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Saiba o que é compulsão alimentar e como controlar esse transtorno

Conversamos com mulheres que vivem na pele e com especialistas que explicam a diferença entre o comer compulsivo e a ansiedade, além de tratamento e cura.

Depois dos diversos relatos de Cleo sobre como a atriz tem lidado com a compulsão alimentar, as pessoas passaram a olhar mais para o problema. Em depoimento sincero no programa ‘Conversa com Bial’, ela contou mais sobre o distúrbio: “De repente você passa por alguma coisa emocional que você fica desequilibrada, e aí você come o pé da mesa. Não tem fim. Come até passar mal mesmo”. E muita gente parou para se perguntar se está sofrendo disso. Então, conversamos com mulheres que vivem a situação e com especialistas que explicam o transtorno.

“Comia tudo que a nutricionista havia proibido, barras e barras de chocolate e escondia os papéis nas gavetas, jogava a embalagem no lixo do andar de baixo, enrolava no papel higiênico para ocultar…”, lembra Adriana de Castro Roma. Com problemas no casamento, ela se apoiava na comida para encarar a realidade. Até que veio o divórcio. “Eu me olhei no espelho, estava 30 kg mais gorda, com problemas de gordura no fígado, gastrite, tireoide falhando… Havia chegado no fundo do poço, mas lá eu descobri que tinha formas de sair e que só dependia de mim”, conta. A compulsão alimentar era resultado de muitas frustrações, dietas restritivas, problemas mal resolvidos, depressão.

Sim, porque não é ‘só’ isso… Geralmente o transtorno de compulsão alimentar (TCA) está ligado a outros distúrbios. Segundo Eduardo Teixeira Martins de Oliveira, médico psiquiatra do programa de transtornos alimentares (AMBULIM) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, 80% dos pacientes apresentam simultaneamente um transtorno depressivo maior, fobia social, déficit de atenção, entre outros.

Mas como diferenciar uma alimentação exagerada durante um pico de ansiedade de um episódio de compulsão alimentar?

É preciso ter em mente que pessoas que não sofrem do transtorno também podem comer em excesso, de vez em quando. São as nossas beliscadas fora de hora, aquela pizza que quase não cabia e acabamos comendo, aquele dia em que a barra de chocolate foi inteirinha. “Não comemos apenas para saciar a fome física, comemos por diversas razões: pelo sabor, pelo prazer, pelo contexto social e pela inabilidade de lidar com nossas emoções”, aponta a dra. Vanessa Tomasini, psicóloga clínica idealizadora e criadora do Projeto #VcTemFomeDeQuê?.

Mas o sinal de alerta se acende quando os episódios são frequentes (pelo menos uma vez por semana em três meses consecutivos) e quando se percebem algumas características particulares do TCA. “O transtorno é caracterizado pela ingestão de uma grande quantidade de alimento em um período de tempo delimitado, acompanhado da sensação de perda de controle sobre o que ou quanto se come”, aponta a psicóloga.

“A compulsão alimentar também está associada a comer mais rapidamente do que o normal, comer até se sentir desconfortavelmente cheio, comer grandes quantidades na ausência da sensação física de fome, comer sozinho por vergonha do quanto se está comendo e sentir-se desgostoso de si mesmo, deprimido ou muito culpado em seguida”, enumera o dr. Eduardo.

É o que relata a estudante de nutrição Francielly Carpes Freitas, que descobriu a compulsão aos 22 anos: “A gente se esconde das pessoas no episódio compulsivo porque a gente tem vergonha. E isso me causou uma depressão, engordei. Quando se tem transtorno alimentar, desde a hora que acorda o pensamento é na comida, no corpo, se você engordou ou não… A forma como a gente se olha é com tristeza”.

E apesar da culpa, o TCA não vem acompanhado de comportamentos compensatórios extremos, como vômitos provocados, ingestão de laxantes ou atividades físicas em exagero.

É preciso buscar ajuda!

Nem sempre o apoio está dentro de casa. “As pessoas acham que é falta de disciplina, mas elas não sabem. Isso causa mais descontrole, quanto mais tu sabes, mais queres comer. Eu ia ao mercado, sentia falta de ar, olhava os produtos sem critério”, relata Francielly, que buscou ajuda de um psicólogo, um psiquiatra e um nutricionista. “Hoje faço terapia e a psicóloga falou com minha mãe, a proibiu de falar de peso, a fez entender que é um distúrbio e que ela pode me ajudar.”

O caminho foi perfeito. Para cuidar do transtorno, é preciso uma equipe multidisciplinar. O psiquiatra poderá indicar medicações (como antidepressivo e anticonvulsivante), o nutricionista fará a parte da terapêutica nutricional e a psicoterapia dará o suporte emocional (a mais indicada é a linha cognitiva-comportamental).

“Durante o episódio sei que não consigo me controlar, mas o importante é perceber os gatilhos. Às vezes tenho a sensação de que nunca vai ser fácil olhar para a comida. O foco do meu tratamento é diminuição dos episódios de compulsão e melhorar o comportamento em relação à comida”, diz Francielly.

E lembra da Adriana, do início da matéria? Ela está cada vez melhor! “Procurei um nutrólogo, desenvolvemos um projeto personalizado, meu médico e meu terapeuta abraçaram essa nova Adriana. Sei que minha jornada é longa, mas ela está sendo linda, construída por mim, com meus princípios e sem interferências negativas de outras pessoas. Estou me amando cada dia mais, sei exatamente o que quero e como faço para chegar lá. Vou conseguir”, diz.

“Com tratamentos adequados, a remissão pode chegar a 80% dos pacientes”, aponta o dr. Eduardo. Após seis meses sem nenhum episódio é possível considerar a remissão.

“Nenhum tipo de transtorno deve ser menosprezado. Todo cuidado é necessário e não, não é frescura! A sociedade que não é boa conosco. Às vezes estamos tão vulneráveis que nossas forças se esvaem, juntamente com nossa vontade de lutar. Sei que nem todos os dias serão fáceis, eu sei também que nem todos os dias são feitos para sorrir. Mas mesmo assim tento ser forte eu simplesmente relaxo e respiro, pois dias ruins também chegam ao fim”, diz Vanessa Coqueiro, que, com a ajuda certa, conseguiu a remissão.

Brasil

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Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio

 

Fumaça no Congresso assusta brasilienses – (crédito: Redes sociais)

 

Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:

A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.

A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.

Correio Brasiliense

 

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Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS

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Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória

 

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O governo federal liberou mais R$ 1,8 bilhão para ações de reconstrução no Rio Grande do Sul. A autorização do crédito extraordinário foi feita por meio da edição da Medida Provisória 1.223/2024, publicada na noite desta quinta-feira (23).

A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.

A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.

No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.

>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:

– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)

– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)

– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)

– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)

– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)

– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)

– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)

– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).

De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.

No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.

Por Agência Brasil

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Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.

Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.

O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.

Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação –uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.

Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.

O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz –a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.

Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.

Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.

A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.

O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.

 

SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR

O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.

O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.

A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.

O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.

A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.

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