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Como proteger os bebês de alimentos tóxicos

Novo relatório mostra que os alimentos voltados para o público infantil podem estar contaminados com metais pesados, como chumbo e mercúrio

As crianças podem começar a se alimentar de alimentos sólidos a partir do sexto mês. (iStockphoto/Getty Images)

Um relatório publicado na semana passada apontou que a maioria dos alimentos destinados a crianças nos Estados Unidos está contaminada com metais pesados tóxicos, como chumbo (95%), cádmio (75%), arsênio (73%) e mercúrio (32%). O documento, divulgado pela Healthy Babies Bright Futures, organização americana voltada para a saúde infantil, indica que essas substâncias podem afetar negativamente o desenvolvimento cerebral dos bebês.

A equipe de pesquisa destacou ainda que “esses alimentos populares para bebês não são apenas ricos em arsênico inorgânico – a forma mais tóxica de arsênico -, mas também quase sempre estão contaminados com os quatro metais tóxicos”.

O contato com esses elementos podem prejudicar o Quociente de inteligência (QI), causar problemas de desenvolvimento e comportamento, além de interferir na atuação de rins e fígado. Especialistas indicam que as crianças mais novas, especialmente bebês, estão mais vulneráveis a esses efeitos negativos já que o cérebro e outros órgãos ainda não estão completamente formados.

De acordo com Jane Houlihan, da Healthy Babies Bright Futures, os níveis de metais pesados encontrados nos alimentos são baixos, no entanto, eles podem se acumular no organismo e ter efeitos preocupantes. “Isso é motivo de preocupação, mas não de alarme”, salientou. Ela recomenda que os pais sejam mais cuidadosos com a alimentação dos filhos para evitar o consumo excessivo de contaminantes.

Com base nessa orientação, a rede americana CNN preparou uma lista com cinco atitudes que ajudam a reduzir a exposição das crianças a esses metais tóxicos. Confira.

1. Ofereça variedade

Um dos motivos pelos quais as exposições a alimentos com metais pesados são perigosas para os bebês é a falta de variedade em sua dieta. Isso porque os pais temem introduzir novos alimentos na rotina da criança por medo de alergias ou para testar a reação do filho ao novo sabor. Mas, de acordo com especialistas, os pais devem introduzir alimentos novos todos os dias na alimentação do bebê – a partir do sexto mês de vida e sempre seguindo as orientações do pediatra.

Para a pediatra americana Tanya Altmann, adicionar variedade desde o início, aliás, ajuda a criança a ser menos exigente com a comida. Portanto, não há motivos para receio. A exceção à regra é o leite comum. Isso porque, segundo a Academia Americana de Pediatra, o metabolismo dos bebês não é capaz de processar adequadamente o leite no primeiro ano de vida.

2. Cuidado com o arroz

Segundo o relatório da Healthy Babies, os alimentos que mais contêm contaminantes pesados são aqueles cujo principal ingrediente é arroz. O principal metal encontrado nesses alimentos é o arsênio já que ele é um elemento facilmente encontrado no solo, água e ar. O documento salienta ainda que o arsênio encontrado no arroz é o inorgânico, conhecido por ser o tipo mais tóxico.

“O cereal de arroz tem seis vezes mais arsênico do que outros tipos de cereais, como aveia e grãos múltiplos. Eu não recomendo esse alimento como primeira comida há muitos anos, porque prefiro que os bebês comam grãos integrais com mais nutrição”, disse Tanya. A orientação da especialista é trocar alimentos a base de arroz por aveia, frutas, como abacate, legumes, feijão e lentilha, por exemplo, desde que estejam bem amassados para evitar que a criança engasgue.

3. Escolha lanches saudáveis

Muitos pais costumam escolher lanches mais consistentes, como biscoitos de arroz, por exemplo, como forma de aliviar as dores causadas pelo nascimento dos dentes. Mas especialistas recomendam trocar esses alimentos por porções de frutas e legumes congelados, pois eles também ajudam a reduzir o desconforto na gengiva. “Isso ajuda a reduzir os níveis de arsênio, bem como chumbo e cádmio, que encontramos nos biscoitos”, esclareceu Jane.

Vale lembrar que ao fazer essa troca é importante monitorar o bebê para evitar que ele engasgue com os pedaços.

4. Evite sucos

Os sucos industrializados são outra grande fonte de metais pesados na alimentação infantil. Portanto, é bom evitá-los ao máximo para reduzir riscos de contaminação. Mas existem outros motivos para diminuir o consumo de sucos, até os 100% naturais. De acordo com a Academia Americana de Pediatria, mesmo o suco da fruta não oferece benefícios nutricionais tão altos em comparação com comer a fruta em si.

Isso porque os açúcares naturais do suco contribuem para o ganho de peso e o surgimento de cárie. Além disso, apenas o suco não oferece as fibras e proteínas que a própria fruta oferece, então não é sempre uma escolha totalmente saudável. Por isso, opte por pedaços de frutas de verdade. Além disso, pediatras recomendam que os pais priorizem o leite e a água como bebidas principais. O suco pode ser oferecido, mas em menor frequência.

5. Cuidado no preparo

Outros alimentos que podem oferecer perigo aos pequenos são cenouras e batatas-doces. Por serem excelentes fontes de vitaminas e minerais, os especialistas não recomendam retirá-los do cardápio, mas reduzir a frequência em que são oferecidos e tomar cuidado na hora de descascá-los. “Se você descascar um pouco mais profundamente, poderá remover mais metais pesados”, explicou Jane, da Healthy Babies.

Outra forma de reduzir os níveis de metais pesados é depois do cozimento, lavar os alimentos mais uma vez, como faz com o macarrão, por exemplo. “Isso pode reduzir os níveis de arsênio em até 60%, de acordo com estudos da Food and Drug Adrministration [agência americana que regula medicamentos e alimentos]”, salientou Jane.

 

Brasil

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Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio

 

Fumaça no Congresso assusta brasilienses – (crédito: Redes sociais)

 

Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:

A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.

A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.

Correio Brasiliense

 

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Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS

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Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória

 

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O governo federal liberou mais R$ 1,8 bilhão para ações de reconstrução no Rio Grande do Sul. A autorização do crédito extraordinário foi feita por meio da edição da Medida Provisória 1.223/2024, publicada na noite desta quinta-feira (23).

A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.

A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.

No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.

>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:

– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)

– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)

– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)

– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)

– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)

– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)

– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)

– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).

De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.

No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.

Por Agência Brasil

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Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.

Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.

O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.

Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação –uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.

Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.

O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz –a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.

Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.

Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.

A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.

O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.

 

SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR

O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.

O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.

A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.

O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.

A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.

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