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Moraes unifica inquéritos sobre milícias digitais à investigação de fake news

Ministro do STF determina a junção do inquérito das milícias digitais à investigação sobre notícias falsas divulgadas por Bolsonaro a respeito das urnas eletrônicas. Decisão atende a pedido da PGR, que definirá se denuncia ou não o presidente

(crédito: STF/Divulgação)

Em meio à tensão entre o Judiciário e o presidente Jair Bolsonaro (PL), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que sejam unidos o inquérito das milícias digitais e a investigação envolvendo o chefe do Executivo por fake news contra o sistema eleitoral.

A decisão de Moraes atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). O órgão argumentou a necessidade de agrupar os dois inquéritos antes de decidir se denuncia ou não Bolsonaro.

O magistrado citou a live feita por Bolsonaro, em julho do ano passado, na qual prometeu apresentar uma “prova bomba” sobre supostas fraudes nas eleições em 2014 e 2016. No entanto, disse que tinha apenas indícios de supostas irregularidades e falhas nas urnas.

“Como se vê, os elementos de prova colhidos nesta petição incidental, instaurada para apuração dos fatos envolvendo a live realizada pelo presidente da República na data de 29/7/2021, devem ser analisados em conjunto com a investigação principal conduzida no inquérito 4.874/DF, cujo objeto é uma organização criminosa complexa, de forte atuação digital e com núcleos de produção, publicação, financiamento e político, com objetivo de atacar o Estado democrático de direito”, escreveu o ministro.

Desde que foi eleito, Bolsonaro e apoiadores afirmam que o pleito de 2018 foi fraudado e que a chapa teria ganhado já no primeiro turno.

Já na investigação que apura a suposta existência de milícias digitais, a suspeita é de que as dependências do Palácio do Planalto foram usadas para promover os ataques virtuais a opositores do presidente e a instituições e a disseminar notícias falsas.

Segundo a delegada da Polícia Federal Denisse Ribeiro — responsável pelos inquéritos das fake news e das milícias digitais — esse grupo, que teria usado a estrutura do “gabinete do ódio”, seria formado por aliados de Bolsonaro e seriam abastecidos com dinheiro público.

Em fevereiro, Moraes permitiu o compartilhamento de material entre as duas investigações, atendendo a um pedido da Polícia Federal, corroborado pela PGR. Na ocasião, o magistrado afirmou que a medida havia sido tomada “em razão da identidade de agentes investigados nestes autos e da semelhança do modus operandi das condutas aqui analisadas”. O ministro também decidiu, no mesmo mês, determinar o envio dos dados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A decisão de Moraes acontece em meio à crise em que as Forças Armadas tentam interferir na atuação da Justiça Eleitoral. Bolsonaro sugeriu que os militares fizessem uma “apuração paralela” de votos, em nova escalada aos ataques contra o processo eleitoral brasileiro.

Conexão

O advogado criminalista Wagner Pozzer ressaltou a conexão entre as matérias. “As duas situações envolvem ao fim e ao cabo a transparência do processo eleitoral e a democracia. Com a junção dos inquéritos, o seu escopo poderá ser atingido mais rapidamente e sem desperdício de recursos”, observou.

Na avaliação do advogado Fernando Neisser — presidente da Comissão de Estudos em Direito Político e Eleitoral do Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP) —, a junção das investigações pode mostrar com mais clareza uma possível participação de Bolsonaro nos crimes citados.

“Ataques à democracia, aí incluindo ao sistema eleitoral, afetando a legitimidade e normalidade das eleições, constituem crime. O presidente da República não é imune à investigação pelo STF, e a união dos inquéritos, sem dúvida, permitirá apurar com mais detalhe sua responsabilidade na relação com as milícias digitais”, destacou.

Já o advogado Cristiano Vilela, especialista em direito eleitoral, discordou da decisão de unificar as apurações. “Equivocada. Haja vista que a junção de elementos distintos, como os investigados em cada um dos inquéritos, poderá levar à desfiguração da possível conduta criminosa e, consequentemente, ao arquivamento da investigação por parte da procuradoria”, argumentou.

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OAB-PE inaugura Sala da Advocacia na Justiça do Trabalho de Pesqueira

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O presidente e a vice da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Pernambuco (OAB-PE), Fernando Ribeiro e Ingrid Zanella, inauguraram a Sala da Advocacia Geraldo Rolim Mota Filho, na Justiça do Trabalho de Pesqueira, nesta terça-feira (4). Além de toda estrutura de apoio ao exercício diário da advocacia, a sala também conta com o ‘Cantinho da Amamentação’, espaço exclusivo para atender a advogada em período de lactação de seu bebê.

Na solenidade, o presidente destacou a relevância do espaço. “Começando o dia realizando uma importante entrega para a advocacia de Pesqueira, que é a reinstalação da Sala da OAB, na Justiça do Trabalho no município. O local conta com computadores e uma excelente estrutura para os colegas. Além disso, a reinstalação traz uma grande inovação através da nossa presidente Márcia Almeida, que é o espaço para amamentação dedicado às colegas advogadas, mães lactantes”, comemorou o presidente da OAB-PE.

Estiveram presentes na inauguração, integrantes da diretoria da OAB Pesqueira; o presidente da Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas da OAB-PE, Yuri Herculano; o presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 6ª Região (Amatra 6/PE), Rafael Val Nogueira; e o juiz titular da Vara, José Augusto Segundo. Após o evento, Fernando e Ingrid reuniram-se com advogados locais para ouvir as demandas da classe.

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Taquaritinga do Norte realiza nova edição do Fórum Comunitário Selo Unicef

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A Prefeitura de Taquaritinga do Norte realizou a segunda edição do Fórum Comunitário Selo Unicef nesta segunda-feira (3). O evento, que teve parceria com a Câmara Municipal dos Vereadores, reuniu estudantes da rede municipal, profissionais da educação, saúde e assistência social e demais servidores da administração pública local.

O fórum é realizado pela Secretaria de Ação Social do município juntamente com a comissão intersetorial do Selo Unicef. O objetivo da entidade é estimular a participação da sociedade civil nos processos políticos dos municípios, apresentando e discutindo as atividades realizadas e seus resultados ao longo desta edição.

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PRF intensifica operações nas principais estradas de Pernambuco

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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) inicia, nesta quarta-feira (29), a Operação Corpus Christi 2024. A ação coincide com o fim do Maio Amarelo e visa chamar atenção para a violência no trânsito em todo o País. Ela ocorrerá até o próximo domingo nas principais estradas que cortam Pernambuco, entre elas as BRs 232, 104, 407 e 428, que levam ao Agreste e ao Sertão do estado, e a BR-101, que dá acesso às praias.

O período tende a ser de fluxo mais intenso de veículos em direção ao interior pernambucano e também ao litoral. A PRF pretende reforçar a fiscalização em trechos críticos dessas rodovias, a partir de levantamentos sobre os locais onde são mais registradas as colisões com feridos ou mortes.

Para prevenir mortes por excesso de velocidade, os policiais irão atuar com radares portáteis que captam a velocidade do veículo a cerca de um quilômetro de distância. Com o objetivo de retirar condutores alcoolizados das rodovias, as equipes irão realizar abordagens com o uso de etilômetros, mais conhecidos como bafômetros. As ultrapassagens em local proibido também estarão no foco da fiscalização e as motocicletas terão uma atenção especial da PRF, devido ao aumento na quantidade de sinistros envolvendo esses veículos.

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