Conecte Conosco

Cidades

Evangélicos, divididos entre Lula e Bolsonaro, são pote de ouro eleitoral

Enquanto os ponteiros pouco se mexem nesse quadrante eleitoral, o mesmo não se pode dizer dos dois maiores adversários deste pleito

A nova pesquisa Datafolha traz boas notícias para a turma de Jair Bolsonaro (PL), que recuperou alguns pontos perdidos e voltou a sonhar com os quitutes de uma posse presidencial. Já entre eleitores evangélicos, fatia do eleitorado que ele faz de tudo para agradar, o presidente ainda passa longe daquela arrebatadora dianteira que coroou sua vitória em 2018.

É verdade que, nesse nicho específico, Bolsonaro agora aparece numericamente na frente num eventual segundo turno com seu principal antagonista, Lula (PT): tem 46% das intenções de voto contra 43%. Mas tudo dentro do empate técnico.

No último levantamento, de dezembro, era o petista quem tinha 46%, e o atual mandatário, 44%. A margem de erro da atual sondagem, considerando apenas esse recorte evangélico, é de quatro pontos percentuais.

Nas projeções para o primeiro turno, atual (37% ou 38%, a depender dos nomes apresentados) e ex-presidente (34%) também estão embolados nesse segmento.

O Datafolha conversou com 2.556 eleitores em 181 cidades, nesta terça (22) e quarta-feira (23), numa porção amostral em que 26% se declaram evangélicos. As entrevistas, portanto, coincidiram com a revelação do escândalo no MEC (Ministério da Educação) envolvendo dois pastores.

Enquanto os ponteiros pouco se mexem nesse quadrante eleitoral, o mesmo não se pode dizer dos dois maiores adversários deste pleito.

Bolsonaro continua não medindo esforços para paparicar uma das bases que lhe é mais fiel. No 8 de março, encheu uma sala do Palácio da Alvorada de pastores e prometeu: “Eu dirijo a nação para o lado que os senhores assim o desejarem”.

Os números, contudo, mostram que o apoio nesse quinhão religioso é menos superlativo do que seus aliados alardeiam.

Pastores em sua órbita rebaixam pesquisas sérias a pinóquios esquerdistas e insistem, sem nenhum medidor científico, que o presidente tem ao seu lado a maioria esmagadora do eleitorado evangélico.

Não é verdade, ou ele ganharia de lavada de Lula, ao menos nesse público.

E por que Bolsonaro não consegue avançar justo no eleitorado que tanto corteja?

Há algumas hipóteses, como a da crise econômica que, de mãos dadas com a sanitária, atingiu em cheio as classes mais baixas, de forte composição evangélica.

É bom lembrar também que essa parcela populacional não é um monólito e, mesmo concordando com algumas considerações conservadoras de megapastores bolsonaristas, não necessariamente vai fechar com um presidente que, na ponta do lápis, a deixou numa situação social mais vulnerável.

Na jugular foi Paulo Marcelo, pastor pentecostal que se juntou à campanha petista, ao explorar esse flanco econômico em entrevista à Folha de S.Paulo: “A pergunta é muito simples: o que na sua vida melhorou? Quanto na sua igreja tinha de receita, na época de Lula e Dilma, e quanto tem de receita hoje?”.

Mas e o PT, hein?

A trupe lulista argumenta que há mais coisas entre o Palácio do Planalto e o mundo evangélico do que supõe nossa vã cartografia ideológica. Reforça que o segmento é plural e, se resgatado da máquina de ódio bolsonarista, vai entender que o partido não é esse diabo que o outro lado pinta.

Petistas gostam inclusive de lembrar que, se Lula fosse tão ruim assim, pastores como Edir Macedo, Silas Malafaia e a família Ferreira (da Assembleia de Deus Madureira) não teriam se afeiçoado a ele em 2002.

Só que os gestos a evangélicos que a legenda fez até agora não lhe deram grande vantagem sobre um governo que, bem ou mal, está fragilizado diante de um Brasil com alta de preços e um saldo de mortes pandêmicas que pode chegar a 700 mil até a eleição.

E tudo bem que igrejas pequenas formam o esteio evangélico, hiper-horizontalizado e com as mais variadas demandas locais, nem sempre eleitoralmente guiado pelas grandes brigas morais compradas pela bancada evangélica.

Mas é complicado esnobar o poder de persuasão dos líderes de projeção nacional, que comandam impérios religiosos (como a Igreja Universal, que vem descascando o PT nos editoriais de seu jornal) ou movimentam redes sociais e inspiram pastores menores, que por sua vez podem influenciar seus fiéis.

Levantamento feito em 2020 pela startup Behup revela que Cláudio Duarte, um pastor que prega sobre sexo como se fosse um comediante de stand-up, é o religioso mais admirado por evangélicos, mais até do que Malafaia (terceiro lugar), outra potente bazuca virtual. Os dois, entusiastas nada tímidos de Bolsonaro, agem como influenciadores em seu meio, alcançando várias denominações.

Aliados sustentam publicamente que Lula optará por falar diretamente com o fiel evangélico na ponta, mas nos bastidores torcem pelo rearranjo com alguma igreja maior que já respaldou o PT no passado.
Até porque, na avaliação interna, o partido compreende que não dá para agarrar-se apenas a um punhado de pastores progressistas com alguma força midiática, mas sem inserção maior nas bases, que servem mais para diluir um ranço contra crentes ainda pulsante em setores da esquerda (o mérito) do que para reaproximar Lula das igrejas (o objetivo).

Pesquisas, vale lembrar, são retratos eleitorais que podem se desbotar rápido e mesmo revelar aparentes incoerências do eleitorado. No atual Datafolha, Lula é citado por 48% dos evangélicos como candidato que não votariam de jeito nenhum no primeiro turno –Bolsonaro é o segundo mais mal colocado, com 43%.

Já na sondagem de dezembro, 43% desse grupo cristão indicam o petista como melhor presidente da história do Brasil, enquanto 19% preferem o atual mandatário.

Esse cabo de guerra eleitoral continua sem vencedores óbvios, mas a corda religiosa ainda será muito esticada até a abertura das urnas em outubro.

Cidades

OAB-PE inaugura Sala da Advocacia na Justiça do Trabalho de Pesqueira

Por

O presidente e a vice da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Pernambuco (OAB-PE), Fernando Ribeiro e Ingrid Zanella, inauguraram a Sala da Advocacia Geraldo Rolim Mota Filho, na Justiça do Trabalho de Pesqueira, nesta terça-feira (4). Além de toda estrutura de apoio ao exercício diário da advocacia, a sala também conta com o ‘Cantinho da Amamentação’, espaço exclusivo para atender a advogada em período de lactação de seu bebê.

Na solenidade, o presidente destacou a relevância do espaço. “Começando o dia realizando uma importante entrega para a advocacia de Pesqueira, que é a reinstalação da Sala da OAB, na Justiça do Trabalho no município. O local conta com computadores e uma excelente estrutura para os colegas. Além disso, a reinstalação traz uma grande inovação através da nossa presidente Márcia Almeida, que é o espaço para amamentação dedicado às colegas advogadas, mães lactantes”, comemorou o presidente da OAB-PE.

Estiveram presentes na inauguração, integrantes da diretoria da OAB Pesqueira; o presidente da Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas da OAB-PE, Yuri Herculano; o presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 6ª Região (Amatra 6/PE), Rafael Val Nogueira; e o juiz titular da Vara, José Augusto Segundo. Após o evento, Fernando e Ingrid reuniram-se com advogados locais para ouvir as demandas da classe.

Continuar Lendo

Cidades

Taquaritinga do Norte realiza nova edição do Fórum Comunitário Selo Unicef

Por

A Prefeitura de Taquaritinga do Norte realizou a segunda edição do Fórum Comunitário Selo Unicef nesta segunda-feira (3). O evento, que teve parceria com a Câmara Municipal dos Vereadores, reuniu estudantes da rede municipal, profissionais da educação, saúde e assistência social e demais servidores da administração pública local.

O fórum é realizado pela Secretaria de Ação Social do município juntamente com a comissão intersetorial do Selo Unicef. O objetivo da entidade é estimular a participação da sociedade civil nos processos políticos dos municípios, apresentando e discutindo as atividades realizadas e seus resultados ao longo desta edição.

Continuar Lendo

Cidades

PRF intensifica operações nas principais estradas de Pernambuco

Por

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) inicia, nesta quarta-feira (29), a Operação Corpus Christi 2024. A ação coincide com o fim do Maio Amarelo e visa chamar atenção para a violência no trânsito em todo o País. Ela ocorrerá até o próximo domingo nas principais estradas que cortam Pernambuco, entre elas as BRs 232, 104, 407 e 428, que levam ao Agreste e ao Sertão do estado, e a BR-101, que dá acesso às praias.

O período tende a ser de fluxo mais intenso de veículos em direção ao interior pernambucano e também ao litoral. A PRF pretende reforçar a fiscalização em trechos críticos dessas rodovias, a partir de levantamentos sobre os locais onde são mais registradas as colisões com feridos ou mortes.

Para prevenir mortes por excesso de velocidade, os policiais irão atuar com radares portáteis que captam a velocidade do veículo a cerca de um quilômetro de distância. Com o objetivo de retirar condutores alcoolizados das rodovias, as equipes irão realizar abordagens com o uso de etilômetros, mais conhecidos como bafômetros. As ultrapassagens em local proibido também estarão no foco da fiscalização e as motocicletas terão uma atenção especial da PRF, devido ao aumento na quantidade de sinistros envolvendo esses veículos.

Continuar Lendo

Trending

Avenida Agamenon Magalhães, 444
Empresarial Difusora – sala 710
Caruaru – PE

Redação: (81) 2103-4296
WhatsApp: (81) 99885-4524
jornalismo@agrestehoje.com.br

comercial@agrestehoje.com.br

Copyright © 2024 - Todos os Direitos Reservados