Cidades
Presidenciáveis sugerem criação de um Sistema Único de Segurança Pública e divergem sobre armas de fogo
Em meio à campanha eleitoral, site da Jovem Pan publica reportagens sobre os planos de governos dos quatro candidatos mais bem colocados nas pesquisas
Mesmo com menos de 3% da população mundial, o Brasil acumula mais de 20% dos homicídios do planeta. Os dados, divulgados pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública também mostram que, mesmo com uma queda de 6,5% das mortes violentas intencionais, o país registra um aumento de 11% no número de roubos a instituições financeiras; de 6,5% no comércio; de 4,7% em residências; e de 2,4% nos fretes de cargas. No mesmo período, o governo Bolsonaro reduziu em 3,4% as despesas com o setor (de R$ 13,7 bilhões para R$ 13,2 bilhões). Nas últimas semanas, às vésperas da eleição presidencial, dois apoiadores do presidente da República assassinaram dois eleitores que apoiavam a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os casos acenderam o alerta sobre a violência política e trouxeram à tona uma discussão sobre as propostas dos principais candidatos à Presidência da República para melhorar a segurança pública no país. Na quarta publicação da série de reportagens sobre os programas de governo dos presidenciáveis, o site da Jovem Pan traz um raio-X das ideias e projetos defendidos pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), pelo ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e pela senadora Simone Tebet (MDB), os quatro postulantes mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto divulgadas até o momento. Confira aqui as reportagens já publicadas sobre economia, educação, proteção e valorização das mulheres e saúde.
Luiz Inácio Lula da Silva
No plano de governo do candidato petista, que busca um terceiro mandato para comandar o Palácio do Planalto, Lula assume um compromisso com a segurança pública e ressalta que trata-se de um “direito fundamental” dos cidadãos. No documento, o Partido dos Trabalhadores visa implementar políticas “interfederativas e intersetoriais” que valorizem a vida e a integridade física da população através da “articulação entre prevenção e uso qualificado da ação policial”. Em relação às vítimas, o programa defende ações de investigação e processamento de crimes e violências contra mulheres, juventude negra e população LGBTQIA+. “É fundamental uma política coordenada e integrada nacionalmente para a redução de homicídios envolvendo investimento, tecnologia, enfrentamento do crime organizado e das milícias, além de políticas públicas específicas para as populações vulnerabilizadas pela criminalidade”, afirma o documento. Se eleito para comandar o país, Lula diz que irá implementar e aprimorar o Sistema Único de Segurança Pública pela modernização estratégica de instrumentos e de gestão. “Serão realizadas reformas para ampliar a eficiência do Sistema de Segurança por meio da modernização das instituições de segurança, das carreiras policiais, dos mecanismos de fiscalização e supervisão da atividade policial e do aprimoramento das suas relações com o Sistema de Justiça Criminal”, defende o plano de governo. Por fim, a chapa Lula-Alckmin ressalta que a valorização dos profissionais que atuam na setor de segurança pública será o “princípio orientador” das políticas públicas. Com a medida, virão a implementação de canais de escuta e diálogo, fortalecimento dos programas de atenção biopsicossocial e ações de respeito de suas identidades e diversidades.
Jair Bolsonaro
Para o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), a segurança pública continuará sendo prioridade, assim como é em seu atual mandato, e será tratada com “especial atenção ao cidadão e às políticas públicas que ampliem esse conceito”. Uma das principais propostas de Bolsonaro envolve armas de fogo. No documento, o acesso a armamentos é classificado como um “importante elemento que contribui para a política de segurança pública e para a própria pacificação social e para preservação da vida”. No Brasil, entre 2018 e 2019, quando houve a expansão de aquisição de armas pela população, foi registrado uma queda de 25,1% no número de homicídios por arma de fogo. “Neste segundo mandato, serão preservados e ampliados o direito fundamental à legítima defesa e à liberdade individual, especialmente quanto ao fortalecimento dos institutos legais que assegurem o acesso à arma de fogo aos cidadãos”, informa o plano. O presidente também pretende aumentar o investimento em órgãos de segurança, nas Forças Armadas e reestruturar os planos de carreira e de remuneração dos agentes. Outra promessa de Bolsonaro é encontrar soluções para proteger os moradores que vivem no campo. Segundo o plano de governo, as famílias do campo e os bens, assim como a propriedade, deverão ser “objeto de políticas efetivas e ações céleres a fim de garantir sua segurança e liberdade, seja para o pequeno produtor da agricultura familiar, seja para o grande produtor da agropecuária”. Além disso, o candidato à reeleição quer ampliar ações de regularização fundiária. No documento, ele diz que as medidas serão “aliadas ao direito fundamental à legítima defesa e ao fortalecimento dos institutos legais que assegurem o acesso à arma de fogo aos cidadãos, garantindo o direito à propriedade, reduzindo os conflitos no campo e as invasões”.
Ciro Gomes
O Projeto Nacional de Desenvolvimento de Ciro Gomes (PDT), candidato que aparece em terceiro lugar nas pesquisas eleitorais à Presidência, também pontua a segurança pública como um dos principais temas para desenvolvimento no país. Em seu programa de governo, o ex-ministro inicia pontuando que o crescimento econômico pode contribuir para a redução da criminalidade. Entretanto, ele admite que o país precisará de ações concretas para a segurança pública, exaltada como um “direito fundamental da sociedade”. Entre as propostas do pedetista está a implantação do Sistema Único de Segurança Pública, o fomento de uma atuação conjunta entre agências e o uso de novas tecnologias. Ciro também fala em rastreamento de armas e munições, “cuja expansão e uso se encontram fora do controle”, valorização das carreiras policiais e novos programas de qualificação. O candidato também defende que a política sobre drogas seja redesenhada, com abordagem intersetorial de redução de riscos e danos, e que a gestão prisional seja aprimorada, “de modo a elevar o percentual da população carcerária que venha a se ressocializar”. Por fim, a política de prevenção a crimes de Ciro Gomes também defende atenção especial à segurança das mulheres, dos jovens negros e da população LGBTQIA+, bem como o fortalecimento de programas de proteção social. Em participação recente em um evento em São Paulo, o pedetista falou, ainda, em federalizar o enfrentamento à criminalidade, propondo fazer uma mudança no Orçamento e na lógica das polícias. “Assim [federalizando o combate ao crime organizado], eu vou na causa substantiva da violência. E a violência difusa, esta que assusta a classe média brasileira e todo mundo, o assalto, este não terá saída se não matarmos no nascedouro a grande fonte do crime, que são estas organizações criminosas”, disse o candidato.
Simone Tebet
A campanha da Simone Tebet (MDB), por sua vez, tem a recriação do Ministério da Segurança Pública como principal ação para “vencer a violência” e colocar o governo federal como protagonista do enfrentamento à criminalidade – no governo Bolsonaro, as pastas da Justiça e Segurança Pública foram unificadas e comandadas, por exemplo, por Sergio Moro. Neste cenário, o programa de governo da senadora propõe “tolerância zero ao crime organizado” e integração entre as forças de segurança nacionais com a utilização de uma plataforma nacional de informações policiais. Entre as ações efetivas, Tebet fala em estabelecer metas de redução de homicídios nos Estados e vincular o repasse de verbas adicionais federais aos objetivos da segurança pública. Ela também quer maior controle das fronteiras, assim como da entrada de armas e drogas, e uma revisão do Código de Processo Penal e da Lei de Execução Penal. Em outros aspectos, o plano de governo da emedebista também defende que sejam revogados os decretos que facilitam o porte ou posse de armas e que seja ampliada a fiscalização e rastreamento de armamentos e munições de uso pessoal. Com sua campanha de “amor e coragem”, e defendendo a necessidade de uma mulher à frente do país, a parlamentar também fala em combate ao feminicídio, à violência doméstica e a crimes contra crianças. Por último, ela propõe maiores incentivos a patrulhas da Lei Maria da Penha e combate “à violência sistêmica sofrida pelas mulheres em âmbito doméstico e familiar”.
Cidades
OAB-PE inaugura Sala da Advocacia na Justiça do Trabalho de Pesqueira
O presidente e a vice da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Pernambuco (OAB-PE), Fernando Ribeiro e Ingrid Zanella, inauguraram a Sala da Advocacia Geraldo Rolim Mota Filho, na Justiça do Trabalho de Pesqueira, nesta terça-feira (4). Além de toda estrutura de apoio ao exercício diário da advocacia, a sala também conta com o ‘Cantinho da Amamentação’, espaço exclusivo para atender a advogada em período de lactação de seu bebê.
Na solenidade, o presidente destacou a relevância do espaço. “Começando o dia realizando uma importante entrega para a advocacia de Pesqueira, que é a reinstalação da Sala da OAB, na Justiça do Trabalho no município. O local conta com computadores e uma excelente estrutura para os colegas. Além disso, a reinstalação traz uma grande inovação através da nossa presidente Márcia Almeida, que é o espaço para amamentação dedicado às colegas advogadas, mães lactantes”, comemorou o presidente da OAB-PE.
Estiveram presentes na inauguração, integrantes da diretoria da OAB Pesqueira; o presidente da Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas da OAB-PE, Yuri Herculano; o presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 6ª Região (Amatra 6/PE), Rafael Val Nogueira; e o juiz titular da Vara, José Augusto Segundo. Após o evento, Fernando e Ingrid reuniram-se com advogados locais para ouvir as demandas da classe.
Cidades
Taquaritinga do Norte realiza nova edição do Fórum Comunitário Selo Unicef
A Prefeitura de Taquaritinga do Norte realizou a segunda edição do Fórum Comunitário Selo Unicef nesta segunda-feira (3). O evento, que teve parceria com a Câmara Municipal dos Vereadores, reuniu estudantes da rede municipal, profissionais da educação, saúde e assistência social e demais servidores da administração pública local.
O fórum é realizado pela Secretaria de Ação Social do município juntamente com a comissão intersetorial do Selo Unicef. O objetivo da entidade é estimular a participação da sociedade civil nos processos políticos dos municípios, apresentando e discutindo as atividades realizadas e seus resultados ao longo desta edição.
Cidades
PRF intensifica operações nas principais estradas de Pernambuco
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) inicia, nesta quarta-feira (29), a Operação Corpus Christi 2024. A ação coincide com o fim do Maio Amarelo e visa chamar atenção para a violência no trânsito em todo o País. Ela ocorrerá até o próximo domingo nas principais estradas que cortam Pernambuco, entre elas as BRs 232, 104, 407 e 428, que levam ao Agreste e ao Sertão do estado, e a BR-101, que dá acesso às praias.
O período tende a ser de fluxo mais intenso de veículos em direção ao interior pernambucano e também ao litoral. A PRF pretende reforçar a fiscalização em trechos críticos dessas rodovias, a partir de levantamentos sobre os locais onde são mais registradas as colisões com feridos ou mortes.
Para prevenir mortes por excesso de velocidade, os policiais irão atuar com radares portáteis que captam a velocidade do veículo a cerca de um quilômetro de distância. Com o objetivo de retirar condutores alcoolizados das rodovias, as equipes irão realizar abordagens com o uso de etilômetros, mais conhecidos como bafômetros. As ultrapassagens em local proibido também estarão no foco da fiscalização e as motocicletas terão uma atenção especial da PRF, devido ao aumento na quantidade de sinistros envolvendo esses veículos.
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