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Descobertas “sinistras” sobre o TikTok: o app da moda espiona você?

Banida na Índia e com falha que gerou cópias em iPhones, rede social vem sendo acusada de insegura. Mas questões geopolíticas podem influenciar a discussão

TikTok: rede social de vídeos rápidos segue crescendo em meio à pandemia do coronavírus (Danish Siddiqui/File Photo/Reuters)

O banimento da rede social de vídeos TikTok na Índia nesta segunda-feira, 29, foi mais um dos recentes episódios de acusações de segurança contra o app chinês, uma das grandes sensações dos últimos meses no Brasil e no mundo e que já chegou a mais de 2 bilhões de downloads.

Além do TikTok, a Índia proibiu ontem outras dezenas de aplicativos chineses, como o WeChat, em meio a tensões geopolíticas entre os dois países. Ao todo, foram 59 apps banidos.

Ao justificar a ação, o governo indiano também citou questões de segurança. Em nota, o Ministério da Tecnologia da Informação disse que os apps eram “prejudiciais à soberania e integridade da Índia, defesa da Índia, segurança do estado e ordem pública”. O Ministério diz ainda que recebeu “muitas reclamações de fontes variadas” sobre apps que estariam “transmitindo informações de usuários” sem sua autorização.

No domingo, 28, artigo do consultor de tecnologia Enrique Dans na revista americana Forbes relembrou acusações contra o app chinês e eventuais problemas de segurança e disse que “por trás de seu exterior divertido está um propósito sinistro”. O artigo vem depois que, na semana passada, uma acusação contra o TikTok surgiu com a atualização do sistema de segurança do iOS 14, novo sistema operacional da Apple para 2020, que avisa o usuário quando o programa que está usando copiou algo.

Nas redes sociais, circularam imagens de que o TikTok estaria copiando palavras digitadas no celular. O TikTok respondeu à Forbes que a função foi criada para identificar comportamento repetitivo e que uma nova versão do app foi enviada à Apple para eliminar potenciais confusões.

Após a denúncia contra o TikTok, mais de 50 apps também foram pegos fazendo o mesmo tipo de cópia no iOS, segundo o especialista Tommy Mysk, o que pode não ter sido intencional — inclusive nomes como os jornais The New York Times e Wall Street Journal ou o aplicativo de clima AccuWeather.

Nos últimos meses, outras acusações contra problemas de segurança do TikTok também surgiram, sobretudo no Ocidente. As Forças Armadas americanas já proibiram seus funcionários de usarem o app, como uma ameaça à segurança nacional. O próprio governo dos Estados Unidos também disse estar investigando o aplicativo.

Outra investigação, da empresa de cibersegurança Check Point, de Israel, disse que o app têm vulnerabilidades e problemas de segurança. O presidente do fórum Reddit, Steve Huffman, chamou o TikTok de um “app fundamentalmente parasita que está sempre ouvindo”.

Na outra ponta, como mostra o caso da Índia, é impossível não envolver questões de geopolítica nas discussões. A Huawei, outra empresa chinesa, também é constantemente criticada por rivais da China no Ocidente e acusada de usar sua tecnologia para espionar usuários e países.

As acusações contra a Huawei já levaram à prisão da herdeira da empresa no Canadá e fizeram o presidente americano, Donald Trump, pedir a aliados, como os países europeus e o Brasil, que não aceitem a infraestrutura de 5G da Huawei (no Reino Unido, que considerava contar com a empresa chinesa na instalação do 5G mesmo após o pedido de Trump, o caso está em estudo).

Um investidor da ByteDance, controladora do TikTok, disse  que as investidas contra o app se baseiam nas mesmas questões geopolíticas dos últimos anos, como um embate entre antigas e novas empresas de tecnologia e um “sentimento anti-chinês”.

Empresas de tecnologia do outro lado do mundo, nos Estados Unidos, também já foram acusadas de possuir dados demais sobre usuários e de uma possível espionagem. Um dos ápices foi o episódio da Cambridge Analytica, em que dados de mais de 80 milhões de usuários do Facebook e do Twitter chegaram às mãos de uma consultoria política que usou as informações para tentar influenciar o referendo do Brexit, no Reino Unido, e as eleições presidenciais americanas que elegeram Donald Trump, ambos em 2016.

Para além das questões de segurança, o TikTok é acusado de praticar censura para seguir a linha do governo chinês, onde fica a ByteDance. Durante os protestos de Hong Kong, relatos nas redes sociais acusaram o TikTok de estar censurando postagens sobre os protestos e não mostrando as imagens quando termos relacionados a Hong Kong eram procurados — os protestos na ilha, que é território autônomo da China, desagradam ao governo central chinês em Pequim.

Startup mais valiosa do mundo

Fundada em 2012, a ByteDance é a startup mais valiosa do mundo, sobretudo graças ao TikTok, mas também opera outras frentes com foco em inteligência artificial — é essa tecnologia que atualiza feeds de redes sociais com base nas preferências do usuário. A companhia terminou o ano valendo 75 bilhões de dólares, segundo ranking calculado pela empresa de inteligência CB Insights, valor obtido após sua última rodada de investimentos, há dois anos.

A agência Bloomberg publicou que, segundo fontes no mercado privado, o valor de mercado da empresa pode ter subido mais de um terço, para mais de 100 bilhões de dólares. O faturamento da ByteDance também saltou de 7 bilhões em 2018 para 17 bilhões em 2019, com lucro de 3 bilhões de dólares, ainda segundo a Bloomberg.

Em 2019, o TikTok foi o terceiro app mais baixado do mundo, e soma mais de 800 milhões de usuários ativos. Em 2020, vem se mostrando resiliente mesmo em meio à crise do coronavírus, tendo aberto milhares de vagas de trabalho e com alta em número de usuários, segundo projeções de consultorias.

Só nos Estados Unidos, o número de usuários únicos usando a ferramenta foi de 27 milhões em outubro de 2019 para 52,2 milhões de pessoas em março de 2020, uma alta de 94%, segundo dados da empresa especializada em métricas digitais Comscore.

Tecnologia

“Brainrot”, você tem isso? Conheça esse efeito colateral da vida digital

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Termo descreve a “deterioração mental” causada por consumir grandes quantidades de conteúdo de baixo valor, como memes e vídeos sem sentido

 

“Brainrot” pode afetar negativamente as habilidades cognitivas das pessoas
Unsplash/Taylor Deas-Melesh

 

Se você leu meu texto sobre a slopficação da internet, talvez agora você fique um pouco mais assustado. Senta que lá vem a história…

A internet está cada vez mais maluca. Na verdade, não a internet, porque ela sempre foi. Mas, a cada dia que passa, eu me surpreendo com o que as pessoas andam fazendo online, principalmente os jovens.

Se você é millennial, como eu, e tinha uma certa esperança que a próxima geração seria melhor e daria conta de um monte de coisas que não conseguimos, bem… nascer e crescer imerso em redes sociais parece que não está fazendo muito bem, pelo menos na construção de gosto e o que se escolhe consumir online.

Entender minimamente a GenZ (Geração Z) e a Geração Alpha tem consumido boa parte do tempo das minhas pesquisas online. Sacar os movimentos e tentar entrar na cabeça dos jovens é interessante e surpreendente, já que os valores e gostos são completamente diferentes. E olha que pra muita coisa eu sou mais Z que Y.

Mas vamos para o que interessa. Você já ouviu ou viu, em algum lugar, termos como:

  • Skibidi Toilet
  • Level Five Gyat
  • Rizz
  • Fanum Tax
  • Only in Ohio
  • Sigma Looksmaxxing
  • Grimace Shake

Parece erro, palavras sem sentido, mas eles têm aparecido com frequência em uma série de conteúdos virais, mais especificamente memes, e que têm sido atribuídos ao tal do “brainrot”. Se você perguntar para o Google Tradutor, não vai conseguir nada. Já para o ChatGPT, ele traz uma luz. Olha só:

ChatGPT oferece definição de termos que têm sido atribuídos ao "brainrot"

ChatGPT oferece definição de termos que têm sido atribuídos ao “brainrot” / Reprodução/ChatGPT

 

Acho que, com isso, você já consegue ir sacando o que é “brainrot”. Apesar desse termo ser antigo (usado desde 2004), é agora que ele está bombando em redes sociais muito usadas por jovens da GenZ, como o TikTok.

E não é pouco dizer que esses jovens internautas estão obcecados com a tal “brain rot” ou “brainrot”. Tanto que a própria viralização do termo explica muito o que estamos vivendo nos tempos atuais: “doomscrolling“, essa rolagem infinita nos nossos feeds, e também nosso estado online crônico.

Traduzido por “podridão cerebral”, “apodrecimento do cérebro” ou até “cérebro apodrecido”, o termo, ou condição, descreve a “deterioração mental” causada por consumir grandes quantidades de conteúdo de baixo valor, como memes e vídeos sem sentido, que podem afetar negativamente as habilidades cognitivas e a capacidade de pensar criticamente.

Longe de ser um termo médico ou científico, é simplesmente um efeito colateral do nosso comportamento online, principalmente em redes sociais, frequentemente motivado por um desejo compulsivo de se manter atualizado, principalmente com eventos negativos, mesmo quando isso pode ser emocionalmente desgastante ou prejudicial para a saúde mental.

Basicamente, estamos gastando mais tempo e literalmente nos entregando e absorvendo grandes quantidades de informações irrelevantes e de baixa qualidade.

Sem entrar nas questões neurodegenerativas, não precisamos de muito para entendermos que, ao consumirmos conteúdos piores, ficaremos piores. Ou seja, nossos cérebros vão trabalhar com o que recebem. Se consumimos porcarias, vamos pensar em porcarias. Simples assim.

E tem muita gente online falando que já está com “brainrot” só de ter recebido ou passado por certos conteúdos, justamente porque estão muitos expostos a eles. E assim como os “slops” causam uma certa confusão mental, os conteúdos associados ao brainrot também, desassociando imagens ou conceitos de seus contextos reais.

Um exemplo é a imagem de um soldado da Segunda Guerra Mundial com um olhar atordoado, que faz parte da pintura de Tom Lea “That 2,000 Yard Stare“, que é usado em muitos conteúdos meméticos, e que TikTokers dizem ser brainrot.

Popularização e perigos

Fazendo uma pesquisa rápida no Google Trends, percebemos que tivemos uma procura maior do termo em 2005 e 2010, mas, a partir da segunda metade de 2023 até agora, o termo explodiu. E é interessante notar que esses picos estão muito associados à cultura gamer e a jogos que contribuíram com seu uso ao longo da década de 2010.

Inclusive, “brainrot” é uma doença que os jogadores podem contrair no jogo de “2011 The Elder Scrolls V: Skyrim“. Em 2007, ano que muita gente considera o surgimento do termo, ele aparece em posts no X, nos quais os usuários descreviam reality shows de namoro, videogames e certos comportamentos, como brainrot.

Um artigo recente do NYT, Jessica Roy relata como alguns usuários do TikTok até começaram a criar paródias de pessoas que parecem “ter” essa condição, ajudando, assim, na popularização, ridicularização e adoção do termo. E, apesar de não ser um elogio falar que alguém tem brainrot, algumas pessoas demonstram um leve orgulho ao admitir a condição.

Em um quiz recente do BuzzFeed, dava até pra saber se “o seu cérebro está 1000% cozido”. Outra leva de vídeos fala que quanto mais gírias da internet uma pessoa usa, mais brainrot ela tem.

E apesar do humor que tudo isso traz, existe um lado bem ruim. Sabe quando a gente fica obcecado por algo e vê aquilo em todo lugar, ou quando gostamos tanto de um personagem ou uma celebridade e começamos a ficar parecidos com elas? Bem, consumir conteúdos de baixa qualidade pode nos deixar menos preparados a certaz situações e “menos inteligentes”, como colocam os jovens com brainrot. Muitos compartilham nas redes seu medo de ficaram “burros”.

Há muitos pesquisadores que estão se debruçando nesse tema, como o neurocientista Michel Desmurget, que tem um livro bastante controverso, assim como outros que se adentram nesse tema, “A fábrica de cretinos digitais: Os perigos das telas para nossas crianças”.

Esse medo de ficarmos piores cognitivamente é real, porque somos o que comemos e consumimos. A “Geração Touch” e as “crianças de iPad” certamente carregam consequências disso, tanto pela tela e o aumento de miopia, muita quantidade de luz azul, que traz alterações no sono, e por aí vai, até o que é visto, assistido e lido.

Em toda a história da humanidade, acompanhamos as consequências boas e ruins das mais diversas tecnologias que foram sendo introduzidas nas nossas vidas, e se tratando de internet, hoje e sempre, independente da tecnologia em si, sabemos que “gostamos” de certos conteúdos justamente pelo modo como nosso próprio cérebro funciona.

Nem vou entrar nessa discussão, porque isso daria um outro texto, mas, no caso dos memes, eles são divertidos, rola uma conexão emocional positiva com eles, e isso dá uma ajudinha na disponibilidade de dopamina no nosso cérebro. É entretenimento puro e viciante.

Por isso mesmo, existem muitos pesquisadores interessados no assunto, tanto que, nos Estados Unidos, diversas instituições de saúde já estão estudando isso como um distúrbio. No artigo no NYT, é citada a pesquisa do Hospital Infantil de Boston, que chama essa condição de “Uso Problemático de Mídia Interativa”. E ela mostra que, conforme passamos muito tempo online, mudamos nossa percepção do espaço físico para o online, e isso tem consequências.

E a GenAI nessa história?

Brainrot está na moda hoje em dia, assim como a GenAI (inteligência artificial generativa). Mas será que a IA está ajudando a nos levar a um estado de brainrot generalizado?

Se o uso preguiçoso da GenAI pode nos fazer desenvolver menos algumas habilidades ao longo do tempo, não há dúvida. É como foi com a nossa memória, tanto que hoje não guardamos o número do celular de quase ninguém. Claro que nesse cas,o é reversível, podemos treinar e melhorar, graças a neuroplasticidade cerebral.

Mas, assim como a internet está se “slopificando”, ou seja, sendo tomada por conteúdos sem valor sendo gerados sinteticamente, nós também poderemos acabar nos deparando cada vez mais com esse conteúdo, e (por que não?) aumentando o brainrot, assim como nos enganando cada vez mais por conteúdos falsos. As consequências de longo prazo não sabemos, e muito estudo ainda será feito, mas, com certeza, uma coisa pode alimentar a outra.

Deveríamos nos preocupar com o “brainrot”?

Em certo sentido, sim, embora devamos ser cautelosos ao soar o alarme sobre o que impulsiona ou leva ao “brainrot”. É muito fácil referir-se a praticamente qualquer coisa como causadora de “brainrot”, se formos pensar.

A cultura da internet sempre traz questões e termos interessantíssimos que podem nos fazer pensar e desenvolver muitas teorias e conceitos. Brainrot ainda é uma expressão que carece de rigor científico, principalmente para descrever ou quantificar a saúde mental real. Mesmo assim, não significa que devemos ignorar ou minimizar as preocupações que estão no cerne desse termo.

Conheça tendências que sinalizam rumos para o futuro da IA

CNN

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Tik Tok planeja lançar o Whee, plataforma de fotos ‘cópia’ do Instagram

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Na plataforma, será possível manter um feed de imagens, utilizar filtros nas fotos tiradas pelo próprio aplicativo, além de manter um fluxo de conexão de amigos

 

UE abre investigação contra TikTok por possível violação das normas – (crédito: Reprodução/Freepik)

 

O TikTok está trabalhando em seu próprio Instagram, afirmou o site Android Police na terça-feira, 18. O aplicativo, chamado Whee, tem como objetivo o compartilhamento de fotos com melhores amigos – uma mistura da rede de Mark Zuckerberg com o BeReal, de fotos instantâneas e não editadas. O app, que já pode ser utilizado em alguns países, ainda não chegou ao Brasil.

De acordo com as imagens vistas pelo Android Police, o Whee é um app separado do TikTok, mas também mantido pela ByteDance. Na plataforma, é possível manter um feed de imagens, utilizar filtros nas fotos tiradas pelo próprio aplicativo, além de manter um fluxo de conexão de amigos.

Configurações básicas como curtidas e comentários também estão presentes, em um layout bastante parecido com o do Instagram.

“Capture e compartilhe fotos da vida real que somente seus amigos podem ver, permitindo que você seja mais autêntico”, afirma a descrição do Whee no Google Play, loja de apps do Android. “Whee é o melhor lugar para amigos próximos compartilharem momentos da vida”, completam.

O TikTok e a ByteDance ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o aplicativo, mas já é possível encontrar a nova rede social em alguns países em celulares com sistema operacional Android.

Agência Estado

 

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YouTube testa recurso que introduz “notas” de contexto em vídeos

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Testes começarão nos Estados Unidos e serão feitos, inicialmente, com usuários e criadores selecionados

YouTube anunciou, nesta segunda-feira (17), que permitirá em breve que os usuários adicionem “notas” que fornecerão contexto sobre alguns de seus vídeos. Os testes fazem parte de um novo recurso que inicialmente será lançado nos Estados Unidos.

A plataforma convidará alguns usuários e criadores de conteúdo, como parte da fase inicial de teste, para escrever notas destinadas a fornecer “contexto relevante, oportuno e fácil de entender” sobre os vídeos.

As notas, por exemplo, poderão esclarecer quando uma música é uma paródia, apontar quando uma nova versão de um produto que está sendo analisado estiver disponível ou informar aos espectadores quando imagens antigas são erroneamente apresentadas como eventos atuais.

A rede social X, antigo Twitter, possui um recurso semelhante chamado Notas da Comunidade, que permite que colaboradores selecionados adicionem contexto às publicações, incluindo tags como “enganoso” e “fora de contexto”.

O recurso de notas no YouTube será, inicialmente, disponibilizado em dispositivos móveis para usuários nos Estados Unidos e em inglês. Nessa fase, avaliadores externos classificarão a utilidade das notas, o que ajudará a treinar os sistemas, antes de um possível lançamento mais amplo, disse o YouTube.

Fátima Bernardes lança canal no YouTube após deixar Globo

*Com reportagem de Yuvraj Malik, em Bengaluru

 

CNN Brasil

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