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Moraes, do STF: Há leis, mas proteger o meio ambiente não é prioridade

Para Alexandre de Moraes, do STF, proteção ao meio ambiente no Brasil só avançará quando o estiver conectada com a fome, saúde e outras prioridades do brasileiro. Ministro abordou o tema em evento sobre mudanças climáticas com outros juristas em Lisboa

(Carlos Moura/SCO/STF/Flickr)

 

*De Lisboa, Portugal

Promover a segurança ambiental no Brasil é um dos grandes desafios atualmente. Enquanto o desmatamento segue e casos como o assasinato de Bruno Pereira e Dom Phillips infelizmente são exemplos da situação na região Amazônica, o setor jurídico passa a se movimentar para estar mais próximo da pauta.

Exemplo disto é a sessão realizada na tarde desta quarta-feira, 29, na Universidade de Direito de Lisboa com Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, Luis Felipe Salomão, ministro do Superior Tribunal de Justiça, Mauro Campbell, ministro do Superior Tribunal de Justiça, Elton Leme, desembargador e presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, Fabio Galindo, co-CEO  da Future Carbon e Carlo Pereira, diretor-executivo do Pacto Global da Onu Brasil.

“Do ponto de vista jurídico é inegável que o Brasil tem um sistema protetivo ao meio ambiente, mas o tema ainda não é prioridade dos brasileiros e isto não é culpa das pessoas. Num país com 33 milhões de pessoas com fome, e políticas que não fazem a conexão direta do tema com o desemprego, a educação, e outros, é mais complexo avançar”, disse Moraes em  uma sala cheia de juristas também na plateia.

Para Leme, estamos diante de tarefas urgentes para a mitigação e adaptação do clima. “Vivemos um retrocesso na proteção ambiental concreta. O judiciário tem a tarefa de velar pelos princípios ao promover a proteção, hoje deficiente, e considerar as melhores práticas de mitigação”.

E é preciso considerar os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Onu. “O judiciário brasileiro pode ter o pioneirismo de internalizar as metas da agenda 2030 ao acabar com a escassez de dados sobre esses temas. Assim, precisamos avançar em pesquisas e levantamentos”, diz Salomão.

Os juristas reforçaram ainda que o perigo da floresta é a degradação de fatores externos como o contrabando, e o garimpo.”Não foram meus conterrâneos amazoneses que acabaram com a floresta. É importante pontuar isto para lembrar que há a necessidade de mostrar a preservação da Amazônia para todo o ecossistema brasileiros. Sofremos com aquelas duas mortes terríveis do Vale do Javari”, disse Campbell.

O desafio é propor uma solução prática. “É difícil a fiscalização na Amazônia, mas é necessário alocar verbas pra isso. Temos que fixar pontos no âmbito dos três poderes para avançar de forma pragmática ao oferecer segurança jurídica no cumprimento do código florestal, saneamento e mais”, disse Moraes.

Setor privado

Os participantes também abordaram a importância das empresas no cumprimento das ações e desenvolvimento das políticas públicas. Galindo, por exemplo, citou as oportunidades. “O Brasil pode avançar e ser protagonista para frear as mudanças climáticas ao promover a segurança alimentar, energética e climática”.

Para isto, há um desafio que deve envolver todos os setores. “O tema não vai arrefecer, pelo contrário. As novas gerações estão mais atentas à sustentabilidade e é preciso ter uma governança de temas como emissões de gases de efeito estufa e recursos naturais”, disse Carlo Pereira, que citou ainda a importância de instrumentos como taxonomias desenvolvidas pelo mercado para o monitoramento das ações.

De acordo com Moraes, além de um orçamento maior, políticas públicas efetivas e vigilância, a conexão entre clima, geração de renda e educação é fundamental. “É necessário contaminar o discurso de todas as questões sociais com o ambiental. É preciso falar de habitação, geração de emprego, renda e negócios sempre com o ambiental. Só assim conseguiremos mudanças e uma agenda forte para todos os brasileiros”.

 

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OAB-PE inaugura Sala da Advocacia na Justiça do Trabalho de Pesqueira

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O presidente e a vice da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Pernambuco (OAB-PE), Fernando Ribeiro e Ingrid Zanella, inauguraram a Sala da Advocacia Geraldo Rolim Mota Filho, na Justiça do Trabalho de Pesqueira, nesta terça-feira (4). Além de toda estrutura de apoio ao exercício diário da advocacia, a sala também conta com o ‘Cantinho da Amamentação’, espaço exclusivo para atender a advogada em período de lactação de seu bebê.

Na solenidade, o presidente destacou a relevância do espaço. “Começando o dia realizando uma importante entrega para a advocacia de Pesqueira, que é a reinstalação da Sala da OAB, na Justiça do Trabalho no município. O local conta com computadores e uma excelente estrutura para os colegas. Além disso, a reinstalação traz uma grande inovação através da nossa presidente Márcia Almeida, que é o espaço para amamentação dedicado às colegas advogadas, mães lactantes”, comemorou o presidente da OAB-PE.

Estiveram presentes na inauguração, integrantes da diretoria da OAB Pesqueira; o presidente da Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas da OAB-PE, Yuri Herculano; o presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 6ª Região (Amatra 6/PE), Rafael Val Nogueira; e o juiz titular da Vara, José Augusto Segundo. Após o evento, Fernando e Ingrid reuniram-se com advogados locais para ouvir as demandas da classe.

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Taquaritinga do Norte realiza nova edição do Fórum Comunitário Selo Unicef

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A Prefeitura de Taquaritinga do Norte realizou a segunda edição do Fórum Comunitário Selo Unicef nesta segunda-feira (3). O evento, que teve parceria com a Câmara Municipal dos Vereadores, reuniu estudantes da rede municipal, profissionais da educação, saúde e assistência social e demais servidores da administração pública local.

O fórum é realizado pela Secretaria de Ação Social do município juntamente com a comissão intersetorial do Selo Unicef. O objetivo da entidade é estimular a participação da sociedade civil nos processos políticos dos municípios, apresentando e discutindo as atividades realizadas e seus resultados ao longo desta edição.

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PRF intensifica operações nas principais estradas de Pernambuco

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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) inicia, nesta quarta-feira (29), a Operação Corpus Christi 2024. A ação coincide com o fim do Maio Amarelo e visa chamar atenção para a violência no trânsito em todo o País. Ela ocorrerá até o próximo domingo nas principais estradas que cortam Pernambuco, entre elas as BRs 232, 104, 407 e 428, que levam ao Agreste e ao Sertão do estado, e a BR-101, que dá acesso às praias.

O período tende a ser de fluxo mais intenso de veículos em direção ao interior pernambucano e também ao litoral. A PRF pretende reforçar a fiscalização em trechos críticos dessas rodovias, a partir de levantamentos sobre os locais onde são mais registradas as colisões com feridos ou mortes.

Para prevenir mortes por excesso de velocidade, os policiais irão atuar com radares portáteis que captam a velocidade do veículo a cerca de um quilômetro de distância. Com o objetivo de retirar condutores alcoolizados das rodovias, as equipes irão realizar abordagens com o uso de etilômetros, mais conhecidos como bafômetros. As ultrapassagens em local proibido também estarão no foco da fiscalização e as motocicletas terão uma atenção especial da PRF, devido ao aumento na quantidade de sinistros envolvendo esses veículos.

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