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Em casa, população deve manter cuidados para evitar contágio por covid-19

Contágio entre pessoas que moram no mesmo endereço é comum, principalmente quando há contato com alguém que saiu do domicílio. Quem não tem condições de se manter isolado deve se atentar às medidas de segurança sanitária para proteger os demais moradores

(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press )

Oito meses isolada em casa, mas bastou uma ida ao banco para a servidora pública Karoline Militão Santos, 40 anos, contrair a covid-19. Mesmo com todos os cuidados, ela teve de resolver um problema na conta-corrente, em novembro, e acabou infectada pelo novo coronavírus. O caso é exceção, mas muitos têm permanecido alheios às medidas protetivas e levado o vírus para casa. Enquanto isso, as projeções de especialistas indicam que abril, no pior cenário, superará o número de mortes pela doença verificado no mês passado, período mais letal da pandemia.

Karoline mora em um apartamento em Águas Claras com a mãe, Alzemile, 63 — diagnosticada com Parkinson —, e a avó, Alzenir, 84 — que, além de idosa, é cardiopata. A servidora pública precisou se isolar delas, além de manter um regime de atenção máxima, com cuidados redobrados por, ao menos, um mês. Karoline teve apenas sintomas leves da doença, como perda de olfato e febre. No entanto, a dificuldade para sentir cheiros permanece até hoje.

As medidas adotadas garantiram que Alzemile e Alzenir não se infectassem, mesmo dividindo o apartamento com Karoline. “Desde o início da pandemia, ela está trabalhando de casa, justamente para não nos expor”, conta Alzemile. “Ela (Karoline) tem muito medo de eu e minha mãe adoecermos. Nós duas ficávamos em um quarto, e minha filha, em outro. Não nos encontrávamos pela casa, e ela nos avisava por mensagem quando sairia do quarto. Nós duas fazíamos a mesma coisa. Quando precisava sair, a Karoline pegava álcool e borrifava em tudo por onde passava: nas paredes, maçanetas, nos objetos. Não usávamos o mesmo banheiro, e ela comia em local separado de nós”, completa a professora aposentada.

A família estava em casa desde o início da pandemia e saía apenas para o indispensável. “Quando precisamos descer aqui no condomínio, usamos duas máscaras sempre. Pedimos as compras básicas ou, às vezes, alguém da família faz e deixa para nós. Não recebemos ninguém em casa e continuamos com todos os cuidados, mesmo depois de minha filha ter adoecido”, ressalta Alzemile. Para alívio das três, Alzenir recebeu a vacina contra a covid-19 recentemente. Ainda assim, elas continuam a respeitar as medidas sanitárias de maneira estrita.

Ciclo viral

Mesmo quem está em isolamento desde o início da pandemia da covid-19 corre risco de se contaminar caso haja abrandamento dos cuidados, alertam especialistas. Entretanto, nem todas as pessoas têm condições de se manter em isolamento, de trabalhar em casa, de morar em um imóvel com ventilação e espaço adequados ou de ter acesso aos equipamentos de proteção individual adequados para se resguardar ao sair quando necessário.

Infectologista do Hospital Brasília, André Bon explica que, em casa, o risco de contaminação pode ser alto. “É um ambiente relativamente fechado, em que as pessoas ficam muito próximas umas das outras. O ideal, se possível, é que as pessoas fiquem em locais diferentes, casas ou cômodos. No caso do cômodo, sempre que for necessário andar pelo imóvel, deve-se usar máscara. O mesmo vale para os outros moradores. Todos devem higienizar bem as mãos com álcool em gel ou água e sabão, bem como manter o distanciamento social”, aconselha.

O infectologista Werciley Junior, chefe da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Santa Lúcia, destaca que o ciclo viral em pessoas que não apresentam sintomas dura de cinco a 14 dias. Nesse período, pode haver transmissão da doença. Nos casos de pessoas sintomáticas, o vírus pode ser repassado antes de os primeiros sinais da covid-19 aparecerem. “Três dias antes de começar a manifestar qualquer sintoma, a pessoa tem capacidade para transmitir a doença. No convívio familiar, muitas vezes antes dos sintomas, ocorre a contaminação. É muito difícil bloquear isso dentro de casa, porque a pessoa só vai desconfiar (que está doente) se teve contato direto com alguém que sabia que estava infectado ou se apresentar sintomas. Nesse cenário, houve tempo para infectar (outras pessoas)”, destaca.

» Palavra de especialista

Transmissão por aerossóis

A pessoa que sai de casa para trabalhar ou por necessidades básicas aumenta muito o risco de se infectar. É preciso ficar muito atento para onde se vai, porque alguns pontos são mais críticos. Locais fechados, via de regra, não têm ventilação adequada e apresentam concentrações muito altas de aerossóis que transmitem a covid-19. Se for a algum local assim e não usar máscaras adequadas — como o modelo PFF2, N95 ou uma combinação de máscara cirúrgica sob uma de pano — há grandes chances de contaminação com esses aerossóis, porque a inalação não é evitada apenas com distância de dois metros entre as pessoas nem com máscaras de pano, apenas. Passar mais de 15 minutos em um local fechado aumenta muito a probabilidade de infecção.

Hoje, a principal fonte de transmissão para pessoas isoladas por meses em casa, como idosos, são visitas de netos, sobrinhos, filhos ou amigos próximos. A pessoa costuma entrar, tirar a máscara e não manter o distanciamento, porque há uma falsa ideia de que não há risco de infecção ali. É preciso evitar receber pessoas, mas, se necessário, deve-se evitar rituais de familiaridade, como se não houvesse pandemia. O anfitrião e a visita precisam manter distância e as máscaras — que têm de ser de boa qualidade. Se retirarem a máscara, para comer ou beber, devem fazê-lo em períodos diferentes e em cômodos separados, assim como os profissionais de saúde da linha de frente, pois a circulação do vírus está elevadíssima.

José Davi Urbaez, médico e diretor científico da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal

» Atenção

Confira dicas de profissionais da saúde para evitar transmitir o vírus em casa:

» Mantenha a higiene das mãos o tempo todo, lavando com água e sabão ou usando álcool em gel. Em casa, esse procedimento é necessário ao tocar objetos de uso compartilhado, principalmente se alguém tiver tido contato com pessoas de fora;

» Assim que perceber qualquer sintoma, isole-se em um cômodo ou outra casa, se possível;

» Mantenha distância de pessoas doentes e os ambientes sempre ventilados;

» As chances de contaminação por roupas e objetos como sapatos são muito pequenas. Mas higienizar esses itens é mais uma maneira de se proteger;

» Tanto a pessoa doente quanto os demais moradores devem usar máscaras dentro de casa. Dê preferência às cirúrgicas, com três camadas de proteção, ou a alguma que vede bem a região do nariz e da boca — sem serem modelos com filtro, costuras ao meio ou feitas em
material elástico.

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OAB-PE inaugura Sala da Advocacia na Justiça do Trabalho de Pesqueira

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O presidente e a vice da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Pernambuco (OAB-PE), Fernando Ribeiro e Ingrid Zanella, inauguraram a Sala da Advocacia Geraldo Rolim Mota Filho, na Justiça do Trabalho de Pesqueira, nesta terça-feira (4). Além de toda estrutura de apoio ao exercício diário da advocacia, a sala também conta com o ‘Cantinho da Amamentação’, espaço exclusivo para atender a advogada em período de lactação de seu bebê.

Na solenidade, o presidente destacou a relevância do espaço. “Começando o dia realizando uma importante entrega para a advocacia de Pesqueira, que é a reinstalação da Sala da OAB, na Justiça do Trabalho no município. O local conta com computadores e uma excelente estrutura para os colegas. Além disso, a reinstalação traz uma grande inovação através da nossa presidente Márcia Almeida, que é o espaço para amamentação dedicado às colegas advogadas, mães lactantes”, comemorou o presidente da OAB-PE.

Estiveram presentes na inauguração, integrantes da diretoria da OAB Pesqueira; o presidente da Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas da OAB-PE, Yuri Herculano; o presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 6ª Região (Amatra 6/PE), Rafael Val Nogueira; e o juiz titular da Vara, José Augusto Segundo. Após o evento, Fernando e Ingrid reuniram-se com advogados locais para ouvir as demandas da classe.

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Taquaritinga do Norte realiza nova edição do Fórum Comunitário Selo Unicef

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A Prefeitura de Taquaritinga do Norte realizou a segunda edição do Fórum Comunitário Selo Unicef nesta segunda-feira (3). O evento, que teve parceria com a Câmara Municipal dos Vereadores, reuniu estudantes da rede municipal, profissionais da educação, saúde e assistência social e demais servidores da administração pública local.

O fórum é realizado pela Secretaria de Ação Social do município juntamente com a comissão intersetorial do Selo Unicef. O objetivo da entidade é estimular a participação da sociedade civil nos processos políticos dos municípios, apresentando e discutindo as atividades realizadas e seus resultados ao longo desta edição.

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PRF intensifica operações nas principais estradas de Pernambuco

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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) inicia, nesta quarta-feira (29), a Operação Corpus Christi 2024. A ação coincide com o fim do Maio Amarelo e visa chamar atenção para a violência no trânsito em todo o País. Ela ocorrerá até o próximo domingo nas principais estradas que cortam Pernambuco, entre elas as BRs 232, 104, 407 e 428, que levam ao Agreste e ao Sertão do estado, e a BR-101, que dá acesso às praias.

O período tende a ser de fluxo mais intenso de veículos em direção ao interior pernambucano e também ao litoral. A PRF pretende reforçar a fiscalização em trechos críticos dessas rodovias, a partir de levantamentos sobre os locais onde são mais registradas as colisões com feridos ou mortes.

Para prevenir mortes por excesso de velocidade, os policiais irão atuar com radares portáteis que captam a velocidade do veículo a cerca de um quilômetro de distância. Com o objetivo de retirar condutores alcoolizados das rodovias, as equipes irão realizar abordagens com o uso de etilômetros, mais conhecidos como bafômetros. As ultrapassagens em local proibido também estarão no foco da fiscalização e as motocicletas terão uma atenção especial da PRF, devido ao aumento na quantidade de sinistros envolvendo esses veículos.

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