Ampliação dos testes
“Esses leitos, em muitos lugares, estão montados e disponíveis, sendo a superação de embaraços muito mais fácil e rápida do que a preparação de novos leitos”, aponta o relatório, citando levantamento do GLOBO que revelou que mais de 1.600 leitos da rede pública disponíveis estão fechados. “A ativação dessas unidades deve ser prioridade do poder público, que conta com novas regras de licitação – mais facilitadas e com mais recursos orçamentários”, pontua o documento.
Uma das alternativas apresentadas indica que as secretarias de Saúde devem buscar atendimento em cidades do interior para desafogar unidades das regiões metropolitanas, já abarrotadas. E também aponta como crucial a aceleração dos hospitais de campanha.
“Sua mobilidade, flexibilidade e adaptabilidade precisam estar à disposição dos gestores públicos e privados. Sozinhos (os hospitais de campanha) podem ser insuficientes, mas utilizados simultaneamente com outras ferramentas, compõem um conjunto poderoso de intervenção na assistência desta doença (…) desde a triagem dos pacientes, passando por estruturas diagnósticas ou até mesmo como estruturas de internação”, diz o estudo. No Rio, apenas um hospital de campanha foi inaugurado pelo município até o momento e um pelo estado.
Outro ponto tido como essencial é fazer com que a população tenha mais acesso aos testes para diagnóstico do coronavírus.
“É inquestionável que países com melhores desfechos nesta pandemia testaram mais do que países com piores desfechos. A limitação dos insumos diagnósticos no Brasil é um argumento incompleto. Aos poucos, os setores público e privado vêm aumentando suas capacidades de testagem”, aponta o documento.