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Além de Israel e Ucrânia: veja outros países que enfrentam guerras e conflitos no mundo

(Dmytro Smolienko / Ukrinform/Future Publishing/Getty Images)

Entrando no 14º dia da guerra entre Israel e o grupo extremista armado Hamas, o conflito já é um dos mais graves da História da região, que enfrenta escassez de suprimentos e levou ao deslocamento de milhares de palestinos e uma força-tarefa para evacuar estrangeiros.

Enquanto isso, no continente vizinho, a invasão russa à Ucrânia completa mais de um ano e meio sem resolução, com o apoio de atores internacionais e da Organização das Nações Unidas (ONU) na tentativa de encontrar um caminho para um cessar-fogo.

Mas, apesar de a guerra em Israel estar sob os holofotes, existem hoje vários países envolvidos em conflitos armados ao redor do mundo — muitos deles há várias décadas.

Síria

A guerra civil síria, que começou em 2011, já deixou mais de 400 mil mortos, arrasou cidades e envolveu vários países estrangeiros. Mais de 200 mil pessoas estão desaparecidas e, além dos milhares de mortos, o conflito provocou um grande êxodo, reduzindo a população síria de 21 milhões, em 2010, para 17 milhões em 2019.

Antes dos terremotos que deixaram milhares de mortos na Síria e na Turquia, no começo deste mês, o país já era o que tinha o maior número de deslocados no mundo: são 15 milhões de pessoas que precisam de ajuda humanitária, após 12 anos de guerra civil.

A guerra começou depois que manifestações pró-democracia eclodiram na cidade de Deraa, no Sul, inspiradas pela Primavera Árabe, em março de 2011. Quando o governo do presidente Bashar al-Assad usou força letal para esmagar a dissidência, protestos exigindo sua renúncia eclodiram em todo o país. As manifestações, inicialmente pacíficas, se transformaram em uma guerra civil de grande escala.

Com mais de 40 mil mortos, sobreviventes do terremoto ainda são encontrados sob escombros entre Turquia e Síria

Iêmen

Nove anos após o início na guerra no Iêmen, que já deixou 233 mil mortos, mais da metade deles por desnutrição e ausência de serviços de saúde e infraestrutura, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) estima que 21,6 milhões de pessoas — o equivalente a dois terços da população precisarão de ajuda humanitária e proteção em 2023.

Desde 2014, o país vive mergulhado num conflito entre os rebeldes xiitas houthis, próximos ao Irã, e as forças do governo, apoiadas por uma coligação militar liderada pela Arábia Saudita. Uma trégua de seis meses no conflito foi iniciada em abril de 2022, o que permitiu uma redução das vítimas civis. Agora, o governo iemenita e os houthis tentam negociar um prolongamento do fim das hostilidades, que expirou em outubro do ano passado.

A ausência de uma trégua oficial e a frágil situação política e de segurança, no entanto, deixam a população num limbo. Hoje, os houthis controlam a capital, Sanaa, e grandes extensões de território no Norte e Oeste do país.

Segundo a ONU, 5 milhões de iemenitas estão à beira da fome, e 2,3 milhões de crianças menores de cinco anos sofrem de desnutrição aguda, incluindo 400 mil que correm o risco de morrer sem tratamento. Em nove anos de guerra, mais de 10 mil crianças morreram como consequência direta dos combates.

Sudão

Desde 2003, o Sudão enfrenta um conflito na região de Darfur, com um levante de rebeldes não-árabes da região, que alegavam marginalização pelo governo. Nos 20 anos de embates, foram registradas cerca de 300 mil mortes e mais de 2 milhões de pessoas deslocadas.

Em resposta, o governo mobilizou milícias conhecidas como Janjaweed para atacar os rebeldes e civis suspeitos de apoiar os rebeldes. Os Janjaweed foram acusados ​​de cometer crimes de guerra, incluindo violação, tortura e homicídio. Em 2019, eclodiram protestos em todo o país, resultando na derrubada do presidente Omar al-Bashir, que estava no poder há três décadas.

Em outubro de 2021, porém, militares deram um golpe de Estado e tomaram o poder após prender o então primeiro-ministro interino, Abdallah Hamdok, em outubro de 2021. Desde então, o país é governado por uma junta militar, em que passou a ter conflitos internos entre o presidente e o vice-presidente, em disputa por poder.

No centro dos confrontos estão o líder da Forças Armadas Sudanesas, Abdel Fattah al-Burhan, e o comandante das Forças de Apoio Rápido (RSF, na siga em inglês) paramilitares, Mohamed Hamdan Dagalo.

República Democrática do Congo

A República Democrática do Congo (RDC) é um dos países mais pobres do mundo. No Leste do país, área mais violenta, cerca de 120 milícias atuam nas províncias de Kivu do Norte, Kivu do Sul e Ituri. No último ano, os ataques se intensificaram apesar da presença de 18 mil soldados das forças de paz da ONU. Os conflitos provocaram a migração de mais de 521 mil pessoas desde março do ano passado.

Hoje, o grupo rebelde que está no centro da violência atual é o Movimento 23 de Março, ou M23. A RDC, as Nações Unidas e os Estados Unidos acusaram Ruanda de apoiar o grupo, o que é negado repetidamente pelo governo ruandês. Os ataques do M23 escalaram após o governo congolês não honrar um acordo de 2009 que deveria integrá-los ao Exército. Como consequência, o grupo tomou cidades e vilas inteiras e, segundo ONGs de direitos humanos, bombardeou áreas civis e militares.

O ressurgimento do M23 aumentou as tensões entre o Congo e Ruanda e a ameaça de uma guerra generalizada na região. Autoridades congolesas acusam Ruanda de querer saquear os recursos minerais da nação, ao mesmo tempo em que protestos ocorrem em cidades do Leste. A hostilidade entre os países também levou a um aumento do discurso de ódio e da discriminação contra falantes da língua Kinyarwanda, falada em Ruanda, dentro da RDC, alertaram as Nações Unidas.

Etiópia

A Etiópia enfrenta uma guerra civil desde 2020, com a tomada da região de Tigré, comandada pela Frente para a Liberação do Povo do Tigré (TPLF), pelas forças militares etíopes, em novembro de 2020. O conflito se espalhou para outras regiões do país, que tem um histórico de atritos por ser um país fragmentado etnicamente.

Durante os quase três anos da guerra civil, pelo menos 600 mil morreram, de acordo com o porta-voz da União Africana, o presidente da Nigéria Olusegun Obasanjo. O conflito foi acentuado por uma crise econômica, papel de países vizinhos no confronto e a fragilidade da democracia do país. Apesar de o governo central da Etiópia ter declarado um cessar-fogo na região do Tigré e aberto diálogo com a TPLF, ainda não há estabilidade no país.

Afeganistão

Os ataques de 11 de Setembro de 2001, que deixaram quase 3 mil mortos nos EUA, desencadearam uma série de guerras e intervenções no Oriente Médio, a chamada “Guerra ao Terror”, que tinha como alvo principal Osama bin Laden, líder da al-Qaeda. Após ultimatos ao Talibã para que entregasse bin Laden, grupo extremista que então governava o Afeganistão, a coalizão internacional liderada pelos EUA começou a bombardear o país, tirou o grupo extremista do poder e expulsou a al-Qaeda temporariamente.

Mas a tentativa de construir um Exército afegão confiável se transformou em um fiasco com uma conta de US$ 83 bilhões: foram de 60 mil mortes entre as forças de segurança afegãs e quase o dobro de mortes civis. Nos EUA, mais de 2,3 mil militares americanos morreram e mais de 20 mil ficaram feridos.

Após quase 20 anos de guerra, as forças americanas se retiraram do Afeganistão em agosto de 2021, abrindo espaço para a volta do Talibã. À época, o grupo extremista, que governou o Afeganistão entre 1996 e 2001, se mostrava disposto a rever algumas de suas posições passadas e se abrir para o mundo. Um ano e meio depois, o Talibã se mostrou o mesmo de sempre: manteve o veto à participação de mulheres na sociedade e a perseguição de minorias étnicas e religiosas.

Líbia

O país do Norte da África enfrenta uma aguda guerra civil desde 2011, com a derrubada do ex-presidente Muammar Gaddafi no contexto da Primavera Árabe. O conflito envolve atores governamentais, milícias e facções políticas, que disputam o poder em embates marcados pela violência, pela instabilidade política e pelo envolvimento de atores estrangeiros.

As principais partes no conflito são o Governo de Acordo Nacional (GNA) reconhecido pela ONU e o Exército Nacional Líbio (LNA), liderado pelo general Khalifa Haftar, que é apoiado por vários países estrangeiros. O conflito levou a milhares de mortes e de deslocamentos, com implicações regionais e globais. Apesar dos numerosos esforços internacionais para resolver o conflito, a guerra civil continua sem resolução, com eventuais surtos e ataques.

Mianmar

O país enfrenta uma grave crise desde o golpe de Estado de fevereiro de 2021, quando uma junta militar derrubou o governo da Prêmio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi, e decretou um estado de emergência em vigor até os dias de hoje.

Desde então, mais de 2.900 pessoas morreram na repressão militar contra os dissidentes e mais de 18 mil foram detidas. Suu Kyi, de 76 anos, foi condenada a um total de 33 anos de prisão, em um processo que grupos de defesa dos direitos humanos tacharam de “farsa”.

No segundo aniversário do golpe, no começo deste mês, a junta militar que governa o país prolongou por seis meses o estado de emergência, o que implica no adiamento das eleições que estavam marcadas para agosto.

Somália

O país africano vive uma guerra civil desde 1991, após o colapso do governo central do país, e agora está envolto em disputa por poder envolvendo diversos atores como o Governo Federal de Transição (GFT), a União dos Tribunais Islâmicos (UCI) e o grupo militante al-Shabaab.

O conflito levou à violência generalizada, ao deslocamento e a crises humanitárias, e continuam até hoje. A União Africana e as Nações Unidas destacaram forças de manutenção da paz para a Somália para apoiar o GFT e combater o al-Shabaab, mas o não foi encontrado um desfecho para a crise vivida no país há décadas.

Haiti

O Haiti vive uma crise política de enormes proporções desde o assassinato do presidente Jovenel Moïse, morto dentro de casa em Porto Príncipe, em julho de 2021. Ariel Henry, que assumiu após o magnicídio, tem sua legitimidade no posto questionada de forma recorrente, e a ausência de eleições paralisou o Legislativo. Desde então, o país vive um vazio político que deu às gangues ainda mais poder.

Os grupos armados controlam hoje mais de 60% da capital, Porto Príncipe, onde cerca de 4,7 milhões de pessoas enfrentam fome aguda. Um levantamento da ONU divulgado no ano passado deu a dimensão do impacto da violência promovida pelas gangues: só em 2022, mais de 1.400 pessoas foram mortas e mais de mil foram raptadas ou feridas.

Sem Parlamento em atividade na prática, o Tribunal de Justiça também não funciona por falta de juízes, cujos nomes devem ser aprovados pelo Legislativo. Há ainda as disputas entre a Polícia Nacional e o Exército, que não conseguem combater as gangues nas ruas. No ano passado, a ONU descreveu uma “catástrofe humanitária” em curso no país.

Em janeiro deste ano, três haitiano-americanos e um colombiano foram extraditados para os Estados Unido por seu papel no assassinato de Moïse.

Mundo

Corte japonesa ordena que governo pague indenização por esterilizações forçadas

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Cerca de 25 mil japoneses foram vítimas de lei que tinha objetivo de “prevenir aumento dos descendentes inferiores”

 

Vista aérea de Tóquio
Getty Images

 

Numa decisão histórica, o Supremo Tribunal do Japão ordenou ao governo que pagasse indenizações às pessoas que foram esterilizadas à força ao abrigo de uma lei de eugenia agora extinta, decidindo que a prática era inconstitucional e violava os seus direitos.

A Lei de Proteção Eugênica, em vigor entre 1948 e 1996, permitiu às autoridades esterilizar à força pessoas com deficiência, incluindo aquelas com perturbações mentais, doenças hereditárias ou deformidades físicas e lepra. Também permitia abortos forçados se um dos pais tivesse essas condições.

A lei tinha como objetivo “prevenir o aumento dos descendentes inferiores do ponto de vista eugênico e também proteger a vida e a saúde da mãe”, segundo uma cópia da lei – que listava “notável desejo sexual anormal” e “notável inclinação clínica” entre as condições visadas.

Cerca de 25 mil pessoas foram esterilizadas sem consentimento durante esse período, de acordo com a decisão do tribunal, citando dados do ministério.

Embora o governo tenha oferecido compensar cada vítima em 3,2 milhões de ienes (cerca de US$ 19,8 mil) em 2019, ao abrigo de uma lei de assistência, as vítimas e os seus apoiadores argumentaram que isso estava longe de ser suficiente.

A decisão de quarta-feira (3) abordou cinco ações desse tipo, movidas por demandantes de todo o país em tribunais inferiores, que depois avançaram para a Suprema Corte.

Em quatro desses casos, os tribunais inferiores decidiram a favor dos demandantes – o que o Supremo Tribunal confirmou na quarta-feira, ordenando ao governo que pagasse 16,5 milhões de ienes (cerca de US$ 102 mil) aos atingidos e 2,2 milhões de ienes (US$13 mil) aos seus cônjuges.

No quinto caso, o tribunal de primeira instância decidiu contra os demandantes e rejeitou o caso, citando o prazo de prescrição de 20 anos. O Supremo Tribunal anulou esta decisão na quarta-feira, qualificando o estatuto de “inaceitável” e “extremamente contrário aos princípios de justiça e equidade”.

O caso agora é enviado de volta ao tribunal de primeira instância para determinar quanto o governo deve pagar.

“A intenção legislativa da antiga Lei de Proteção Eugênica não pode ser justificada à luz das condições sociais da época”, disse o juiz Saburo Tokura ao proferir a sentença, segundo a emissora pública NHK.

“A lei impõe um grave sacrifício sob a forma de perda da capacidade reprodutiva, o que é extremamente contrário ao espírito de respeito pela dignidade e personalidade individuais, e viola o artigo 13º da Constituição”, acrescentou – referindo-se ao direito de cada pessoa à vida, liberdade e a busca pela felicidade.

Após a decisão de quarta-feira, os manifestantes do fora do tribunal – homens e mulheres idosos, muitos em cadeiras de rodas – celebraram com os seus advogados e apoiadores, erguendo faixas onde se lia “vitória”.

Eles estão entre o total de 39 demandantes que entraram com ações judiciais nos últimos anos – seis deles morreram desde então, de acordo com a NHK, destacando a urgência desses casos à medida que as vítimas chegam aos seus anos finais.

Numa conferência de imprensa após a decisão do tribunal, o secretário-chefe do gabinete, Yoshimasa Hayashi, expressou o remorso e o pedido de desculpas do governo às vítimas, informou a NHK. O governo pagará prontamente a compensação e considerará outras medidas, como uma reunião entre os demandantes e o primeiro-ministro Fumio Kishida, disse ele.

Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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Mundo

Polícia desmobiliza protesto pró-Palestina no parlamento australiano

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Manifestantes carregavam faixa em que denunciavam Israel por crimes de guerra

 

Polícia desmantela protesto pró-Palestina no Parlamento Australiano
Reuters

 

Quatro manifestantes pró-Palestina foram levados sob custódia policial nesta quinta-feira (4) depois de escalarem o telhado do parlamento australiano em Canberra.

Os manifestantes, vestidos com roupas escuras, permaneceram no telhado do prédio por cerca de uma hora. Eles estenderam faixas pretas, incluindo uma que dizia “Do rio ao mar, a Palestina será livre”, um refrão comum dos manifestantes pró-Palestina, e entoaram slogans.

Os manifestantes empacotaram suas faixas antes de serem levados pela polícia que os aguardava por volta das 11h30, horário local.

CNN

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Reino Unido vai às urnas hoje em eleição que deve tirar Conservadores do poder

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País se prepara para entrar em uma nova era política com provável derrota do grupo há 14 anos no comando

 

Reino Unido vai às urnas hoje em eleição que deve tirar Conservadores do poder

 

Os britânicos vão às urnas nesta quinta-feira (4) em uma votação histórica para eleger um novo parlamento e governo nas eleições gerais. Pesquisas atuais indicam que o atual primeiro-ministro Rishi Sunak, do Partido Conservador, vai perder, encerrando uma era de 14 anos do grupo no poder.

A eleição é um referendo sobre o tumultuado governo dos Conservadores, que estão no comando do Reino Unido desde 2010 e passaram por uma crise financeira global, o Brexit e a pandemia.

Se os Trabalhistas obtiverem 419 assentos ou mais, será o maior número de assentos já conquistados por um único partido, superando a vitória esmagadora de Tony Blair em 1997.

Como funcionam as eleições?

O parlamento britânico tem 650 assentos. Para ter maioria, é preciso conseguir 326 assentos.

Após uma campanha de semanas, as urnas serão abertas às 7h, no horário local, desta quinta-feira (3h, horário de Brasília), e permanecerão abertas até às 22h.

Os britânicos podem votar em cada um dos 650 distritos eleitorais do país, selecionando o candidato que representará a área.

O líder do partido que ganhar a maioria desses distritos eleitorais se torna primeiro-ministro e pode formar um governo.

Se não houver maioria, eles precisam procurar ajuda em outro lugar, governando como um governo minoritário — como Theresa May fez após um resultado acirrado em 2017 — ou formando uma coalizão, como David Cameron fez depois de 2010.

O monarca tem um papel importante, embora simbólico. O rei Charles III deve aprovar a formação de um governo, a decisão de realizar uma eleição e a dissolução do Parlamento. O rei nunca contradiz seu primeiro-ministro ou anula os resultados de uma eleição.

A votação antecipada desta quarta-feira (4) foi convocada por Sunak. O atual primeiro-ministro era obrigado a divulgar uma eleição até janeiro de 2025, mas a decisão de quando fazê-lo cabia somente a ele.

O evento, contudo, provavelmente inaugurará um governo de centro-esquerda liderado pelo ex-advogado, Keir Starmer.

Rei Charles recebe Rishi Sunak no Palácio de Buckingham / Reprodução/ Palácio Buckingham

Quem é Keir Starmer?

O rival de Rishi Sunak é o líder trabalhista Keir Starmer, que é amplamente favorito para se tornar o novo primeiro-ministro britânico.

Ex-advogado de direitos humanos muito respeitado que então atuou como o promotor mais sênior do Reino Unido, Starmer entrou na política tarde na vida.

Líder trabalhista Keir Starmer em Blackpool / 3/5/2024 REUTERS/Phil Noble

Starmer se tornou um parlamentar trabalhista em 2015 e menos de cinco anos depois era o líder do partido, após uma passagem como secretário do Brexit no Gabinete Paralelo durante a saída prolongada do Reino Unido da União Europeia.

O britânico herdou um partido que se recuperava de sua pior derrota eleitoral em gerações, mas priorizou uma reformulação da cultura, se desculpando publicamente por um escândalo de antissemitismo de longa data que manchou a posição do grupo com o público.

Starmer tentou reivindicar o centro político do Reino Unido e é descrito por seus apoiadores como um líder sério e de princípios. Mas seus oponentes, tanto na esquerda de seu próprio partido quanto na direita do espectro político, dizem que ele não tem carisma e ideias, e o acusam de não ter conseguido estabelecer uma visão ambiciosa e ampla para a nação.

Quando saíram os resultados?

Após a abertura das urnas nesta quinta-feira (3), a mídia britânica estará proibida de discutir qualquer coisa que possa afetar a votação.

Mas no momento que a votação acabar, uma pesquisa de boca de urna será divulgada e definirá o curso da noite. A pesquisa, feita pela Ipsos para a BBC, ITV e Sky, projeta a distribuição de assentos do novo parlamento, e historicamente tem sido muito precisa.

Os resultados reais são contados ao longo da noite; o escopo do resultado da noite geralmente fica claro por volta das 3 da manhã, horário local (23h, horário de Brasília), e o novo primeiro-ministro geralmente assume o cargo ao meio-dia.

Mas as coisas podem demorar mais se o resultado for apertado ou se as vagas principais forem decididas na reta final.

De qualquer forma, a transferência de poder acontecerá no fim de semana, dando ao novo governo algumas semanas para trabalhar em legislações importantes antes do recesso parlamentar de verão.

CNN

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