Economia
Enel investe pesado em rede elétrica. Veja o que muda para o consumidor
Entre janeiro e setembro deste ano, 1 bilhão de reais foram direcionados para manutenção, expansão e digitalização da rede elétrica da concessionária
A Enel Distribuição São Paulo, concessionária de energia elétrica que atua em 24 municípios da Grande São Paulo, investiu mais de 1 bilhão de reais em sua rede no período de janeiro a setembro deste ano – 44% mais em relação ao mesmo período do ano passado. As iniciativas têm o objetivo de melhorar a qualidade do serviço para os mais de 7,4 milhões de clientes atendidos pela companhia.
Para tornar a rede mais resistente às intempéries climáticas e diminuir a interferência de fatores externos, como a queda de galhos de árvores sobre os fios de média tensão, neste ano, a distribuidora adicionou 140 quilômetros de rede elétrica compacta (mais resistente) e realizou 373.000 podas de galhos de árvores localizados próximo à rede.
A Enel fez ainda manutenções preventivas em 1.330 quilômetros de rede aérea e a substituição de 1.452 transformadores com o intuito de modernizar o sistema.
Experiência do cliente
Fazem parte dos esforços da empresa para melhorar a experiência dos clientes investimentos em automação, com a instalação de cerca de 2.020 equipamentos de telecontrole. Essas tecnologias proporcionam mais agilidade e flexibilidade na operação da rede e no atendimento aos consumidores.
Com os investimentos, a empresa espera diminuir o tempo de interrupção de energia e o prazo de restabelecimento do fornecimento com comandos remotos, realizados diretamente pela Central de Operações da concessionária.
Outra novidade é a ampliação na quantidade de equipamentos de automação e proteção – os chamados religadores –, que são dispositivos que desligam a rede e a religam automaticamente, em fração de segundos, quando um objeto encosta temporariamente nos cabos elétricos, evitando que problemas passageiros e transitórios possam desligar definitivamente a rede.
Nesses casos, a Enel consegue evitar o envio de equipes, e os clientes são impactados apenas com uma leve “piscada” na energia. O fornecimento continua.
Outra ação importante é o monitoramento do crescimento urbano das regiões. “Temos um plano consistente de investimento em expansão e modernização do nosso sistema elétrico, trazendo tecnologias de ponta e evoluindo na transformação digital da rede. Além do reforço constante das ações de manutenção preventiva e segurança”, afirma Gino Celentano, diretor de Infraestrutura e Redes da Enel no Brasil.
Grandes obras – e o impacto nos bairros
Em toda a sua área de concessão, a Enel está ampliando e modernizando seu parque que conta com mais de 150 subestações.
Entre os destaques estão as subestações Regis, Sumaré, Franca, Itapevi e Guarapiranga, que contaram com investimentos da 34 milhões de reais neste ano em obras de ampliação de capacidade, beneficiando mais de 144.000 clientes.
Em maio deste ano, a Enel também deu início à modernização da Linha de Transmissão Subterrânea (LTS) Centro-Augusta. O projeto, que irá demandar um investimento total de 26,5 milhões de reais, beneficiará 13.000 clientes comerciais, residenciais e poder público dos bairros da Santa Cecília, Bela Vista, Consolação, Jardim Paulista e Higienópolis, região central da capital paulista.
Esse projeto consiste em uma linha de transmissão subterrânea que aumentará em 2,8 quilômetros de extensão. O reforço na capacidade do sistema de subtransmissão traz mais confiabilidade e segurança ao sistema elétrico, melhorando a qualidade do fornecimento de energia e viabilizando a instalação de novos prédios residenciais e estabelecimentos comerciais na localidade.
Na região do bairro do Ipiranga, na zona sul da capital, a concessionária está investindo 10 milhões de reais em uma nova linha de distribuição subterrânea. A obra vai beneficiar locais de grande movimentação, como o Museu do Ipiranga, além de valorizar a estética da região com uma rede elétrica subterrânea e integrada ao mobiliário urbano.
No total, a obra prevê a remoção de 260 postes em 11 vias na região do Parque da Independência. Em uma extensão total de 2,6 quilômetros, a intervenção tem previsão de conclusão para agosto de 2022, com a conversão da rede elétrica aérea para subterrânea, beneficiando 880 clientes, incluindo residências e pequenos comércios, Museu de Zoologia, Capela Sagrada Família e Santa Paulina, hospital do Ipiranga, e o Museu Paulista da Universidade de São Paulo, mais conhecido como Museu do Ipiranga, símbolo da região.
Inovação no setor elétrico
Outro importante projeto desenvolvido pela empresa neste ano foi a instalação de medidores inteligentes de energia elétrica para alguns clientes. O investimento total no projeto é de 227 milhões de reais, sendo que 121 milhões de reais são com recursos de pesquisa e desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Essa iniciativa já beneficiou mais de 100.000 clientes com a troca do medidor. Ao todo, serão 300.000 novos medidores instalados nos bairros de Pirituba e Perus, com previsão de conclusão ainda no primeiro semestre de 2022. Esses equipamentos são 100% fabricados no Brasil, gerando emprego e renda e contribuindo para a inserção do país na indústria 4.0, confirmando nosso compromisso de construir a distribuidora do futuro: mais digitalizada, eficiente, sustentável e preparada para a transição energética, ora em curso.
“Projetos importantes como esse demonstram a liderança da Enel em um momento de grandes transformações do setor elétrico, preparando a rede para conectar veículos elétricos e a geração solar distribuída, contribuindo para o crescimento sustentável da cidade e para a construção de um futuro neutro em carbono nos grandes centros urbanos”, reforçou Max Xavier, presidente da Enel Distribuição São Paulo.
Sustentabilidade
Em termos de sustentabilidade, a Enel destaca algumas novidades, como 18 obras de eficiência energética, em andamento ou concluídas, por meio de Chamada Pública de Projetos, totalizando 11,1 milhões de reais em investimentos, com trocas de 81.000 lâmpadas antigas por modelos LED, mais eficientes e econômicas, no setor de iluminação pública, prédios públicos e privados, além da instalação de mais de 3.500 placas solares fotovoltaicas e troca de 212 sistemas de refrigeração e ar-condicionado.
Este ano também foi marcado pela troca de 2.400 geladeiras antigas por modelos novos e mais econômicos com selo A do Procel, além de beneficiar a população com a substituição de mais de 128.000 lâmpadas comuns por modelos LED, que são mais eficientes e economizam até 80% de energia.
Deste montante, 37.000 lâmpadas e 1.200 geladeiras foram trocadas nas ações sociais do projeto Smart Meter (medidores inteligentes), contemplando moradores dos bairros de Perus e Pirituba, regiões onde a iniciativa está sendo implantada.
Nessas ações sociais, foram investidos 500.000 dólares em projetos de eficiência energética, incluindo 14.600 diagnósticos energéticos nas residências e a doação de 1,5 tonelada de alimentos não perecíveis para as regiões de ação dos líderes comunitários.
Na área de reciclagem, o programa Ecoenel beneficiou 9.748 clientes com 316.000 reais em bônus na conta de energia por meio da destinação de 873.300 quilos de material reciclável nos dez ecopontos da concessionária espalhados pela sua área de concessão.
Já com o projeto Hortas em Rede, a distribuidora gerou uma renda de cerca de 280.000 reais aos agricultores das hortas com a produção de 121 toneladas de alimentos.
Para reforçar o compromisso com a Economia Circular e o fomento ao empreendedorismo nas comunidades, por meio do Enel Compartilha Empreendedorismo, foi desenvolvida a Coleção Energia – de roupas e acessórios feitos do reaproveitamento de uniformes da Enel e da Azul Linhas Aéreas – em parceria com a ONG Costurando Sonhos Brasil, de Paraisópolis, em que toda a renda arrecadada com a venda das peças será revertida ao projeto.
Além do mais, em 2021, a distribuidora beneficiou cerca de 4.500 pessoas do Centro Educacional Infantil Luz e Lápis, que é apoiado pela Enel Distribuição São Paulo há mais de 30 anos.
Atendimento ao cliente
Além dos investimentos na rede elétrica, a concessionária vem investindo em novos canais digitais de relacionamento para trazer ainda mais comodidade e agilidade no relacionamento com seus consumidores.
Com o isolamento social causado pela covid-19, os canais digitais da concessionária (Agência Virtual, aplicativo para iOS e Android, WhatsApp, call center) ganharam ainda mais importância para entregar não só uma infraestrutura melhor aos clientes como também um atendimento multicanal personalizado.
Economia
Carteira de dividendos: veja os papéis mais recomendados para julho
A Petrobras foi a empresa mais indicada pelas instituições financeiras consultadas pela CNN para compor a carteira de melhores pagadoras de dividendos em julho.
O levantamento considerou as avaliações de Santander, Empiricus, XP, Guide, Ativa e BTG Pactual.
Os papéis mais recomendados foram:
- 5 recomendações: Petrobras;
- 4 recomendações: Banco do Brasil, CPFL e Vale;
- 3 recomendações: BB Seguridade, Eletrobras e Itaú.
Após um impasse sobre o pagamento ou não de dividendos extraordinários, o conselho de administração da Petrobras aprovou em abril o repasse de 50% do valor total, referente ao exercício de 2023.
Com a distribuição, a equipe de analistas do Santander avalia manter o peso dos papéis da estatal em sua carteira. Já o BTG, optou por ampliar sua exposição à estatal.
“Embora a companhia esteja sinalizando maiores investimentos, a verdadeira questão para nós é se esse aumento em potencial poderia sacrificar a capacidade da empresa de distribuir dividendos substanciais, e acreditamos que não”, aponta a equipe do BTG em relatório.
Momento de incertezas
O Ibovespa encerrou o pregão de sexta-feira (28), o último de junho, em queda de 0,32% no dia. Apesar de ter acumulado alta de 1,47% no mês, o índice caiu 7,66% no primeiro semestre deste ano.
O que se avalia é que as incertezas se mantém e o mercado seguirá se pautando por elas.
“O cenário local segue girando em torno da dificuldade do governo em convencer o mercado quanto ao seu comprometimento fiscal”, aponta a Ativa Investimentos em relatório.
O governo trabalha com a meta de zerar o déficit neste ano e no próximo — após alterar a meta de 2025, o que não foi favorável para a imagem de responsabilidade fiscal.
Apesar de o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), assegurar que o arcabouço será cumprido, o mercado vê o déficit primário em 0,7% do Produto Interno Bruto neste ano.
Lula se reuniu nesta quarta-feira (3) com ministros da área econômica do governo. Após o encontro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou que o presidente mantém seu compromisso com as contas públicas.
“A primeira coisa que o presidente determinou é ‘cumpra-se o arcabouço fiscal’. Não há discussão sobre esse respeito. Em 2024, 2025, 2026, o compromisso nosso é de cumprimento das leis complementares de finanças públicas”, comentou Haddad.
Segundo o chefe da equipe econômica, o governo realiza desde março um estudo entre os ministérios buscando despesas que podem ser cortadas. De acordo com Haddad, foram identificados R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias, cujo corte, segundo o ministro, já foi autorizado pelo presidente.
O economista-chefe da XP Inc., Caio Megale, apontou em entrevista ao WW de terça-feira (2) que além da questão fiscal, outro imbróglio do cenário doméstico também segue na mira do mercado: a questão monetária.
“Essa transição para o próximo presidente [do BC] é uma espada, de fato, na cabeça. A gente não sabe exatamente quem vai ser a próxima ou o próximo presidente, qual vai ser a visão de política monetária que essa pessoa vai ter na hora de conduzir a taxa de juros, de tomar as decisões”, pontuou Megale.
“Acho que dar uma clareza e maior transparência de como vai ser a gestão da política monetária depois da transição do Roberto Campos e medidas efetivas no sentido de controlar as despesas do lado fiscal, eu acho que é o que vai trazer uma tranquilidade [para o mercado].”
Economia
Venda de veículos eletrificados cresce 146% no primeiro semestre de 2024
Entre janeiro e junho, comercialização de automóveis registrou cerca de 79 mil vendas, de acordo com relatório da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE)
O comércio de automóveis movidos a eletricidade segue em crescimento no Brasil. No primeiro semestre de 2024, a venda de veículos leves eletrificados alcançou um total de 79.304 unidades em todo o país. Somente no último mês de junho, foram registrados 14.396 novos emplacamentos, o que representa a terceira melhor marca para um mês de toda a série histórica.
O número maior de vendas na metade inicial do ano indica um crescimento de 146% em relação ao primeiro semestre de 2023, e de 288% na comparação com o mesmo período de 2022. Além dos automóveis totalmente elétricos, também são incluídos na estatística os veículos parcialmente eletrificados – ou híbridos. Os dados foram levantados pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) e divulgados nesta quarta-feira (3/7).
Com o avanço do número de vendas, a ABVE estima que o Brasil já atingiu a marca de 300 mil veículos comercializados desde o início da série histórica do levantamento, em 2012. Além disso, a previsão da associação para 2023 é que mais de 150 mil automóveis desta categoria sejam vendidos até o fim do ano em todo o território nacional, o que indica um crescimento de cerca de 60%.
No Brasil, ainda predominam os veículos elétricos plug-in, que se consolidaram no mercado nacional e representaram 69% de todas as vendas no primeiro semestre. Dentro desta categoria, estão incluídos os tipos BEV (totalmente elétricos) e PHEV (elétricos híbridos). Na sequência, os HEV convencionais (elétricos não plug-in a gasolina ou diesel) ficaram com 9,3% da parcela total de eletrificados vendidos.
Preocupação para o setor
Mesmo diante de um aumento das vendas, o setor de veículos elétricos está preocupado com o reajuste da tributação dos produtos. Desde a última segunda-feira (1º/7), passou a vigorar uma resolução que aumenta a alíquota para a importação de elétricos importados, de 10% para 18%. Em julho de 2025, sobe para 25%, até atingir 35% no ano seguinte.
“Temos ouvido notícias preocupantes sobre a antecipação da alíquota de 35% do Imposto de Importação de veículos elétricos, que estava prevista pelo Governo Federal somente para julho de 2026. Entendemos que, a se confirmar, essa antecipação configuraria uma lamentável quebra das regras estabelecidas há apenas seis meses pelo próprio governo”, avalia o presidente da ABVE, Ricardo Bastos.
Além disso, a associação teme a inclusão dos veículos elétricos no Imposto Seletivo, que é chamado popularmente de “imposto do pecado”. A lei foi estabelecida pela emenda constitucional da reforma tributária, aprovada no ano passado, com o objetivo de sobretaxar bens considerados danosos à saúde e ao meio ambiente.
Na avaliação da ABVE, a inclusão dos veículos eletrificados no IS “não faria sentido”, visto que esse tipo de automóvel emite menos gases de efeito estufa e reduz o nível de ruído nas cidades do país. “Eles são fatores decisivos para melhorar a qualidade de vida e diminuir as mortes associadas à poluição nas grandes cidades”. “Não nos parece cabível que esses veículos venham a ser taxados como se fossem produtos que fazem mal à saúde ou ao meio ambiente, o que absolutamente não é o caso”, conclui o presidente da associação.
Economia
Produção industrial cai 0,9% em maio, diz IBGE
No acumulado do ano, houve avanço de 2,5%
A produção industrial brasileira caiu 0,9% em maio em relação a abril. É o segundo recuo consecutivo, apontando retração de 1,7% no período. Com o resultado, o setor perdeu o ganho acumulado entre fevereiro e março deste ano (1,1%).
No acumulado nos últimos 12 meses, houve crescimento de 1,3%, o que acabou por reduzir a intensidade no ritmo de evolução se comparado ao resultado do mês anterior. Os dados foram anunciados nesta quarta-feira (3), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
Os números fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta quarta-feira (3) pelo órgão, que mostrou ainda avanço de 2,5% no acumulado dos cinco primeiros meses de 2024, se comparado ao mesmo período do ano anterior.
Influências
Nessa comparação, entre as atividades, as principais influências positivas na totalidade da indústria foram anotadas por produtos alimentícios (5,2%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,1%), indústrias extrativas (2,3%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (4,8%).
O gerente da pesquisa, André Macedo, disse que, em maio de 2024, a indústria apresentou “predominância de resultados negativos de forma geral”, com recuo na margem e na comparação com maio de 2023.
Houve, ainda, interrupção da trajetória ascendente no índice de média móvel trimestral e perda de intensidade no ritmo de expansão no acumulado do ano e dos 12 meses anteriores.
Nesse mês, a indústria intensificou a queda que já tinha sido registrada no mês anterior, e entre os fatores que explicam esse resultado, estão as chuvas no Rio Grande do Sul, que tiveram um impacto local maior, mas também influenciaram o resultado negativo na indústria do país, informou o texto publicado pelo IBGE.
Conforme a pesquisa, 16 das 25 atividades investigadas tiveram recuo em maio de 2024. Veículos automotores, reboques e carrocerias (-11,7%) e produtos alimentícios (-4,0%) foram as duas maiores influências negativas para o resultado geral da indústria em maio.
O gerente afirmou, também, que esses dois setores foram prejudicados pelas enchentes do Rio Grande do Sul. No setor de veículos automotores, a paralisação das plantas industriais locais provocou impactos diretos e indiretos. Por causa do mau tempo, tanto as montadoras de veículos, quanto as fábricas de autopeças pararam com as produções e isso afetou também o abastecimento para a produção de bens finais no restante do país.
“Houve, por exemplo, a concessão de férias coletivas em uma planta industrial em São Paulo como forma de mitigar os efeitos das paralisações ocorridas em unidades produtoras de peças no Rio Grande do Sul”, completou.
Greve
Macedo acrescentou que a paralisação decorrente de greve em outra montadora e a base de comparação elevada também contribuíram para a queda de dois dígitos na atividade. Em abril, o setor de veículos registrou crescimento de 13,8%.
A atividade de produtos alimentícios, que responde por cerca de 15% da produção industrial do país, teve em maio o segundo mês seguido de queda. A perda acumulada no período é de 4,7%.
“A retração no processamento da cana-de-açúcar, por conta da condição climática menos favorável na segunda quinzena de maio, provocou uma queda pontual na produção do açúcar. Já entre os impactos negativos que podem ter a ver com as chuvas no Rio Grande do Sul estão as carnes de aves, de bovinos e de suínos e os derivados da soja, que são produtos que têm grande peso no setor”, explicou.
Outros setores que recuaram e influenciaram o resultado negativo do mês foram os de produtos químicos (-2,5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,3%), produtos do fumo (-28,2%), metalurgia (-2,8%), máquinas e equipamentos (-3,5%), impressão e reprodução de gravações (-15,0%) e produtos diversos (-8,5%).
Os principais impactos positivos no resultado geral da indústria foram as indústrias extrativas (2,6%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,9%). De acordo com Macedo, esses segmentos têm grande peso e evitaram uma queda maior no resultado da indústria.
“O crescimento do setor extrativo veio após uma queda no mês anterior, ou seja, tem o efeito de uma base de comparação mais negativa. Também houve aumento na extração dos dois principais produtos, o petróleo e o minério de ferro”, afirmou.
As atividades de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (3,7%), produtos têxteis (2,9%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (1,5%), produtos de borracha e de material plástico (0,5%), outros equipamentos de transporte (0,2%), móveis (0,2%) e celulose, papel e produtos de papel (0,1%) também tiveram desempenho favorável.
“Ainda na comparação com abril, as quatro grandes categorias econômicas recuaram: bens de consumo duráveis (-5,7%), bens de capital (-2,7%), bens intermediários (-0,8%) e bens de consumo semi e não duráveis (-0,1%)”, pontuou o IBGE.
O recuo de 1,0% na comparação de maio de 2024 com maio do ano anterior teve influência dos resultados negativos de duas das quatro grandes categorias econômicas, 14 dos 25 ramos, 43 dos 80 grupos e 50,4% dos 789 produtos pesquisados, finalizou o IBGE.
Agência Brasil
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