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Sem Google Play: saiba o que tem na loja de apps da Huawei e Aptoide

Comparativo entre a App Gallery da Huawei e a loja Aptoide mostra para você como funcionam as lojas alternativas de aplicativos no Android

A Huawei voltou recentemente ao Brasil com alguns aparelhos de sua linha P30, como a versão Pro, que foi testada pela Olhar Digital. Um pouco após o lançamento, entretanto, a empresa chinesa acabou  sendo alvo dos Estados Unidos, que fez boicotes por conta de uma possível espionagem para o governo chinês.

Desta forma, a Huawei acabou proibida de usar o sistema Android com os serviços do Google, que por exemplo envolvem a Google Play, a loja oficial de aplicativos do sistema. Para você conhecer um pouco das opções que sobraram, o Olhar Digital testou a loja de aplicativos da Huawei e a Aptoide, com quem a empresa esteve negociando para compará-las com a Google Play. Veja as diferenças:

A loja oficial da Huawei

Assim como algumas outras empresas chinesas e até mesmo de outros países, a Huawei traz em seu sistema uma loja própria, que se chama App Gallery. A diferença dela não fica apenas no acervo e visual, sendo que ela tem recursos interessantes, enquanto falha em outros pontos, como ao ter propagandas. Primeiro, veja abaixo os recursos da loja.

Os recursos da App Gallery e seu visual

Em um geral, até tem uma interface agradável, lembrando um pouco o antigo layout da App Store do iOS. Um ponto positivo dela fica para a velocidade de downloads, que sempre são efetuados com rapidez e não travam como acontece na Google Play e, outro detalhe importante, é que assim como a loja oficial do Android, a App Gallery também fornece atualizações para os aplicativos baixados a partir dela.

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Outra parte em que a loja da Huawei se assemelha a Google Play também fica por conta de recursos para gerenciar o que está no seu celular e, por exemplo, liberar espaço. Nesta parte, a App Gallery se demonstra superior a Google Play ao trazer algumas funções mais avançadas como um gestor de pacotes APK e uma função de limpeza por categorias, algo quase equivalente ao Google Files. Em compensação, um recurso importantíssimo de segurança como o Play Protect não está presente e alguns aplicativos da loja não parecem ser dos mais confiáveis.

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Na imagem abaixo, por exemplo, você pode ver um aplicativo que usa um ícone similar ao do Google Translate, mas que não é ele. Outro exemplo na mesma imagem, fica para aplicativos e jogos, que mesmo com a loja configurada para o Brasil não aparecem traduzidos.

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Se o ponto acima é um problema, ao menos na organização a loja da Huawei merece um destaque. A parte de galerias dela é bem organizada e dificilmente você encontra um aplicativo que não esteja em sua categoria.

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Por fim, a parte de configuração da loja tem os recursos básicos como evitar que downloads não sejam feitos no Wi-Fi e restrição de conteúdo por idade, algo ideal para ser ativado, caso o celular seja usado por crianças.

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O acervo da App Gallery

Assim como você deve ter visto um pouco acima, o acervo da App Gallery é bem diferente do que é visto na Google Play, mas não para todos os casos e categorias. Por exemplo, na parte de redes sociais, você encontrará os programas mais famosos e utilizados como o Facebook, Instagram e Twitter.

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Em relação a serviços de entretenimento, a situação já começa a ficar um pouco mais complicada. A loja da Huawei até traz alguns aplicativos como o Deezer e o Amazon Prime Video, mas outros grandes serviços como o Spotify e a Netflix não marcam presença.

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Outra decepção na App Gallery também fica por conta dos jogos que estão disponíveis nela. Apesar de possuir um acervo de games bem grande e com opções variadas, os jogos mais famosos e jogados como Free Fire, Asphalt, Arena of Valor, Clash Royale, Brawl Stars, Ragnarok M e muitos outros não estão presentes, sendo que o mesmo cenário se estende para jogos pagos e bem famosos como o Terraria, Stardew Valley e outros.

Por fim, na questão de seu acervo, a loja apresenta um resultado misto quando o assunto são ferramentas e aplicativos para o dia a dia, trazendo por exemplo o Waze, mas não tendo o Uber. Já quem utiliza bancos enfrentará um grande problema, uma vez que a App Gallery não conta com a maioria dos aplicativos de bancos brasileiros.

A segunda alternativa da Huawei

Além de sua própria loja de aplicativos, a Huawei também esteve em conversas com a loja Aptoide, que oferece programas e jogos. Apesar de nenhum acordo ter sido firmado até a data da publicação desta matéria, a Aptoide pode rodar em qualquer aparelho Android, inclusive nos dispositivos da Huawei. Confira as nossas impressões dela.

O visual e os recursos da Aptoide

Antes de ver a loja Aptoid é necessário fazer um aviso muito importante: a loja apresenta alguns aplicativos e jogos pagos com downloads que podem ser ilegais, ou seja, arquivos de apps pagos distribuídos de forma não oficial e que apresentam riscos ao seu aparelho. Na maioria dos casos, estes arquivos são enviados por usuários para a loja e até mesmo possuem mais de uma opção para download. Entretanto, serviços que requerem uma assinatura, é claro, não funcionarão caso você não os pague.

A loja da Aptoide tem um maior apelo visual do que o App Gallery da Huawei e, ao menos o seu conteúdo que fica em destaque parece passar por uma curadoria melhor. Uma vez ou outra, você até deve se deparar com jogos genéricos, mas pelo menos eles estão sempre no mesmo idioma. Entretanto, em toda parte da loja, você encontrará anúncios espalhados pelas páginas.

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No que diz respeito a recursos a Aptoid é bem mais simples que a Huawei. Por exemplo, eles até conseguem identificar todos os seus aplicativos instalados para atualizá-los e deixar os downloads restritos ao Wi-Fi, mas não contam com muitas ferramentas.

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Outro detalhe a ser notado é que apesar do visual bonito da loja, os seus elementos demoram mais para serem carregados. Isto no caso parece ser resultado do servidor deles ser um pouco mais lento, uma vez que o Huawei P30 Pro tem processamento de sobra para carregar a loja e a internet não oscilou na sua loja nativa. Além disto, a sua categorização é um pouco diferente, sendo que aplicativos e jogos acabam misturado, o que acaba sendo um contra.

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O acervo da Aptoide

Por depender de usuários que enviam o conteúdo para a loja, a Aptoide acaba possuindo um acervo bem generoso de aplicativos e jogos. Praticamente, todo o conteúdo que é visto na Google está presente por aqui.

Na parte de redes sociais, por exemplo, todas as grandes redes sociais estão presentes na loja, como é o caso do Facebook, Instagram e Snapchat.

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Já para utilitários, assim como foi dito no começo, a Aptoide realmente se demonstra superior. Aqui, você encontrará navegadores como o Firefox, o Chrome e demais aplicativos como o Waze ou o Uber. Entretanto, na hora de buscá-lo, é preciso tomar atenção para não fazer o download do aplicativo errado.

Por sua vez, assim como nas outras categorias apresentadas acima, todos os aplicativos de serviços de entretenimento também estão presentes na Aptoide. Então, você encontrará o que estava faltando na App Gallery como o Spotify e o Netflix.

Reprodução

Comparação entre acervos

Acima, você conferiu a comparação do Olhar Digital das lojas em relação a Google Play e viu que ambas funcionam bem para o download de aplicativos no celular. Entretanto, é claro, o que mais importa em uma loja de programas é o seu acervo.

Desta forma, foi elaborada esta tabela para comparar quais aplicativos estão em cada loja e quais estão faltando. Veja só:

App Galery

Aptoide

Google Play

Spotify

Não

Sim

Sim

Deezer

Sim

Sim

Sim

Netflix

Não

Sim

Sim

Amazon Prime Video

Sim

Sim

Sim

Chrome

Sim

Sim

Sim

Mozilla Firefox

Sim

Sim

Sim

Opera

Sim

Sim

Sim

Uber Eats

Sim

Sim

Sim

Waze

Sim

Sim

Sim

99 Taxi

Sim

Sim

Sim

Uber

Não

Sim

Sim

iFood

Sim

Sim

Sim

Facebook

Sim

Sim

Sim

Instagram

Sim

Sim

Sim

Twitter

Sim

Sim

Sim

WhatsApp

Sim

Sim

Sim

WhatsApp Business

Sim

Sim

Sim

Word

Não

Sim

Sim

Excel

Não

Sim

Sim

Power Point

Não

Sim

Sim

Google Translate

Não

Sim

Sim

Google Drive

Não

Sim

Sim

Adobe Acrobat Reader

Não

Sim

Sim

Fortnite

Sim

Sim

Não

Free Fire

Não

Sim

Sim

PUBG Mobile

Não

Sim

Sim

Arena Of Valor

Não

Sim

Sim

Asphalt 9

Não

Sim

Sim

Pokémon Go

Não

Sim

Sim

Conclusão

A loja oficial de aplicativos da Huawei, a App Gallery ainda mostra que precisa evoluir bastante caso ela seja a opção para substituir a Google Play. Ela até possui muitos aplicativos e recursos, mas o fato de programas importes e jogos grandes estarem ausentes nela é um grande problema.

Por sua vez, a Aptoide se mostra uma loja bem completa, as vezes até com mais opções que a própria Google Play. O seu grande problema acaba por conta de arquivos não oficiais que estão lá e podem resultar em downloads ilegais ou ameaças para seu smartphone.

Além disto, é claro, é preciso lembrar que mesmo se você tiver estas duas lojas instaladas, muitos aplicativos ainda dependem dos serviços do Google. Desta forma, você pode acabar com um aplicativo instalado, mas que não funciona corretamente. Entretanto, ao menos no Huawei P30 Lite e Pro, por enquanto tudo deve funcionar, uma vez que o Google decidiu continuar oferecendo suporte a eles.

Tecnologia

“Brainrot”, você tem isso? Conheça esse efeito colateral da vida digital

Por

Termo descreve a “deterioração mental” causada por consumir grandes quantidades de conteúdo de baixo valor, como memes e vídeos sem sentido

 

“Brainrot” pode afetar negativamente as habilidades cognitivas das pessoas
Unsplash/Taylor Deas-Melesh

 

Se você leu meu texto sobre a slopficação da internet, talvez agora você fique um pouco mais assustado. Senta que lá vem a história…

A internet está cada vez mais maluca. Na verdade, não a internet, porque ela sempre foi. Mas, a cada dia que passa, eu me surpreendo com o que as pessoas andam fazendo online, principalmente os jovens.

Se você é millennial, como eu, e tinha uma certa esperança que a próxima geração seria melhor e daria conta de um monte de coisas que não conseguimos, bem… nascer e crescer imerso em redes sociais parece que não está fazendo muito bem, pelo menos na construção de gosto e o que se escolhe consumir online.

Entender minimamente a GenZ (Geração Z) e a Geração Alpha tem consumido boa parte do tempo das minhas pesquisas online. Sacar os movimentos e tentar entrar na cabeça dos jovens é interessante e surpreendente, já que os valores e gostos são completamente diferentes. E olha que pra muita coisa eu sou mais Z que Y.

Mas vamos para o que interessa. Você já ouviu ou viu, em algum lugar, termos como:

  • Skibidi Toilet
  • Level Five Gyat
  • Rizz
  • Fanum Tax
  • Only in Ohio
  • Sigma Looksmaxxing
  • Grimace Shake

Parece erro, palavras sem sentido, mas eles têm aparecido com frequência em uma série de conteúdos virais, mais especificamente memes, e que têm sido atribuídos ao tal do “brainrot”. Se você perguntar para o Google Tradutor, não vai conseguir nada. Já para o ChatGPT, ele traz uma luz. Olha só:

ChatGPT oferece definição de termos que têm sido atribuídos ao "brainrot"

ChatGPT oferece definição de termos que têm sido atribuídos ao “brainrot” / Reprodução/ChatGPT

 

Acho que, com isso, você já consegue ir sacando o que é “brainrot”. Apesar desse termo ser antigo (usado desde 2004), é agora que ele está bombando em redes sociais muito usadas por jovens da GenZ, como o TikTok.

E não é pouco dizer que esses jovens internautas estão obcecados com a tal “brain rot” ou “brainrot”. Tanto que a própria viralização do termo explica muito o que estamos vivendo nos tempos atuais: “doomscrolling“, essa rolagem infinita nos nossos feeds, e também nosso estado online crônico.

Traduzido por “podridão cerebral”, “apodrecimento do cérebro” ou até “cérebro apodrecido”, o termo, ou condição, descreve a “deterioração mental” causada por consumir grandes quantidades de conteúdo de baixo valor, como memes e vídeos sem sentido, que podem afetar negativamente as habilidades cognitivas e a capacidade de pensar criticamente.

Longe de ser um termo médico ou científico, é simplesmente um efeito colateral do nosso comportamento online, principalmente em redes sociais, frequentemente motivado por um desejo compulsivo de se manter atualizado, principalmente com eventos negativos, mesmo quando isso pode ser emocionalmente desgastante ou prejudicial para a saúde mental.

Basicamente, estamos gastando mais tempo e literalmente nos entregando e absorvendo grandes quantidades de informações irrelevantes e de baixa qualidade.

Sem entrar nas questões neurodegenerativas, não precisamos de muito para entendermos que, ao consumirmos conteúdos piores, ficaremos piores. Ou seja, nossos cérebros vão trabalhar com o que recebem. Se consumimos porcarias, vamos pensar em porcarias. Simples assim.

E tem muita gente online falando que já está com “brainrot” só de ter recebido ou passado por certos conteúdos, justamente porque estão muitos expostos a eles. E assim como os “slops” causam uma certa confusão mental, os conteúdos associados ao brainrot também, desassociando imagens ou conceitos de seus contextos reais.

Um exemplo é a imagem de um soldado da Segunda Guerra Mundial com um olhar atordoado, que faz parte da pintura de Tom Lea “That 2,000 Yard Stare“, que é usado em muitos conteúdos meméticos, e que TikTokers dizem ser brainrot.

Popularização e perigos

Fazendo uma pesquisa rápida no Google Trends, percebemos que tivemos uma procura maior do termo em 2005 e 2010, mas, a partir da segunda metade de 2023 até agora, o termo explodiu. E é interessante notar que esses picos estão muito associados à cultura gamer e a jogos que contribuíram com seu uso ao longo da década de 2010.

Inclusive, “brainrot” é uma doença que os jogadores podem contrair no jogo de “2011 The Elder Scrolls V: Skyrim“. Em 2007, ano que muita gente considera o surgimento do termo, ele aparece em posts no X, nos quais os usuários descreviam reality shows de namoro, videogames e certos comportamentos, como brainrot.

Um artigo recente do NYT, Jessica Roy relata como alguns usuários do TikTok até começaram a criar paródias de pessoas que parecem “ter” essa condição, ajudando, assim, na popularização, ridicularização e adoção do termo. E, apesar de não ser um elogio falar que alguém tem brainrot, algumas pessoas demonstram um leve orgulho ao admitir a condição.

Em um quiz recente do BuzzFeed, dava até pra saber se “o seu cérebro está 1000% cozido”. Outra leva de vídeos fala que quanto mais gírias da internet uma pessoa usa, mais brainrot ela tem.

E apesar do humor que tudo isso traz, existe um lado bem ruim. Sabe quando a gente fica obcecado por algo e vê aquilo em todo lugar, ou quando gostamos tanto de um personagem ou uma celebridade e começamos a ficar parecidos com elas? Bem, consumir conteúdos de baixa qualidade pode nos deixar menos preparados a certaz situações e “menos inteligentes”, como colocam os jovens com brainrot. Muitos compartilham nas redes seu medo de ficaram “burros”.

Há muitos pesquisadores que estão se debruçando nesse tema, como o neurocientista Michel Desmurget, que tem um livro bastante controverso, assim como outros que se adentram nesse tema, “A fábrica de cretinos digitais: Os perigos das telas para nossas crianças”.

Esse medo de ficarmos piores cognitivamente é real, porque somos o que comemos e consumimos. A “Geração Touch” e as “crianças de iPad” certamente carregam consequências disso, tanto pela tela e o aumento de miopia, muita quantidade de luz azul, que traz alterações no sono, e por aí vai, até o que é visto, assistido e lido.

Em toda a história da humanidade, acompanhamos as consequências boas e ruins das mais diversas tecnologias que foram sendo introduzidas nas nossas vidas, e se tratando de internet, hoje e sempre, independente da tecnologia em si, sabemos que “gostamos” de certos conteúdos justamente pelo modo como nosso próprio cérebro funciona.

Nem vou entrar nessa discussão, porque isso daria um outro texto, mas, no caso dos memes, eles são divertidos, rola uma conexão emocional positiva com eles, e isso dá uma ajudinha na disponibilidade de dopamina no nosso cérebro. É entretenimento puro e viciante.

Por isso mesmo, existem muitos pesquisadores interessados no assunto, tanto que, nos Estados Unidos, diversas instituições de saúde já estão estudando isso como um distúrbio. No artigo no NYT, é citada a pesquisa do Hospital Infantil de Boston, que chama essa condição de “Uso Problemático de Mídia Interativa”. E ela mostra que, conforme passamos muito tempo online, mudamos nossa percepção do espaço físico para o online, e isso tem consequências.

E a GenAI nessa história?

Brainrot está na moda hoje em dia, assim como a GenAI (inteligência artificial generativa). Mas será que a IA está ajudando a nos levar a um estado de brainrot generalizado?

Se o uso preguiçoso da GenAI pode nos fazer desenvolver menos algumas habilidades ao longo do tempo, não há dúvida. É como foi com a nossa memória, tanto que hoje não guardamos o número do celular de quase ninguém. Claro que nesse cas,o é reversível, podemos treinar e melhorar, graças a neuroplasticidade cerebral.

Mas, assim como a internet está se “slopificando”, ou seja, sendo tomada por conteúdos sem valor sendo gerados sinteticamente, nós também poderemos acabar nos deparando cada vez mais com esse conteúdo, e (por que não?) aumentando o brainrot, assim como nos enganando cada vez mais por conteúdos falsos. As consequências de longo prazo não sabemos, e muito estudo ainda será feito, mas, com certeza, uma coisa pode alimentar a outra.

Deveríamos nos preocupar com o “brainrot”?

Em certo sentido, sim, embora devamos ser cautelosos ao soar o alarme sobre o que impulsiona ou leva ao “brainrot”. É muito fácil referir-se a praticamente qualquer coisa como causadora de “brainrot”, se formos pensar.

A cultura da internet sempre traz questões e termos interessantíssimos que podem nos fazer pensar e desenvolver muitas teorias e conceitos. Brainrot ainda é uma expressão que carece de rigor científico, principalmente para descrever ou quantificar a saúde mental real. Mesmo assim, não significa que devemos ignorar ou minimizar as preocupações que estão no cerne desse termo.

Conheça tendências que sinalizam rumos para o futuro da IA

CNN

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Tecnologia

Tik Tok planeja lançar o Whee, plataforma de fotos ‘cópia’ do Instagram

Por

Na plataforma, será possível manter um feed de imagens, utilizar filtros nas fotos tiradas pelo próprio aplicativo, além de manter um fluxo de conexão de amigos

 

UE abre investigação contra TikTok por possível violação das normas – (crédito: Reprodução/Freepik)

 

O TikTok está trabalhando em seu próprio Instagram, afirmou o site Android Police na terça-feira, 18. O aplicativo, chamado Whee, tem como objetivo o compartilhamento de fotos com melhores amigos – uma mistura da rede de Mark Zuckerberg com o BeReal, de fotos instantâneas e não editadas. O app, que já pode ser utilizado em alguns países, ainda não chegou ao Brasil.

De acordo com as imagens vistas pelo Android Police, o Whee é um app separado do TikTok, mas também mantido pela ByteDance. Na plataforma, é possível manter um feed de imagens, utilizar filtros nas fotos tiradas pelo próprio aplicativo, além de manter um fluxo de conexão de amigos.

Configurações básicas como curtidas e comentários também estão presentes, em um layout bastante parecido com o do Instagram.

“Capture e compartilhe fotos da vida real que somente seus amigos podem ver, permitindo que você seja mais autêntico”, afirma a descrição do Whee no Google Play, loja de apps do Android. “Whee é o melhor lugar para amigos próximos compartilharem momentos da vida”, completam.

O TikTok e a ByteDance ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o aplicativo, mas já é possível encontrar a nova rede social em alguns países em celulares com sistema operacional Android.

Agência Estado

 

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YouTube testa recurso que introduz “notas” de contexto em vídeos

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Testes começarão nos Estados Unidos e serão feitos, inicialmente, com usuários e criadores selecionados

YouTube anunciou, nesta segunda-feira (17), que permitirá em breve que os usuários adicionem “notas” que fornecerão contexto sobre alguns de seus vídeos. Os testes fazem parte de um novo recurso que inicialmente será lançado nos Estados Unidos.

A plataforma convidará alguns usuários e criadores de conteúdo, como parte da fase inicial de teste, para escrever notas destinadas a fornecer “contexto relevante, oportuno e fácil de entender” sobre os vídeos.

As notas, por exemplo, poderão esclarecer quando uma música é uma paródia, apontar quando uma nova versão de um produto que está sendo analisado estiver disponível ou informar aos espectadores quando imagens antigas são erroneamente apresentadas como eventos atuais.

A rede social X, antigo Twitter, possui um recurso semelhante chamado Notas da Comunidade, que permite que colaboradores selecionados adicionem contexto às publicações, incluindo tags como “enganoso” e “fora de contexto”.

O recurso de notas no YouTube será, inicialmente, disponibilizado em dispositivos móveis para usuários nos Estados Unidos e em inglês. Nessa fase, avaliadores externos classificarão a utilidade das notas, o que ajudará a treinar os sistemas, antes de um possível lançamento mais amplo, disse o YouTube.

Fátima Bernardes lança canal no YouTube após deixar Globo

*Com reportagem de Yuvraj Malik, em Bengaluru

 

CNN Brasil

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