Brasília
Cerveja tem os mesmos benefícios para o coração que o vinho, diz estudo
O consumo deve ser de até um copo por dia para as mulheres e dois para os homens
Ao fim de um dia cansativo de trabalho, muitas pessoas saem com os colegas de trabalho para curtir um happy hour com alguns copinhos de cerveja para ajudar a relaxar. Outros optam por vinho pela fama trazer algum benefício à saúde. Muitos estudos dizem que o consumo moderado de bebida alcoólica pode trazer benefícios à saúde, incluindo na redução de riscos cardíacos. Pensando na saúde, outra dúvida surge: vinho ou cerveja, qual é o mais saudável?
Segundo especialistas, cerveja é tão saudável quanto o vinho – se consumida de forma moderada. Ou seja, até um copo (ou taça) por dia para as mulheres e dois para os homens. A diferença dos benefícios está no tipo de bebida: o vinho tinto é melhor do que o vinho branco. Já a cerveja artesanal é mais benéfica do que a tradicional.
E quais são as vantagens de cada uma delas? A ciência explica.
Vinho
A fama do vinho como uma bebida saudável vem de muito longe. Na década de 1980, pesquisadores notaram que os franceses mantinham uma dieta mais rica em gordura saturada e colesterol e, ainda assim, tinham taxas mais baixas de doenças cardíacas e morte prematura do que o esperado para pessoas com dietas gordurosas.
Ao investigar a alimentação, os cientistas chegaram a uma conclusão: o vinho era o fator de proteção. Uma das primeiras pesquisas a trazer a confirmação foi publicada em 1992. Segundo a equipe que investigou, o consumo de vinho e outros tipos de álcool poderia prevenir ou reduzir bloqueios nas artérias. Alguns anos depois, outro estudo descobriu que beber vinho reduzia o risco de mortalidade.
Diante desses resultados, os cientistas decidiram investigar o porquê de o vinho ser benéfico. Um trabalho de 2006 identificou uma possível causa: o resveratrol. De acordo com a equipe de investigação, a uva é composta de polifenóis – substâncias com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Entre os polifenóis mais importantes estaria o resveratrol – muito presente no vinho tinto. Por causa desta descoberta, surgiu a crença de que o vinho tinto era mais saudável do que o branco.
Alguns pesquisadores não estavam tão seguros sobre a importância do papel do vinho na saúde e resolveram investigar os consumidores de vinho. O estudo, realizado em 2006, descobriu que as pessoas que preferem vinho tendem a consumir mais frutas, vegetais e alimentos saudáveis em geral em comparação com aqueles que preferiam outros tipos de bebida alcoólica. Ou seja, talvez o vinho apenas acompanhasse hábitos mais saudáveis.
Cerveja
Quando descobriu-se que o tipo de alimentação poderia ser o x da questão, muito mais do que o tipo de bebida consumido, pesquisadores decidiram analisar consumidores de cerveja cuja dieta era bem controlada. Os resultados mostraram que em quantidades moderadas a cerveja é tão benéfica para o coração quanto o vinho tinto. “O vinho tinto tem sido a bebida alcoólica mais estudada. No entanto, estudos epidemiológicos e ensaios clínicos recentes revelam relações semelhantes para a cerveja”, disse na época Demóstenes Panagiotakos, da Universidade Harokopio, na Grécia, à revista Time.
Estudo anterior já havia descoberto que o consumo de cerveja artesanal é melhor para reduzir a incidência de doenças cardíacas e diabetes em comparação com a cerveja tradicional e outros tipos de bebida alcoólica, incluindo o vinho tinto. A explicação para esse resultado está relacionado ao fato de que a versão artesanal não é pasteurizada nem filtrada e, portanto, contém maior quantidade de compostos vegetais, leveduras, bactérias, vitaminas e minerais com maior potencial benéfico para a saúde.
Zero álcool
Sabe-se que o consumo excessivo de bebida alcoólica pode promover uma série de doenças, incluindo dependência química, câncer, doenças hepáticas e problemas cardiovasculares. Portanto, aconselha-se que o consumo seja sempre moderado. Ainda assim, dois estudos recentes indicaram que os supostos benefícios do consumo do álcool não são maiores que os prejuízos causados por ele. Desta forma, a recomendação seria para não consumir bebida alcoólica de jeito nenhum.
A escolha
Com todas as informações em mãos, cada pessoa pode escolher o que melhor se adapta a sua realidade e gosto. Aqueles que preferem o sabor mais suave do vinho, pode continuar tomando ele – sempre em moderação. Já os apaixonados por cerveja não precisam mudar de time. E aqueles que não consomem nenhum tipo de bebida também podem se sentir seguro.
Enquanto não houver consenso científico em torno do álcool, a preferência pessoal – e o bom senso – é o que deve prevalecer.
Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio
Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:
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A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.
A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.
Brasília
Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS
Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória
A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.
A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.
No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.
>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:
– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)
– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)
– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)
– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)
– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)
– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)
– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)
– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).
De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.
No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.
Por Agência Brasil
Brasília
Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.
Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.
O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.
Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.
Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.
O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.
Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.
Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.
A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.
O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.
SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR
O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.
O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.
A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.
O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.
A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.
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