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Conheça a Starlink, empresa que Elon Musk vai apresentar para Bolsonaro

Empresário chega ao Brasil nesta sexta-feira e deve discutir uso da Starlink para conexão de escolas rurais com banda larga e monitoramento da Amazônia

Bolsonaro irá se encontrar com Elon Musk nesta sexta-feira (20). (AFP/EVARISTO SA and ANGELA WEISS)

Elon Musk, o homem mais rico do planeta, dono de uma fortuna de US$ 210 bilhões, deve apresentar nesta sexta-feira sua empresa Starlink para o presidente Jair Bolsonaro. Sua chegada ao Brasil está prevista para hoje de manhã.

De acordo com a coluna do Lauro Jardim, o encontro, até então mantido em sigilo pelo Palácio do Planalto, acontecerá no hotel Fasano Boa Vista, no interior paulista, onde se realizará um almoço com empresários e alguns ministros do governo. Veja aqui a lista dos empresários brasileiros e executivos que se reunirão com Musk.

O bilionário dono da Tesla, SpaceX e candidato a dono do Twitter, deve apresentar sua rede de satélites Starlink. A empresa prevê oferecer internet de alta velocidade a regiões onde a fibra óptica, mesmo com o advento do 5G no mundo, não deve ser alcançada pelo custo de infraestrutura.

A Starlink promete velocidades de download entre 100 Mb/s e 200 Mb/s, e latência de até 20 ms na maioria dos locais. O projeto prevê levar 42 mil satélites para a órbita da Terra, sendo que pelo menos 1,8 mil já foram enviados.

Chegada ao Brasil

Em novembro do ano passado, Elon Musk se encontrou com o ministro das Comunicações, Fábio Faria, onde apresentou seus planos para conectar as escolas rurais com banda larga e também de sistemas de monitoramento da Amazônia.

Em janeiro deste ano, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deu aval para a Starlink operar satélites de órbita baixa no Brasil. Pouco mais de uma semana após a autorização da Anatel, a Starlink divulgou os preços de seus serviços de assinatura e equipamentos para fornecimento de internet via satélite no mercado brasileiro.

Quem é Elon Musk?

Aos 50 anos, Elon Musk é a pessoa mais rica do mundo, com fortuna avaliada em US$ 263 bilhões, segundo a Forbes. O dono da Tesla deve ainda conquistar seu primeiro trilhão em 2024. Considerado um dos maiores empreendedores do século XXI, Musk fez fortuna com a criação do PayPal, sistema de pagamentos on-line.

Ele também é dono de uma série de empresas. É o fundador e CEO da SpaceX, além de liderar a start-up de chips cerebrais Neuralink e a empresa de infraestrutura The Boring Company.

O empresário de tecnologia, contudo, também coleciona controvérsias. É chamado de gênio e louco no mundo dos negócios por suas ideias fora da caixa. Costuma dar opiniões polêmicas no Twitter – onde tem vasta influência entre seus mais de 83 milhões de seguidores, tendo inclusive se tornado o maior acionista da empresa e agora novo dono da rede social.

No ano passado, a revista Time ressaltou que Elon Musk é uma pessoa com influência na Terra e também fora dela.

Conheça a história de Elon Musk e entenda como o empresário e investidor se tornou um dos homens mais ricos do mundo:

Origem

Elon Musk nasceu em Pretória, África do Sul, em 1971. É um dos três filhos do casal Errol e Maye Musk. Sua mãe era nutricionista e seu pai engenheiro e dono de uma mina de esmeraldas. Aos doze anos, Elon engatou na programação ao escrever um código de videogame aos doze anos.

Aos 17, Musk deixou o país para evitar ser recrutado pelas forças armadas. Foi morar no Canadá, onde ingressou na Faculdade de Queens University, em Ontario. Depois de dois anos estudando na instituição, Musk transferiu para a Universidade da Pensilvânia onde se formou em Física. Fez o segundo grau de barechal em Economia, na Wharton School of Business.

Aos 24, em 1995, Musk foi morar na Califórnia para começar um doutorado em física aplicada, mas abandonou o programa em Stanford para dar seus passos como empreendedor. Em 2002, se tornou cidadão americano.

Seu primeiro negócio foi a Zip2, empresa que fundoucom seu irmão Kimbal e com o sócio Greg Kouri.

X.com e PayPal

Com a venda da Zip2 para a Compaq Computer, que pagou US$ 305 milhões, Musk co-fundou a X.com em 1999, empresa de pagamento de serviços financeiros on-line e de e-mail. Ele era o CEO e o maior acionista da empresa.

Um ano depois da criação, sua empresa X.com se fundiu com a Confinity, uma instituição de operações financeiras. A fusão entre as duas companhias deu origem ao Paypal.

Por conta de desentendimentos com outras lideranças, porém, Musk foi destituído de seu cargo no mesmo ano. Ele continuou como um dos maiores acionistas da empresa, e lucrou com a venda do PayPal para o Ebay por US$ 1,5 bilhão em 2002. Musk recebeu US$ 165 milhões pela transação.

SpaceX

Depois de acumular uma fortuna de cerca de US$ 100 milhões, Musk fundou a Space Exploration Technologies Corp., conhecida como SpaceX, em maio de 2002. O magnata sempre teve interesse em explorar soluções que ajudassem a melhorar a condição da vida humana na Terra ou que ao menos evitassem a sua extinção.

Com sua reserva, Musk criou a sua própria empresa para fomentar a indústria aeroespacial a custos mais acessíveis. Seu desejo é levar a humanidade para colonizar Marte por meio da SpaceX.

Tesla

A Tesla, maior montadora de veículos elétricos do mundo, passou a fazer parte dos planos de Musk em 2004. A fabricante foi fundada em 2003 por Martin Ebergard e Marc Tarpenning, que financiou a empresa até à rodada Série A de investimento.

Musk liderou a rodada de investimento e em fevereiro de 2004 se tornou presidente do conselho de administração da Tesla. O objetivo de aquisição da empresa guarda relação com um dos seus princípios ao realizar negócios: diminuir os efeitos do aquecimento global.

Atualmente, a Tesla produz centenas de milhares de carros elétricos todos os anos e conseguiu evitar problemas na cadeia de suprimentos melhor do que muitos de seus rivais, enquanto pressiona muitos consumidores jovens a migrar para veículos sustentáveis e montadoras tradicionais para mudar o foco para veículos EV.

O valor de mercado da Tesla subiu para mais de US$ 1 trilhão este ano, tornando-a mais valiosa do que a Ford e a General Motors juntas. Sua avaliação fez de Musk a pessoa mais rica do mundo.

Preocupação com o futuro da civilização humana

Na esteira da preocupação com o aquecimento global e com o futuro da civilização humana, Musk também lidera outras start-ups focadas em soluções disruptivas para a sociedade.

A Neuralink, criada em 2016, visa unir a mente humana a computadores. O projeto da start-up inclui implantar chips com milhares de eletrodos no cérebro com o intuito de ajudar a curar doenças neurológicas como Alzheimer, demência e lesões na medula espinhal e, finalmente, fundir a humanidade com a inteligência artificial.

Musk, que frequentemente alerta sobre os riscos da inteligência artificial, disse que a conquista mais importante do implante além das aplicações médicas seria “algum tipo de simbiose de IA onde você tem uma extensão de si mesmo”.

Em julho do ano passado, a Neuralink informou ter arrecadado mais de US$ 200 milhões de investidores, incluindo nesta lista o Google Ventures.

Outra start-up com viés inovador de Musk é a Boring Company, empresa de infraestrutura que tem o objetivo de melhorar a mobilidade nas cidades a partir da construição de redes de transporte em túneis subterrâneos profundos.

Diferentemente do sistema do metrô, o mecanismo da The Boring Company prevê que passageiros se desloquem de um ponto a outro sem paradas intermediárias.

A companhia levantou US$ 675 milhões em uma rodada de financiamento liderada pela Vy Capital e pela Sequoia Capital nas últimas semanas, levando a empresa a ser avaliada em US$ 5,7 bilhões.

A empresa já possui um sistema de túneis no Las Vegas Convention Center e transportou passageiros na conferência da CES no início deste ano. A empresa pretende se expandir em outras cidades nos próximos anos e disse que usaria o novo financiamento para “aumentar significativamente as contratações”.

Personalidade do ano

Musk foi nomeado “Personalidade do Ano” pela revista Time em 2021, ano em que sua empresa de carros elétricos se tornou a montadora mais valiosa do mundo e sua empresa de foguetes foi ao espaço com uma tripulação totalmente civil.

“Por criar soluções para uma crise existencial, por incorporar as possibilidades e os perigos da era dos titãs da tecnologia, por impulsionar as transformações mais ousadas e disruptivas da sociedade, Elon Musk é a Personalidade do Ano de 2021 da TIME”, disse o editor-chefe da revista, Edward Felsenthal.

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Taxa de desmatamento no Cerrado cai pela primeira vez em 4 anos

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Dados são do sistema Deter, do Inpe, e foram anunciados pela ministra Marina Silva

Joédson Alves/Agência Brasil

Os alertas de desmatamento no Cerrado caíram pela primeira vez desde 2020 no primeiro semestre deste ano. As informações são do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e foram divulgadas nesta quarta-feira pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

A área total desmatada de janeiro a junho de 2024 foi de 3.724 quilômetros quadrados. Esse índice vinha numa tendência de alta desde 2020, atingindo o ápice no primeiro semestre de 2023 – 4.395 – já durante a gestão do governo Lula. De 2023 a 2024, a a redução computada foi de 15%.

A ministra Marina Silva afirmou que os dados são um resultado do plano de combate ao desmatamento lançado em novembro do ano passado e da articulação do governo feita junto aos governadores da região. Em março, ela participou junto com outros ministros de uma reunião com os chefes dos Estados para tratar sobre estratégias de prevenir a devastação no Palácio do Planalto.

O corte da flora no Cerrado ocorre sobretudo nos Estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – área conhecida como Matopiba – e em mais de 40% dos casos tinha autorização dos governos estaduais.

“Esse é o primeiro número de redução consistente no cerrado, enquanto se consolida a tendência de queda no desmatamento da Amazônia”, disse o secretário-executivo da pasta, João Paulo Capobianco.

Considerados os maiores biomas do país, o Cerrado e a Amazônia somam mais de 85% da área desmatada no último ano, segundo estudo do MapBiomas. Em 2023, Cerrado superou pela primeira vez a Amazônia no tamanho de área desmatada – 1,11 milhão de hectares de vegetação nativa perdidos, o que equivalia a 68% de alta em comparação com 2022.

Os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram uma queda de 38% no primeiro semestre em comparação com 2023. Foram 1.639 quilômetros quadrados de área derrubada – o menor índice em sete anos.

Agência o Globo

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Deputados apresentam texto de regulamentação da reforma tributária nesta quinta

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Carnes na cesta básica, armas e carros elétricos no imposto seletivo ainda são dúvida

 

Plenário da Câmara dos Deputados durante a promulgação da reforma tributária ( Roque de Sá/Agência Senado)

 

Os deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária apresentam nesta quinta-feira, a partir das 10h, o parecer do primeiro projeto de lei que regulamentará a reforma tributária. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quarta-feira que a votação do texto em plenário deve ocorrer na próxima semana.

Entre os pontos polêmicos com expectativa de acréscimo ao relatório estão: a inclusão das carnes na cesta básica, além da inclusão no imposto seletivo de itens como armas, carros elétricos e jogos de azar.

Lira indicou dificuldades para a inclusão da carne in natura na cesta básica de alimentos, com alíquota zero, como defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defendido pelos deputados do GT. O presidente da Casa argumentou que a inclusão pode gerar impacto na alíquota padrão de referência. O Ministério da Fazenda previa que a taxa poderia subir de 26,5% para 27% com a adição.

“Nunca houve proteína na cesta básica. Mas, temos que ver quanto essa inclusão vai impactar na alíquota que todo mundo vai pagar”, afirmou Lira.

Para os parlamentares, porém, o aumento de itens no imposto seletivo poderá compensar a perda de carga tributária e garantir uma alíquota mais baixa. Os deputados chegam a prever um imposto de até 25%, a partir de 2033, quando todos os cinco impostos sobre consumo serão extintos.

Entenda o contexto

O primeiro texto da regulamentação da Reforma Tributária detalha a implementação do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que juntos formaram o IVA (Imposto sobre Valor Agregado). O tributo vai substituir cinco impostos que recaem sobre consumo hoje: PIS, Cofins, IPI, ICMS, ISS.

O atual texto de regulamentação da reforma tributária prevê que diferentes itens tenham a mesma alíquota padrão de imposto, como armas, munições, fraldas infantis, perfumes e roupas. Nenhum dos ítens estão na alíquota reduzida ou em regimes especiais. A proposta de regulamentação, porém, ainda será modificada por deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária.

O segundo texto, que deve ser apresentado nesta quinta-feira ao presidente Lira, trará os detalhes do funcionamento do Comitê Gestor, órgão que irá recolher e redistribuir o IBS a estados e municípios.

O IVA vai incidir no momento de cada compra, a chamada cobrança no destino. Hoje, os impostos recaem sobre os produtos na origem, ou seja, desde a fabricação até a venda final. Essa modalidade leva a um acúmulo das taxas ao longo da cadeia produtiva, deixando o produto mais caro.

O valor padrão do IVA ainda será definido e deve ser descoberto apenas um ano antes de cada etapa de transição. A transição entre sistemas começa em 2026, com a cobrança de apenas 1% de IVA. O valor vai aumentando ao longo dos anos seguintes, até chegar em 2033, quando todos os impostos sobre consumo serão extintos, e sobrará apenas o IVA. O valor cheio será definido em resolução do Senado Federal, que também determinará qual parcela cada ao CBS e qual será de IBS.

Agência o Globo

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Haddad anuncia cortes de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias

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Ministro diz que determinação de Lula é cumprir arcabouço fiscal

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista após reunião na residência oficial da presidência do Senado em Brasília, em 25/05/2023 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na noite desta quarta-feira (3), após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, que o governo prepara um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias que abrangem diversos ministérios, para o projeto de lei orçamentária de 2025, que será apresentado em agosto ao Congresso Nacional. O corte ainda poderá ser parcialmente antecipado em contingenciamentos e bloqueios no orçamento deste ano.

“Nós já identificamos e o presidente autorizou levar à frente, [o valor de] R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias, que vão ser cortadas depois que os ministérios afetados sejam comunicados do limite que vai ser dado para a elaboração do Orçamento 2025. Isso foi feito com as equipes dos ministérios, isso não é um número arbitrário. É um número que foi levantado, linha a linha do orçamento, daquilo que não se coaduna com os programas sociais que foram criados, para o ano que vem”, disse o ministro em declaração a jornalistas após a reunião.

O levantamento dos programas e benefícios que serão cortados foi realizado desde março entre as equipes dos ministérios da área fim e as pastas do Planejamento e da Fazenda. Além disso, bloqueios e contingenciamentos do orçamento atual serão anunciados ainda este mês, “que serão suficientes para o cumprimento do arcabouço fiscal”, reforçou o ministro.

Essas informações serão detalhadas na apresentação do próximo Relatório de Despesas e Receitas, no dia 22 de julho. “Isso [bloqueio] está definido, vamos ter a ordem de grandeza nos próximos dias, assim que a Receita Federal terminar seu trabalho”.

Haddad reforçou que o governo está empenhado, “a todo custo”, em cumprir os limites da lei que criou o arcabouço fiscal.

“A primeira coisa que o presidente determinou é que cumpra-se o arcabouço fiscal. Essa lei complementar foi aprovada no ano passado, a iniciativa foi do governo, com a participação de todos os ministros. Portanto, não se discute isso. Inclusive, ela se integra à Lei de Responsabilidade Fiscal. São leis que regulam as finanças públicas do Brasil e elas serão cumpridas”, destacou o ministro da Fazenda.

A declarações de Fernando Haddad ocorrem um dia depois de o dólar disparar frente ao real, na maior alta em cerca de um ano e meio, no contexto de alta das taxas de juros nos Estados Unidos e também das críticas recentes do presidente brasileiro ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ao longo desta quarta, com novas manifestações de Haddad e do próprio presidente Lula, houve uma redução do nervosismo no mercado financeiro e o dólar baixou para R$ 5,56, revertendo uma cotação que chegou a encostar em R$ 5,70 no pregão anterior.

Agência Brasil

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