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Brasília

Maia sinaliza que reforma administrativa deve começar a andar até o fim do mês

Maia garante que comissão que analisará alterações para o serviço público será instalada antes da eleição municipal. Para agilizar, PEC pode nem sequer passar pela CCJ

(crédito: Najara Araujo/Câmara dos Deputados)

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou, ontem, que a comissão que analisará a reforma administrativa deve ser instalada até o fim de outubro. O colegiado discutirá a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020, enviada pelo governo, em setembro, e propostas paralelas em andamento no Congresso.

O objetivo da reforma é mudar, entre outros pontos, regras de ingresso, avaliação e estabilidade no serviço público. Para definir o prazo para a instalação da comissão, Maia levou em conta as eleições municipais, que costumam esvaziar o Congresso. “Em processo eleitoral, o ritmo é mais lento”, explicou, em evento de lançamento da agenda legislativa da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Reforma Administrativa.

“Temos urgência, mas não devemos ter pressa”, disse Maia, em relação à reforma administrativa. Afinal, a proposta ainda tem um longo caminho pela frente. A primeira fase de tramitação de uma PEC é a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que está parada desde março, devido à pandemia do novo coronavírus. Para retomá-la, é preciso aprovar uma resolução no plenário.

Uma forma de contornar essa etapa é enviar o texto direto para a comissão especial, que seria o segundo passo da tramitação. Para isso, a PEC do governo seria anexada a outra que trate do mesmo assunto e já tenha passado pela CCJ. Se essa for a estratégia adotada, o prazo para apresentação de emendas será ampliado. “Em vez de 11 sessões, mais cinco ou seis, para suprir o prazo da CCJ”, disse Maia.

O presidente da Câmara também levantou a possibilidade de que o assunto comece a ser discutido em uma comissão mista, de deputados e senadores. “Já tenho conversado com líderes para que possamos iniciar nas próximas duas, três semanas, o trabalho da comissão especial. Seja sua instalação pela Câmara ou, por decisão do presidente do Congresso, uma comissão mista”, explicou.

No evento da frente parlamentar, do qual também participou o ministro da Economia, Paulo Guedes, Maia assegurou que “não estamos aqui para ter exclusividade nem protagonismo”, e reforçou a convergência de agendas entre o Executivo e o Legislativo. O deputado se reconciliou com Guedes na última segunda-feira, num jantar na casa do ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), após uma série de desentendimentos públicos entre os dois.

“Queremos união de esforços do Parlamento, junto com a equipe econômica e o presidente da República, para que a gente saia desse processo urgente sem açodamento, sem pressa, com olhar para o futuro, em que o servidor público esteja valorizado e, principalmente, em que o serviço público que atende o cidadão seja de qualidade”, salientou Maia.

“Gratidão ao apoio”

Já Guedes reforçou que “há um compromisso do governo Bolsonaro com a reforma do Estado”. “Agradecemos sempre a esse Congresso reformista. Muita gratidão ao apoio às reformas, ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia”, disse o ministro, para acrescentar:

“Nossa agenda é convergente, tem sido comum. Fizemos uma série de movimentos juntos”, lembrou. “Agradeço o apoio. Estamos juntos pelas reformas. O Brasil está acima de quaisquer diferenças que possamos ter, que são pequenas, têm sido muito pequenas, nossas diferenças”, destacou, agradecendo “todo o apoio do presidente Rodrigo Maia, que desde o primeiro dia de governo tem levantado essa bandeira das reformas”.

Todos os Poderes incluídos nas mudanças

A Frente Parlamentar Mista em Defesa da Reforma Administrativa apresentou uma lista de propostas que mudam regras atuais e futuras do serviço público. A agenda legislativa do grupo de deputados e senadores prevê a inclusão de integrantes de outros poderes, não apenas do Executivo, como estabelece a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020, enviada pelo governo, em setembro.

Os parlamentares sugerem que entrem nas novas regras juízes, parlamentares, procuradores, militares e promotores, excluídos do texto original. Presidente da frente, o deputado Tiago Mitraud (Novo-MG) considera que a PEC 32 traz avanços, mas deve ser ampliada. “Acreditamos que podemos avançar mais ainda aqui no Congresso, não só com emendas (à PEC), mas, também, com o projetos, como dos supersalários”, disse.

O evento contou com a presença do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do ministro da Economia, Paulo Guedes, que se colocaram à disposição para discutir os temas tratados pela Frente. Entre as emendas sugeridas pelo grupo, está a que busca aumentar a abrangência da proposta do governo, ao incluir servidores atuais nas novas regras, que tratam, por exemplo, de estabilidade e limitação de gratificações.

A PEC 32 não atinge os atuais servidores nem quem for admitido no serviço público antes que as novas regras sejam promulgadas. Ou seja, respeita o chamado direito adquirido. Os parlamentares do grupo não concordam com essa abordagem. “Dado o contexto apontado, a frente propõe que as vedações trazidas na proposta compreendam, além dos servidores futuros, servidores atuais e membros de poder (atuais e futuros)”, diz o texto divulgado ontem.

Fim das distorções

Além de ampliar o alcance da PEC 32, os parlamentares sugerem medidas para diminuir “distorções”, como concessão de abono permanência apenas após avaliação de desempenho e vedação de licença remunerada para servidores que se candidatem a cargos públicos. “Mas essa não é uma proposta final, é uma proposta para avaliação da sociedade”, lembrou Mitraud, ao apresentar o texto.

A reforma trata, entre outros assuntos, das regras de ingresso no serviço público via concurso, das gratificações de servidores e do teto dos salários. Na visão dos deputados e senadores da Frente, é o momento ideal para medidas de corte de despesa pública, para lidar com os efeitos da crise do novo coronavírus. “Queremos união de esforços para que a gente saia desse processo urgente sem açodamento, sem pressa, com olhar para o futuro”, disse Maia.

Vice-presidente da frente, o senador Antonio Anastasia (PSD-MG) classificou como “urgente” uma reforma administrativa. “Fico feliz que o tema tenha voltado com muito empenho. A reforma encaminhada na PEC se junta nessa proposta que a frente acaba de apresentar formalmente, um trabalho coletivo que permitirá resgatarmos algo extremamente defasado no Brasil: a melhoria da qualidade dos serviços públicos”, salientou.

“A Frente propõe que as vedações trazidas na proposta compreendam, além dos servidores futuros, servidores atuais e membros de poder (atuais e futuros)”
Trecho do texto da proposta da Frente da Reforma Administrativa, que quer torná-la mais abrangente

Propostas do IFI mexem com os militares

As alternativas apresentadas pelo diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), Felipe Salto, para economizar R$ 24,5 bilhões do Orçamento da União para o novo programa social do governo, o Renda Cidadã, podem não sair do papel. O principal motivo disso é quem será atingido: o funcionário público, cuja folha de pagamento seria enxugada em R$ 173,5 bilhões, com corte de 20% de jornada e congelamento de salários e progressão automática de servidores civis e militares –– que seriam severamente afetados.

Mas, desses R$ 173,5 bilhões (consideradas as despesas com pessoal em 12 meses até agosto), os ativos da caserna representam 18% (R$ 31,5 bilhões) –– ou seja, quase um quinto dos gastos, contra o total de R$ 142 bilhões desembolsados com os ativos civis. Os militares terão reajustes anuais até 2023 nos percentuais do Adicional de Habilitação, de 12% a 73%, que serão incorporados aos soldos –– conforme a formação acadêmica. Na prática, o gasto anual com a bonificação crescerá ano a ano e, em 2024, já estará em R$ 8,14 bilhões.

Os benefícios, somados, em julho de 2020, custaram os cofres públicos R$ 1,3 bilhão, conforme admitiram os Ministérios da Economia e da Defesa. Também em julho, em plena crise sanitária, o Tribunal de Contas da União (TCU) manteve o pagamento dos reajustes aos militares das Forças Armadas.

Os servidores, no entanto, se manifestaram contra a proposta do IFI. Rudinei Marques, presidente do Fórum Nacional das Carreiras de Estado (Fonacate), afirma que o diretor da IFI “deu um salto no escuro”. “Todas as medidas econômicas vão na contramão da proposta. O governo não abrirá mão dos militares, que estão em postos-chave na Esplanada”, ressalta. Bráulio Cerqueira, secretário executivo do Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle (Unacon Sindical), aponta como única saída para a crise, ao contrário do que propõe Salto, a ampliação das medidas emergenciais para 2021.

 

 

Brasil

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Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio

 

Fumaça no Congresso assusta brasilienses – (crédito: Redes sociais)

 

Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:

A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.

A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.

Correio Brasiliense

 

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Brasília

Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS

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Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória

 

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O governo federal liberou mais R$ 1,8 bilhão para ações de reconstrução no Rio Grande do Sul. A autorização do crédito extraordinário foi feita por meio da edição da Medida Provisória 1.223/2024, publicada na noite desta quinta-feira (23).

A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.

A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.

No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.

>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:

– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)

– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)

– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)

– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)

– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)

– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)

– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)

– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).

De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.

No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.

Por Agência Brasil

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Brasília

Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.

Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.

O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.

Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação –uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.

Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.

O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz –a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.

Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.

Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.

A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.

O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.

 

SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR

O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.

O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.

A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.

O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.

A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.

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