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Brasília

Fernando Ferry entregará cargo de secretário estadual de saúde do Rio

“Tentei resolver os graves problemas”, disse o médico assumiu a vaga no lugar de Edmar Santos há pouco mais de um mês

RJ: Ferry deixará o cargo com mais 30 assessores que chegaram junto com ele (Youtube/Reprodução).

O secretário estadual de saúde, Fernando Ferry, vai entregar a sua carta de demissão ao governador Wilson Witzel na tarde desta segunda-feira, dia 22. Em um vídeo enviado ao “Bom Dia Rio”, da “TV Globo”, o médico explica que “tentou resolver os graves problemas da saúde”. Ele deixará o cargo com mais 30 assessores que chegaram junto com ele há pouco mais de um mês, quando ele assumiu a pasta no lugar de Edmar Santos, exonerado por Witzel em meio às investigações de irregularidades na saúde.

É o segundo secretário que deixa a pasta durante a pandemia do novo coronavírus, que já teve 96.133 infectados e 8.875 pessoas óbitos em decorrência da doença até o momento, segundo os dados disponibilizados pela Secretaria Estadual de Saúde, neste domingo.

“Hoje estou pedindo exoneração do meu cargo de secretário de Estado de Saúde do Rio de Janeiro. Queria dizer que eu tentei. Eu agradeço ao governador por ter me dado esta oportunidade de tentar resolver estes graves problemas que estamos vendo na saúde. Eu só queria dizer mais uma coisa: peço desculpas à população. Mas a única coisa que eu tenho a falar: eu tentei. Obrigado e espero que vocês me desculpem”, disse no vídeo.

Ferry era diretor do Hospital Universitário Gafrreé e Guinle e tem ampla experiência no tratamento de AIDS. Ele foi anuniado no dia 17 de maio e já assumiu a pasta no dia 18 em meio a uma das maiores crises sanitárias do estado. Edmar Santos e o governo de Witzel enfrentam denúncias de fraudes em licitações para a compra de respiradores. Os aparelhos são essenciais no tratamento da doença e para os sete hospitais de campanha que foram prometidos pelo governo do Rio, especialmente em pacientes que já estão mais debilitados pelo vírus.

O prazo inicial para entrega das sete instituições era dia 30 de abril, mas apenas dois ficaram prontos e foram inaugurados até agora. O último deles foi o de São Gonçalo, que só abriu na última sexta-feira, dia 18. A uma recomendação da equipe.

Segundo a “TV Globo”, Ferry tomou a decisão de deixar o cargo na sexta-feira, dia 19, após uma reunião com sua equipe técnica, que fez um estudo afirmando que os hospitais de campanha não devem abrir e que não são necessários.

“Entendemos como não recomendado a abertura dos cinco hospitais de apoio estantes como leito para Covid-19 e a readequação dos hospitais já inaugurados a demanda atual da população”, diz o parecer técnico dos especialistas.

Em outro trecho do documento, a equipe afirma que ‘considerando que atualmente a taxa de ocupação de leitos dedicados ao tratamento dos pacientes vítimas de Covid-19 nas três esferas do governo no município do Rio de Janeiro é de 37,58% dos leitos totais e 55,81% dos leitos operacionais conforme”. Também falam que “considerando a possibilidade de uma segunda onda após a flexibilização, ainda assim podemos ofertar assistência à população com a ativação dos leitos que ora se encontram impedidos”.

O custo dos novos leitos em hospitais de campanha também seria um problema, como consta do documento feito pela equipe.

“Considerando que, o custo mensal com RH por leito de UTI no hospital de apoio é de R$ 43.780,82 e por leito de enfermaria com RH é de R$ 33.951,45”, diz outro trecho.

Atrasos nos hospitais

O hospital de campanha de São Gonçalo deveria ter sido entregue pelo Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas) no dia 30 de abril, e o de Nova Iguaçu, em 19 de maio, mas as datas anunciadas foram adiadas diversas vezes.

Em meio aos atrasos, a Organização Social (OS) foi afastada pelo estado depois de um escândalo envolvendo a cúpula da Secretaria de Estado de Saúde, que culminou na prisão do subsecretário executivo de Saúde Gabriel Neves e na exoneração do então secretário estadual de Saúde, Edmar Santos. A gestão dos hospitais de campanha passou para a Fundação Estadual de Saúde.

No último dia 11, o Iabas apresentou um recurso administrativo à Anvisa para 135 equipamentos de combate ao novo coronavírus retidos no aeroporto do Galeão serem liberados. A organização social acusa o governo do Estado de burocracia para a entrega dos equipamentos, que teriam sido aprovados para o tratamento de pacientes com o vírus pela Food and Drug Administration (FDA), agência de saúde dos Estados Unidos.

Brasil

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Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio

 

Fumaça no Congresso assusta brasilienses – (crédito: Redes sociais)

 

Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:

A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.

A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.

Correio Brasiliense

 

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Brasília

Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS

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Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória

 

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O governo federal liberou mais R$ 1,8 bilhão para ações de reconstrução no Rio Grande do Sul. A autorização do crédito extraordinário foi feita por meio da edição da Medida Provisória 1.223/2024, publicada na noite desta quinta-feira (23).

A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.

A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.

No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.

>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:

– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)

– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)

– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)

– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)

– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)

– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)

– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)

– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).

De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.

No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.

Por Agência Brasil

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Brasília

Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.

Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.

O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.

Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação –uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.

Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.

O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz –a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.

Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.

Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.

A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.

O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.

 

SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR

O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.

O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.

A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.

O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.

A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.

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