Conecte Conosco

Brasília

Covid-19 vai influir na popularidade de Bolsonaro, prefeitos e governadores

Alvo de críticas contundentes de Bolsonaro, chefes de Executivos estaduais se veem, na avaliação de especialistas, no dever de tomar medidas restritivas contra o vírus, mesmo que isso signifique queda de popularidade. Pressão, porém, já leva gestores a flexibilizar isolamento social

(foto: Cris Faga/Estad?o Conte?do)

O coronavírus causará impactos diretos à popularidade de prefeitos, governadores e do presidente da República. É o que avaliam cientistas políticos ao analisarem as ocorrências da pandemia em outros países e o avanço da doença no Brasil. Diante do cenário, os mandatários municipais e estaduais, que estão na ponta do atendimento à população, não têm outra escolha senão abraçar as medidas de isolamento social e fechamento do comércio para reduzir a disseminação do vírus. Já o presidente Jair Bolsonaro tenta se descolar da crise e de seus resultados ao descumprir as recomendações de distanciamento social feitas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde. Além disso, critica seguidamente governadores e prefeitos pelas medidas restritivas que adotaram.

Ontem, Bolsonaro usou o Twitter para postar um vídeo de protesto no Pará contra o governador Helder Barbalho. Ele escreveu: “Além do vírus, agora também temos o desemprego, fruto do ‘fecha tudo’ e ‘fica em casa’, ou ainda o ‘te prendo’. Para toda ação desproporcional, a reação também é forte. O Governo Federal busca o diálogo e solução para todos os problemas, e não apenas um”. Na quarta-feira, em pronunciamento em rede nacional, ele foi direto ao empurrar para mandatários as futuras consequências econômicas. “Respeito a autonomia dos governadores e prefeitos. Muitas medidas, de forma restritiva ou não, são de responsabilidade exclusiva dos mesmos. O Governo Federal não foi consultado sobre sua amplitude ou duração”, enfatizou.

Mestre em administração pela Universidade Federal da Bahia e doutor em ciências políticas pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, André Borges diz que a motivação do presidente é, justamente, não assumir o custo de parar a economia. “Mas acho que essa estratégia pode dar muito errado, porque os governadores vão levar o crédito se o confinamento for efetivo para conter a pandemia, e o governo federal não tem como não assumir a responsabilidade pela crise que virá”, sentencia.

Professor de ciências políticas e relações internacionais na Universidade de Brasília (UnB), Aninho Mucundramo Irachande afirma que governadores e prefeitos não têm alternativa, senão adotar medidas restritivas. “Qualquer efeito sobre a crise grave, as mortes, o comércio, tudo isso recai sobre eles. Se não fizerem nada, ou não fizerem o suficiente, vão sofrer as consequências”, completa. O cientista político também destaca que quanto mais funcionar o isolamento, mais ele parecerá desnecessário, pois o resultado é a redução das infecções e um baixo número de mortos. “Aqui, não cresceu como na Itália porque adotamos o isolamento mais cedo. Também tem essa contradição”, acrescenta.
O sociólogo Paulo Baía, doutor em ciências sociais e professor aposentado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), avalia que Bolsonaro faz um “jogo dúbio”. “Quando você pega a diretriz oficial do governo, é a do Ministério da Saúde, que está em consonância com governadores, prefeitos e OMS. É a diretriz do ministério que está balizando a decisão dos governadores”, frisa. “O presidente tem uma atitude que não contraria os governadores, mas o seu próprio governo. Eu avalio que, ao fim, ninguém vai conseguir tirar proveito da tragédia. Todos terão de pagar a conta.”
O cientista social lembra que Manaus já chegou ao colapso do sistema de saúde e que São Paulo, Rio de Janeiro e DF atingirão o mesmo patamar em algumas semanas. “O sistema de saúde não dará conta (do número de casos) nem se ficar no ritmo que está hoje. Esse é o drama. Estamos diante de uma novidade sanitária. Você até tem conhecimento anteriores, mas tudo que acontece agora é ensaio e erro.”
Pressão
As atitudes de Bolsonaro de empurrar para governadores e prefeitos os desastres econômicos que se anunciam já interferem na confiança de chefes de Executivo locais. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), por exemplo, publicou um decreto, em 9 de abril, autorizando o funcionamento de lojas de eletrodomésticos e móveis. Pessoas próximas a Ibaneis garantem que a medida levou em conta a velocidade, o risco de transmissão no DF e os casos atuais. Elas asseguram que ele está disposto a voltar atrás, se necessário. Porém, o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), ex-ministro de Bolsonaro e contrário às recomendações de isolamento social, vê no chefe do Executivo do DF uma figura estratégica no combate às medidas.
Ibaneis
A menção ao governador ocorreu em uma conversa com o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, em que ambos conspiravam contra o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, fritado por Bolsonaro por pregar o distanciamento social. A conversa foi revelada pela CNN. “Tem que ter uma política que substitua a política de quarentena. Ibaneis é emblemático. Se Brasília começa a abrir… Mas, ele está com um pouco de receio. Qualquer coisa que fala em aumentar…”, comentou o parlamentar.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, por sua vez, deixou um encontro com Bolsonaro falando em estudar medidas para flexibilizar o funcionamento do comércio. Ele prometeu divulgar nesta semana um protocolo “para que toda a liberação seja feita com os devidos cuidados”. De acordo com Zema, aproximadamente 200 municípios já fizeram algum tipo de liberação por decisão dos prefeitos.

Já os governadores de São Paulo, João Doria, e do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, que comandam os estados com maior número de infecções e mortes no país, estudam formas de reforçar o isolamento e estimular a população a permanecer em casa. Ambos falam em multa e até prisão para quem desrespeitar a medida. No sábado, apoiadores de Bolsonaro fizeram uma carreata por ruas de São Paulo pedindo o impeachment de Doria. Ontem, houve manifestações na Avenida Paulista contra o isolamento social.

O comportamento de Bolsonaro também está influenciando a população, que tem afrouxado o isolamento. Doutor em ciências sociais e professor aposentado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o sociólogo Paulo Baía ressalta o impacto das saídas do presidente nessa mudança dos brasileiros. Entre quinta-feira e sábado, o chefe do Executivo foi a uma padaria na Asa Norte, a uma farmácia no Sudoeste e também caminhou em ruas de Águas Lindas (GO), após visitar um hospital de campanha erguido para atender vítimas do coronavírus. “As pessoas têm ido para a rua. Eu chamo isso de efeito Bolsonaro. A cena do presidente é um incentivo a ir para a rua. Em todas as cidades, aumentou o volume de pessoa na rua”, frisa.
A aposta do presidente
A tentativa do presidente Jair Bolsonaro de passar a responsabilidade para governadores e prefeitos sobre os danos econômicos ao país funciona da seguinte forma, na visão de especialistas: os chefes de Executivos locais assumem o ônus das medidas duras; se a população respeitar e o número de mortes for mais baixo, o presidente dirá que o governo avisou, e espera sair fortalecido. Agora, se a população não respeitar o isolamento e o número de mortes crescer, ele não terá como escapar das consequências, mas governadores e prefeitos também sofrerão os solavancos políticos da tragédia.

Há, ainda, um fator econômico na aposta de Bolsonaro. Se ele vê a possibilidade de usar governadores e prefeitos para proteger a própria popularidade, não poderá fazer o mesmo em relação à recessão provocada pela pandemia. Professor de ciências políticas e relações internacionais na Universidade de Brasília (UnB), Aninho Mucundramo Irachande lembra que o componente econômico é importante para a população nas eleições.
Sem argumentos
“No embate que teve com Doria, governador de São Paulo, durante a reunião com os governadores do Sudeste, o único argumento que Bolsonaro apresentou para rebater o governador foi a eleição presidencial de 2022. Ele não tinha nada concreto. Quem está pensando na eleição é ele. A política econômica do país tem um peso grande no processo eleitoral e é feita pelo governo central e não pelos estados”, destaca. “Com uma crise grande na economia, só ele vai perder. Ele tenta assumir o controle com uma postura incorreta, por achar que pode evitar a crise. Não temos experiências no mundo em que isso foi possível. Diante do alastramento, ou você deixa todo mundo se contaminar e tem milhares de mortes, e isso causa uma crise, ou isola e decresce a atividade econômica.”

Para Irachande, Bolsonaro bate na tecla da economia apoiado em uma parte mais conservadora da elite empresarial do país, que age impulsionada por “imediatismo”. “O presidente tem um conjunto de pessoas, especialmente no empresariado, uma elite retrógrada, que não consegue perceber que toda a questão econômica passa por preservar a mão de obra”, critica. “É sair da crise e dar melhores condições de trabalho, porque vamos precisar de trabalhadores para tocar a indústria e é preciso preservá-los. É uma responsabilidade coletiva até para preservar o capital. Essa elite comunga com o presidente por imediatismo.” (LC)
Bolsonaro: vírus está indo embora
O presidente Jair Bolsonaro voltou a falar na economia também em uma live com lideranças religiosas no domingo de Páscoa. Ele afirmou que é preciso lutar contra o vírus, mas que a pandemia está passando no país, diferentemente do que mostra o balanço epidemiológico do Ministério da Saúde e dos alertas de médicos e especialistas do setor.

Bolsonaro começou afirmando que o país viveu momento difícil. “Estamos no país mais cristão do mundo. Vivemos em um momento difícil e sabemos quem pode nos curar. Deus acima de tudo, sempre. Nós aqui na Terra temos de fazer a nossa parte”, afirmou. “Vou no conhecidíssimo João 8:32. Cada vez mais, precisamos de liberdade. Um país precisa ser realmente informado do que está acontecendo e não através do pânico, mas de mensagens de paz e conforto.”

Ele pediu para que os demais participantes falassem e, ao fim, voltou a bater na mesma tecla. “Vem o vírus. Eu tenho dito desde o começo. Temos dois problemas pela frente: o vírus e o desemprego. Quarenta dias depois, parece que está começando a ir embora a questão do vírus, mas está chegando e batendo forte o desemprego”, acentuou. “Devemos lutar contra essas duas coisas. E sempre lutamos acreditando em Deus acima de tudo. Vamos vencer esses obstáculos. Não serão fáceis, mas vamos chegar lá.”

Brasil

Por

Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio

 

Fumaça no Congresso assusta brasilienses – (crédito: Redes sociais)

 

Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:

A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.

A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.

Correio Brasiliense

 

Continuar Lendo

Brasília

Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS

Por

Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória

 

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O governo federal liberou mais R$ 1,8 bilhão para ações de reconstrução no Rio Grande do Sul. A autorização do crédito extraordinário foi feita por meio da edição da Medida Provisória 1.223/2024, publicada na noite desta quinta-feira (23).

A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.

A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.

No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.

>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:

– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)

– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)

– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)

– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)

– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)

– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)

– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)

– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).

De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.

No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.

Por Agência Brasil

Continuar Lendo

Brasília

Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país

Por

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.

Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.

O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.

Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação –uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.

Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.

O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz –a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.

Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.

Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.

A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.

O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.

 

SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR

O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.

O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.

A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.

O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.

A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.

Continuar Lendo

Trending

Avenida Agamenon Magalhães, 444
Empresarial Difusora – sala 710
Caruaru – PE

Redação: (81) 2103-4296
WhatsApp: (81) 99885-4524
jornalismo@agrestehoje.com.br

comercial@agrestehoje.com.br

Copyright © 2024 - Todos os Direitos Reservados