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Brasil

1 em cada 4 brasileiros pretende viajar a turismo nos próximos seis meses

(Christian Adams/Getty Images)

Um em cada quatro brasileiros pretende viajar a turismo nos próximos seis meses, segundo pesquisa realizada pela Futura Inteligência e divulgada nesta quinta-feira, 3. Os dados ainda mostram que pouco mais de 41% das pessoas estão dispostas a fazer uma viagem no próximo ano, e 62% nos próximos dois anos.

O levantamento, feito entre os dias 17 e 20 de julho deste ano, ouviu 1.000 pessoas com 16 anos ou mais que moram no Brasil, utilizando o método CATI (entrevista telefônica assistida por computador). Dentre as pessoas ouvidas, 32,1% já viajaram nos últimos 12 meses.

A classe B lidera o grupo dos que pretendem viajar já nos próximos seis meses. Das pessoas desse estrato social ouvidas na pesquisa, 54,8% informaram que querem fazer viagens nos seis meses subsequentes, e 20,7% em até 12 meses.

Entre os entrevistados da classe A, 46,8% manifestaram o desejo de viajar nos próximos seis meses, e 30,4%, no próximo ano. Já entre a classe C, 34,1% das pessoas ouvidas pela Futura pretendem viajar nos próximos seis meses, e 25,4% no próximo ano.

Dos 1.000 entrevistados pela Futura, 14,4% dos que pretendem viajar no próximo semestre já estão com as passagens e pacotes comprados. Desse total, 9,9% são da classe A, 31% da B, 27,6% da C, 13,1% da D e 8,2% da E.

Quando questionados sobre agências de viagens, as marcas mais lembradas pelos entrevistados foram a CVC (52%), Gol (8,2%), 123 Milhas (3,5%) e Decolar (3,4%). Do total de entrevistados pela Futura Inteligência, 85,5% dos que pretendem realizar viagens nos próximos dois anos preferem destinos dentro do Brasil.

Viagens realizadas pelos brasileiros

Do total de pessoas ouvidas na pesquisa, 32,1% disseram que viajaram para algum destino nos últimos 12 meses, e 91,9% foram nacionais.

As pessoas que mais viajaram pelo Brasil pertencem às classes C, D e E, sendo que 44,6% são das classes B ou C. Entre os entrevistados que viajaram ao exterior no último ano, 57,9% pertencem às classes A ou B, e a maioria delas mora nas regiões Sudeste e Sul.

Dos entrevistados que viajaram nos últimos 12 meses, 24,9% compraram pacotes por meio de agências de viagem, físicas ou online. A principal faixa etária do público das agências são os brasileiros de 45 a 59 anos (33,9%) e 31,2% residem nas capitais do país.

Ainda segundo a pesquisa da Futura Inteligência, entre os brasileiros que viajaram no último ano e foram ao exterior, 36,6% preferiram países da Europa, para 19,9% a opção foi a Argentina, e 12,6% escolheram o Oriente Médio.

Já para as viagens domésticas feitas nos últimos 12 meses, o Rio de Janeiro foi o estado mais citado, com 13,6%, seguido do Rio Grande do Sul (10,9%), Ceará (8,1%) e Bahia (7,9%).

Meses mais viajados

Os meses de dezembro, janeiro e julho são os preferidos por quem viajou no último ano, representando, respectivamente, 20,5%, 12,8% e 9,5% do total. Em média, segundo a pesquisa, o brasileiro viaja 1,9 vez por ano, com maior frequência entre as pessoas da classe A (2,6 vezes), B (2,3), D (1,9), C (1,8) e E (1,5).

Também foi constatado pelo levantamento que 68% dos brasileiros que viajaram no último ano compraram os pacotes com seis meses de antecedência, e 19,5%, entre seis e 12 meses.

Gasto médio

A média de gastos por viagem foi de R$ 5.075,60 entre os entrevistados da classe A, R$ 4.532,60 entre os da classe B, R$ 2.891,90 entre os da classe C, R$ 2.143,9 entre os da classe D e R$ 1.687,70 entre os da E.

“Os dados da pesquisa demonstram que o turismo brasileiro está firmando sua retomada de forma promissora, e vivenciando um período de crescimento impulsionado por fatores como a redução da inflação, aumento crescente da demanda e a superação das restrições impostas pela pandemia de Covid-19”, afirma Heitor Fernandes, diretor-executivo da Futura Inteligência.

Fernandes destaca projeção da Fecomércio-SP de crescimento de 53,6% no faturamento do setor do turismo brasileiro para 2023, em relação ao ano anterior. “Esse avanço já incorpora a inclusão de novos destinos que emergem no leque de opções de viagens para os consumidores”, diz.

 

Brasil

Taxa de desmatamento no Cerrado cai pela primeira vez em 4 anos

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Dados são do sistema Deter, do Inpe, e foram anunciados pela ministra Marina Silva

Joédson Alves/Agência Brasil

Os alertas de desmatamento no Cerrado caíram pela primeira vez desde 2020 no primeiro semestre deste ano. As informações são do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e foram divulgadas nesta quarta-feira pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

A área total desmatada de janeiro a junho de 2024 foi de 3.724 quilômetros quadrados. Esse índice vinha numa tendência de alta desde 2020, atingindo o ápice no primeiro semestre de 2023 – 4.395 – já durante a gestão do governo Lula. De 2023 a 2024, a a redução computada foi de 15%.

A ministra Marina Silva afirmou que os dados são um resultado do plano de combate ao desmatamento lançado em novembro do ano passado e da articulação do governo feita junto aos governadores da região. Em março, ela participou junto com outros ministros de uma reunião com os chefes dos Estados para tratar sobre estratégias de prevenir a devastação no Palácio do Planalto.

O corte da flora no Cerrado ocorre sobretudo nos Estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – área conhecida como Matopiba – e em mais de 40% dos casos tinha autorização dos governos estaduais.

“Esse é o primeiro número de redução consistente no cerrado, enquanto se consolida a tendência de queda no desmatamento da Amazônia”, disse o secretário-executivo da pasta, João Paulo Capobianco.

Considerados os maiores biomas do país, o Cerrado e a Amazônia somam mais de 85% da área desmatada no último ano, segundo estudo do MapBiomas. Em 2023, Cerrado superou pela primeira vez a Amazônia no tamanho de área desmatada – 1,11 milhão de hectares de vegetação nativa perdidos, o que equivalia a 68% de alta em comparação com 2022.

Os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram uma queda de 38% no primeiro semestre em comparação com 2023. Foram 1.639 quilômetros quadrados de área derrubada – o menor índice em sete anos.

Agência o Globo

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Brasil

Deputados apresentam texto de regulamentação da reforma tributária nesta quinta

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Carnes na cesta básica, armas e carros elétricos no imposto seletivo ainda são dúvida

 

Plenário da Câmara dos Deputados durante a promulgação da reforma tributária ( Roque de Sá/Agência Senado)

 

Os deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária apresentam nesta quinta-feira, a partir das 10h, o parecer do primeiro projeto de lei que regulamentará a reforma tributária. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quarta-feira que a votação do texto em plenário deve ocorrer na próxima semana.

Entre os pontos polêmicos com expectativa de acréscimo ao relatório estão: a inclusão das carnes na cesta básica, além da inclusão no imposto seletivo de itens como armas, carros elétricos e jogos de azar.

Lira indicou dificuldades para a inclusão da carne in natura na cesta básica de alimentos, com alíquota zero, como defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defendido pelos deputados do GT. O presidente da Casa argumentou que a inclusão pode gerar impacto na alíquota padrão de referência. O Ministério da Fazenda previa que a taxa poderia subir de 26,5% para 27% com a adição.

“Nunca houve proteína na cesta básica. Mas, temos que ver quanto essa inclusão vai impactar na alíquota que todo mundo vai pagar”, afirmou Lira.

Para os parlamentares, porém, o aumento de itens no imposto seletivo poderá compensar a perda de carga tributária e garantir uma alíquota mais baixa. Os deputados chegam a prever um imposto de até 25%, a partir de 2033, quando todos os cinco impostos sobre consumo serão extintos.

Entenda o contexto

O primeiro texto da regulamentação da Reforma Tributária detalha a implementação do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que juntos formaram o IVA (Imposto sobre Valor Agregado). O tributo vai substituir cinco impostos que recaem sobre consumo hoje: PIS, Cofins, IPI, ICMS, ISS.

O atual texto de regulamentação da reforma tributária prevê que diferentes itens tenham a mesma alíquota padrão de imposto, como armas, munições, fraldas infantis, perfumes e roupas. Nenhum dos ítens estão na alíquota reduzida ou em regimes especiais. A proposta de regulamentação, porém, ainda será modificada por deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária.

O segundo texto, que deve ser apresentado nesta quinta-feira ao presidente Lira, trará os detalhes do funcionamento do Comitê Gestor, órgão que irá recolher e redistribuir o IBS a estados e municípios.

O IVA vai incidir no momento de cada compra, a chamada cobrança no destino. Hoje, os impostos recaem sobre os produtos na origem, ou seja, desde a fabricação até a venda final. Essa modalidade leva a um acúmulo das taxas ao longo da cadeia produtiva, deixando o produto mais caro.

O valor padrão do IVA ainda será definido e deve ser descoberto apenas um ano antes de cada etapa de transição. A transição entre sistemas começa em 2026, com a cobrança de apenas 1% de IVA. O valor vai aumentando ao longo dos anos seguintes, até chegar em 2033, quando todos os impostos sobre consumo serão extintos, e sobrará apenas o IVA. O valor cheio será definido em resolução do Senado Federal, que também determinará qual parcela cada ao CBS e qual será de IBS.

Agência o Globo

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Haddad anuncia cortes de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias

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Ministro diz que determinação de Lula é cumprir arcabouço fiscal

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista após reunião na residência oficial da presidência do Senado em Brasília, em 25/05/2023 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na noite desta quarta-feira (3), após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, que o governo prepara um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias que abrangem diversos ministérios, para o projeto de lei orçamentária de 2025, que será apresentado em agosto ao Congresso Nacional. O corte ainda poderá ser parcialmente antecipado em contingenciamentos e bloqueios no orçamento deste ano.

“Nós já identificamos e o presidente autorizou levar à frente, [o valor de] R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias, que vão ser cortadas depois que os ministérios afetados sejam comunicados do limite que vai ser dado para a elaboração do Orçamento 2025. Isso foi feito com as equipes dos ministérios, isso não é um número arbitrário. É um número que foi levantado, linha a linha do orçamento, daquilo que não se coaduna com os programas sociais que foram criados, para o ano que vem”, disse o ministro em declaração a jornalistas após a reunião.

O levantamento dos programas e benefícios que serão cortados foi realizado desde março entre as equipes dos ministérios da área fim e as pastas do Planejamento e da Fazenda. Além disso, bloqueios e contingenciamentos do orçamento atual serão anunciados ainda este mês, “que serão suficientes para o cumprimento do arcabouço fiscal”, reforçou o ministro.

Essas informações serão detalhadas na apresentação do próximo Relatório de Despesas e Receitas, no dia 22 de julho. “Isso [bloqueio] está definido, vamos ter a ordem de grandeza nos próximos dias, assim que a Receita Federal terminar seu trabalho”.

Haddad reforçou que o governo está empenhado, “a todo custo”, em cumprir os limites da lei que criou o arcabouço fiscal.

“A primeira coisa que o presidente determinou é que cumpra-se o arcabouço fiscal. Essa lei complementar foi aprovada no ano passado, a iniciativa foi do governo, com a participação de todos os ministros. Portanto, não se discute isso. Inclusive, ela se integra à Lei de Responsabilidade Fiscal. São leis que regulam as finanças públicas do Brasil e elas serão cumpridas”, destacou o ministro da Fazenda.

A declarações de Fernando Haddad ocorrem um dia depois de o dólar disparar frente ao real, na maior alta em cerca de um ano e meio, no contexto de alta das taxas de juros nos Estados Unidos e também das críticas recentes do presidente brasileiro ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ao longo desta quarta, com novas manifestações de Haddad e do próprio presidente Lula, houve uma redução do nervosismo no mercado financeiro e o dólar baixou para R$ 5,56, revertendo uma cotação que chegou a encostar em R$ 5,70 no pregão anterior.

Agência Brasil

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