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Brasília

Conheça a história de alunos da rede pública que se destacam nos estudos

Entre os mais de 475 mil estudantes da rede pública de ensino do Distrito Federal, há pessoas que se destacam seja pela criatividade, seja pela inteligência, seja pelo comprometimento. Basta pedir para qualquer professor indicar um bom aluno, que um rosto logo vem à mente – aquele aluno tímido, que fala pouco, mas só tira 10, ou aquele aluno brincalhão, que todo mundo conhece e parece já ter nascido com um espírito de liderança de dar inveja.

Caio Mariano, aluno do 9º ano no CEF Sargento Lima, tira boas notas em todas as disciplinas | Fotos: Jotta Casttro/SEE

São milhares de crianças, jovens e adultos em busca de conhecimento, aprendizagem e formação pessoal que encontram nas mais de 800 escolas públicas do DF um ambiente como o de uma segunda casa.

Nesta sexta-feira (11), quando é celebrado o Dia do Estudante, a Secretaria de Educação (SEE) conta a história de três alunos de escolas públicas de diferentes séries, idades e cidades que se destacam entre os colegas de classe.

O gênio

O pequeno Arthur Andrade, de apenas 4 anos, é um aluno exemplar na turma do 1º ano da educação infantil na Escola Classe (EC) 08 do Guará. Em seu primeiro ano na escola, o garoto se destaca pela facilidade com os números, interesse por assuntos de ciências e, como se não bastasse, uma habilidade especial para a leitura e interpretação de textos.

Arthur Andrade tem só 4 anos, mas já sabe ler e está aprendendo a escrever

Apesar da pouca idade, ele lê livros e entende as histórias em questão de minutos. “A menina tinha mil cachinhos na cabeça, se a gente olhava de um jeito cada cachinho era uma conchinha. Eu consigo ler esse livro todinho”, diz Arthur ao ler a obra Cachinhos, Conchinhas, Flores e Ninho, de Maurilo Andreas, uma de suas preferidas. “Eu gosto de ler para meu irmãozinho José, de 10 meses, e para os meus amigos na escola. Ah, também gosto dos números: sei contar até 50 ou mais, e também gosto de aprender coisas novas, de desenhar e brincar”.

A professora do garoto, Érika Fonseca, conta que o interesse do aluno pela leitura e em aprender coisas novas é algo natural, demonstrado por ele em casa, para espanto e alegria dos pais. “O Arthur chegou à escola com essa parte de leitura já bem desenvolvida, não passou por creche, é o primeiro ano dele na escola. Ele tem habilidade com números e assuntos que não são comuns para a faixa etária dele, demonstra curiosidade sobre a vida dos seres vivos, universo, meteoros, e está aprendendo a escrever”, explica.

Mais de 475 mil estudantes nas mais de 800 escolas públicas do Distrito Federal

A professora desenvolve trabalhos para acompanhar o desenvolvimento do menino. “O Arthur tem um longo caminho pela frente, e estou trabalhando a parte de socialização e emocional para ele não se sentir superior ou excluído na turma. Além disso, venho aprimorando a parte de coordenação motora fina para facilitar a escrita e outras atividades com foco em aprimorar ainda mais esse dom que ele apresenta”, relata.

O aluno exemplar

Ele é exemplo quando o assunto é boas notas e dedicação aos estudos. Caio Mariano, 15 anos, aluno do 9º ano no Centro de Ensino Fundamental (CEF) Sargento Lima, em Santa Maria, é aplicado e tem excelentes notas em todas as disciplinas, com média acima de 8. Ele diz que prefere história, seguida de geografia e matemática.

“Eu sempre gostei de filmes de guerra, e talvez esse seja o principal motivo de gostar tanto de história. Agora, gostar mesmo de estudar é algo que foi surgindo com incentivo do meu pai, que desde pequeno me ajuda”, conta Caio.

Filho do meio de três irmãos, Caio tem uma rotina de vida saudável com tempo para estudos e diversão. Estuda pela manhã na semana e à tarde é menor aprendiz na empresa de instrumentos musicais do pai. À noite, ele se dedica a mais estudos e, aos fins de semana, costuma fazer o que a maioria dos garotos na idade dele faz: soltar pipa e jogar bola.

O garoto está prestes a terminar o ensino fundamental, mas já mira o futuro acadêmico. “Penso em cursar agronomia ou história para me tornar um professor”, revela. Surpresa para o professor de história, Anderson José, que não sabia do desejo dele em cursar a disciplina em nível superior. “Venho acompanhando o Caio desde o ano passado e percebi o interesse dele por assuntos sobre a história do Brasil e mundo, mas estou muito feliz e surpreso em saber que ele pretende ser um professor de história. É uma sensação de que estou fazendo a coisa certa”, conta Anderson.

O artista

Wirlan dos Santos, aluno do 3º ano do ensino médio, pintou a sala de orientação educacional do CED 07 de Ceilândia

As paredes da sala de orientação educacional do Centro Educacional (CED) 07 de Ceilândia ganharam vida com traços da cultura oriental. O artista por trás da obra é Wirlan dos Santos, de 17 anos. Aluno do 3º ano do ensino médio, ele recebeu ajuda do melhor amigo, Marcos Vinícius, 17, para preencher os espaços com desenho dos personagens do longa de animação A Viagem de Chihiro, do diretor Rikiya Imaizumi.

Wirlan é aluno dedicado aos estudos, tem boas notas em todas as disciplinas e o dom de desenhar desde pequeno. “Eu sempre gostei de desenhar, e isso me ajudou muito na vida pessoal, pois era muito tímido na escola. Eu só não sabia que teria o reconhecimento desse trabalho tão cedo. Quando nossa orientadora educacional fez o convite para pintar a sala, eu e o Marcos ficamos muito felizes”, lembra Wirlan.

O estudante fala sobre a aptidão pelo desenho e a importância da família e da escola nesse processo. “O meu primeiro desenho foi um caminhão dos bombeiros, profissão que eu queria seguir. Desenhar é algo de família, tenho uma tia que desenha muito bem. Na escola isso me ajuda bastante, eu tinha dificuldade para me relacionar com os amigos. Hoje em dia eu converso com todos, alguns me procuraram para fazer um desenho específico e fico muito feliz por isso”, revela.

Segundo a mãe do estudante, Daiane Cordeiro, 38 anos, a arte de desenhar começou para presentear a avó. “Era uma forma que ele encontrava de agradar, então sempre fazia um desenho e a presenteava”, conta Daiane.

Prestes a concluir a educação básica, Wirlan fala sobre sua matéria preferida na escola e qual curso deseja seguir no ensino superior: “Por mais que eu goste de artes, minha matéria preferida é física. As pessoas têm certo medo dessa matéria por causa dos cálculos, mas vejo que tudo é questão de interpretação. Sobre a graduação, penso em cursar educação física”.

*Com informações da Secretaria de Educação

Brasil

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Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio

 

Fumaça no Congresso assusta brasilienses – (crédito: Redes sociais)

 

Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:

A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.

A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.

Correio Brasiliense

 

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Brasília

Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS

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Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória

 

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O governo federal liberou mais R$ 1,8 bilhão para ações de reconstrução no Rio Grande do Sul. A autorização do crédito extraordinário foi feita por meio da edição da Medida Provisória 1.223/2024, publicada na noite desta quinta-feira (23).

A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.

A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.

No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.

>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:

– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)

– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)

– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)

– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)

– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)

– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)

– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)

– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).

De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.

No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.

Por Agência Brasil

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Brasília

Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.

Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.

O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.

Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação –uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.

Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.

O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz –a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.

Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.

Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.

A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.

O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.

 

SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR

O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.

O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.

A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.

O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.

A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.

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