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Brasília

Mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave crescem 1.023% no DF em meio à pandemia

Até 23 de maio deste ano, foram 266 óbitos contra 26 em período similar no ano passado. Estatísticas incluem mortes por Covid-19, que representam 31% do total.

Testagens de amostras para vírus respiratórios pela Secretaria de Saúde do DF — Foto: Breno Esaki/Agência Saúde

Dados da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) apontam que 266 moradores do DF morreram por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) até o dia 23 de maio deste ano. O número representa crescimento de 1.023% em relação ao registrado até 1º de junho do ano passado, quando houve 26 notificações.

A SRAG é um diagnóstico clínico que reúne sintomas graves de infecções virais – incluindo febre, dor de garganta e falta de ar (saiba mais abaixo). Por isso, entram nas estatísticas pacientes infectados por vírus como o da gripe ou pela Covid-19.

Entre as 266 mortes por SRAG até 23 de maio, 85 apresentaram resultado positivo para o novo coronavírus, o que representa 31% do total. A maioria dos óbitos, no entanto, teve causa registrada como síndrome não especificada. Veja:

  • SRAG não especificada: 157 mortes
  • SARS-CoV-2 (Coronavírus): 85 mortes
  • Outros vírus respiratórios: 13 mortes
  • Em investigação: 2 mortes
  • Por influenza: 3 mortes
  • Outros vírus: 6 mortes

Segundo a Secretaria de Saúde, “todos os casos com coleta de amostra respiratória foram testados primeiramente para o novo coronavírus. Quando o resultado é negativo, o Lacen [Laboratório Central de Saúde Pública] realiza o teste de outros vírus”.

“O resultado negativo, não garante que realmente não houve infecção, porque outras questões precisam ser avaliadas, como o período e a coleta adequada da amostra”, diz a pasta.

Além do coronavírus, as amostras dos pacientes passam por testagem para diagnósticos como influenza A (H1N1), rinovírus, adenovírus, entre outros.

Disparada em março

O número de casos e mortes por SRAG saltou a partir de março deste ano, quando o DF confirmou o primeiro caso da Covid-19 – no dia 7 daquele mês.

A capital contabilizou 1.819 registros de SRAG entre moradores do DF até 23 de maio deste ano, um aumento de 86% se comparado ao mesmo período do ano passado, quando houve 978 registros.

SRAG sem vírus identificado

Das 1.819 notificações de SRAG neste ano, 914 não tiveram o vírus identificado, ou seja, metade dos registros. No mesmo período do ano passado, os casos de síndrome sem especificação representavam 30% do total (291 de 978).

Entre os pacientes com SRAG em 2020, 445 testaram positivo para coronavírus. Esse número representa também a quantidade de pacientes com Covid-19 que precisaram ser hospitalizados, já que a SRAG caracteriza o estado grave da doença. Veja a relação abaixo:

  • SRAG não especificada: 914
  • SARS-CoV-2 (Coronavírus): 445
  • Outros vírus respiratórios: 245
  • Em investigação: 163
  • SRAG por influenza: 34
  • Outros vírus: 18
Teste coronavírus no DF.  — Foto:  Leopoldo Silva/Agência Senado

Teste coronavírus no DF. — Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado

Há ainda os casos em que não houve amostra coletada para análise. Neste ano, foram 114 registros, ou seja 12% do total dos casos sem especificação. Em período equivalente no ano passado, foram 162.

Idade dos pacientes

Em 2019, 72% dos casos da síndrome ocorreram entre crianças com menos de um ano. Já neste ano, a SRAG passou a atingir todas as faixas etárias e os registros em crianças de até dois anos não chegam nem a 20% do total (veja abaixo). As mortes estão principalmente entre os maiores de 60 anos.

Pacientes com SRAG em 2020

Idade Casos
Menor de 2 anos 139
2 a 10 anos 68
11 a 19 anos 8
20 a 29 anos 30
30 a 39 anos 75
40 a 49 anos 103
50 a 59 anos 100
60 a 69 anos 92
70 a 79 anos 57
Mais de 80 anos 52

De acordo com o infectologista José David Urbaéz, a prevalência da síndrome em crianças, em situações comuns, se deve principalmente ao “vírus sincicial respiratório”, comum na faixa etária e que coloca menores de até dois anos no grupo de risco nas campanhas vacinais da influenza.

O especialista também explica que a falta de diagnóstico em casos de SRAG é comum, já que eles incluem uma série de vírus. “Muitas vezes pode ser também um virose sazonal que esteja circulando, que ataca o tecido pulmonar. Todos os anos lidamos com vírus diferentes”, afirma.

Brasil

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Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio

 

Fumaça no Congresso assusta brasilienses – (crédito: Redes sociais)

 

Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:

A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.

A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.

Correio Brasiliense

 

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Brasília

Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS

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Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória

 

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O governo federal liberou mais R$ 1,8 bilhão para ações de reconstrução no Rio Grande do Sul. A autorização do crédito extraordinário foi feita por meio da edição da Medida Provisória 1.223/2024, publicada na noite desta quinta-feira (23).

A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.

A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.

No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.

>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:

– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)

– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)

– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)

– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)

– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)

– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)

– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)

– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).

De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.

No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.

Por Agência Brasil

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Brasília

Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.

Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.

O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.

Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação –uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.

Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.

O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz –a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.

Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.

Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.

A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.

O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.

 

SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR

O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.

O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.

A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.

O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.

A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.

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