Brasil
Ministro da Cidadania reafirma promessa de Bolsonaro de manter Auxílio Brasil para 2023
Ronaldo Vieira Bento falou sobre a implementação dos benefícios do Governo Federal em 2022
Milhões de brasileiros começaram a receber nesta semana parcelas dos diversos auxílios estabelecidos pela PEC dos Benefícios. Quem recebe o Auxílio Brasil tem direito a R$ 600 por mês até o fim do ano, os caminhoneiros têm direito a R$ 1000 mensais e o Vale Gás destina R$ 110 a quase 6 milhões de famílias. Para falar sobre a distribuição destes benefícios, o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, entrevistou o ministro da Cidadania, Ronaldo Vieira Bento. O funcionário do Governo Federal exaltou a implementação do Auxílio Brasil e reafirmou a promessa do presidente Jair Bolsonaro (PL) de manter o benefício em 2023: “O Auxílio Brasil iniciou seu pagamento no final do ano passado, garantindo o mínimo de R$ 400 por família. Importante destacar que é um benefício permanente, que veio pra ficar e hoje atende mais de 20 milhões de famílias brasileiras. Com a aprovação da PEC, que declarou o estado de emergência social no país por conta da recuperação econômica e social que estamos vivendo pós-pandemia e o momento de guerra na Europa, esse valor mínimo aumentou para R$ 600 e já foi colocado como um compromisso prioritário do presidente da República em manter esse valor para o ano de 2023. É bom a gente esclarecer que houveram desinformações em relação a isso. O Auxílio Brasil é permanente e não encerra no final do ano”.
“O Auxílio Brasil já incluiu no seu cadastro de beneficiários mais de 7 milhões de famílias, só em 2022. Nós zeramos a fila, estamos tendo um esforço concentrado do governo para atender todas as famílias na linha da pobreza e extrema pobreza do nosso país. Com isso, essas pessoas prioritariamente recebem um novo cartão do Auxílio Brasil. Esse cartão é necessário para que as famílias consigam movimentar a sua conta social que é aberta para recebimento do benefício e traz uma série de vantagens. É um cartão que possui um chip de contato, o que dificulta a clonagem dos cartões e permite outras funcionalidades, como saque parcial e compras no débito. Evitando que vão ao banco no primeiro dia de pagamento e saquem o valor integral do benefício”, explicou o ministro.
Para Ronaldo Vieira Bento, diferente do Bolsa Família, o Auxílio Brasil teria ferramentas mais concretas para que futuramente os beneficiários deixem de depender do programa do governo: “Muito se fala do valor de R$ 600, que é importante sim, mas ele veio com a mudança de conceito em programas de transferência de renda no país. Trouxemos instrumentos à disposição das famílias para que elas trabalhem, empreendam e busquem prosperidade enquanto cidadãos. No Auxílio Brasil, as pessoas podem assinar carteira e trabalharem, podem constituir uma Microempresa Individual, que não perdem o benefício por conta disso. Incluímos outros elementos como o Auxílio Inclusão Produtiva Urbana, que vai fomentar o trabalho formal e concede um incremento na renda de mais de R$ 200 para as famílias que assinarem a carteira sendo beneficiárias do Auxílio Brasil”.
“A gente sai de um modelo de assistencialismo e entra em um modelo de assistência social que visa a autonomia dessa famílias. O Estado têm que estar presente no momento que é preciso, tem que ajudar como estamos fazendo. Esse é o governo que mais investiu em política social na história do nosso país. São mais de R$ 200 bilhões ao ano”, declarou o ministro. Questionado a respeito de pagamentos irregulares do benefício, Vieira Bento garantiu que o sistema do Cadastro Único é eficaz e citou o sucesso do Auxílio Emergencial, que segundo o ministro teve uma taxa de eficiência de 97%: “Isso vem de uma modernização constante que aplicamos no Cadastro Único, que é um banco de dados sob administração do Ministério da Economia. Ele conta com 33 fontes de dados distintas onde fazemos os batimentos, com base naquilo que o beneficiário informa na sua declaração, e com isso conseguimos chegar na pessoa que realmente precisa”.
Brasil
Taxa de desmatamento no Cerrado cai pela primeira vez em 4 anos
Dados são do sistema Deter, do Inpe, e foram anunciados pela ministra Marina Silva
Os alertas de desmatamento no Cerrado caíram pela primeira vez desde 2020 no primeiro semestre deste ano. As informações são do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e foram divulgadas nesta quarta-feira pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
A área total desmatada de janeiro a junho de 2024 foi de 3.724 quilômetros quadrados. Esse índice vinha numa tendência de alta desde 2020, atingindo o ápice no primeiro semestre de 2023 – 4.395 – já durante a gestão do governo Lula. De 2023 a 2024, a a redução computada foi de 15%.
A ministra Marina Silva afirmou que os dados são um resultado do plano de combate ao desmatamento lançado em novembro do ano passado e da articulação do governo feita junto aos governadores da região. Em março, ela participou junto com outros ministros de uma reunião com os chefes dos Estados para tratar sobre estratégias de prevenir a devastação no Palácio do Planalto.
O corte da flora no Cerrado ocorre sobretudo nos Estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – área conhecida como Matopiba – e em mais de 40% dos casos tinha autorização dos governos estaduais.
“Esse é o primeiro número de redução consistente no cerrado, enquanto se consolida a tendência de queda no desmatamento da Amazônia”, disse o secretário-executivo da pasta, João Paulo Capobianco.
Considerados os maiores biomas do país, o Cerrado e a Amazônia somam mais de 85% da área desmatada no último ano, segundo estudo do MapBiomas. Em 2023, Cerrado superou pela primeira vez a Amazônia no tamanho de área desmatada – 1,11 milhão de hectares de vegetação nativa perdidos, o que equivalia a 68% de alta em comparação com 2022.
Os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram uma queda de 38% no primeiro semestre em comparação com 2023. Foram 1.639 quilômetros quadrados de área derrubada – o menor índice em sete anos.
Agência o Globo
Brasil
Deputados apresentam texto de regulamentação da reforma tributária nesta quinta
Carnes na cesta básica, armas e carros elétricos no imposto seletivo ainda são dúvida
Os deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária apresentam nesta quinta-feira, a partir das 10h, o parecer do primeiro projeto de lei que regulamentará a reforma tributária. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quarta-feira que a votação do texto em plenário deve ocorrer na próxima semana.
Entre os pontos polêmicos com expectativa de acréscimo ao relatório estão: a inclusão das carnes na cesta básica, além da inclusão no imposto seletivo de itens como armas, carros elétricos e jogos de azar.
Lira indicou dificuldades para a inclusão da carne in natura na cesta básica de alimentos, com alíquota zero, como defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defendido pelos deputados do GT. O presidente da Casa argumentou que a inclusão pode gerar impacto na alíquota padrão de referência. O Ministério da Fazenda previa que a taxa poderia subir de 26,5% para 27% com a adição.
“Nunca houve proteína na cesta básica. Mas, temos que ver quanto essa inclusão vai impactar na alíquota que todo mundo vai pagar”, afirmou Lira.
Para os parlamentares, porém, o aumento de itens no imposto seletivo poderá compensar a perda de carga tributária e garantir uma alíquota mais baixa. Os deputados chegam a prever um imposto de até 25%, a partir de 2033, quando todos os cinco impostos sobre consumo serão extintos.
Entenda o contexto
O primeiro texto da regulamentação da Reforma Tributária detalha a implementação do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que juntos formaram o IVA (Imposto sobre Valor Agregado). O tributo vai substituir cinco impostos que recaem sobre consumo hoje: PIS, Cofins, IPI, ICMS, ISS.
O atual texto de regulamentação da reforma tributária prevê que diferentes itens tenham a mesma alíquota padrão de imposto, como armas, munições, fraldas infantis, perfumes e roupas. Nenhum dos ítens estão na alíquota reduzida ou em regimes especiais. A proposta de regulamentação, porém, ainda será modificada por deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária.
O segundo texto, que deve ser apresentado nesta quinta-feira ao presidente Lira, trará os detalhes do funcionamento do Comitê Gestor, órgão que irá recolher e redistribuir o IBS a estados e municípios.
O IVA vai incidir no momento de cada compra, a chamada cobrança no destino. Hoje, os impostos recaem sobre os produtos na origem, ou seja, desde a fabricação até a venda final. Essa modalidade leva a um acúmulo das taxas ao longo da cadeia produtiva, deixando o produto mais caro.
O valor padrão do IVA ainda será definido e deve ser descoberto apenas um ano antes de cada etapa de transição. A transição entre sistemas começa em 2026, com a cobrança de apenas 1% de IVA. O valor vai aumentando ao longo dos anos seguintes, até chegar em 2033, quando todos os impostos sobre consumo serão extintos, e sobrará apenas o IVA. O valor cheio será definido em resolução do Senado Federal, que também determinará qual parcela cada ao CBS e qual será de IBS.
Agência o Globo
Brasil
Haddad anuncia cortes de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias
Ministro diz que determinação de Lula é cumprir arcabouço fiscal
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na noite desta quarta-feira (3), após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, que o governo prepara um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias que abrangem diversos ministérios, para o projeto de lei orçamentária de 2025, que será apresentado em agosto ao Congresso Nacional. O corte ainda poderá ser parcialmente antecipado em contingenciamentos e bloqueios no orçamento deste ano.
“Nós já identificamos e o presidente autorizou levar à frente, [o valor de] R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias, que vão ser cortadas depois que os ministérios afetados sejam comunicados do limite que vai ser dado para a elaboração do Orçamento 2025. Isso foi feito com as equipes dos ministérios, isso não é um número arbitrário. É um número que foi levantado, linha a linha do orçamento, daquilo que não se coaduna com os programas sociais que foram criados, para o ano que vem”, disse o ministro em declaração a jornalistas após a reunião.
O levantamento dos programas e benefícios que serão cortados foi realizado desde março entre as equipes dos ministérios da área fim e as pastas do Planejamento e da Fazenda. Além disso, bloqueios e contingenciamentos do orçamento atual serão anunciados ainda este mês, “que serão suficientes para o cumprimento do arcabouço fiscal”, reforçou o ministro.
Essas informações serão detalhadas na apresentação do próximo Relatório de Despesas e Receitas, no dia 22 de julho. “Isso [bloqueio] está definido, vamos ter a ordem de grandeza nos próximos dias, assim que a Receita Federal terminar seu trabalho”.
Haddad reforçou que o governo está empenhado, “a todo custo”, em cumprir os limites da lei que criou o arcabouço fiscal.
“A primeira coisa que o presidente determinou é que cumpra-se o arcabouço fiscal. Essa lei complementar foi aprovada no ano passado, a iniciativa foi do governo, com a participação de todos os ministros. Portanto, não se discute isso. Inclusive, ela se integra à Lei de Responsabilidade Fiscal. São leis que regulam as finanças públicas do Brasil e elas serão cumpridas”, destacou o ministro da Fazenda.
A declarações de Fernando Haddad ocorrem um dia depois de o dólar disparar frente ao real, na maior alta em cerca de um ano e meio, no contexto de alta das taxas de juros nos Estados Unidos e também das críticas recentes do presidente brasileiro ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ao longo desta quarta, com novas manifestações de Haddad e do próprio presidente Lula, houve uma redução do nervosismo no mercado financeiro e o dólar baixou para R$ 5,56, revertendo uma cotação que chegou a encostar em R$ 5,70 no pregão anterior.
Agência Brasil
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