Brasil
Número de casos suspeitos de coronavírus no Brasil sobe para 488
Brasil segue com apenas dois casos confirmados em São Paulo, informou o Ministério da Saúde
O número de casos suspeitos de coronavírus no Brasil avançou para 488, informou o Ministério da Saúde nesta terça-feira, notando um crescimento de 55 em relação à véspera.
Ainda são, porém, apenas duas as infecções confirmadas. Além disso, 240 casos que chegaram a ser considerados suspeitos foram descartados.
O Estado de São Paulo continua na liderança do ranking de casos suspeitos, com 130 (além de contar com os dois confirmados), seguido por Rio Grande do Sul (82), Rio de Janeiro (62) e Minas Gerais (58).
Acre, Amapá, Tocantins e Roraima seguem como os únicos Estados que ainda não registraram suspeitas.
Considerando o número “grande” de países com circulação local do vírus, o Ministério da Saúde anunciou também que vai alterar a lista de nações vistas como possíveis origens de casos suspeitos, passando a incluir os Estados Unidos.
Mesmo assim, o secretário-executivo da pasta, João Gabbardo dos Reis, aproveitou entrevista coletiva nesta terça-feira para minimizar os números estatísticos, afirmando que “nós não vamos ficar contando casos eternamente”.
“Nós já temos a convicção de que o vírus está circulando, e a partir de agora cada vez mais nós vamos nos preocupar com a questão da assistência”, afirmou Gabbardo.
“A questão estatística agora deixa de ter importância. O que passa a ser mais importante para nós é o cuidado com a prevenção”, acrescentou o secretário.
São Paulo
O número de casos suspeitos do novo coronavírus em São Paulo, o Covid-19, passou de 163 para 130, segundo boletim divulgado nesta terça-feira, 3, pela Secretaria de Estado da Saúde. Os dois pacientes infectados pela doença, únicos casos confirmados no País até o momento, passam bem, mas ainda apresentam sintomas e permanecem em isolamento.
Coordenador de Controle de Doenças da pasta, Paulo Menezes informou que, nas últimas 24 horas, quase 60 casos suspeitos da doença foram descartados.
“De ontem para hoje, 56 foram descartados, porque tiveram exames negativos para o coronavírus e tivemos 23 novas notificações. Os casos suspeitos que tínhamos de contactantes com os casos confirmados foram descartados. (Os pacientes infectados) estão evoluindo bem, mas ainda apresentam alguns sintomas que pedem isolamento domiciliar.” Segundo Menezes, todos os casos suspeitos são importados.
Os dados foram apresentados após reunião do Centro de Contingência de Coronavírus do governo do Estado de São Paulo.
O secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann, afirmou que 2 mil profissionais da rede já foram capacitados para lidar com a doença e que uma campanha nos veículos de comunicação sobre o Covid-19 vai começar a ser veiculada nesta terça-feira.
Durante a coletiva, o secretário e o coordenador do Centro de Contingência, o infectologista David Uip, defenderam que a Organização Mundial da Saúde (OMS) passe a classificar a situação como uma pandemia.
“Se ele (coronavírus) está nos cinco continentes, é porque é pandêmico. Nesse sentido, de fato, estamos esperando que rapidamente a OMS coloque isso”, afirma Germann.
Uip completou: “Eu pleiteio que se torne pandemia. O secretário e o Ministério da Saúde pleiteiam, mas quem determina é a OMS”.
Em coletiva nesta segunda-feira, 2, a OMS pediu calma e informou que é possível desacelerar a epidemia. O diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, comparou a doença com a influenza comum.
De acordo Menezes, a mudança na classificação faria com que os critérios de avaliação dos casos suspeitos deixasse de ter como base a procedência dos pacientes.
Ele afirmou ainda que, caso o vírus passe a ser transmitido de pessoa a pessoa no Brasil, os critérios também serão atualizados. “Se estiver circulando entre a população, será pela sintomatologia, pela gravidade e não mais pelo critério de procedência de onde o vírus está circulando.”
Coronavírus no Brasil
Os dois casos confirmados da doença no País foram registrados em São Paulo: um homem de 61 anos e outro de 32, que, segundo o Ministério da Saúde, estão bem. Eles não apresentaram problemas de saúde ou complicações decorrentes da doença nem foram registrados sinais e sintomas nas pessoas que convivem com eles.
No último levantamento divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde, São Paulo registrava 163 casos suspeitos da doença, dos quais 71 eram na capital. O segundo município com mais casos suspeitos era Campinas, com 11 registros.
No Brasil, o número de casos suspeitos de infecção pelo novo coronavírus aumentou de 252 para 433, segundo o último boletim do Ministério da Saúde, divulgado na tarde desta segunda-feira, 2.
Brasil
Taxa de desmatamento no Cerrado cai pela primeira vez em 4 anos
Dados são do sistema Deter, do Inpe, e foram anunciados pela ministra Marina Silva
Os alertas de desmatamento no Cerrado caíram pela primeira vez desde 2020 no primeiro semestre deste ano. As informações são do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e foram divulgadas nesta quarta-feira pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
A área total desmatada de janeiro a junho de 2024 foi de 3.724 quilômetros quadrados. Esse índice vinha numa tendência de alta desde 2020, atingindo o ápice no primeiro semestre de 2023 – 4.395 – já durante a gestão do governo Lula. De 2023 a 2024, a a redução computada foi de 15%.
A ministra Marina Silva afirmou que os dados são um resultado do plano de combate ao desmatamento lançado em novembro do ano passado e da articulação do governo feita junto aos governadores da região. Em março, ela participou junto com outros ministros de uma reunião com os chefes dos Estados para tratar sobre estratégias de prevenir a devastação no Palácio do Planalto.
O corte da flora no Cerrado ocorre sobretudo nos Estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – área conhecida como Matopiba – e em mais de 40% dos casos tinha autorização dos governos estaduais.
“Esse é o primeiro número de redução consistente no cerrado, enquanto se consolida a tendência de queda no desmatamento da Amazônia”, disse o secretário-executivo da pasta, João Paulo Capobianco.
Considerados os maiores biomas do país, o Cerrado e a Amazônia somam mais de 85% da área desmatada no último ano, segundo estudo do MapBiomas. Em 2023, Cerrado superou pela primeira vez a Amazônia no tamanho de área desmatada – 1,11 milhão de hectares de vegetação nativa perdidos, o que equivalia a 68% de alta em comparação com 2022.
Os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram uma queda de 38% no primeiro semestre em comparação com 2023. Foram 1.639 quilômetros quadrados de área derrubada – o menor índice em sete anos.
Agência o Globo
Brasil
Deputados apresentam texto de regulamentação da reforma tributária nesta quinta
Carnes na cesta básica, armas e carros elétricos no imposto seletivo ainda são dúvida
Os deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária apresentam nesta quinta-feira, a partir das 10h, o parecer do primeiro projeto de lei que regulamentará a reforma tributária. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quarta-feira que a votação do texto em plenário deve ocorrer na próxima semana.
Entre os pontos polêmicos com expectativa de acréscimo ao relatório estão: a inclusão das carnes na cesta básica, além da inclusão no imposto seletivo de itens como armas, carros elétricos e jogos de azar.
Lira indicou dificuldades para a inclusão da carne in natura na cesta básica de alimentos, com alíquota zero, como defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defendido pelos deputados do GT. O presidente da Casa argumentou que a inclusão pode gerar impacto na alíquota padrão de referência. O Ministério da Fazenda previa que a taxa poderia subir de 26,5% para 27% com a adição.
“Nunca houve proteína na cesta básica. Mas, temos que ver quanto essa inclusão vai impactar na alíquota que todo mundo vai pagar”, afirmou Lira.
Para os parlamentares, porém, o aumento de itens no imposto seletivo poderá compensar a perda de carga tributária e garantir uma alíquota mais baixa. Os deputados chegam a prever um imposto de até 25%, a partir de 2033, quando todos os cinco impostos sobre consumo serão extintos.
Entenda o contexto
O primeiro texto da regulamentação da Reforma Tributária detalha a implementação do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que juntos formaram o IVA (Imposto sobre Valor Agregado). O tributo vai substituir cinco impostos que recaem sobre consumo hoje: PIS, Cofins, IPI, ICMS, ISS.
O atual texto de regulamentação da reforma tributária prevê que diferentes itens tenham a mesma alíquota padrão de imposto, como armas, munições, fraldas infantis, perfumes e roupas. Nenhum dos ítens estão na alíquota reduzida ou em regimes especiais. A proposta de regulamentação, porém, ainda será modificada por deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária.
O segundo texto, que deve ser apresentado nesta quinta-feira ao presidente Lira, trará os detalhes do funcionamento do Comitê Gestor, órgão que irá recolher e redistribuir o IBS a estados e municípios.
O IVA vai incidir no momento de cada compra, a chamada cobrança no destino. Hoje, os impostos recaem sobre os produtos na origem, ou seja, desde a fabricação até a venda final. Essa modalidade leva a um acúmulo das taxas ao longo da cadeia produtiva, deixando o produto mais caro.
O valor padrão do IVA ainda será definido e deve ser descoberto apenas um ano antes de cada etapa de transição. A transição entre sistemas começa em 2026, com a cobrança de apenas 1% de IVA. O valor vai aumentando ao longo dos anos seguintes, até chegar em 2033, quando todos os impostos sobre consumo serão extintos, e sobrará apenas o IVA. O valor cheio será definido em resolução do Senado Federal, que também determinará qual parcela cada ao CBS e qual será de IBS.
Agência o Globo
Brasil
Haddad anuncia cortes de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias
Ministro diz que determinação de Lula é cumprir arcabouço fiscal
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na noite desta quarta-feira (3), após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, que o governo prepara um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias que abrangem diversos ministérios, para o projeto de lei orçamentária de 2025, que será apresentado em agosto ao Congresso Nacional. O corte ainda poderá ser parcialmente antecipado em contingenciamentos e bloqueios no orçamento deste ano.
“Nós já identificamos e o presidente autorizou levar à frente, [o valor de] R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias, que vão ser cortadas depois que os ministérios afetados sejam comunicados do limite que vai ser dado para a elaboração do Orçamento 2025. Isso foi feito com as equipes dos ministérios, isso não é um número arbitrário. É um número que foi levantado, linha a linha do orçamento, daquilo que não se coaduna com os programas sociais que foram criados, para o ano que vem”, disse o ministro em declaração a jornalistas após a reunião.
O levantamento dos programas e benefícios que serão cortados foi realizado desde março entre as equipes dos ministérios da área fim e as pastas do Planejamento e da Fazenda. Além disso, bloqueios e contingenciamentos do orçamento atual serão anunciados ainda este mês, “que serão suficientes para o cumprimento do arcabouço fiscal”, reforçou o ministro.
Essas informações serão detalhadas na apresentação do próximo Relatório de Despesas e Receitas, no dia 22 de julho. “Isso [bloqueio] está definido, vamos ter a ordem de grandeza nos próximos dias, assim que a Receita Federal terminar seu trabalho”.
Haddad reforçou que o governo está empenhado, “a todo custo”, em cumprir os limites da lei que criou o arcabouço fiscal.
“A primeira coisa que o presidente determinou é que cumpra-se o arcabouço fiscal. Essa lei complementar foi aprovada no ano passado, a iniciativa foi do governo, com a participação de todos os ministros. Portanto, não se discute isso. Inclusive, ela se integra à Lei de Responsabilidade Fiscal. São leis que regulam as finanças públicas do Brasil e elas serão cumpridas”, destacou o ministro da Fazenda.
A declarações de Fernando Haddad ocorrem um dia depois de o dólar disparar frente ao real, na maior alta em cerca de um ano e meio, no contexto de alta das taxas de juros nos Estados Unidos e também das críticas recentes do presidente brasileiro ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ao longo desta quarta, com novas manifestações de Haddad e do próprio presidente Lula, houve uma redução do nervosismo no mercado financeiro e o dólar baixou para R$ 5,56, revertendo uma cotação que chegou a encostar em R$ 5,70 no pregão anterior.
Agência Brasil
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