Brasília
Abertura do semestre da UnDF reúne comunidade acadêmica no Campus Norte
É grande a expectativa entre a comunidade acadêmica da Universidade do Distrito Federal Professor Jorge Amaury Maia Nunes (UnDF). As aulas na instituição começam na segunda-feira (31) no Campus Norte, localizado no Lago Norte. Os cursos de matemática, engenharia de software, sistemas de informação, pedagogia e tecnologia em gestão ambiental serão oferecidos no período da manhã. Já as aulas de gestão da tecnologia da informação, gestão pública, produção cultural e serviço social serão no turno noturno.
“Neste segundo semestre de 2023, a oferta se dará em diversos novos cursos de graduação e pós-graduação, tanto aqui nesta bela estrutura como em diferentes cidades do DF, para acolher estudantes, jovens e adultos, que hoje visam aperfeiçoar-se e estão sem perspectiva ou desempregados. Na UnDF há proposição de políticas pedagógicas inovadoras, de humanização e de assistência à permanência estudantil”, afirmou a reitora pro tempore da UnDF Simone Benck.
Entre os dias 25 e 28, a comunidade acadêmica esteve reunida para dar início ao semestre letivo. Ao longo de quatro dias foram realizadas atividades culturais e pedagógicas com o objetivo de promover a integração entre professores, estudantes e servidores da universidade. As ações integraram a Semana de Acolhimento Estudantil da UnDF e também marcaram o aniversário de dois anos da UnDF, celebrado no dia 26.
“Que a Universidade do Distrito Federal Professor Jorge Amaury Maia Nunes tenha vida longa e oportunize, além de desenvolvimento para todos e todas, o mais importante: o cumprimento do dever e ciência de que os estudantes desta universidade têm o direito de aprender. Que a nenhum dos e das estudantes da UnDF seja negado o direito à aprendizagem. Não aceitem, estudantes, sair ou deixar esta universidade sem de fato serem melhores, mais humanas e mais sábias pessoas”, disse Simone Benck, na abertura da Semana de Acolhimento Estudantil, evento que contou com a presença do governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha.
Aula magna
A aula magna foi conduzida pelos professores Wanderson Flor do Nascimento e Ana Flávia Magalhães Pinto, ambos da Universidade de Brasília (UnB). O tema escolhido para abrir o semestre letivo foi O respeito às diferenças atravessa o direito à educação.
Doutor em bioética e professor do departamento de filosofia da UnB, Wanderson Flor falou sobre o paradoxo da educação que equaliza o sujeito ao trabalhador. Para o professor, o objetivo da universidade não é só formar trabalhadores, é também formar sujeitos que vão ocupar papéis diferentes e críticos na estrutura desigual que existe hoje. “Desta forma, o respeito à diferença é um direito e também uma obrigação”, afirmou.
A professora adjunta do departamento de história da UnB, Ana Flávia Magalhães Pinto também ressaltou que falar de diversidade, diferença e pessoas negras não é um capricho, mas uma necessidade. A partir da aula da professora, a UnDF foi convidada a atuar contra a invisibilidade empregada por projetos de desigualdade. “A Universidade do Distrito Federal precisa se entender como resultado das lutas de pessoas negras e indígenas pelas ações afirmativas. Essa aula magna acontece no ano em que estamos nos preparando e realizando debates num contexto de avaliação da lei das cotas”, destacou Ana Flávia, que também é diretora-geral do Arquivo Nacional e a primeira mulher negra a ocupar o cargo.
Programação cultural e pedagógica
As apresentações musicais da Semana de Acolhimento Estudantil da UnDF ficaram a cargo da DJ Karla Testa (projeto Escola Show) e das bandas Hey Johnny e Private. Ainda como parte da programação, os estudantes tiveram a oportunidade de conhecer e aplicar a técnica de xilogravura com o professor e artista visual Valdério Costa.
Na noite de quinta-feira (27), foi exibido o longa-metragem Branco Sai, Preto fica, dirigido pelo cineasta Adirley Queirós, vencedor do 47º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, realizado em 2014, seguido de debate com a professora de sociologia Débora Fernandes Pereira Machado e com o servidor Wélcio de Toledo, da pró-reitoria de extensão e cultura, ambos da UnDF.
A festa cultural foi encerrada com uma batalha de rimas protagonizada pelo MCs Vírgulas e Daend, ao som da DJ Kashuu, e com o animado grupo de quadrilha junina Si Bobiá a Gente Pimba, de Samambaia.
Na sexta-feira (28), último dia do acolhimento estudantil, os universitários receberam orientações e esclarecimentos das equipes técnicas da UnDF sobre o funcionamento dos centros interdisciplinares, da ouvidoria, da secretaria acadêmica geral, das pró-reitorias e da biblioteca central. Os estudantes também foram informados sobre a proposta pedagógica da instituição – aplicação das metodologias problematizadoras e avaliação – e as formas de acesso ao programa de assistência estudantil (PAE). Na sequência, eles participaram de encontros com parte do corpo docente dos nove cursos superiores da instituição.
*Com informações da UnDF
Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio
Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:
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A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.
A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.
Brasília
Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS
Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória
A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.
A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.
No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.
>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:
– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)
– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)
– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)
– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)
– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)
– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)
– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)
– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).
De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.
No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.
Por Agência Brasil
Brasília
Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.
Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.
O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.
Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.
Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.
O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.
Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.
Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.
A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.
O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.
SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR
O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.
O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.
A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.
O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.
A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.
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