Brasil
Ministro Jader Filho afirma que Minha Casa, Minha Vida vai garantir 210 mil unidades este ano
No Seminário Esfera RJ, ao lado de empresários no Rio, o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, cobrou uma política nacional de gás
O ministro das Cidades, Jader Filho, afirmou que assinou as primeiras portarias do programa Minha Casa, Minha Vida. “Agora, sim, o programa está de volta. A meta de 2023 é de 210 mil unidades habitacionais para atender 840 mil pessoas”, revelou durante o Seminário Esfera RJ, realizado pela Esfera Brasil nesta sexta-feira, 16, no Copacabana Palace, para debater as oportunidades de investimentos no Rio de Janeiro.
Segundo o ministro, as companhias de habitação popular estão aptas a cadastrar os moradores para receber o benefício. De acordo com dados do governo, havia 186 mil habitações inacabadas e, dessas, 180 mil estavam com obras paralisadas. Com a retomada do programa habitacional e das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), quase um milhão de empregos foram gerados.
Segundo o ministro, o investimento em estradas este ano no Brasil será maior do que todo o montante investido nos últimos quatro anos. “Vivemos outro momento de País. A união entre os estados, governo federal, municípios e empresários é que vai fazer com que a gente surfe este novo momento, para que a gente volte a falar em prosperidade, emprego, desenvolvimento, em coisa boa”, afirmou.
Energia
O Rio de Janeiro é responsável por 85% da produção de petróleo do Brasil e 73% da de gás. O estado tem protagonismo no setor energético nacional. Ao comentar sobre o tema ao lado do ministro Jader, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, cobrou uma política nacional de gás.
“Não podemos descuidar do eixo central que é a segurança energética nacional. O nosso grande desafio é equilibrar modicidade tarifária, para estimular emprego e renda e proteção dos mais pobres, e segurança energética, tão fundamental para o desenvolvimento nacional”, ressaltou Silveira, que acrescentou: “A política do gás é uma obsessão para nós, porque, com ela, podemos combater o desemprego”.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), fez uma reflexão a respeito do pacto federativo e disse que o sonho do brasileiro é ter sua própria atividade econômica. “O que o Rio demanda hoje do governo federal é infraestrutura e um ajuste na nossa dívida, sobretudo nas nossas principais vocações, que são energia, óleo e gás e a questão portuária”, disse.
No painel, mediado pelo diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, um dos destaques foi o debate sobre a transição energética. Segundo o presidente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Rodolfo Henrique de Saboia, “o gás não é exclusivamente o combustível da transição, mas tem um papel importante, porque ele se alinha mais com o ESG, a ameaça climática e recebeu o carimbo verde da União Europeia”.
O vice-presidente executivo de Assuntos Corporativos e Institucionais da Vale, Alexandre D’Ambrosio, afirmou que a transição passa também pela mineração. “Estamos falando da transição para economia de baixo carbono, e só será possível com gás e petróleo. Sem minério, é impossível, por exemplo, a construção de baterias”, explicou.
O secretário de Energia e Economia do Mar do Rio de Janeiro, Hugo Leal, lembrou que a grande oportunidade para o Rio é o hidrogênio azul. “É o hidrogênio que vem com o gás natural. Se você processar e tirar as partículas de CO2, tem-se o hidrogênio perfeito, com valor calorífico ótimo, e esta é uma matriz que já temos aqui”, explicou.
O hidrogênio verde também esteve em pauta na discussão, e o VP da Vale lembrou que há uma oportunidade de negócio, uma vez que ele pode ser usado na indústria local.
Águas e saneamento
Cartão postal do Brasil, o Rio de Janeiro encanta com suas belezas naturais. No entanto, um dos desafios é a despoluição da Baía de Guanabara e das lagoas da região. O presidente da Águas do Rio, Alexandre Bianchini, falou que a realidade está mudando, com água translúcida na lagoa Rodrigo de Freitas, praias com sinais de balneabilidade e com a vinda de golfinhos à baía. “A natureza tem uma capacidade de recuperação muito grande, desde que você ajude. O trabalho está dando resultado, com emprego, turismo, valorização imobiliária e saúde.”
O diretor-presidente da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio (Cedae), Aguinaldo Ballon, destacou que a empresa tem um desafio pela frente: a universalização de água e esgoto até 2033. “Um dos nossos compromissos é aumentar a capacidade de produção de água em volume suficiente para atender toda a população”, disse. Para isso, é preciso também criar redes de distribuição no sistema, que foi criado há 40 anos para acolher, em especial, a zona sul do Rio.
O secretário da Casa Civil do Rio de Janeiro, Nicola Miccione, lembrou que a concessão do saneamento já trouxe bons resultados. “Destravamos o Rio e esse mercado. Outras concessões ocorreram depois no País, algumas seguindo o modelo do Rio. Quanto mais pessoas são atendidas, mais receitas as empresas terão”, afirmou.
Harmonia
No último painel, a harmonia entre os três Poderes do Rio de Janeiro esteve em discussão. Para o presidente do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), desembargador Ricardo Cardozo, “a relação entre os chefes dos Poderes é republicana e respeitosa. Conversamos sobre as decisões”.
Já para o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), deputado Rodrigo Bacellar, é preciso aproveitar melhor o potencial do estado. “A meta é tentar corrigir o estado. Muitas vezes é parar de dar passos longos. Às vezes, fazendo o feijão com arroz, a gente chega num resultado muito mais prático e efetivo”, avaliou.
O governador do Rio ressaltou que um dos diferenciais do estado é a boa relação entre os Poderes. “A Assembleia entendeu que não pode ficar mudando leis que alteram a jornada do empresário do dia para noite, e o Judiciário entendeu que a sua decisão impacta no investimento”, disse.
Em seu segundo dia, o Seminário Esfera RJ reuniu cerca de 280 pessoas, com representantes de governo e empresários, entre eles Carlos Santana (Tecnobank), Luiz Carlos Trabuco (Bradesco), Vander Giordano (Multiplan), Luis Henrique Guimarães (Cosan), Maurício Carvalho (Urca Energia) e Hélio Paulo Ferraz (Light).
Brasil
Taxa de desmatamento no Cerrado cai pela primeira vez em 4 anos
Dados são do sistema Deter, do Inpe, e foram anunciados pela ministra Marina Silva
Os alertas de desmatamento no Cerrado caíram pela primeira vez desde 2020 no primeiro semestre deste ano. As informações são do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e foram divulgadas nesta quarta-feira pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
A área total desmatada de janeiro a junho de 2024 foi de 3.724 quilômetros quadrados. Esse índice vinha numa tendência de alta desde 2020, atingindo o ápice no primeiro semestre de 2023 – 4.395 – já durante a gestão do governo Lula. De 2023 a 2024, a a redução computada foi de 15%.
A ministra Marina Silva afirmou que os dados são um resultado do plano de combate ao desmatamento lançado em novembro do ano passado e da articulação do governo feita junto aos governadores da região. Em março, ela participou junto com outros ministros de uma reunião com os chefes dos Estados para tratar sobre estratégias de prevenir a devastação no Palácio do Planalto.
O corte da flora no Cerrado ocorre sobretudo nos Estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – área conhecida como Matopiba – e em mais de 40% dos casos tinha autorização dos governos estaduais.
“Esse é o primeiro número de redução consistente no cerrado, enquanto se consolida a tendência de queda no desmatamento da Amazônia”, disse o secretário-executivo da pasta, João Paulo Capobianco.
Considerados os maiores biomas do país, o Cerrado e a Amazônia somam mais de 85% da área desmatada no último ano, segundo estudo do MapBiomas. Em 2023, Cerrado superou pela primeira vez a Amazônia no tamanho de área desmatada – 1,11 milhão de hectares de vegetação nativa perdidos, o que equivalia a 68% de alta em comparação com 2022.
Os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram uma queda de 38% no primeiro semestre em comparação com 2023. Foram 1.639 quilômetros quadrados de área derrubada – o menor índice em sete anos.
Agência o Globo
Brasil
Deputados apresentam texto de regulamentação da reforma tributária nesta quinta
Carnes na cesta básica, armas e carros elétricos no imposto seletivo ainda são dúvida
Os deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária apresentam nesta quinta-feira, a partir das 10h, o parecer do primeiro projeto de lei que regulamentará a reforma tributária. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quarta-feira que a votação do texto em plenário deve ocorrer na próxima semana.
Entre os pontos polêmicos com expectativa de acréscimo ao relatório estão: a inclusão das carnes na cesta básica, além da inclusão no imposto seletivo de itens como armas, carros elétricos e jogos de azar.
Lira indicou dificuldades para a inclusão da carne in natura na cesta básica de alimentos, com alíquota zero, como defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defendido pelos deputados do GT. O presidente da Casa argumentou que a inclusão pode gerar impacto na alíquota padrão de referência. O Ministério da Fazenda previa que a taxa poderia subir de 26,5% para 27% com a adição.
“Nunca houve proteína na cesta básica. Mas, temos que ver quanto essa inclusão vai impactar na alíquota que todo mundo vai pagar”, afirmou Lira.
Para os parlamentares, porém, o aumento de itens no imposto seletivo poderá compensar a perda de carga tributária e garantir uma alíquota mais baixa. Os deputados chegam a prever um imposto de até 25%, a partir de 2033, quando todos os cinco impostos sobre consumo serão extintos.
Entenda o contexto
O primeiro texto da regulamentação da Reforma Tributária detalha a implementação do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que juntos formaram o IVA (Imposto sobre Valor Agregado). O tributo vai substituir cinco impostos que recaem sobre consumo hoje: PIS, Cofins, IPI, ICMS, ISS.
O atual texto de regulamentação da reforma tributária prevê que diferentes itens tenham a mesma alíquota padrão de imposto, como armas, munições, fraldas infantis, perfumes e roupas. Nenhum dos ítens estão na alíquota reduzida ou em regimes especiais. A proposta de regulamentação, porém, ainda será modificada por deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária.
O segundo texto, que deve ser apresentado nesta quinta-feira ao presidente Lira, trará os detalhes do funcionamento do Comitê Gestor, órgão que irá recolher e redistribuir o IBS a estados e municípios.
O IVA vai incidir no momento de cada compra, a chamada cobrança no destino. Hoje, os impostos recaem sobre os produtos na origem, ou seja, desde a fabricação até a venda final. Essa modalidade leva a um acúmulo das taxas ao longo da cadeia produtiva, deixando o produto mais caro.
O valor padrão do IVA ainda será definido e deve ser descoberto apenas um ano antes de cada etapa de transição. A transição entre sistemas começa em 2026, com a cobrança de apenas 1% de IVA. O valor vai aumentando ao longo dos anos seguintes, até chegar em 2033, quando todos os impostos sobre consumo serão extintos, e sobrará apenas o IVA. O valor cheio será definido em resolução do Senado Federal, que também determinará qual parcela cada ao CBS e qual será de IBS.
Agência o Globo
Brasil
Haddad anuncia cortes de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias
Ministro diz que determinação de Lula é cumprir arcabouço fiscal
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na noite desta quarta-feira (3), após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, que o governo prepara um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias que abrangem diversos ministérios, para o projeto de lei orçamentária de 2025, que será apresentado em agosto ao Congresso Nacional. O corte ainda poderá ser parcialmente antecipado em contingenciamentos e bloqueios no orçamento deste ano.
“Nós já identificamos e o presidente autorizou levar à frente, [o valor de] R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias, que vão ser cortadas depois que os ministérios afetados sejam comunicados do limite que vai ser dado para a elaboração do Orçamento 2025. Isso foi feito com as equipes dos ministérios, isso não é um número arbitrário. É um número que foi levantado, linha a linha do orçamento, daquilo que não se coaduna com os programas sociais que foram criados, para o ano que vem”, disse o ministro em declaração a jornalistas após a reunião.
O levantamento dos programas e benefícios que serão cortados foi realizado desde março entre as equipes dos ministérios da área fim e as pastas do Planejamento e da Fazenda. Além disso, bloqueios e contingenciamentos do orçamento atual serão anunciados ainda este mês, “que serão suficientes para o cumprimento do arcabouço fiscal”, reforçou o ministro.
Essas informações serão detalhadas na apresentação do próximo Relatório de Despesas e Receitas, no dia 22 de julho. “Isso [bloqueio] está definido, vamos ter a ordem de grandeza nos próximos dias, assim que a Receita Federal terminar seu trabalho”.
Haddad reforçou que o governo está empenhado, “a todo custo”, em cumprir os limites da lei que criou o arcabouço fiscal.
“A primeira coisa que o presidente determinou é que cumpra-se o arcabouço fiscal. Essa lei complementar foi aprovada no ano passado, a iniciativa foi do governo, com a participação de todos os ministros. Portanto, não se discute isso. Inclusive, ela se integra à Lei de Responsabilidade Fiscal. São leis que regulam as finanças públicas do Brasil e elas serão cumpridas”, destacou o ministro da Fazenda.
A declarações de Fernando Haddad ocorrem um dia depois de o dólar disparar frente ao real, na maior alta em cerca de um ano e meio, no contexto de alta das taxas de juros nos Estados Unidos e também das críticas recentes do presidente brasileiro ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ao longo desta quarta, com novas manifestações de Haddad e do próprio presidente Lula, houve uma redução do nervosismo no mercado financeiro e o dólar baixou para R$ 5,56, revertendo uma cotação que chegou a encostar em R$ 5,70 no pregão anterior.
Agência Brasil
-
Mundo8 meses atrás
México vai às urnas em eleição histórica e pode eleger 1ª presidente mulher
-
Geral8 meses atrás
Saiba como fica a composição do TSE com a saída de Moraes e a chegada de André Mendonça
-
Geral8 meses atrás
Após derrotas no Congresso, Lula faz reunião com líderes do governo nesta segunda (3)
-
Política8 meses atrás
Apoio de Bolsonaro e estrutura do PL podem levar Fernando Rodolfo ao segundo turno em Caruaru, mostra pesquisa
-
Saúde7 meses atrás
Cientistas descobrem gene que pode estar associado à longevidade
-
Polícia8 meses atrás
Homem é executado em plena luz do dia em Bom Conselho
-
Comunidade8 meses atrás
Moradores do São João da Escócia cobram calçamento de rua há mais de 20 anos
-
Comunidade8 meses atrás
Esgoto estourado prejudica feirantes e moradores no São João da Escócia