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Com Michelle e Sanders, começa convenção democrata — veja como assistir

Convenção do Partido Democrata, feita virtualmente pela 1ª vez, trará estrelas como Barack e Michelle Obama, Bill Clinton, Ocasio-Cortez e Bernie Sanders

A eleição acontece em 3 de novembro e, por ora, Biden lidera em números absolutos (Drew Angerer/Getty Images)

A reta final da corrida à Presidência dos Estados Unidos começa para valer. A partir desta segunda-feira, 17, durante quatro dias, acontece a convenção do Partido Democrata que vai oficializar a candidatura de Joe Biden e de sua vice, Kamala Harris. O evento estava marcado para Wisconsin, um dos mais importantes estados-pêndulo — os decisivos, que não são fiéis a nenhum dos dois partidos. Mas, pela pandemia, será realizado de forma virtual (veja abaixo a agenda da convenção).

A eleição acontece em 3 de novembro e, por ora, Biden lidera em números absolutos: 50% das intenções de voto, contra 42% do presidente Donald Trump (o restante não confirma voto em nenhum dos dois), segundo a média das pesquisas do Real Clear Politics. Biden aparece vencendo em estados decisivos como Flórida, Pensilvânia, Minnesota e Wisconsin, justamente os que deram vitória a Trump em 2016.

Pela somatória dos estados em que vence hoje, Biden conseguiria 322 dos 538 votos no colégio eleitoral, o número que importa nos EUA. O site FiveThirtyEight dá 71% de chance de vitória ao democrata, mas afirma que os 29% de chances de Trump “não podem ser descartados”.

A convenção partidária nos últimos anos, em vez de escolher os candidatos, vem servindo sobretudo para reunir as estrelas do partido em um gás final da campanha. Neste ano, entre os discursos previstos estão os de Barack Obama, Elizabeth Warren e Hillary Clinton, derrotada por Trump em 2016. Andrew Cuomo, governador de Nova York, fala já nesta segunda, assim como Bernie Sanders, líder da ala mais progressista do partido e que foi rival de Biden nas primárias. Após Sanders, a ex-primeira-dama Michelle Obama fecha o dia nesta segunda-feira, às 22 horas. Alexandria Ocasio-Cortez, a deputada e estrela em ascensão da ala de Sanders no partido, fala na terça-feira, assim como o ex-presidente Bill Clinton.O evento terá motes como “Nós, o povo” e “Liderança importa”, mas há poucas dúvidas de que o fio condutor da convenção serão as críticas à atuação desastrosa de Trump diante da maior emergência de saúde pública dos últimos cem anos. O coronavírus infectou 5,3 milhões de pessoas e já deixou mais de 168.000 mortos nos EUA, que ainda lidera globalmente em casos e vítimas e sofre com uma segunda onda da doença em estados do Sul, como a Flórida, e da costa leste, como a Califórnia.

O coronavírus também mudou a forma de fazer campanha na eleição, e só mais tarde analistas conseguirão avaliar os impactos desse novo modelo. Biden cancelou as aparições públicas desde março. Trump tentou um comício em Tulsa e aparições no 4 de julho, mas o público não esteve nem perto do que o republicano esperava.

Por fim, as transmissão das convenções pela TV sempre são um ponto alto do ano eleitoral e costumam marcar o início da fase decisiva da campanha. Este ano, com o formato incomum, ninguém sabe o que esperar dos eventos. A convenção republicana também está marcada para a semana seguinte.

Agenda da convenção democrata

Os discursos dos principais nomes começam a partir das 21 horas. O Partido Democrata disponibilizou um site que terá transmissão ao vivo da convenção a e agenda completa está disponível neste link. Veja abaixo os principais discursos de cada dia.

SEGUNDA-FEIRA, 17
Senadora Amy Klobuchar, governador Andrew Cuomo, Senador Bernie Sanders, ex-primeira-dama Michelle Obama

TERÇA-FEIRA, 18
Ex-secretário de Estado John Kerry, deputada Alexandria Ocasio-Cortez, ex-presidente Bill Clinton, Jill Biden (esposa de Joe Biden)

QUARTA-FEIRA, 19
(o dia contará com show da cantora Billie Eilish, a partir das 21 horas)

Senadora Elizabeth Warren, deputada Nancy Pelosi, ex-secretária de Estado e ex-candidata Hillary Clinton, senadora e candidata a vice-presidente Kamala Harris, ex-presidente Barack Obama

QUINTA-FEIRA, 20
Ex-pré-candidato em 2020 Pete Buttigieg, empresário Andrew Yang, discurso final do candidato à Presidência, Joe Biden

 

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Corte japonesa ordena que governo pague indenização por esterilizações forçadas

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Cerca de 25 mil japoneses foram vítimas de lei que tinha objetivo de “prevenir aumento dos descendentes inferiores”

 

Vista aérea de Tóquio
Getty Images

 

Numa decisão histórica, o Supremo Tribunal do Japão ordenou ao governo que pagasse indenizações às pessoas que foram esterilizadas à força ao abrigo de uma lei de eugenia agora extinta, decidindo que a prática era inconstitucional e violava os seus direitos.

A Lei de Proteção Eugênica, em vigor entre 1948 e 1996, permitiu às autoridades esterilizar à força pessoas com deficiência, incluindo aquelas com perturbações mentais, doenças hereditárias ou deformidades físicas e lepra. Também permitia abortos forçados se um dos pais tivesse essas condições.

A lei tinha como objetivo “prevenir o aumento dos descendentes inferiores do ponto de vista eugênico e também proteger a vida e a saúde da mãe”, segundo uma cópia da lei – que listava “notável desejo sexual anormal” e “notável inclinação clínica” entre as condições visadas.

Cerca de 25 mil pessoas foram esterilizadas sem consentimento durante esse período, de acordo com a decisão do tribunal, citando dados do ministério.

Embora o governo tenha oferecido compensar cada vítima em 3,2 milhões de ienes (cerca de US$ 19,8 mil) em 2019, ao abrigo de uma lei de assistência, as vítimas e os seus apoiadores argumentaram que isso estava longe de ser suficiente.

A decisão de quarta-feira (3) abordou cinco ações desse tipo, movidas por demandantes de todo o país em tribunais inferiores, que depois avançaram para a Suprema Corte.

Em quatro desses casos, os tribunais inferiores decidiram a favor dos demandantes – o que o Supremo Tribunal confirmou na quarta-feira, ordenando ao governo que pagasse 16,5 milhões de ienes (cerca de US$ 102 mil) aos atingidos e 2,2 milhões de ienes (US$13 mil) aos seus cônjuges.

No quinto caso, o tribunal de primeira instância decidiu contra os demandantes e rejeitou o caso, citando o prazo de prescrição de 20 anos. O Supremo Tribunal anulou esta decisão na quarta-feira, qualificando o estatuto de “inaceitável” e “extremamente contrário aos princípios de justiça e equidade”.

O caso agora é enviado de volta ao tribunal de primeira instância para determinar quanto o governo deve pagar.

“A intenção legislativa da antiga Lei de Proteção Eugênica não pode ser justificada à luz das condições sociais da época”, disse o juiz Saburo Tokura ao proferir a sentença, segundo a emissora pública NHK.

“A lei impõe um grave sacrifício sob a forma de perda da capacidade reprodutiva, o que é extremamente contrário ao espírito de respeito pela dignidade e personalidade individuais, e viola o artigo 13º da Constituição”, acrescentou – referindo-se ao direito de cada pessoa à vida, liberdade e a busca pela felicidade.

Após a decisão de quarta-feira, os manifestantes do fora do tribunal – homens e mulheres idosos, muitos em cadeiras de rodas – celebraram com os seus advogados e apoiadores, erguendo faixas onde se lia “vitória”.

Eles estão entre o total de 39 demandantes que entraram com ações judiciais nos últimos anos – seis deles morreram desde então, de acordo com a NHK, destacando a urgência desses casos à medida que as vítimas chegam aos seus anos finais.

Numa conferência de imprensa após a decisão do tribunal, o secretário-chefe do gabinete, Yoshimasa Hayashi, expressou o remorso e o pedido de desculpas do governo às vítimas, informou a NHK. O governo pagará prontamente a compensação e considerará outras medidas, como uma reunião entre os demandantes e o primeiro-ministro Fumio Kishida, disse ele.

Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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Polícia desmobiliza protesto pró-Palestina no parlamento australiano

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Manifestantes carregavam faixa em que denunciavam Israel por crimes de guerra

 

Polícia desmantela protesto pró-Palestina no Parlamento Australiano
Reuters

 

Quatro manifestantes pró-Palestina foram levados sob custódia policial nesta quinta-feira (4) depois de escalarem o telhado do parlamento australiano em Canberra.

Os manifestantes, vestidos com roupas escuras, permaneceram no telhado do prédio por cerca de uma hora. Eles estenderam faixas pretas, incluindo uma que dizia “Do rio ao mar, a Palestina será livre”, um refrão comum dos manifestantes pró-Palestina, e entoaram slogans.

Os manifestantes empacotaram suas faixas antes de serem levados pela polícia que os aguardava por volta das 11h30, horário local.

CNN

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Reino Unido vai às urnas hoje em eleição que deve tirar Conservadores do poder

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País se prepara para entrar em uma nova era política com provável derrota do grupo há 14 anos no comando

 

Reino Unido vai às urnas hoje em eleição que deve tirar Conservadores do poder

 

Os britânicos vão às urnas nesta quinta-feira (4) em uma votação histórica para eleger um novo parlamento e governo nas eleições gerais. Pesquisas atuais indicam que o atual primeiro-ministro Rishi Sunak, do Partido Conservador, vai perder, encerrando uma era de 14 anos do grupo no poder.

A eleição é um referendo sobre o tumultuado governo dos Conservadores, que estão no comando do Reino Unido desde 2010 e passaram por uma crise financeira global, o Brexit e a pandemia.

Se os Trabalhistas obtiverem 419 assentos ou mais, será o maior número de assentos já conquistados por um único partido, superando a vitória esmagadora de Tony Blair em 1997.

Como funcionam as eleições?

O parlamento britânico tem 650 assentos. Para ter maioria, é preciso conseguir 326 assentos.

Após uma campanha de semanas, as urnas serão abertas às 7h, no horário local, desta quinta-feira (3h, horário de Brasília), e permanecerão abertas até às 22h.

Os britânicos podem votar em cada um dos 650 distritos eleitorais do país, selecionando o candidato que representará a área.

O líder do partido que ganhar a maioria desses distritos eleitorais se torna primeiro-ministro e pode formar um governo.

Se não houver maioria, eles precisam procurar ajuda em outro lugar, governando como um governo minoritário — como Theresa May fez após um resultado acirrado em 2017 — ou formando uma coalizão, como David Cameron fez depois de 2010.

O monarca tem um papel importante, embora simbólico. O rei Charles III deve aprovar a formação de um governo, a decisão de realizar uma eleição e a dissolução do Parlamento. O rei nunca contradiz seu primeiro-ministro ou anula os resultados de uma eleição.

A votação antecipada desta quarta-feira (4) foi convocada por Sunak. O atual primeiro-ministro era obrigado a divulgar uma eleição até janeiro de 2025, mas a decisão de quando fazê-lo cabia somente a ele.

O evento, contudo, provavelmente inaugurará um governo de centro-esquerda liderado pelo ex-advogado, Keir Starmer.

Rei Charles recebe Rishi Sunak no Palácio de Buckingham / Reprodução/ Palácio Buckingham

Quem é Keir Starmer?

O rival de Rishi Sunak é o líder trabalhista Keir Starmer, que é amplamente favorito para se tornar o novo primeiro-ministro britânico.

Ex-advogado de direitos humanos muito respeitado que então atuou como o promotor mais sênior do Reino Unido, Starmer entrou na política tarde na vida.

Líder trabalhista Keir Starmer em Blackpool / 3/5/2024 REUTERS/Phil Noble

Starmer se tornou um parlamentar trabalhista em 2015 e menos de cinco anos depois era o líder do partido, após uma passagem como secretário do Brexit no Gabinete Paralelo durante a saída prolongada do Reino Unido da União Europeia.

O britânico herdou um partido que se recuperava de sua pior derrota eleitoral em gerações, mas priorizou uma reformulação da cultura, se desculpando publicamente por um escândalo de antissemitismo de longa data que manchou a posição do grupo com o público.

Starmer tentou reivindicar o centro político do Reino Unido e é descrito por seus apoiadores como um líder sério e de princípios. Mas seus oponentes, tanto na esquerda de seu próprio partido quanto na direita do espectro político, dizem que ele não tem carisma e ideias, e o acusam de não ter conseguido estabelecer uma visão ambiciosa e ampla para a nação.

Quando saíram os resultados?

Após a abertura das urnas nesta quinta-feira (3), a mídia britânica estará proibida de discutir qualquer coisa que possa afetar a votação.

Mas no momento que a votação acabar, uma pesquisa de boca de urna será divulgada e definirá o curso da noite. A pesquisa, feita pela Ipsos para a BBC, ITV e Sky, projeta a distribuição de assentos do novo parlamento, e historicamente tem sido muito precisa.

Os resultados reais são contados ao longo da noite; o escopo do resultado da noite geralmente fica claro por volta das 3 da manhã, horário local (23h, horário de Brasília), e o novo primeiro-ministro geralmente assume o cargo ao meio-dia.

Mas as coisas podem demorar mais se o resultado for apertado ou se as vagas principais forem decididas na reta final.

De qualquer forma, a transferência de poder acontecerá no fim de semana, dando ao novo governo algumas semanas para trabalhar em legislações importantes antes do recesso parlamentar de verão.

CNN

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