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Covid-19: Rio prorroga medidas de restrição até 9 de agosto

Uso e máscara e restrições em bares continuam na capital

© Tânia Rêgo/Agência Brasil

O município do Rio de Janeiro prorrogou até o dia 9 de agosto as medidas de restrição estabelecidas no decreto publicado em 27 de maio de 2021 para combate à disseminação da covid-19. O uso obrigatório de máscaras de proteção está entre as medidas de proteção, que incluem ainda o funcionamento de bares, lanchonetes, restaurantes e quiosques apenas com clientes sentados e com distância de 1,5 metro entre eles. 

As rodas de samba estão permitidas, desde que também tenham 1,5 metro entre as pessoas e lotação máxima de 40% em locais fechados. Nos abertos sobe para 60% mas apenas para público sentado.

As operações de fiscalização do cumprimento das medidas são feitas pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), pela Guarda Municipal do Rio de Janeiro e pelo Instituto Municipal de Vigilância Sanitária, Vigilância de Zoonoses e de Inspeção Agropecuária (IVISA-Rio) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

O secretário municipal de saúde, Daniel Soranz, disse que o decreto está mantido até o dia 9 e não há, por enquanto, nenhuma alteração na flexibilização da cidade. Para Soranz, as medidas são difíceis, mas ele alertou que são necessárias para evitar a disseminação da covid-19 no Rio.

“A gente sabe que é um momento muito difícil para as pessoas. As medidas restritivas estão sendo prorrogadas até o dia 9. Não é fácil para a sociedade, imagino que cada um tem uma história de vida, as suas situações, os seus problemas, as condições de saúde mental, mas a gente ainda precisa da colaboração de todos para evitar a disseminação ainda mais veloz da covid-19”, disse durante a apresentação do 29º Boletim Epidemiológico da Prefeitura do Rio.

Quanto à contaminação que pode ocorrer com a circulação de pessoas de outros municípios na capital, o secretário comentou que as fronteiras são somente administrativas, o que é um caso complexo porque as medidas restritivas são diferentes entre eles, como também as situações vacinais. “Essa fronteira é administrativa e não existe na verdade. O fluxo de pessoas entre as cidades é muito intenso e entre os estados também é muito intenso. Nosso pedido para quem está na cidade do Rio de Janeiro é que continue usando máscara, álcool em gel, utilizando na medida do possível ambientes abertos, evitando qualquer tipo de exposição desnecessária se assim for possível”, afirmou.

Eventos

Soranz acrescentou que a análise da evolução da doença é permanente na secretaria e com base nas avaliações é que são elaborados planejamentos, como para a possibilidade das festas de Réveillon, do Carnaval em 2022, de encontros religiosos e da volta do público a eventos esportivos. O secretário defendeu que é preciso dar previsibilidade para a população sobre o que poderá ocorrer no futuro próximo, mas mesmo para datas marcantes para a cidade do Rio de Janeiro, como o carnaval e o Réveillon, dependem da colaboração da sociedade para não relaxar com o uso de máscaras e evitar aglomerações.

O secretário de Saúde do Rio lembrou que há uma série de variáveis que influenciam nesse processo. Ele considera que foi um ganho da Prefeitura do Rio anunciar um calendário de vacinação para o ano todo, que pode dar uma previsão para as pessoas. No entanto, pode ocorrer alguma alteração caso ocorra um avanço na evolução da doença.

Estádios

Sobre a presença de público nos estádios, o secretário disse que não há novidade, embora o assunto esteja em análise na Prefeitura do Rio. Soranz voltou a lembrar que houve descumprimentos de protocolos nos dois eventos organizados pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), no Maracanã, para as finais da Taça Libertadores entre Palmeiras e Santos, no dia 31 de janeiro, e da Copa América entre Brasil e Argentina, no dia 10 deste mês e isso gerou insegurança em continuar autorizando essa liberação. “Não adianta a gente ter um bom protocolo se na prática, no dia a dia, se abre um único portão para a entrada das pessoas, não faz teste com empresa credenciada e se libera as pessoas para o estádio”, observou.

De acordo Soranz, a secretaria ainda está analisando uma amostra dos testes que foram apresentados para a partida da Copa América e até agora não foi constatado nenhum deles como falsos. “Até agora a gente não encontrou nenhum teste falso na nossa amostra de testes colhidos, mas gera sempre uma preocupação para a Secretaria de Saúde para novos eventos mesmo com um novo cenário e um panorama epidemiológico melhorando como está”, concluiu. Agência Brasil

 

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Taxa de desmatamento no Cerrado cai pela primeira vez em 4 anos

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Dados são do sistema Deter, do Inpe, e foram anunciados pela ministra Marina Silva

Joédson Alves/Agência Brasil

Os alertas de desmatamento no Cerrado caíram pela primeira vez desde 2020 no primeiro semestre deste ano. As informações são do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e foram divulgadas nesta quarta-feira pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

A área total desmatada de janeiro a junho de 2024 foi de 3.724 quilômetros quadrados. Esse índice vinha numa tendência de alta desde 2020, atingindo o ápice no primeiro semestre de 2023 – 4.395 – já durante a gestão do governo Lula. De 2023 a 2024, a a redução computada foi de 15%.

A ministra Marina Silva afirmou que os dados são um resultado do plano de combate ao desmatamento lançado em novembro do ano passado e da articulação do governo feita junto aos governadores da região. Em março, ela participou junto com outros ministros de uma reunião com os chefes dos Estados para tratar sobre estratégias de prevenir a devastação no Palácio do Planalto.

O corte da flora no Cerrado ocorre sobretudo nos Estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – área conhecida como Matopiba – e em mais de 40% dos casos tinha autorização dos governos estaduais.

“Esse é o primeiro número de redução consistente no cerrado, enquanto se consolida a tendência de queda no desmatamento da Amazônia”, disse o secretário-executivo da pasta, João Paulo Capobianco.

Considerados os maiores biomas do país, o Cerrado e a Amazônia somam mais de 85% da área desmatada no último ano, segundo estudo do MapBiomas. Em 2023, Cerrado superou pela primeira vez a Amazônia no tamanho de área desmatada – 1,11 milhão de hectares de vegetação nativa perdidos, o que equivalia a 68% de alta em comparação com 2022.

Os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram uma queda de 38% no primeiro semestre em comparação com 2023. Foram 1.639 quilômetros quadrados de área derrubada – o menor índice em sete anos.

Agência o Globo

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Deputados apresentam texto de regulamentação da reforma tributária nesta quinta

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Carnes na cesta básica, armas e carros elétricos no imposto seletivo ainda são dúvida

 

Plenário da Câmara dos Deputados durante a promulgação da reforma tributária ( Roque de Sá/Agência Senado)

 

Os deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária apresentam nesta quinta-feira, a partir das 10h, o parecer do primeiro projeto de lei que regulamentará a reforma tributária. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quarta-feira que a votação do texto em plenário deve ocorrer na próxima semana.

Entre os pontos polêmicos com expectativa de acréscimo ao relatório estão: a inclusão das carnes na cesta básica, além da inclusão no imposto seletivo de itens como armas, carros elétricos e jogos de azar.

Lira indicou dificuldades para a inclusão da carne in natura na cesta básica de alimentos, com alíquota zero, como defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defendido pelos deputados do GT. O presidente da Casa argumentou que a inclusão pode gerar impacto na alíquota padrão de referência. O Ministério da Fazenda previa que a taxa poderia subir de 26,5% para 27% com a adição.

“Nunca houve proteína na cesta básica. Mas, temos que ver quanto essa inclusão vai impactar na alíquota que todo mundo vai pagar”, afirmou Lira.

Para os parlamentares, porém, o aumento de itens no imposto seletivo poderá compensar a perda de carga tributária e garantir uma alíquota mais baixa. Os deputados chegam a prever um imposto de até 25%, a partir de 2033, quando todos os cinco impostos sobre consumo serão extintos.

Entenda o contexto

O primeiro texto da regulamentação da Reforma Tributária detalha a implementação do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que juntos formaram o IVA (Imposto sobre Valor Agregado). O tributo vai substituir cinco impostos que recaem sobre consumo hoje: PIS, Cofins, IPI, ICMS, ISS.

O atual texto de regulamentação da reforma tributária prevê que diferentes itens tenham a mesma alíquota padrão de imposto, como armas, munições, fraldas infantis, perfumes e roupas. Nenhum dos ítens estão na alíquota reduzida ou em regimes especiais. A proposta de regulamentação, porém, ainda será modificada por deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária.

O segundo texto, que deve ser apresentado nesta quinta-feira ao presidente Lira, trará os detalhes do funcionamento do Comitê Gestor, órgão que irá recolher e redistribuir o IBS a estados e municípios.

O IVA vai incidir no momento de cada compra, a chamada cobrança no destino. Hoje, os impostos recaem sobre os produtos na origem, ou seja, desde a fabricação até a venda final. Essa modalidade leva a um acúmulo das taxas ao longo da cadeia produtiva, deixando o produto mais caro.

O valor padrão do IVA ainda será definido e deve ser descoberto apenas um ano antes de cada etapa de transição. A transição entre sistemas começa em 2026, com a cobrança de apenas 1% de IVA. O valor vai aumentando ao longo dos anos seguintes, até chegar em 2033, quando todos os impostos sobre consumo serão extintos, e sobrará apenas o IVA. O valor cheio será definido em resolução do Senado Federal, que também determinará qual parcela cada ao CBS e qual será de IBS.

Agência o Globo

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Haddad anuncia cortes de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias

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Ministro diz que determinação de Lula é cumprir arcabouço fiscal

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista após reunião na residência oficial da presidência do Senado em Brasília, em 25/05/2023 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na noite desta quarta-feira (3), após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, que o governo prepara um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias que abrangem diversos ministérios, para o projeto de lei orçamentária de 2025, que será apresentado em agosto ao Congresso Nacional. O corte ainda poderá ser parcialmente antecipado em contingenciamentos e bloqueios no orçamento deste ano.

“Nós já identificamos e o presidente autorizou levar à frente, [o valor de] R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias, que vão ser cortadas depois que os ministérios afetados sejam comunicados do limite que vai ser dado para a elaboração do Orçamento 2025. Isso foi feito com as equipes dos ministérios, isso não é um número arbitrário. É um número que foi levantado, linha a linha do orçamento, daquilo que não se coaduna com os programas sociais que foram criados, para o ano que vem”, disse o ministro em declaração a jornalistas após a reunião.

O levantamento dos programas e benefícios que serão cortados foi realizado desde março entre as equipes dos ministérios da área fim e as pastas do Planejamento e da Fazenda. Além disso, bloqueios e contingenciamentos do orçamento atual serão anunciados ainda este mês, “que serão suficientes para o cumprimento do arcabouço fiscal”, reforçou o ministro.

Essas informações serão detalhadas na apresentação do próximo Relatório de Despesas e Receitas, no dia 22 de julho. “Isso [bloqueio] está definido, vamos ter a ordem de grandeza nos próximos dias, assim que a Receita Federal terminar seu trabalho”.

Haddad reforçou que o governo está empenhado, “a todo custo”, em cumprir os limites da lei que criou o arcabouço fiscal.

“A primeira coisa que o presidente determinou é que cumpra-se o arcabouço fiscal. Essa lei complementar foi aprovada no ano passado, a iniciativa foi do governo, com a participação de todos os ministros. Portanto, não se discute isso. Inclusive, ela se integra à Lei de Responsabilidade Fiscal. São leis que regulam as finanças públicas do Brasil e elas serão cumpridas”, destacou o ministro da Fazenda.

A declarações de Fernando Haddad ocorrem um dia depois de o dólar disparar frente ao real, na maior alta em cerca de um ano e meio, no contexto de alta das taxas de juros nos Estados Unidos e também das críticas recentes do presidente brasileiro ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ao longo desta quarta, com novas manifestações de Haddad e do próprio presidente Lula, houve uma redução do nervosismo no mercado financeiro e o dólar baixou para R$ 5,56, revertendo uma cotação que chegou a encostar em R$ 5,70 no pregão anterior.

Agência Brasil

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