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Câmara buscou ajuste fiscal, mas deixa legado de aumento de gastos

Ao todo, 931 projetos de lei voltados para a economia foram apresentados pelos parlamentares ao longo da legislatura

(Bruno Spada/Câmara dos Deputados/Agência Câmara)

Projetos de lei sobre economia, Previdência, finanças, Orçamento e administração pública alcançaram protagonismo na legislatura da Câmara dos Deputados que se encerra nesta terça-feira.

O predomínio das demandas financeiras convergiu com a promessa do ex-presidente Jair Bolsonaro de fazer um ajuste nas contas públicas, mas medidas tomadas durante o mandato resultaram, segundo especialistas ouvidos pelo Estadão, em um legado de descalabro fiscal pós-eleição.

A consolidação da pauta econômica no Legislativo se deu em meio a uma gestão marcada pela pandemia da covid-19. A emergência sanitária bloqueou a agenda ideológica vendida por Bolsonaro na campanha de 2018 e reforçou a necessidade de mudanças orçamentárias.

Ao todo, 931 projetos de lei voltados para a economia foram apresentados pelos parlamentares ao longo da legislatura – 49 foram aprovados e se transformaram em norma jurídica. O índice de conversão em lei é de 5,26%.

Textos sobre finanças públicas e Orçamento, também econômicos, reuniram 2.823 projetos, com aprovação de 112, ou 3,97%. Temas como saúde, educação, defesa e segurança pública também foram destaque, mas com índices de conversão inferiores a 2,56%.

Os dados, de fevereiro de 2019 a dezembro de 2022, são de um levantamento do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB), que segue a divisão temática da Câmara e considera propostas do governo federal, de deputados e senadores.

Para especialistas ouvidos pelo Estadão, a regulação da economia é uma dimensão central do Estado, e exercida pelo Poder Executivo, mas que dá protagonismo ao Legislativo por causa da necessidade de aprovação dessas propostas. Ela se tornou ainda mais representativa em uma legislatura marcada pela institucionalização do orçamento secreto – mecanismo revelado em série de reportagens do Estadão.

Os exemplos são emblemáticos, sobretudo aqueles que se deram por meio de Propostas de Emenda à Constituição, que exigem mais votos para aprovação. Na lista, estão a PEC que reformou a Previdência, em 2019, e a que turbinou benefícios sociais a três meses da eleição. Houve ainda a aprovação de marcos regulatórios a privatização da Eletrobras e a independência do Banco Central.

Se, em alguns momentos, buscou-se equilibrar as contas públicas no início do mandato de Bolsonaro ou em meio à pandemia, em outros abriu-se espaço para contornar mecanismos como o teto dos gastos, de acordo com os analistas. Esses movimentos deixam um legado econômico de rombo.

Emendas

Marcos Mendes, pesquisador do Insper, disse que o Legislativo já tem apresentado uma pauta de desestruturação fiscal desde 2019. Ele destacou a criação de emendas impositivas, individuais e de bancada, além das emendas de relator – o orçamento secreto que posteriomente foi derrubado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) -, como heranças negativas.

“O Congresso conseguiu se impor sobre o Executivo, amealhou muito poder e passou a ditar um momento de despesas que estourou o teto de gastos. O Executivo, por sua vez, também colaborou para este aumento”, disse.

Para a cientista política da FGV Graziella Testa, a série de projetos aprovados com intuito eleitoreiro em 2022 pode dificultar a construção da governabilidade de Luiz Inácio Lula da Silva.

“A dificuldade de se reencontrar um equilíbrio fiscal gera impacto de longo prazo e atinge a parcela mais pobre da população”, afirmou. “Isso gera pressão sobre o atual governo, que vai precisar focar nessas pautas econômicas e encontrar acordos possíveis com o Congresso, que está mais à direita, para manter a saúde das contas públicas.”

Já a economista do Insper Juliana Inhasz disse que é preciso avaliar as consequências do gasto. “A questão é saber como ele impacta a sociedade. Se é uma política que gera um custo revertido depois em aumento de saúde, educação e de estrutura, é algo positivo. O grande problema é quando se tem custos vazios”, afirmou.

Um exemplo é a redução do ICMS dos combustíveis, que pode tirar até R$ 21 bilhões da educação básica brasileira, além de prejudicar reajustes e bônus para professores, segundo estudos do setor.

Saúde

Por causa da pandemia, o tema campeão de projetos foi saúde, com 4.068 propostas apresentadas – 96 viraram lei. “Essa proliferação de iniciativas diz muito mais sobre o interesse do parlamentar sinalizar seu posicionamento do que sobre o resultado do processo legislativo, de maneira agregada, ou sobre a relação entre os Poderes Executivo e Legislativo”, disse o cientista político Júlio Canello, do OLB.

No período, ficaram em segundo plano as pautas de costumes prometidas por Bolsonaro, como o fim do aborto legal, e os projetos armamentistas, que, sem sucesso na via legislativa, foram convertidos em decretos presidenciais.

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OAB-PE inaugura Sala da Advocacia na Justiça do Trabalho de Pesqueira

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O presidente e a vice da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Pernambuco (OAB-PE), Fernando Ribeiro e Ingrid Zanella, inauguraram a Sala da Advocacia Geraldo Rolim Mota Filho, na Justiça do Trabalho de Pesqueira, nesta terça-feira (4). Além de toda estrutura de apoio ao exercício diário da advocacia, a sala também conta com o ‘Cantinho da Amamentação’, espaço exclusivo para atender a advogada em período de lactação de seu bebê.

Na solenidade, o presidente destacou a relevância do espaço. “Começando o dia realizando uma importante entrega para a advocacia de Pesqueira, que é a reinstalação da Sala da OAB, na Justiça do Trabalho no município. O local conta com computadores e uma excelente estrutura para os colegas. Além disso, a reinstalação traz uma grande inovação através da nossa presidente Márcia Almeida, que é o espaço para amamentação dedicado às colegas advogadas, mães lactantes”, comemorou o presidente da OAB-PE.

Estiveram presentes na inauguração, integrantes da diretoria da OAB Pesqueira; o presidente da Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas da OAB-PE, Yuri Herculano; o presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 6ª Região (Amatra 6/PE), Rafael Val Nogueira; e o juiz titular da Vara, José Augusto Segundo. Após o evento, Fernando e Ingrid reuniram-se com advogados locais para ouvir as demandas da classe.

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Taquaritinga do Norte realiza nova edição do Fórum Comunitário Selo Unicef

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A Prefeitura de Taquaritinga do Norte realizou a segunda edição do Fórum Comunitário Selo Unicef nesta segunda-feira (3). O evento, que teve parceria com a Câmara Municipal dos Vereadores, reuniu estudantes da rede municipal, profissionais da educação, saúde e assistência social e demais servidores da administração pública local.

O fórum é realizado pela Secretaria de Ação Social do município juntamente com a comissão intersetorial do Selo Unicef. O objetivo da entidade é estimular a participação da sociedade civil nos processos políticos dos municípios, apresentando e discutindo as atividades realizadas e seus resultados ao longo desta edição.

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PRF intensifica operações nas principais estradas de Pernambuco

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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) inicia, nesta quarta-feira (29), a Operação Corpus Christi 2024. A ação coincide com o fim do Maio Amarelo e visa chamar atenção para a violência no trânsito em todo o País. Ela ocorrerá até o próximo domingo nas principais estradas que cortam Pernambuco, entre elas as BRs 232, 104, 407 e 428, que levam ao Agreste e ao Sertão do estado, e a BR-101, que dá acesso às praias.

O período tende a ser de fluxo mais intenso de veículos em direção ao interior pernambucano e também ao litoral. A PRF pretende reforçar a fiscalização em trechos críticos dessas rodovias, a partir de levantamentos sobre os locais onde são mais registradas as colisões com feridos ou mortes.

Para prevenir mortes por excesso de velocidade, os policiais irão atuar com radares portáteis que captam a velocidade do veículo a cerca de um quilômetro de distância. Com o objetivo de retirar condutores alcoolizados das rodovias, as equipes irão realizar abordagens com o uso de etilômetros, mais conhecidos como bafômetros. As ultrapassagens em local proibido também estarão no foco da fiscalização e as motocicletas terão uma atenção especial da PRF, devido ao aumento na quantidade de sinistros envolvendo esses veículos.

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