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Cientistas identificam na Ásia mosquitos super-resistentes a inseticidas

A aplicação de inseticidas em áreas infestadas por mosquitos é uma prática comum em regiões tropicais e subtropicais

Mutação: mesmo uma dose dez vezes mais tóxica de inseticida matou apenas 30% dos mosquitos (Joao Paulo Burini/Getty Images)

Os mosquitos que transmitem a dengue e outras doenças virais desenvolveram uma alta resistência a inseticidas em algumas regiões da Ásia, de modo que novos métodos são urgentemente necessários para impedir sua propagação — de acordo com um estudo japonês publicado recentemente.

A aplicação de inseticidas em áreas infestadas por mosquitos é uma prática comum em regiões tropicais e subtropicais. A resistência já era uma preocupação, mas a magnitude do problema não era exatamente conhecida até agora.

O cientista japonês Shinji Kasai e sua equipe estudaram mosquitos de vários países asiáticos e de Gana e observaram mutações genéticas que tornam alguns imunes a inseticidas amplamente usados, como a permetrina.

“No Camboja, mais de 90% dos mosquitos Aedes aegypti, principal vetor dos vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela, têm uma combinação de mutações que levam a um nível de resistência extremamente alto”, explicou Kasai, entrevistado pela AFP.

Este diretor do Departamento de Entomologia Médica do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas do Japão descobriu que alguns tipos de mosquito, que deveriam ser 100% eliminados com inseticidas, não passam de 7%.

Mesmo uma dose dez vezes mais tóxica matou apenas 30%. Os níveis de resistência variam de acordo com a região.

“São totalmente diferentes” entre o Camboja e o Vietnã, por exemplo, detalha Kasai.

Seu trabalho também revelou que, em Gana, em partes da Indonésia e de Taiwan, os inseticidas existentes continuam funcionando por enquanto.

Também se observou a resistência a inseticidas no “mosquito tigre” (Aedes albopictus), embora em menor grau.

Novos métodos de proteção

Este estudo publicado no final de dezembro no periódico Science Advances mostra que “as estratégias comumente usadas podem não ser eficazes” para controlar populações de mosquitos nocivos”, afirmou o professor Cameron Webb, especialista da Universidade de Sydney entrevistado pela AFP.

Novos produtos químicos são necessários, mas autoridades e cientistas também devem pensar em novos métodos de proteção, como as vacinas, ressalta Webb.

Apenas algumas vacinas contra a dengue estão disponíveis atualmente. A do grupo farmacêutico japonês Takeda foi aprovada no ano passado pela Indonésia, e depois pela União Europeia, enquanto o uso da vacina do grupo francês Sanofi é muito limitado, porque pode agravar a doença em pessoas que nunca contraíram esse vírus.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os casos de dengue aumentaram dramaticamente em todo mundo nos últimos 20 anos, com entre 100 e 400 milhões de infecções por ano. Mais de 80% dos casos são leves, ou assintomáticos, mas há complicações com risco de vida.

Kasai, que teme que os mosquitos super-resistentes que identificou se espalhem para outras partes do mundo “em um futuro próximo”, também recomenda que os inseticidas variem mais, mas o problema é que seus modos de ação são, com frequência, parecidos.

As alternativas são intensificar os esforços para eliminar as zonas de reprodução desses insetos, ou esterilizar os mosquitos machos por meio da bactéria Wolbachia, um método inovador que já deu resultados animadores em nível local.

Onde e quando exatamente as mutações de resistência a inseticidas apareceram em mosquitos ainda é um mistério.

Kasai agora está expandindo sua pesquisa para outras regiões da Ásia e também examina amostras mais recentes do Camboja e do Vietnã para ver se algo mudou, em comparação com seu estudo anterior, que cobriu o período 2016-2019

 

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OAB-PE inaugura Sala da Advocacia na Justiça do Trabalho de Pesqueira

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O presidente e a vice da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Pernambuco (OAB-PE), Fernando Ribeiro e Ingrid Zanella, inauguraram a Sala da Advocacia Geraldo Rolim Mota Filho, na Justiça do Trabalho de Pesqueira, nesta terça-feira (4). Além de toda estrutura de apoio ao exercício diário da advocacia, a sala também conta com o ‘Cantinho da Amamentação’, espaço exclusivo para atender a advogada em período de lactação de seu bebê.

Na solenidade, o presidente destacou a relevância do espaço. “Começando o dia realizando uma importante entrega para a advocacia de Pesqueira, que é a reinstalação da Sala da OAB, na Justiça do Trabalho no município. O local conta com computadores e uma excelente estrutura para os colegas. Além disso, a reinstalação traz uma grande inovação através da nossa presidente Márcia Almeida, que é o espaço para amamentação dedicado às colegas advogadas, mães lactantes”, comemorou o presidente da OAB-PE.

Estiveram presentes na inauguração, integrantes da diretoria da OAB Pesqueira; o presidente da Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas da OAB-PE, Yuri Herculano; o presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 6ª Região (Amatra 6/PE), Rafael Val Nogueira; e o juiz titular da Vara, José Augusto Segundo. Após o evento, Fernando e Ingrid reuniram-se com advogados locais para ouvir as demandas da classe.

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Taquaritinga do Norte realiza nova edição do Fórum Comunitário Selo Unicef

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A Prefeitura de Taquaritinga do Norte realizou a segunda edição do Fórum Comunitário Selo Unicef nesta segunda-feira (3). O evento, que teve parceria com a Câmara Municipal dos Vereadores, reuniu estudantes da rede municipal, profissionais da educação, saúde e assistência social e demais servidores da administração pública local.

O fórum é realizado pela Secretaria de Ação Social do município juntamente com a comissão intersetorial do Selo Unicef. O objetivo da entidade é estimular a participação da sociedade civil nos processos políticos dos municípios, apresentando e discutindo as atividades realizadas e seus resultados ao longo desta edição.

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PRF intensifica operações nas principais estradas de Pernambuco

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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) inicia, nesta quarta-feira (29), a Operação Corpus Christi 2024. A ação coincide com o fim do Maio Amarelo e visa chamar atenção para a violência no trânsito em todo o País. Ela ocorrerá até o próximo domingo nas principais estradas que cortam Pernambuco, entre elas as BRs 232, 104, 407 e 428, que levam ao Agreste e ao Sertão do estado, e a BR-101, que dá acesso às praias.

O período tende a ser de fluxo mais intenso de veículos em direção ao interior pernambucano e também ao litoral. A PRF pretende reforçar a fiscalização em trechos críticos dessas rodovias, a partir de levantamentos sobre os locais onde são mais registradas as colisões com feridos ou mortes.

Para prevenir mortes por excesso de velocidade, os policiais irão atuar com radares portáteis que captam a velocidade do veículo a cerca de um quilômetro de distância. Com o objetivo de retirar condutores alcoolizados das rodovias, as equipes irão realizar abordagens com o uso de etilômetros, mais conhecidos como bafômetros. As ultrapassagens em local proibido também estarão no foco da fiscalização e as motocicletas terão uma atenção especial da PRF, devido ao aumento na quantidade de sinistros envolvendo esses veículos.

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