Cidades
Afetados pela crise, brasilienses precisaram se reinventar para garantir renda
Moradores do DF que não contam mais com o auxílio emergencial falam sobre os negócios nos quais apostaram para se manter. Para economistas, prorrogação do benefício é necessária
Com um dom capaz de encantar adultos e dar asas à imaginação de crianças, Sebastião Divino Trindade, 60 anos, redescobriu-se na marcenaria, ao projetar e construir brinquedos de madeira. No início da pandemia, Zito — como é conhecido — estava desempregado. Ele trabalhava como radialista, mas, fora da função, passou a depender do auxílio emergencial para se sustentar. Sebastião entrou para o grupo de quase 794 mil brasilienses aptos a receber o benefício no ano passado.
A assistência permaneceu como principal fonte de renda. No entanto, a necessidade de fechar o orçamento do mês veio atrelada ao início do atendimento de encomendas. “Fiz alguns bicos depois de ser demitido, mas não estava muito satisfeito. Descobri que sabia fazer brinquedos infantis para jardins e não parei mais. Com a covid-19, as coisas pararam, porém, as pessoas começaram a passar mais tempo em casa, o que contribuiu para a continuidade dos pedidos”, conta Zito.
As vendas cresceram, de fato, quando um cliente divulgou o trabalho do ex-radialista nas redes sociais. “Foi inacreditável. Vários números entraram em contato ao mesmo tempo naquele dia. Tenho encomendas até o fim de março. Agora, estou me reinventando com o comércio pela internet, porque, antes, era só presencialmente. Em alguns momentos, o auxílio (emergencial) foi apenas o que eu tinha”, relata Sebastião.
No ano passado, o benefício injetou R$ 2,7 bilhões na economia da capital federal. Mas a renovação do programa ainda está em discussão no Ministério da Economia. Para o consultor em economia Carlos Eduardo Freitas, o auxílio deveria ser prorrogado por mais três meses. “Como o nome prevê, o pagamento é para urgências. Esperava-se que, neste mês, a emergência tivesse passado, mas isso não ocorreu. A pandemia continua, e a vacinação começou há pouco tempo”, opina Carlos Eduardo.
Opção
Ao ser demitida e enfrentar problemas para receber o seguro-desemprego, Janaina Garcia, 45, recuperou as habilidades de manicure, cabeleireira e depiladora. “Tentei voltar a trabalhar em salões, como há 20 anos, mas não tive sucesso. Às vezes, eu terminava o expediente e não conseguia nem o dinheiro do transporte. Depois, veio a luz do fim do túnel: oferecer esses serviços em forma de delivery e com um preço mais acessível, sem taxa de deslocamento”, conta Janaina.
Apesar dos esforços e de atender clientes em todo o Distrito Federal, a atividade ainda não gera renda suficiente para Janaina. Enquanto isso, ela recebeu duas parcelas do auxílio emergencial: “Consegui passar por uma nova triagem do programa. E foi muito bom para mim, porque pude comprar comida”, diz a moradora de Taguatinga Norte.
Entre abril de 2019 e julho passado, Janaina trabalhou no setor de hotelaria de um hospital particular da Asa Sul. Porém, acabou demitida. “Eu tinha estabilidade, vale-alimentação e auxílio para transporte. Estava cheia de sonhos, mas, agora, estou com dificuldade até para custear minha faculdade de recursos humanos, no valor de R$ 50. Passo o dia inteiro mandando currículo. Aconteceu de empresas me ligarem para fazer estágio, porque gostaram do meu currículo, mas, depois, desistiam, por causa da minha idade”, lamenta Janaina.
Novo desenho
Moradora do Guará 1, Margarida Soares, 39, estava desempregada desde o início da pandemia. Ela recebeu cinco parcelas do auxílio emergencial, mas, com o fim do benefício, tentou apostar em novas funções: intensificou as vendas de produtos de beleza por catálogo e passou a comercializar inseticidas de porta em porta. “Estou tentando levar a vida. Arranjar emprego no momento não é viável. Meu marido trabalha no comércio, e houve aquela queda de salário e de clientes. Com minhas vendas, estou conseguindo me manter. Não é como antes da pandemia, mas as contas estão em dia”, afirma Margarida.
A última Pesquisa de Emprego e Desemprego no Distrito Federal (PED-DF), divulgada em dezembro pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), mostrou que, naquele mês, o total de desempregados na capital do país chegou a 291 mil — 3 mil a mais que em novembro.
Para o economista César Bergo, o país vive um momento letárgico. Portanto, não tem condições de absorver mão de obra. “Vimos que a economia tomou um novo rumo com esse auxílio, mas o problema são as fontes de recurso. Vejo que a ampliação do programa (de auxílio emergencial) vai ser aprovada, e é necessário, mas em outro desenho. Não deve ser como o do ano passado”, avalia o presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon-DF). “O governo trabalha com R$ 200, mas creio que será metade do que foi o de 2020 (R$ 300) e por três meses”, completa.
Serviço
Jana Beleza Delivery
Contato: 9 9431-2614
Instagram: @jannabeleza
Zito Brinquedos
Encomendas: 9 9819-0133
Cidades
OAB-PE inaugura Sala da Advocacia na Justiça do Trabalho de Pesqueira
O presidente e a vice da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Pernambuco (OAB-PE), Fernando Ribeiro e Ingrid Zanella, inauguraram a Sala da Advocacia Geraldo Rolim Mota Filho, na Justiça do Trabalho de Pesqueira, nesta terça-feira (4). Além de toda estrutura de apoio ao exercício diário da advocacia, a sala também conta com o ‘Cantinho da Amamentação’, espaço exclusivo para atender a advogada em período de lactação de seu bebê.
Na solenidade, o presidente destacou a relevância do espaço. “Começando o dia realizando uma importante entrega para a advocacia de Pesqueira, que é a reinstalação da Sala da OAB, na Justiça do Trabalho no município. O local conta com computadores e uma excelente estrutura para os colegas. Além disso, a reinstalação traz uma grande inovação através da nossa presidente Márcia Almeida, que é o espaço para amamentação dedicado às colegas advogadas, mães lactantes”, comemorou o presidente da OAB-PE.
Estiveram presentes na inauguração, integrantes da diretoria da OAB Pesqueira; o presidente da Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas da OAB-PE, Yuri Herculano; o presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 6ª Região (Amatra 6/PE), Rafael Val Nogueira; e o juiz titular da Vara, José Augusto Segundo. Após o evento, Fernando e Ingrid reuniram-se com advogados locais para ouvir as demandas da classe.
Cidades
Taquaritinga do Norte realiza nova edição do Fórum Comunitário Selo Unicef
A Prefeitura de Taquaritinga do Norte realizou a segunda edição do Fórum Comunitário Selo Unicef nesta segunda-feira (3). O evento, que teve parceria com a Câmara Municipal dos Vereadores, reuniu estudantes da rede municipal, profissionais da educação, saúde e assistência social e demais servidores da administração pública local.
O fórum é realizado pela Secretaria de Ação Social do município juntamente com a comissão intersetorial do Selo Unicef. O objetivo da entidade é estimular a participação da sociedade civil nos processos políticos dos municípios, apresentando e discutindo as atividades realizadas e seus resultados ao longo desta edição.
Cidades
PRF intensifica operações nas principais estradas de Pernambuco
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) inicia, nesta quarta-feira (29), a Operação Corpus Christi 2024. A ação coincide com o fim do Maio Amarelo e visa chamar atenção para a violência no trânsito em todo o País. Ela ocorrerá até o próximo domingo nas principais estradas que cortam Pernambuco, entre elas as BRs 232, 104, 407 e 428, que levam ao Agreste e ao Sertão do estado, e a BR-101, que dá acesso às praias.
O período tende a ser de fluxo mais intenso de veículos em direção ao interior pernambucano e também ao litoral. A PRF pretende reforçar a fiscalização em trechos críticos dessas rodovias, a partir de levantamentos sobre os locais onde são mais registradas as colisões com feridos ou mortes.
Para prevenir mortes por excesso de velocidade, os policiais irão atuar com radares portáteis que captam a velocidade do veículo a cerca de um quilômetro de distância. Com o objetivo de retirar condutores alcoolizados das rodovias, as equipes irão realizar abordagens com o uso de etilômetros, mais conhecidos como bafômetros. As ultrapassagens em local proibido também estarão no foco da fiscalização e as motocicletas terão uma atenção especial da PRF, devido ao aumento na quantidade de sinistros envolvendo esses veículos.
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