícias preocupantes sobre a antecipação da alíquota de 35% do Imposto de Importação de veículos elétricos, que estava prevista pelo Governo Federal somente para julho de 2026. Entendemos que, a se confirmar, essa antecipação configuraria uma lamentável quebra das regras estabelecidas há apenas seis meses pelo próprio governo”, avalia o presidente da ABVE, Ricardo Bastos.

Além disso, a associação teme a inclusão dos veículos elétricos no Imposto Seletivo, que é chamado popularmente de “imposto do pecado”. A lei foi estabelecida pela emenda constitucional da reforma tributária, aprovada no ano passado, com o objetivo de sobretaxar bens considerados danosos à saúde e ao meio ambiente.

Na avaliação da ABVE, a inclusão dos veículos eletrificados no IS “não faria sentido”, visto que esse tipo de automóvel emite menos gases de efeito estufa e reduz o nível de ruído nas cidades do país. “Eles são fatores decisivos para melhorar a qualidade de vida e diminuir as mortes associadas à poluição nas grandes cidades”. “Não nos parece cabível que esses veículos venham a ser taxados como se fossem produtos que fazem mal à saúde ou ao meio ambiente, o que absolutamente não é o caso”, conclui o presidente da associação.

 

 Correio Braziliense
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Economia

Produção industrial cai 0,9% em maio, diz IBGE

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No acumulado do ano, houve avanço de 2,5%

 

Indústria — Foto: Divulgação/Fiep

 

A produção industrial brasileira caiu 0,9% em maio em relação a abril. É o segundo recuo consecutivo, apontando retração de 1,7% no período. Com o resultado, o setor perdeu o ganho acumulado entre fevereiro e março deste ano (1,1%).

No acumulado nos últimos 12 meses, houve crescimento de 1,3%, o que acabou por reduzir a intensidade no ritmo de evolução se comparado ao resultado do mês anterior. Os dados foram anunciados nesta quarta-feira (3), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),

Os números fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta quarta-feira (3) pelo órgão, que mostrou ainda avanço de 2,5% no acumulado dos cinco primeiros meses de 2024, se comparado ao mesmo período do ano anterior.

Influências

Nessa comparação, entre as atividades, as principais influências positivas na totalidade da indústria foram anotadas por produtos alimentícios (5,2%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,1%), indústrias extrativas (2,3%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (4,8%).

O gerente da pesquisa, André Macedo, disse que, em maio de 2024, a indústria apresentou “predominância de resultados negativos de forma geral”, com recuo na margem e na comparação com maio de 2023.

Houve, ainda, interrupção da trajetória ascendente no índice de média móvel trimestral e perda de intensidade no ritmo de expansão no acumulado do ano e dos 12 meses anteriores.

Nesse mês, a indústria intensificou a queda que já tinha sido registrada no mês anterior, e entre os fatores que explicam esse resultado, estão as chuvas no Rio Grande do Sul, que tiveram um impacto local maior, mas também influenciaram o resultado negativo na indústria do país, informou o texto publicado pelo IBGE.

Conforme a pesquisa, 16 das 25 atividades investigadas tiveram recuo em maio de 2024. Veículos automotores, reboques e carrocerias (-11,7%) e produtos alimentícios (-4,0%) foram as duas maiores influências negativas para o resultado geral da indústria em maio.

O gerente afirmou, também, que esses dois setores foram prejudicados pelas enchentes do Rio Grande do Sul. No setor de veículos automotores, a paralisação das plantas industriais locais provocou impactos diretos e indiretos. Por causa do mau tempo, tanto as montadoras de veículos, quanto as fábricas de autopeças pararam com as produções e isso afetou também o abastecimento para a produção de bens finais no restante do país.

“Houve, por exemplo, a concessão de férias coletivas em uma planta industrial em São Paulo como forma de mitigar os efeitos das paralisações ocorridas em unidades produtoras de peças no Rio Grande do Sul”, completou.

Greve

Macedo acrescentou que a paralisação decorrente de greve em outra montadora e a base de comparação elevada também contribuíram para a queda de dois dígitos na atividade. Em abril, o setor de veículos registrou crescimento de 13,8%.

A atividade de produtos alimentícios, que responde por cerca de 15% da produção industrial do país, teve em maio o segundo mês seguido de queda. A perda acumulada no período é de 4,7%.

“A retração no processamento da cana-de-açúcar, por conta da condição climática menos favorável na segunda quinzena de maio, provocou uma queda pontual na produção do açúcar. Já entre os impactos negativos que podem ter a ver com as chuvas no Rio Grande do Sul estão as carnes de aves, de bovinos e de suínos e os derivados da soja, que são produtos que têm grande peso no setor”, explicou.

Outros setores que recuaram e influenciaram o resultado negativo do mês foram os de produtos químicos (-2,5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,3%), produtos do fumo (-28,2%), metalurgia (-2,8%), máquinas e equipamentos (-3,5%), impressão e reprodução de gravações (-15,0%) e produtos diversos (-8,5%).

Os principais impactos positivos no resultado geral da indústria foram as indústrias extrativas (2,6%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,9%). De acordo com Macedo, esses segmentos têm grande peso e evitaram uma queda maior no resultado da indústria.

“O crescimento do setor extrativo veio após uma queda no mês anterior, ou seja, tem o efeito de uma base de comparação mais negativa. Também houve aumento na extração dos dois principais produtos, o petróleo e o minério de ferro”, afirmou.

As atividades de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (3,7%), produtos têxteis (2,9%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (1,5%), produtos de borracha e de material plástico (0,5%), outros equipamentos de transporte (0,2%), móveis (0,2%) e celulose, papel e produtos de papel (0,1%) também tiveram desempenho favorável.

“Ainda na comparação com abril, as quatro grandes categorias econômicas recuaram: bens de consumo duráveis (-5,7%), bens de capital (-2,7%), bens intermediários (-0,8%) e bens de consumo semi e não duráveis (-0,1%)”, pontuou o IBGE.

O recuo de 1,0% na comparação de maio de 2024 com maio do ano anterior teve influência dos resultados negativos de duas das quatro grandes categorias econômicas, 14 dos 25 ramos, 43 dos 80 grupos e 50,4% dos 789 produtos pesquisados, finalizou o IBGE.

 

Agência Brasil

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