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O que é FGTS e como consultar o saldo do fundo de garantia?

O FGTS pode ser utilizado ou acessado em momentos específicos, servindo como uma proteção em demissões sem justa causa

(Getty/Getty Images)

O FGTS é um dos direitos trabalhistas conquistados pelos trabalhadores com carteira assinada. Ele pode ser utilizado ou acessado em momentos específicos, servindo como uma proteção em demissões sem justa causa.

Além disso, ele também é muito importante quando utilizado na compra da casa própria, já que é um dos recursos disponíveis no financiamento imobiliário. Mas afinal, o que é FGTS e quais são as situações em que é possível sacá-lo? Entenda tudo isso a partir de agora.

O que é FGTS?

FGTS é a sigla para Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. Ele se refere a um dos principais direitos trabalhistas da CLT, em que o empregador deposita recursos mensalmente em um fundo, que geralmente só pode ser acessado em momentos específicos.

O objetivo da criação do FGTS era gerar uma estabilidade financeira aos que possuem trabalho no regime CLT. Com isso, os recursos depositados em um fundo podem ser usados como uma reserva se o trabalhador for demitido.

Além disso, os recursos do FGTS podem ser utilizados na construção de patrimônio, sobretudo quando se refere à aquisição de imóvel próprio. O dinheiro é colocado pelo empregador em uma conta da Caixa Econômica Federal, e o valor depositado não pode ser descontado do salário do empregado.

Como funcionam os rendimentos do FGTS?

O empregador é obrigado a fazer os depósitos do FGTS na conta do trabalhador, conforme determina a legislação trabalhista. Há também os rendimentos do FGTS, já que o fundo possui uma distribuição de resultados, que serve como incremento da rentabilidade do fundo de garantia ao trabalhador.

Dessa forma, ocorre uma distribuição do resultado positivo atingido pelo FGTS, além de uma remuneração mensal com rendimento da Taxa Referencial (TR) somada a 3% ao ano. Esse resultado pode ser sacado pelos trabalhadores que possuírem contas com saldo positivo no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.

Sendo assim, caso o trabalhador tenha esse saldo positivo do FGTS até o dia 31 de dezembro de um determinado ano, ele vai receber o valor da distribuição de resultado até 31 de agosto do próximo ano.

Quem tem direito ao FGTS?

Algumas categorias de trabalhadores estão na lista de quem tem direito ao FGTS. A primeira e principal delas é justamente os trabalhadores que possuem carteira assinada.

Os que estiverem contratados dentro das regras da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) terão o fundo de garantia depositado pelo empregador em suas contas. Nesse caso, o valor depositado corresponde a 8% do salário bruto do trabalhador.

Além disso, também tem direito ao recebimento do FGTS os jovens aprendizes, embora o valor depositado em conta pelo empregador seja mais baixo nesses casos, equivalente a 2% do salário bruto do jovem aprendiz.

Outra modalidade que também pode ter direito de receber o FGTS são os empregados domésticos. Nessa situação, o valor depositado no fundo de garantia representa 11,2% do salário bruto mensal.

Dentro dessa categoria, somente vai receber o benefício quem estiver inscrito na Previdência Social. Além disso, o empregador precisa ter sua matrícula no Cadastro Específico do INSS (CEI).

Como consultar o FGTS? Conheça as diferentes formas

Algo muito importante que precisa sempre ser feito pelo trabalhador é a verificação se o empregador está depositando de forma regular o valor do FGTS em sua conta. Essa consulta pode ser feita de diferentes formas, como por telefone, mensagem de texto (SMS), pelo CPF, ou pelo próprio aplicativo do fundo de garantia.

No caso da opção por telefone, o trabalhador precisa ligar para o número 0800 726 0207, onde será pedido o número do NIS e a data de nascimento. Após passar esses dados, é possível consultar o saldo do FGTS.

Na opção por mensagem de texto, o trabalhador pode se utilizar de um serviço disponibilizado pela Caixa, em que são enviados por SMS no celular, as atualizações sobre os valores movimentados no FGTS gratuitamente, além de avisar quando tiverem recursos a serem sacados.

Outra maneira de consultar o FGTS é por meio do CPF. Para isso, o trabalhador precisa do seu número do NIS, para realizar os logins nas diferentes plataformas. As consultas são feitas colocando-se o número do CPF e a senha.

Uma das formas mais comuns de consultar o FGTS é por meio do aplicativo. Nesse caso, é preciso:

  • Baixar o app do FGTS na loja de aplicativos do celular;
  • Acessar aplicativo e realizar o login;
  • Ir na aba “MEU FGTS”;
  • Ao aparecer o nome da empresa, basta clicar em “Ver extrato”.
  • Clicar em “Gerar extrato PDF” para ter acesso ao saldo do FGTS.

Quando e como sacar o FGTS?

Uma vez que o trabalhador tenha realizado a consulta do fundo de garantia e tenha um saldo positivo, é preciso que ele esteja com toda a documentação enviada ao aplicativo, além de ter cadastrado uma conta bancária.

É importante que o trabalhador entenda que o saque do FGTS não pode ser feito a qualquer momento. Existem algumas situações específicas que permitem o saque total do saldo da conta, ou até mesmo casos em que é possível sacar uma parte do valor.

Uma das situações em que é possível haver o saque total do FGTS é quando acontece a demissão sem justa causa por parte do empregador. Além disso, o benefício pode ser acessado quando há o falecimento do trabalhador, ou em caso de rescisão do contrato por falência, ou até mesmo término do prazo do contrato.

Outra possibilidade é quando acontece a aposentadoria, ou quando o trabalhador completar os 70 anos de idade. O valor do FGTS também pode ser sacado totalmente quando o indivíduo está desempregado por um período de 3 anos, ou caso se encontre com uma doença grave ou em estado terminal.

Os recursos do FGTS também podem ser totalmente sacados quando são utilizados para a compra da casa própria, ou ainda quando se pretende amortizar ou pagar parcelas de um financiamento imobiliário.

Saque-Aniversário do FGTS

O trabalhador também tem direito a sacar de forma parcial o seu benefício em outras situações específicas, como no saque emergencial ou no saque-aniversário do FGTS, que permite o recebimento de uma parcela do saldo sem que haja nenhuma demissão. Importante destacar que a adesão ao saque-aniversário por parte do beneficiário é opcional.

Foi possível entender o que é FGTS e como é possível consultar o saldo do fundo de garantia? Confira outros conteúdos como esse em nosso Guia de Investimentos, como:

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Taxa de desmatamento no Cerrado cai pela primeira vez em 4 anos

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Dados são do sistema Deter, do Inpe, e foram anunciados pela ministra Marina Silva

Joédson Alves/Agência Brasil

Os alertas de desmatamento no Cerrado caíram pela primeira vez desde 2020 no primeiro semestre deste ano. As informações são do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e foram divulgadas nesta quarta-feira pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

A área total desmatada de janeiro a junho de 2024 foi de 3.724 quilômetros quadrados. Esse índice vinha numa tendência de alta desde 2020, atingindo o ápice no primeiro semestre de 2023 – 4.395 – já durante a gestão do governo Lula. De 2023 a 2024, a a redução computada foi de 15%.

A ministra Marina Silva afirmou que os dados são um resultado do plano de combate ao desmatamento lançado em novembro do ano passado e da articulação do governo feita junto aos governadores da região. Em março, ela participou junto com outros ministros de uma reunião com os chefes dos Estados para tratar sobre estratégias de prevenir a devastação no Palácio do Planalto.

O corte da flora no Cerrado ocorre sobretudo nos Estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – área conhecida como Matopiba – e em mais de 40% dos casos tinha autorização dos governos estaduais.

“Esse é o primeiro número de redução consistente no cerrado, enquanto se consolida a tendência de queda no desmatamento da Amazônia”, disse o secretário-executivo da pasta, João Paulo Capobianco.

Considerados os maiores biomas do país, o Cerrado e a Amazônia somam mais de 85% da área desmatada no último ano, segundo estudo do MapBiomas. Em 2023, Cerrado superou pela primeira vez a Amazônia no tamanho de área desmatada – 1,11 milhão de hectares de vegetação nativa perdidos, o que equivalia a 68% de alta em comparação com 2022.

Os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram uma queda de 38% no primeiro semestre em comparação com 2023. Foram 1.639 quilômetros quadrados de área derrubada – o menor índice em sete anos.

Agência o Globo

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Deputados apresentam texto de regulamentação da reforma tributária nesta quinta

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Carnes na cesta básica, armas e carros elétricos no imposto seletivo ainda são dúvida

 

Plenário da Câmara dos Deputados durante a promulgação da reforma tributária ( Roque de Sá/Agência Senado)

 

Os deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária apresentam nesta quinta-feira, a partir das 10h, o parecer do primeiro projeto de lei que regulamentará a reforma tributária. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quarta-feira que a votação do texto em plenário deve ocorrer na próxima semana.

Entre os pontos polêmicos com expectativa de acréscimo ao relatório estão: a inclusão das carnes na cesta básica, além da inclusão no imposto seletivo de itens como armas, carros elétricos e jogos de azar.

Lira indicou dificuldades para a inclusão da carne in natura na cesta básica de alimentos, com alíquota zero, como defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defendido pelos deputados do GT. O presidente da Casa argumentou que a inclusão pode gerar impacto na alíquota padrão de referência. O Ministério da Fazenda previa que a taxa poderia subir de 26,5% para 27% com a adição.

“Nunca houve proteína na cesta básica. Mas, temos que ver quanto essa inclusão vai impactar na alíquota que todo mundo vai pagar”, afirmou Lira.

Para os parlamentares, porém, o aumento de itens no imposto seletivo poderá compensar a perda de carga tributária e garantir uma alíquota mais baixa. Os deputados chegam a prever um imposto de até 25%, a partir de 2033, quando todos os cinco impostos sobre consumo serão extintos.

Entenda o contexto

O primeiro texto da regulamentação da Reforma Tributária detalha a implementação do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que juntos formaram o IVA (Imposto sobre Valor Agregado). O tributo vai substituir cinco impostos que recaem sobre consumo hoje: PIS, Cofins, IPI, ICMS, ISS.

O atual texto de regulamentação da reforma tributária prevê que diferentes itens tenham a mesma alíquota padrão de imposto, como armas, munições, fraldas infantis, perfumes e roupas. Nenhum dos ítens estão na alíquota reduzida ou em regimes especiais. A proposta de regulamentação, porém, ainda será modificada por deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária.

O segundo texto, que deve ser apresentado nesta quinta-feira ao presidente Lira, trará os detalhes do funcionamento do Comitê Gestor, órgão que irá recolher e redistribuir o IBS a estados e municípios.

O IVA vai incidir no momento de cada compra, a chamada cobrança no destino. Hoje, os impostos recaem sobre os produtos na origem, ou seja, desde a fabricação até a venda final. Essa modalidade leva a um acúmulo das taxas ao longo da cadeia produtiva, deixando o produto mais caro.

O valor padrão do IVA ainda será definido e deve ser descoberto apenas um ano antes de cada etapa de transição. A transição entre sistemas começa em 2026, com a cobrança de apenas 1% de IVA. O valor vai aumentando ao longo dos anos seguintes, até chegar em 2033, quando todos os impostos sobre consumo serão extintos, e sobrará apenas o IVA. O valor cheio será definido em resolução do Senado Federal, que também determinará qual parcela cada ao CBS e qual será de IBS.

Agência o Globo

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Haddad anuncia cortes de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias

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Ministro diz que determinação de Lula é cumprir arcabouço fiscal

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista após reunião na residência oficial da presidência do Senado em Brasília, em 25/05/2023 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na noite desta quarta-feira (3), após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, que o governo prepara um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias que abrangem diversos ministérios, para o projeto de lei orçamentária de 2025, que será apresentado em agosto ao Congresso Nacional. O corte ainda poderá ser parcialmente antecipado em contingenciamentos e bloqueios no orçamento deste ano.

“Nós já identificamos e o presidente autorizou levar à frente, [o valor de] R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias, que vão ser cortadas depois que os ministérios afetados sejam comunicados do limite que vai ser dado para a elaboração do Orçamento 2025. Isso foi feito com as equipes dos ministérios, isso não é um número arbitrário. É um número que foi levantado, linha a linha do orçamento, daquilo que não se coaduna com os programas sociais que foram criados, para o ano que vem”, disse o ministro em declaração a jornalistas após a reunião.

O levantamento dos programas e benefícios que serão cortados foi realizado desde março entre as equipes dos ministérios da área fim e as pastas do Planejamento e da Fazenda. Além disso, bloqueios e contingenciamentos do orçamento atual serão anunciados ainda este mês, “que serão suficientes para o cumprimento do arcabouço fiscal”, reforçou o ministro.

Essas informações serão detalhadas na apresentação do próximo Relatório de Despesas e Receitas, no dia 22 de julho. “Isso [bloqueio] está definido, vamos ter a ordem de grandeza nos próximos dias, assim que a Receita Federal terminar seu trabalho”.

Haddad reforçou que o governo está empenhado, “a todo custo”, em cumprir os limites da lei que criou o arcabouço fiscal.

“A primeira coisa que o presidente determinou é que cumpra-se o arcabouço fiscal. Essa lei complementar foi aprovada no ano passado, a iniciativa foi do governo, com a participação de todos os ministros. Portanto, não se discute isso. Inclusive, ela se integra à Lei de Responsabilidade Fiscal. São leis que regulam as finanças públicas do Brasil e elas serão cumpridas”, destacou o ministro da Fazenda.

A declarações de Fernando Haddad ocorrem um dia depois de o dólar disparar frente ao real, na maior alta em cerca de um ano e meio, no contexto de alta das taxas de juros nos Estados Unidos e também das críticas recentes do presidente brasileiro ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ao longo desta quarta, com novas manifestações de Haddad e do próprio presidente Lula, houve uma redução do nervosismo no mercado financeiro e o dólar baixou para R$ 5,56, revertendo uma cotação que chegou a encostar em R$ 5,70 no pregão anterior.

Agência Brasil

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