Brasil
Prazo para pagar a taxa de inscrição do Enem 2022 termina nesta sexta
Os inscritos podem debitar o valor de R$ 85 via boleto, cartão de crédito ou Pix – estas duas últimas modalidades de pagamento estão sendo ofertadas pela primeira vez
Termina nesta sexta-feira, 27, o prazo para efetuar o pagamento da taxa de inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022. Os inscritos podem debitar o valor de R$ 85 via boleto, cartão de crédito ou Pix – estas duas últimas modalidades de pagamento estão sendo ofertadas pela primeira vez. O custo é obrigatório para os estudantes que tiveram a isenção da taxa negada.
Para liquidar a cobrança, é preciso acessar a Página do Participante. Após logar, basta clicar na aba “Pagamentos/Isenção”, disponível na página inicial. Nesta etapa, é possível escolher o método de pagamento.
Na opção boleto, o inscrito pode realizar o pagamento em qualquer casa lotérica, banco ou por aplicativo banking. Para aqueles que escolheram Pix, devem pagar por QR code ou código gerado automaticamente pela própria página. Já para a opção cartão de crédito, é necessário seguir as orientações indicadas na página, que ofertam pagamento via Mercado Livre ou PicPay.
Outro prazo que está prestes a ser encerrado é o pedido de tratamento pelo nome social. A pessoa inscrita que deseja ser identificada pela sua identidade de gênero – e que possui o cadastro do nome modificado na Receita Federal – tem até sábado, 28, para confirmar a solicitação na Página do Participante.
Quando acontece o Enem 2022?
As provas são realizadas nos dias 13 e 20 de novembro. A aplicação dos testes impressos e digital seguem o horário de Brasília. A abertura dos portões é às 12h, e o fechamento às 13h. O início das provas é às 13h30. No primeiro dia de Enem, o término das provas é às 19h. No segundo dia de testes, às 18h30.
O exame é constituído de quatro provas objetivas e uma redação em língua portuguesa. Cada prova objetiva tem 45 questões de múltipla escolha.
No primeiro dia do exame, são aplicadas as provas de linguagens, códigos e redação (língua Portuguesa, literatura, língua estrangeira, artes, educação física e tecnologias da informação e comunicação); e de ciências humanas e suas tecnologias (história, geografia, filosofia e sociologia).
A aplicação tem 5 horas e 30 minutos de duração, contadas a partir da autorização do chefe de sala para o início das provas.
No segundo dia do exame, são aplicadas as provas de ciências da natureza (química, física e biologia) e matemática e suas tecnologias. A aplicação tem 5 horas de duração, contadas a partir da autorização do chefe de sala para o início das provas.
Os gabaritos das provas objetivas são divulgados no Portal do Inep, até o terceiro dia útil após o último dia de aplicação.
O que cai no Enem?
O Enem tem quatro provas objetivas de 45 questões cada, além da redação. Cada prova vale 1.000 pontos. As questões contêm somente alternativas, e não há perguntas dissertativas. Aqui está o edital da prova do Enem 2022.
Temas do 1º dia
- Provas de linguagens e códigos (com 45 questões que envolvem língua Portuguesa, literatura, língua estrangeira, artes, educação física e tecnologias da informação e comunicação)
- Prova de Ciências Humanas e suas Tecnologias (com 45 questões de disciplinas como história, geografia, filosofia e sociologia)
- Redação (texto dissertativo-argumentativo, com tema a ser definido)
Temas do 2º dia
- Prova de Matemática e suas Tecnologias (com 45 questões de matemática)
- Prova de Ciências da Natureza (com 45 questões de disciplinas como física, química e biologia)
Enem digital
Por conta da pandemia de covid-19, o governo federal adotou o formato do Enem Digital. A prova e os conteúdos são os mesmos do tradicional (somente a redação é feita em papel), a vantagem é que o modelo é feito por meio de um computador. A meta é informatizar todo o sistema nos próximos anos. A escolha deve ser feita unicamente no ato da inscrição e não é possível trocar de formato posteriormente.
No ato da inscrição, basta fazer a opção pelo modelo digital. As datas e horários são as mesmas do Enem tradicional. Como não é possível fazer a prova de casa ou com computador pessoal, o Inep disponibiliza mais de 101.100 vagas, que são preenchidas por ordem de inscrição, e nem todas as cidades brasileiras contam com o Enem digital. Para checar se a sua cidade tem a modalidade, basta conferir o edital.
Onde posso usar minha nota do Enem?
O Enem nasceu em 1998 para avaliar os conhecimentos do Ensino Médio, mas foi ampliado nos anos 2000 para se tornar uma porta de ingresso ao Ensino Superior.
Atualmente, além da possibilidade de obter um certificado de conclusão do Ensino Médio, a pontuação do Enem dá acesso a programas em universidades públicas e particulares. Estão entre os principais sistemas que usam o Enem:
- Sisu (Sistema de Seleção Unificada): o Sisu é a única forma de ingresso na maioria das universidades federais, isto é, geridas pelo Executivo federal, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), além de algumas universidades estaduais que destinam parte das vagas ao Sisu.
- Prouni (Programa Universidade para Todos): oferece bolsas em universidades privadas para alunos que cursaram o Ensino Médio em escolas públicas ou particulares com bolsa integral. A depender da nota no Enem e da renda, o aluno pode pleitear uma bolsa parcial (50% da mensalidade, para alunos com renda familiar de 3 salários mínimos por pessoa) ou integral (100% da mensalidade, com renda familiar de até 1,5 salário mínimo por pessoa). O aluno não tem de reembolsar o valor ao final do curso.
- Fies (Programa de Financiamento Estudantil): oferece financiamento subsidiado de mensalidades em universidades privadas. Ao contrário do Prouni, o Fies não é uma bolsa, mas um empréstimo, que o aluno precisa pagar ao final do curso. O tipo de financiamento obtido e a taxa de juros variam a depender da renda do candidato (veja aqui).
- Vestibulares próprios das universidades: todos os anos, uma série de faculdades e universidades privadas oferecem vagas em cursos diversos tendo como base a nota do Enem, dispensando a necessidade de o aluno realizar o vestibular próprio da instituição. Algumas também oferecem bolsa aos melhores colocados. A oferta fica a critério das próprias instituições.
É possível entrar na USP pelo Enem?
Nos últimos anos, as três universidades estaduais paulistas — USP, Unesp e Unicamp — passaram a destinar parte de suas vagas ao Sisu.
Assim, alunos inscritos no Sisu podem pleitear as vagas oferecidas por essas universidades a depender de sua pontuação no Enem. Também via Sisu, as universidades oferecem um sistema de cotas para alunos PPI (pretos, pardos e indígenas) e que cursaram Ensino médio em escolas públicas.
Além do Sisu, as três universidades estaduais paulistas possuem, ainda, um exame vestibular próprio, realizado por fundações específicas: a Fuvest (USP), Vunesp (Unesp) e a Comvest (Unicamp). Esses exames são marcados separadamente e em dias definidos pelas próprias fundações, feitos de forma independente do Enem.
Um aluno que tenham realizado o Enem pode, separadamente, fazer as provas específicas para as universidades estaduais, obtendo assim diferentes chances de aprovação.
Brasil
Taxa de desmatamento no Cerrado cai pela primeira vez em 4 anos
Dados são do sistema Deter, do Inpe, e foram anunciados pela ministra Marina Silva
Os alertas de desmatamento no Cerrado caíram pela primeira vez desde 2020 no primeiro semestre deste ano. As informações são do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e foram divulgadas nesta quarta-feira pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
A área total desmatada de janeiro a junho de 2024 foi de 3.724 quilômetros quadrados. Esse índice vinha numa tendência de alta desde 2020, atingindo o ápice no primeiro semestre de 2023 – 4.395 – já durante a gestão do governo Lula. De 2023 a 2024, a a redução computada foi de 15%.
A ministra Marina Silva afirmou que os dados são um resultado do plano de combate ao desmatamento lançado em novembro do ano passado e da articulação do governo feita junto aos governadores da região. Em março, ela participou junto com outros ministros de uma reunião com os chefes dos Estados para tratar sobre estratégias de prevenir a devastação no Palácio do Planalto.
O corte da flora no Cerrado ocorre sobretudo nos Estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – área conhecida como Matopiba – e em mais de 40% dos casos tinha autorização dos governos estaduais.
“Esse é o primeiro número de redução consistente no cerrado, enquanto se consolida a tendência de queda no desmatamento da Amazônia”, disse o secretário-executivo da pasta, João Paulo Capobianco.
Considerados os maiores biomas do país, o Cerrado e a Amazônia somam mais de 85% da área desmatada no último ano, segundo estudo do MapBiomas. Em 2023, Cerrado superou pela primeira vez a Amazônia no tamanho de área desmatada – 1,11 milhão de hectares de vegetação nativa perdidos, o que equivalia a 68% de alta em comparação com 2022.
Os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram uma queda de 38% no primeiro semestre em comparação com 2023. Foram 1.639 quilômetros quadrados de área derrubada – o menor índice em sete anos.
Agência o Globo
Brasil
Deputados apresentam texto de regulamentação da reforma tributária nesta quinta
Carnes na cesta básica, armas e carros elétricos no imposto seletivo ainda são dúvida
Os deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária apresentam nesta quinta-feira, a partir das 10h, o parecer do primeiro projeto de lei que regulamentará a reforma tributária. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quarta-feira que a votação do texto em plenário deve ocorrer na próxima semana.
Entre os pontos polêmicos com expectativa de acréscimo ao relatório estão: a inclusão das carnes na cesta básica, além da inclusão no imposto seletivo de itens como armas, carros elétricos e jogos de azar.
Lira indicou dificuldades para a inclusão da carne in natura na cesta básica de alimentos, com alíquota zero, como defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defendido pelos deputados do GT. O presidente da Casa argumentou que a inclusão pode gerar impacto na alíquota padrão de referência. O Ministério da Fazenda previa que a taxa poderia subir de 26,5% para 27% com a adição.
“Nunca houve proteína na cesta básica. Mas, temos que ver quanto essa inclusão vai impactar na alíquota que todo mundo vai pagar”, afirmou Lira.
Para os parlamentares, porém, o aumento de itens no imposto seletivo poderá compensar a perda de carga tributária e garantir uma alíquota mais baixa. Os deputados chegam a prever um imposto de até 25%, a partir de 2033, quando todos os cinco impostos sobre consumo serão extintos.
Entenda o contexto
O primeiro texto da regulamentação da Reforma Tributária detalha a implementação do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que juntos formaram o IVA (Imposto sobre Valor Agregado). O tributo vai substituir cinco impostos que recaem sobre consumo hoje: PIS, Cofins, IPI, ICMS, ISS.
O atual texto de regulamentação da reforma tributária prevê que diferentes itens tenham a mesma alíquota padrão de imposto, como armas, munições, fraldas infantis, perfumes e roupas. Nenhum dos ítens estão na alíquota reduzida ou em regimes especiais. A proposta de regulamentação, porém, ainda será modificada por deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária.
O segundo texto, que deve ser apresentado nesta quinta-feira ao presidente Lira, trará os detalhes do funcionamento do Comitê Gestor, órgão que irá recolher e redistribuir o IBS a estados e municípios.
O IVA vai incidir no momento de cada compra, a chamada cobrança no destino. Hoje, os impostos recaem sobre os produtos na origem, ou seja, desde a fabricação até a venda final. Essa modalidade leva a um acúmulo das taxas ao longo da cadeia produtiva, deixando o produto mais caro.
O valor padrão do IVA ainda será definido e deve ser descoberto apenas um ano antes de cada etapa de transição. A transição entre sistemas começa em 2026, com a cobrança de apenas 1% de IVA. O valor vai aumentando ao longo dos anos seguintes, até chegar em 2033, quando todos os impostos sobre consumo serão extintos, e sobrará apenas o IVA. O valor cheio será definido em resolução do Senado Federal, que também determinará qual parcela cada ao CBS e qual será de IBS.
Agência o Globo
Brasil
Haddad anuncia cortes de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias
Ministro diz que determinação de Lula é cumprir arcabouço fiscal
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na noite desta quarta-feira (3), após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, que o governo prepara um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias que abrangem diversos ministérios, para o projeto de lei orçamentária de 2025, que será apresentado em agosto ao Congresso Nacional. O corte ainda poderá ser parcialmente antecipado em contingenciamentos e bloqueios no orçamento deste ano.
“Nós já identificamos e o presidente autorizou levar à frente, [o valor de] R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias, que vão ser cortadas depois que os ministérios afetados sejam comunicados do limite que vai ser dado para a elaboração do Orçamento 2025. Isso foi feito com as equipes dos ministérios, isso não é um número arbitrário. É um número que foi levantado, linha a linha do orçamento, daquilo que não se coaduna com os programas sociais que foram criados, para o ano que vem”, disse o ministro em declaração a jornalistas após a reunião.
O levantamento dos programas e benefícios que serão cortados foi realizado desde março entre as equipes dos ministérios da área fim e as pastas do Planejamento e da Fazenda. Além disso, bloqueios e contingenciamentos do orçamento atual serão anunciados ainda este mês, “que serão suficientes para o cumprimento do arcabouço fiscal”, reforçou o ministro.
Essas informações serão detalhadas na apresentação do próximo Relatório de Despesas e Receitas, no dia 22 de julho. “Isso [bloqueio] está definido, vamos ter a ordem de grandeza nos próximos dias, assim que a Receita Federal terminar seu trabalho”.
Haddad reforçou que o governo está empenhado, “a todo custo”, em cumprir os limites da lei que criou o arcabouço fiscal.
“A primeira coisa que o presidente determinou é que cumpra-se o arcabouço fiscal. Essa lei complementar foi aprovada no ano passado, a iniciativa foi do governo, com a participação de todos os ministros. Portanto, não se discute isso. Inclusive, ela se integra à Lei de Responsabilidade Fiscal. São leis que regulam as finanças públicas do Brasil e elas serão cumpridas”, destacou o ministro da Fazenda.
A declarações de Fernando Haddad ocorrem um dia depois de o dólar disparar frente ao real, na maior alta em cerca de um ano e meio, no contexto de alta das taxas de juros nos Estados Unidos e também das críticas recentes do presidente brasileiro ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ao longo desta quarta, com novas manifestações de Haddad e do próprio presidente Lula, houve uma redução do nervosismo no mercado financeiro e o dólar baixou para R$ 5,56, revertendo uma cotação que chegou a encostar em R$ 5,70 no pregão anterior.
Agência Brasil
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